T9 - Endoscopia Digestiva (1) Flashcards

1
Q

Técnicas Endoscópicas?

A

◆ Endoscopia digestiva alta
◆ Colonoscopia
◆ Enteroscopia
◆ Polipectomia, mucosectomia e disseção da submucosa
◆ Hemostase endoscópicas
◆ Laqueação elástica de varizes esofágicas
◆ Árgon plasma e Radiofrequência
◆ Próteses metálicas auto-expansíveis (tubo digestivo)
◆ Tratamento da obesidade
◆ Ecoendoscopia
◆ CPRE

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2
Q

Endoscopia terapêutica e de Intervenção?

A

◆ Endoscopia terapêutica - ato médico terapêutico realizado com recurso a um endoscópio

◆ Endoscopia de intervenção = Cirurgia endoscópica? Endoscopia cirúrgica?
◆ Relação com o conceito cirurgia minimamente invasiva - procedimentos sem incisões ou com incisões mínimas, realizados através de cânulas, endoscópios ou laparoscópios

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3
Q

Imagem endoscópica?

A

◆ Alta definição (HDTV)
◆ Ampliação da imagem
◆ Cromoendoscopia virtual (NBI, FICE)

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4
Q

Alta Definiçã (HDTV)?

A

◆ A sua resolução - nº de píxeis por cm2 - é mais elevada.
◆ Imagem com definição muito próxima do real.

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5
Q

Magnificação de imagem?

A

◆ Magnificação - ampliação de uma imagem, possível através do endoscópico até 3x.
◆ Não está relacionado com a definição de imagem (isso é resolução).

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6
Q

Cromoendoscopia virtual?

A

◆ Aplicação de determinados filtros nos comprimentos de luz da luz branca.
◆ Esses filtros põem em evidência a microvasculatura da submucosa do tubo digestivo, o que permite definir determinados padrões para lesões benignas ou malignas.
◆ Virtual pelo recurso à tecnologia de utilização de filtros na própria emissão de luz do aparelho e da sua interpretação.

◆ Cromoendoscopia normal - usam-se corantes vitais que são instilados através do endoscópio, na própria superfície mucosa.
◆ Obtemos informação através da reação dos tecidos a esses corantes.

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7
Q

Endomicroscopia?

A

◆ Obtemos imagens por via endoscópica muito semelhantes ao tecido observado por microscópio de histologia.
◆ Restrito a centros de investigação.
◆ Crescente em determinadas patologias

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8
Q

Endoscopia DIgestiva Alta?

A

◆ Técnica que permite observar a mucosa do esófago, do estômago e do duodeno (até à 2ª porção).

◆ Exame diagnóstico
◆ Exame de rastreio / vigilância
◆ Exame terapêutico

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9
Q

Indicações para EDA?

A

◆ Disfagia e odinofagia;
◆ Dispepsia ou pirose persistente e recorrente;
◆ Hemorragia gastrointestinal aguda e crónica;
◆ Anemia;
◆ Esclarecimento de alterações radiológicas;
◆ Vigilância de esófago de Barrett;
◆ Avaliação de sinais de hipertensão portal.
◆ …….
URGENTE
◆ Hemorragia gastrointestinal aguda e crónica;
◆ Ingestão de corpos estranhos;
◆ Avaliação de ingestão cáustica;

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10
Q

Contra-Indicações para EDA?

A

ABSOLUTASA
◆ Doente não colaborante;
◆ Evidência ou suspeita de perfuração.
RELATIVAS
◆ Durante 3 semanas após enfarte agudo do miocárdio (arritmias);
◆ Deformidade da coluna cervical;
◆ Aneurisma aórtico com compressão esofágica;
◆ Hemorragia gastrointestinal massiva.
◆ ….

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11
Q

Colonoscopia?

A

◆ Exame diagnóstico
◆ Exame de rastreio / vigilância
– rastreio do CCR: avaliar existência de
– lesões precursoras - pólipos
◆ Exame terapêutico
– Exérese dos pólipos

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12
Q

Indicações para Colonoscopia - Diagnósticas?

A

◆ Rastreio e vigilância de neoplasias do cólon;
◆ Diarreia crónica de origem inexplicável;
◆ Avaliação de hemorragia gastrointestinal de causa não esclarecida;
◆ Doenças inflamatórias do intestino (colite ulcerosa e doença de Crohn);
◆ Avaliação de anomalias radiológicas;
◆ Anemia ferropénica;
◆ Identificação intraoperatória de uma lesão não aparente no ato cirúrgico

URGENTE
◆ Hemorragia digestiva baixa

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13
Q

Indicações para Colonoscopia - Terapêuticas?

A

◆ Remoção de corpos estranhos;
◆ Excisão de pólipos do cólon;
◆ Dilatação por balão de lesões estenosantes;
◆ Tratamento de hemorragias por angiodisplasias, neoplasias, ulcerações ou póspolipectomia;
◆ Descompressão de megacólon agudo não tóxico ou de volvo sigmoideu;
◆ Tratamento paliativo de neoplasias estenosantes ou hemorrágicas;
◆ Marcação de neoplasia para localização cirúrgica.

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14
Q

Contra-Indicações para Colonoscopia?

A

◆ Durante 3 semanas após enfarte agudo do miocárdio (arritmias);
◆ Colite fulminante (ex. secundária à agudização de DII);
◆ Hemorragia digestiva baixa cataclísmica;
◆ Diverticulite em fase aguda ou complicada de abcesso.

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15
Q

Complicações da EDA e da Colonoscopia?

A

Endoscopia digestiva alta
◆ Perfuração: 0,03-0,1%
◆ Hemorragia (com biópsia): 0,03%

Colonoscopia
◆ Perfuração do cólon: 0,01-0,3%
◆ Hemorragia (polipectomia): 0,26%-1,5%
◆ Mortalidade: 0,0001-0,0003%

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16
Q

Polipectomia Endoscópica?

A

◆ Remoção de um pólipo. 2 principais tipos de pólipo:
– Sésseis: base de implantação larga
– Pediculados: pólipo está inserido na parede do tubo digestivo através de um pedículo com um eixo fibrovascular
◆ Usam-se ansas diatérmicas: “abraça-se” o pedículo do pólipo e depois usa-se uma corrente eletrocoagulação que vai fazer secção, corte e coagulação desse pedículo
◆ No local onde estava inserido o pólipo fica a Escara pós-polipectomia.
◆ Devem ser recuperados para posterior exame

◆ Os pólipos sésseis estão implantados porque têm origem na mucosa do cólon (têm base de implantação larga) mas podem ser também removidos por ansas diatérmicas.
◆ Mas a remoção é mais complicada do que a de lesões pediculadas.

17
Q

Mucosectomia Endoscópica?

A

◆ Previamente à exérese do pólipo, há uma injeção no espaço submucoso, de uma solução (habitualmente soro fisiológico com ou sem agente vasoconstritor como adrenalina, muito diluído e para diminuir o risco de hemorragia).
◆ Cria-se uma bolsa de líquido que vai elevar a mucosa e vai ser mais fácil “abraçar” o pólipo para a sua remoção.
◆ Reduz o risco de perfuração da parede intestinal.

18
Q

Disseção da submucosa?

A

◆ Descrita inicialmente em 1988 para tratamento do cancro gástrico precoce;
◆ Atualmente expandida a todas as áreas do trato GI;
◆ Permite resseção em bloco, com intenção curativa, de lesões de maiores dimensões e mais profundas, quando comparada com a mucosectomia endoscópica

◆ Assemelha-se a um procedimento de cirurgia mini-invasiva.
◆ Faz-se na mesma a injeção no espaço submucoso com soro fisiológico ou com solução com carga oncótica mais elevada (porque é um procedimento mais demorado e assim permanece mais tempo no espaço).
◆ Depois com recurso a vários utensílios como facas de disseção, vai se fazendo uma disseção circunferencial que permite resseção em bloco da lesão, respeitando as margens laterais e verticais.

19
Q

Hemostase Endoscópica?

A

◆ Na HDA dividimos as causas em dois grandes grupos:
– doença péptica (úlcera gástrica ou duodenal, doença erosiva)
– hemorragia por hipertensão portal (varizes esofágicas ou gástricas, gastropatia de hipertensão portal)

◆ Na HDB é principalmente causada por doença diverticular.
◆ Os divertículos que mais sangram são os do cólon direito.
◆ Outra importante causa são as lesões vasculares, nomeadamente angiectasias.

20
Q

Hemostase Endoscópica? (2)

A

◆ Medidas térmicas:
– Electrocoagulação – mono, bipolar
– Calor (Heater probe)
– Árgon plasma
– Laser
◆ Medidas mecânicas:
– Clips
– Laqueação elástica
◆ Injecção:
– Adrenalina
– Soro hipertónico
– Álcool
– Esclerosantes (polidocanol, etanolamina)
– Colas (cianoacrilato)
◆ Hemospray

◆ A terapêutica endoscópica reduz o risco de persistência e de recidiva hemorrágica, a necessidade de transfusões, a necessidade de cirurgia e a mortalidade

21
Q

Laqueação Elástica de Varizes Esófagicas?

A

◆ Aplicação de anéis elásticos em varizes previamente aspiradas para o interior de um cilindro de plástico incorporado na extremidade distal do endoscópio
◆ Importância crescente relativamente à escleroterapia :
– Facilidade de utilização;
– Menor taxa de complicações;
– Possibilidade de obliteração total das varizes com menor número de sessões de tratamento.
◆ Alternativa ao tratamento farmacológico na profilaxia 1ária em doentes de alto risco.
◆ Terapêutica de eleição na profilaxia 2 ária.

22
Q

Árgon Plasma?

A

◆ Método de não contacto - aplicação de energia eléctrica, promovendo a sua destruição ou hemostase.
◆ Vantagens:
– Possibilidade de administrar o feixe em vários ângulos;
– Tratamento mais rápido de grandes superfícies;
– Menor risco de complicações relativamente ao laser.

Indicações:
◆ Hemostase em hemorragia por lesões vasculares:
– Proctite rádica;
– Ectasia vascular do antro.
◆ Destruição de tecido adenomatoso residual após polipectomia.
◆ Tratamento da obstrução tumoral

23
Q

Radiofrequência?

A

◆ Esófago de Barrett:
– fator de risco para adenocarcinoma do esófago
– principal indicação; complicação de DRGE de longa data; substituição do epitélio esofágico normal por um metaplásico que pode evoluir para displasia e depois carcinoma
◆ Morbidade e mortalidade significativa associada a esofagectomia.
◆ Tratamentos endoscópicos menos invasivos:
– Radiofrequência.
– Ablação circunferencial primária através de um eletrodo bipolar tipo balão
. remoção da mucosa de Barrett e displasia
. prevenção da progressão da doença
. menor risco de estenose esofágica associada à terapia fotodinâmica e a coagulação com argon plasma.

24
Q

Prótese metálicas auto-expansíveis do tubo digestivo?

A

◆ Introduzidas em 1990.
◆ Tratamento de estenoses malignas do esófago, gastro-duodenais, biliares e colo-rectais.
◆ Vantagens sobre as próteses de plástico:
– Facilidade de introdução;
– Maior patência;
– Menor taxa de complicações;
– Possibilidade de colocação de próteses adicionais para tratamento de complicações.
◆ Desenvolvimentos técnicos:
– Próteses recobertas;
– Próteses com vávula anti-refluxo;
– Próteses removíveis.

◆ São colocadas sobre a forma compacta e em 24-48h expandem pela força radial e vão dilatando a estenose de forma progressiva até atingirem o seu calibre máximo.
◆ Há próteses que são cobertas p.e. com uma liga de silicone que são úteis no tx de lesões estenosantes associadas a fístulas.

25
Q

PMAE - Indicações no Esófago?

A

◆ Tratamento paliativo da disfagia em doentes com neoplasias do esófago.
◆ Encerramento de fístulas tráqueo-esofágicas.
◆ Encerramento de descências pós-cirúrgicas.
◆ Tratamento “life-saving” de HDA varicosa.

26
Q

PMAE - Neoplasia do Cólon?

A

◆ Sobretudo tumores do cólon esquerdo que se apresentam mais frequentemente de forma oclusiva.
◆ Estes doentes muitas vezes se forem operados, não podem ser submetidos a reconstrução cólica no imediato pela discrepância no calibre do lúmen cólico a montante e a jusante do tumor (estenose)
◆ A cirurgia consiste numa Operação tipo Hartmann - resseção do segmento com tumor e confecção de um colostomia a montante e num 2º tempo o trânsito é reconstituído.
◆ Tumores avançados, metastizados. - prótese vai permitir que o doente tenha alguma qualidade de vida, com possibilidade de ter um trânsito intestinal patente e não necessita de ficar com uma ostomia durante o resto da sua vida para resolver a oclusão
◆ Estes doentes podem ser candidatos a colocação de prótese num contexto de urgência, mantem a patência do lúmen e permite que o cólon descomprima e o doente possa ser candidato a cirurgia eletiva para remoção da lesão e anastomose num 1º tempo.

27
Q

Encerramento de Fístulas?

A

Fístula esofagobrônquica num doente com neoplasia pulmonar, que foi resolvida através de colocação de prótese mecânica recoberta que permitiu oclusão da fístula ao fim de dois meses.