T10 - Distúrbios Funcionais e da Motilidade (1) Flashcards
Deglutição?
➢ DEGLUTIÇÃO- ocorre sobretudo na cavidade oral e na regiao da faringe ate ao cricofaringeo (transiçao da orofaringe para esofago proximal).
➢ É importante sabermos estas fases da deglutiçao para quando um doente com queixas de deglutiçao é imp sabermos de q estruturas estamos a falar e qual poderá ser o potencial problema do doente.
➢ A começar pelas queixas de disfagia q muitas x os doentes relatam de formas diferentes e temos de abordar sistematicamente para n andarmos à procura de problemas q nao existem e para podermos focar os nossos MCDT no q é importante
➢ Fase Preparatória (voluntária) - Mastigação
➢ Fase de Transferência (voluntária) - Transferência do bolo alimentar para a faringe
➢ Reflexo de Deglutição - Reflexo involuntário mediado pelo pelo SNC
Reflexo da Deglutição?
➢ Laringe elevada e anterior
– Sela a via aérea
➢ Abertura EES
– Cessação do input neuronal excitatório
➢ Contração da Língua
➢ Contrações Peristálticas
– Estimuladas pela passagem do bolo alimentar
➢ Relaxamento EEI - libertação de NO pelo Plexo Mioentérico
Contrações Peristálticas?
➢ Peristalse Primária
– Iniciada pela deglutição
➢ Peristaltase Secundária
– Em resposta a distensão esofágica:
. bolo alimentar retido
. refluxo de conteúdo gástrico
. ar deglutido
➢ Contrações Terciárias
– Não Peristálticas
– Patológicas
Manometria?
Ajuda a ver a coordenaçao de movimentos do esofago de proximal para distal, permitindo assim a movimentaçao do bolo para a cavidade gastrica
Sintomas de Doença Esofágica?
➢ Esofago- funçao de passagem do conteudo da boca para o estomago, no entanto as patologias do esofago podem surgir de varios contextos e podem ter diferentes apresentações
➢ Regurgitação
➢ Dor torácica
➢ Odinofagia
– dor ou desconforto com a deglutiçao
➢ Disfagia
➢ Pirose
– muitas vezes dita como “azia” mas sao coisas dif.
– PIROSE - sensaçao ardor retroesternal
– AZIA - sensaçao de ardor no epigastro
Endoscopia Digestiva Alta?
➢ 1º exame para avaliação de disfagia
➢ Patologia estrutural
➢ Obtenção de de biópsias
➢ Procedimentos terapêuticos
➢ Para estudo inicial das patol do esof.
➢ Esta deve anteceder a maioria dos outros MCDTs, pois permite uma visualizaçao direta da cavidade esofagica e permite portanto excluir patologia estrutural.
➢ Para alem disso, se virmos lesao podemos realizar biopsia e enviar para analise histopatologica e com isso frequentemente fazer o dx
➢ Limitações
– Lesões extrínsecas
– Alterações da motilidade
Trânsito Esofágico?
➢ Utilizado durante varias decadas pela sua simplicidade e rapida disponibilidade
➢ Doente ingere uma papa com espessuras diferentes (pode ser com bario, ou na suspeita de perfuração, com gastrografina)
➢ Descida do conteudo desde a orofaringe ate à cavidade gástrica
➢ No entanto, a presençao de alt do calibre n permite por si so fazer dx na maior parte dos casos e ira ser sempre necessario outros exames, na maior parte das vezes, a EDA
➢ Avaliação funcional emorfológica
➢ Não exclui a necessidade de realizar EDA
➢ Contraindicado na suspeita de perfuração!!!
Classificação de Chicago?
Vai na sua 4ª classificaçao e tem como objetivo padronizar n só a forma como fazemos o dx mas tmb como orientamos os dts com disturbios motores primários do esof (ou seja, alt motores do esof q nao sao explicadas por nenhuma outra patol (p.ex. estrutural ou inflam)
Manometria Esofágica?
➢ Cateters com multiplos sensores de pressao q nos permitem ter uma avaliaçao continua daquilo q acontece no esof desde a faringe ate ao inicio da cavidade gastrica.
➢ Tem alta resoluçao, pois a presença de aneis de pressao q distam apenas 1cm entre cada um deles, e por isso permite fazer uma interpelaçao do q acontece nos intervalos em q n esta a ser medida a pressao.
➢ Assim conseguimos ter uma imagem continua ao longo do tempo e da distância do q esta a acontecer no esof, nomeada// qnd o dt deglute
➢ Temos manobras q implicam a deglutiçao de agua em diferentes posiçoes, podendo tambem utilizar testes provocatórios p/ tentar desencadear determinado padrao motor, q possa ser imp de acordo com as queixas dos dts
➢ 1º - (deitado) avaliaçao da P basal do EEI e EES
➢ 2º - teste de deglutiçoes multiplas p/ avaliar a resposta sob sobrecarga do corpo esofagico
➢ 3º - colocamos o dt sentado ou em ortostatismo e fazemos nova// a avaliaçao das P basais e da motilidade q dps é acompanhada com um teste com 200mL de agua p/ vermos se conseguimos, ao induzir multiplas deglutiçoes, ter um drive inibitorio sustentado ao longo do corpo esof q é isso q permite p.ex. q nos consigamos beber 1 copo de agua seguido sem ter disfagia
Manometria Esofágica? (2)
➢ Avaliamos:
– as P em repouso dos esfinters;
– a capacidade de relaxa// do EEI;
– a integridade da junção gastroesof (perceber se o EEI esta sobreposto aos pilares do diafragma,caso isto n aconteça temos uma hernia);
– o q acontece no corpo eso presença ou n de contraçoes peristalticas (q tem de acontecer num determinado tempo de latencia entre a deglutiç e as mesmas p/ q o corpo n se encerre antes do bolo passar)
– tmb ver se essa contraçao tem um vigor adequado (nem mt fraca nem mt vigorosa) e q seja intacta ao longo de todo o esof, sem falhas de resposta
Como defenimos o q é o vigor contratil?
➢ Defenimos pelo chamado Integral de contraçao distal que é uma métrica q utiliza o tempo, a distância e a pressao.
➢ Valores:
– < 450 –> contraçao fraca/ausente;
– > 8000 –> excessivo
– se nao houver nenhumas destas alteraçoes, dizemos q o dt tem uma motilidade esofagica normal
Acalásia?
➢ Perturbação motora do esófago, caracterizada por uma ausência completa ou parcial do relaxamento do EEI à deglutição associada a perda do peristaltismo do corpo esofágico
➢ Afeta:
– Ambos os sexos
– Sem diferença racial
– Entre os 30 e 60 anos
➢ Se numa manometria tivermos 1 contraçao peristaltica associada a um relaxa// incompleto do EEI n podemos caterizar esse dt como tendo uma acalasia. Tem de repetir mais tarde.
➢ Isto deve-se a q mts x fazemos os exames qnd as patol ainda se estao a instalar e ainda n conseguimos ver todo o espectro da dç
Acalásia - Patofisiologia?
➢ A característica mais impactante da acalásia é a perda e degeneração de células ganglionares no plexo mioentérico esofágico (Aeurbach’s)
➢ Início distal (EEI) com progressão proximal (corpo esofágico)
➢ Potênciais causas: autoimunidade (HLA HLA-DQ β1), infecções víricas, síndromes hereditárias
➢ Neurónios excitatórios (colinérgicos)
–Perda variável
➢ Neurónios inibitórios
– Perda significativa
– o mais imp é esta perda, q faz com q ao deglutir n haja drive inibitorio q leve ao relaxamento do EEI, portanto o estimulo dado pela Ach permanentemente no tonus esof n é contrariado e portanto quando o dt deglute o alimento vai se deparar com um EEI encerrado (n recebeu estimulo para se relaxar)
➢ Desequilíbrio entre a atividade excitatória einibitória
➢ Comprometimento do relaxamento do EEI na deglutição e uma ausência peristaltismo
Acalásia - Fases?
FASE INICIAL
➢ Disfagia
– normalm,ente mista (solidos e liq)
➢ Regurgitação
– sobretudo À noite, quando estao deitados e ha perda do papel da gravidade
➢ Pirose
➢ Dor torácica retroesternal
– pela distençao do esof, mts x ficam rotulados como dts cardiacos, qd a disfagia n é mt marcada ou entao qd o dt adaptou a sua dieta durante tanto tempo q ja n valoriza tanto a disfagia q tem
ESTADIOS AVANÇADOS
➢ Perda ponderal
➢ Sialorreia
➢ Halitose
‘ACALÁSIA TERMINAL’
➢ Pneumonia de aspiração
– associada à nao drenagem da cavidade esof
➢ Carcinoma espinocelular
– complicação tardia e rara, mas pode acontecer havendo a sugestao (n obrigatorio) de vigiar apos alguns anos da dç a presença do mesmo, mas é mais um dd do q uma complicação observada na dç
Acalásia - Diagnóstico?
➢ Dx inicialmente deve passar pela EDA e transito esof, q ja nos podem dar alguma presença de dç
➢ EDA a presença de estase, dilataçao do lumen e cardio bastante encerrado por vezes com resistência à passagem, sem nenhuma anomalia estrutural q o possa explicar
mas ainda + evidente
➢ É o resultado do transito esof em q frequentemente temos esta imagem em bico de passaro / ponta de lápis em q vemos uma dilataçao frequentemente do esof associada a um afunilamento na passagem do contraste para a cavidade gastrica, devido a uma falta de relaxamento do EEI