REUMATOLOGIA Flashcards
Osteoartrose:
Definição | Prevalência | FR
Fisiopatologia
Clínica (4) | O que não há? (2)
Articulações mais acometidas (4)
Deformidades (2)
Qual geralmente é poupada, apesar de sustentação?
Definição: doença degenerativa articular.
Prevalência: aumenta com a idade avançada.
Fatores de risco: mulher, obesidade, HF +
Fisiopatologia:
Destruição articular > lesão subcondral > osteófitos
Clínica:
1. Dor crônica que melhora com o repouso
2. Rigidez matinal < 30 minutos
3. Dor uniarticular no início e progressiva
4. Redução da amplitude do movimento
O que não há?
1. Manifestações sistêmicas
2. Exames laboratoriais alterados
Quais as articulações mais acometidas?
1. Coluna vertebral (cervical também)
2. Quadril
3. Joelho
4. Interfalangianas (distais)
- Nódulos de Heberden = distais
- Nódulos de Bouchard = proximais
Qual geralmente é poupada, apesar de sustentação?
Tornozelo
Osteoartrose:
Sinais radiológicos (3)
Diagnóstico (3)
Tratamento (3) - opções de sintomáticos (3)
Sinais radiológicos:
1. Osteófitos
2. Redução do espaço articular
3. Esclerose subcondral
Diagnóstico:
1. Clínica
2. Radiografia
3. Líquido articular não inflamatório SN
Tratamento:
1. Fisioterapia: reforço muscular
2. Perda de peso
3. Sintomáticos:
- AINE oral e/ou TÓPICO
- Creme de capsaicina
- Duloxetina: dor cônica | depressão associada
Lombalgia idiopática ou mecânica:
Definição | Prevalência
Clínica (3)
Diagnóstico
Tratamento
Definição: espasmo doloroso muscular, ou seja, contratura de musculatura paravertebral.
Causa mais comum de lombalgia (7,5%).
Clínica:
1. Dor lombar que raramente irradia
2. Pode ser súbita
3. Dura cerca de 3-4 dias
Diagnóstico:
Clínico, e exclusão de outras causas.
Tratamento: repouso e sintomáticos
Espondilite anquilosante:
Definição
Epidemiologia
Clínica (7) - como é o início? / manifestação extra-articular mais comum
Diagnóstico (3)
Marcadores inflamatórios + e - (2)
Tratamento (4)
E o corticoide?
Definição: entesite ascendente
(coluna vertebral)
Epidemiologia:
- Homem jovem (média em 23 anos)
Clínica:
- Início: sempre com SACROILEÍTE
1. Dor lombar persistente que melhora com a atividade
2. Rigidez matinal > 30 minutos
3. Postura do esquiador (coluna rígida em bambu - anquilose)
4. Uveíte anterior
- extra-articular mais comum
5. Sinovite/entesite de outras articulações
6. Fibrose pulmonar de lobos superiores
7. Insuficiência aórtica e distúrbios de condução
Diagnóstico:
1. Clínica > 3 meses
2. Raio X de coluna
- sacroileíte
3. Marcadores: HLA-B27 +
- FR e anti-CCP negativos
Tratamento:
1. SUSPENSÃO DO TABAGISMO
2. Fisioterapia
3. AINE
4. Anti-TNF alfa (Infliximabe)
E o corticoide?
Não fazer, pode até piorar o quadro.
Espondiloartrites:
Quais são? (6)
Acometimento articular clássico
Laboratório (2)
Espondiloartrite + prostatite: no que pensar?
Quais são?
espondilite anquilosante
artrite reativa
artrite e espondilite psoriásica
artrite e espondilite enteropáticas
espondiloartrite de início juvenil
espondiloartrite indiferenciada
Clínica: acometimento axial das articulações
Laboratório: ausência do fator reumatoide ( “soronegativas”) e associação com o gene HLA-B27.
Espondiloartrite + prostatite: no que pensar?
Artrite reativa por Clamídia
Artrite:
Mono/Oligoartrite vs. Poliartrite
Tipos mais comuns de poliartrite (5)
Tipos mais comuns de oligoartrite (5)
Mono/Oligoartrite: < 4 articulações
Poliartrite: >= 4 articulações
Tipos mais comuns de poliartrite:
Artrite Reumatoide: aditiva e pequenas articulações
Febre Reumática: migratória e grandes articulações
Artrite Lúpica: migratória e pequenas articulações
Artrite Gonocócica: lesão cutânea
Síndrome Reumatoide: parece a Artrite Reumatoide, mas não preenche critério
Tipos mais comuns de oligoartrite:
Artrite séptica: muito intensa, inflamação sistêmica
Gota: podagra | fator precipitante
Síndrome de Reiter:
artrite + uretrite + conjuntivite
Artrite Idiopática Juvenil: < 16 anos
Osteoartrose: > 50 anos | crônico
Artrite Reumatoide:
Definição
Fisiopatologia
Epidemiologia
Clínica (6) e deformidades (4)
- por que o cuidado com cervicalgia?
Há acometimento de coluna torácica e lombar?
Rigidez articular
Manifestações extra-articulares (5) e prevalência
Para qual neoplasia a AR é fator de risco?
Definição: Doença autoimune que tem como alvo a membrana sinovial das articulações entre ossos longos.
- SINOVITE
- DESTRUIÇÃO/EROSÃO ARTICULAR que gera deformidades (mais tardio)
Epidemiologia:
Sexo feminino
25-55 anos
Clínica:
1. Poliartrite simétrica
2. Pequenas articulações: mão-pé-punho
- METACARPOFALANGIANAS
3. Poupa interfalangianas distais
4. Deformidades segmentares:
a. Desvio ulnar das mãos
b. Dedo em pescoço de Cisne
- flexão de interfalangiana distal
c. Dedo em Abotoadura
- flexão de interfalangiana proximal
d. Punho em Dorso de Camelo
4. Síndrome do Túnel do Carpo
- Nervo Mediano
5. Cisto de Baker
6. Subluxação atlantoaxial (C1-C2)
- cuidado com dor cervical
- deslizamento pode levar à compressão medular
Há acometimento de coluna torácica e lombar?
Muito raro
Doença inflamatória:
Rigidez matinal > 1 hora
Manifestações extra-articulares:
- 40% dos casos
- piora de prognóstico
1. PERICARDITE:
- mais comum
2. Nódulos reumatoides
3. Síndrome de Sjogren:
- 20-30% dos com AR
4. Derrame pleural
- hipoglicorraquia
5. Vasculite em pele, pulmão, vasa nervorum, rim
- necrose de polpas digitais
Para qual neoplasia a AR é fator de risco?
Linfoma, sendo o mais comum o NH de Grandes Células B
Cisto de Baker:
Definição
Clínica
Diagnóstico
Definição: Cisto que se forma em região posterior do joelho em fossa poplítea de paciente com ARTRITE REUMATOIDE.
Clínica:
Rompimento gera dissecção de musculatura da panturrilha.
Dor + edema da região.
Diagnóstico diferencial com TVP.
Diagnóstico: USG.
Síndrome de CAPLAN vs. Síndrome de FELTY:
Tríade clássica de cada
Síndrome de CAPLAN:
1. Artrite Reumatoide
2. Nódulos reumatoides
3. Pneumoconiose
Síndrome de FELTY:
1. Artrite Reumatoide
2. Neutropenia
3. Esplenomegalia
Artrite Reumatoide:
Critérios para diagnóstico (4)
- qual o autoanticorpo mais específico?
Tratamento:
- Sintomáticos
- DARMDs convencionais vs. biológicas
Posso usar Azatioprina?
Qual o objetivo do tratamento?
Quais os cuidados antes do início da imunossupressão? (3)
Critérios para diagnóstico (>= 6 pontos):
1. Envolvimento articular:
Poliartrite simétrica aditiva de pequenas articulações
2. Duração da doença:
Tempo >= 6 semanas
3. Marcadores inflamatórios:
VHS e PCR elevados
4. Sorologia:
1. Fator reumatoide: 70-80%
2. Anti-CCP: 70-80%
- MAIS ESPECÍFICO
Tratamento:
- SINTOMÁTICO: menor tempo possível
1. AINES
2. Corticoide em baixa dose (anti-inflamatório)
- posso manter para remissão em <= 10 mg/dia
- DARMD (modificadoras de doença)
CONVENCIONAIS:
1. Metotrexate: ESCOLHA, geralmente a primeira droga
- tanto em quadros leves quanto moderados a graves
- reposição de ácido fólico
+-
2. Hidroxicloroquina
3. Sulfassalazina
Posso usar Azatioprina?
Não, apesar de ser imunossupressor não é DARMD
BIOLÓGICAS:
- quadros mais graves: alto custo
Anti-TNF: Infliximabe
Qual o objetivo do tratamento?
Remissão ou pelo menos atividade leve
Quais os cuidados antes do início da imunossupressão?
1. PPD para avaliação de ILTB
2. Sorologia para HBV
- se +: Entecavir
3. EPF ou tratamento empírico:
- risco de Estrongiloidíase
Síndrome Reumatoide:
Principal causa
Clínica
Diagnóstico - dosagens (3)
Tratamento
Principal causa: pós-viral
Clínica: lembra a AR
- não preenche critérios para diagnóstico
- pode acometer interfalangiana distal
- geralmente duração mais curta
Diagnóstico: exclusão de AR +- sorologias virais
- dosar marcadores inflamatórios
- dosar FR e anti-CCP
Tratamento: sintomáticos - quadro é autolimitado
Febre Reumática:
Definição
Epidemiologia
Órgãos mais afetados - prevalência
Clínica
Acometimento cardíaco agudo vs. crônico
Tipo mais comum de coreia na infância
Se acometimento de pele …
Definição: sequela não supurativa de faringoamigdalite por S. pyogenes (beta hemolítico do grupo A).
Reação cruzada imunomediada.
Epidemiologia: crianças em idade escolar (5-15 anos).
Mais comum em países subdesenvolvidos.
No Brasil a grande causa de Estenose Mitral é sequela da Febre Reumática.
Acometimento de:
1. Articulações (60-80%)
- Poliartrite Assimétrica Migratória de Grandes Articulações
- Não há deformidade
2. SNC (10-15%)
- Coreia de Sydenham: não deixa sequelas
- coreia mais comum da infância
- pode ser mais tardio (1-6 meses após)
- melhora com sono | piora com estresse
- labilidade emocional
3. Coração (50-60%)
- Lesão valvar MITRAL aguda: insuficiência
- Lesão valvar MITRAL crônica: estenose
- Segunda válvula mais acometida: aórtica
4. Pele (1-5%)
- Eritema marginado: mais centralizado, sem prurido
- Nódulos subcutâneos
Se acometimento de pele …
Muito provável o acometimento cardíaco associado.
Febre Reumática:
Critérios de Jones:
Maiores (5)
Menores (5)
Obrigatório (2)
4 formas de fazer o diagnóstico
Qual o grande risco?
Critérios de Jones:
2 critérios maiores + obrigatório
1 critério maior + 2 menores + obrigatório
Recorrência: 3 menores + obrigatório
Coreia de Sydenham isolada
- MAIORES:
1. Artrite
2. Cardite
3. Eritema marginado
4. Nódulos SC
5. Sydenham - MENORES:
1. Poliartralgia
2. Febre
3. Aumento de PCR
4. Aumento de VHS
5. Aumento do intervalo PR no ECG - OBRIGATÓRIO: comprovação de infecção
Cultura positiva para S. pyogenes OU
Anticorpos: ASLO ou Anti-DNAse B
Qual o risco?
Recorrência aumenta o risco de episódios mais graves
Febre Reumática:
Tratamento (3)
Como é feita a corticoterapia na cardite?
Medida epidemiológica
Terapia anti-inflamatória (3)
Profilaxia primária
Tratamento:
1. Medida epidemiológica:
Erradicação do S. pyogenes:
- Penicilina Benzatina DU
2. Terapia anti-inflamatória:
- AAS: resposta dramática na Artrite
- Corticoide dose alta: Cardite
- Sedativos +- Corticoide: Sydenham
3. Repouso
Como é feita a corticoterapia na cardite?
1-2 mg/kg/dia VO ou EV por 2-3 semanas
Redução gradual da dose completando 4-12 semanas
Profilaxia primária:
Tratamento da Faringite até o 9° dia de doença
- Penicilina benzatina
- Amoxicilina 10 dias
Febre Reumática:
Profilaxia secundária:
Como?
Por quanto tempo? 4 grupos
Indicada para todos que já tiveram Febre Reumática.
PENICILINA BENZATINA 21/21 DIAS:
- outras opções se alergia são VO diariamente
- sulfadiazina ou eritromicina
Sem cardite:
até 21 anos ou 5 anos após o último surto
- o que durar mais tempo
Cardite sem sequela ou lesão residual / IM leve:
até 25 anos ou 10 anos após o último surto
- o que durar mais tempo
Lesão residual moderada-grave:
até 40 anos ou eternamente
- depende do risco e exposição do paciente
Se cirurgia valvar por comprometimento grave:
eternamente
Artrite séptica:
Definição
Principal tipo celular envolvido
Principais agentes (2):
- clínica e epidemiologia
Diagnóstico - parâmetros (4)
Tratamento (2)
Definição: infecção da articulação.
Principal tipo celular envolvido: Neutrófilo.
Principais agentes:
1. N. gonorrhoae (Gram -)
- mais comum em adulto jovem sexualmente ativo
- bifásica: fase poli > monoarticular
- lesões CUTÂNEAS
- leucócitos não tão aumentados à artrocentese
- baixa sensibilidade para Diplococo Gram Negativo
2. S. aureus (Gram +)
- mais comum em adultos
- porta de entrada
- monoarticular
Diagnóstico: ARTROCENTESE
1. Aspecto turvo /purulento
2. Queda da glicose
3. Leucometria >= 20/50.000
4. Gram ou cultura com bactéria
Tratamento:
1. Gonococo: Ceftriaxone IM 7-10 dias
2. S. aureus: Oxacilina 3-4 semanas
+ DRENAGEM
Artrite Gotosa:
Definição e Fisiopatologia
Quadro clínico (2)
Diagnóstico - achados
Tratamento CRISE (3)
- posso utilizar AAS para analgesia?
Profilaxia de crises (4)
Quando devo iniciar o Alopurinol?
Ácido Úrico pode estar normal / diminuído na Gota?
Definição: artrite por deposição de cristais de monourato dissódico por HIPERURICEMIA.
PRECIPITAÇÃO: fator precipitantes: variações agudas de AU, álcool, trauma.
FAGOCITOSE e INFLAMAÇÃO.
Quadro clínico:
1. Monoartrite aguda intensa
- Podagra: mais comum
2. Artrite crônica: Gota Tofosa (menos comum)
Diagnóstico:
- Solicitar ARTROCENTESE para excluir séptica
SEMPRE - mesmo que história de gota excluir
Achado: Cristais de Monourato Dissódico
Forte BIRREFRINGÊNCIA NEGATIVA
Obs: posso ter aumento da celularidade e infiltrado inflamatório.
Tratamento:
CRISE GOTOSA:
1. AINES (Indometacina)
2. Corticoide: sistêmico ou intra-articular
3. Colchicina
- NÃO INICIAR DROGA QUE ALTERA AU
- posso utilizar AAS para analgesia?
Não, AAS pode gerar variação nos níveis de AU e piorar o quadro
Profilaxia de crises:
1. Mudança no estilo de vida
- álcool, gorduras, Tiazídicos
2. Colchicina
3. ALOPURINOL
4. Probenecida: uricosúrica
Quando devo iniciar o Alopurinol?
1. AU > 13 em homens
2. AU > 10 em mulheres
3. AU urinário em 24 horas > 1100 mg/dia
4. Crise de gota prévio
- tofos
- >= 2 crises no último ano
Ácido Úrico pode estar normal / diminuído na Gota?
Sim, por um efeito uricosúrico
Artrite Idiopática Juvenil:
Definição
Formas clínicas:
- Oligoarticular: clínica | grande risco | persistente vs. estendida | tratamento
- Poliarticular: clínica | prognóstico | tratamento
- Sistêmica: clínica (4) | complicação | tratamento
Definição: síndrome articular crônica >= 6 semanas em < 16 anos.
Formas clínicas:
OLIGOARTICULAR:
- forma mais comum: 50-60% dos casos
- 1-4 articulações
- 50% dos pacientes tem FAN positivo
- persistente: até 4 articulações acometidas
- estendida: > 4 articulações acometidas > 6 meses
- uveíte anterior:
meninas
< 6 anos
FAN + : referenciar ao oftalmologista
TRATAMENTO:
- AINES em monoterapia
POLIARTICULAR:
- >= 5 articulações
- pode haver FR +: pior prognóstico
TRATAMENTO:
- AINES + DARMD (Metotrexato)
SISTÊMICA (Doença de Still):
- Clínica:
Artrite +
rash rosa salmão surto-remissão em
tronco +
febre alta e intermitente +
adenomegalia generalizada
hepatoesplenomegalia
- Complicação:
SÍNDROME DE ATIVAÇÃO MACROFÁGICA
- inflamação e pancitopenia
- VHS baixa paradoxalmente
TRATAMENTO:
- Anti interleucinas
Artrite Reativa:
Definição
Agentes mais comuns (2)
Clínica clássica (3)
Manifestações extra-articulares (3)
Diagnóstico
Tratamento (3)
Definição: síndrome articular após infecção à distância. Reação imunomediada que ocorre um tempo depois.
Agentes mais comuns:
1. Diarreia tipo disenteria por Shigella
2. Uretrite / cervicite: Clamídia
Clínica: SÍNDROME DE REITER
1. Artrite mono/oligoarticular assimétrica e de grandes articulações
2. Uretrite
3. Conjuntivite
Manifestações extra-articulares:
1. Ceratoderma blenorrágico:
- lesões ceratóticas / descamativas em extremidades
2. Balanite circinada
3. Dactilite
- dedo em salsicha
Diagnóstico: clínico epidemiológico!
- não é necessário fazer radiografia ou artrocentese
Tratamento:
AINE +- corticoide
+ ATB se infecção ativa
Coreia de Sydenham:
Epidemiologia
Definição
Particularidades
Tratamento de primeira escolha
Prognóstico
Epidemiologia: principal causa de coreia na infância.
Definição: movimentos incoordenados e involuntários coreiformes secundários a um quadro de Febre Reumática.
Particularidades:
- pode se manifestar meses após o quadro
- pode dar diagnóstico de febre reumática
- é um critério maior de Jones
- piora com estresse e exercício físico
- melhora com sedativos e convulsivantes
Tratamento de primeira escolha: Haloperidol
Prognóstico: bom, sem risco de sequelas futuras
Cite 5 condições nas quais devemos evitar o uso de AINES
- Úlcera péptica
- HAS descontrolada
- TFG < 60
- Insuficiência cardíaca moderada a descompensada
- Hipercalemia
- vasoconstrição de arteríola aferente
Pseudogota:
Definição
Achado característico
Como diferenciar à artrocentese?
Qual o tratamento? (5)
Definição: quadro de artrite mono/oligoarticular semelhante à gota relacionada a deposição de SAIS DE PIROFOSFATO DE CÁLCIO que geram ativação imune intermitente.
Achado característico:
- Condrocalcionose: calcificação meniscal
Como diferenciar à artrocentese? pesquisa de cristais por luz polarizada com BIRREFRINGÊNCIA FRACA E POSITIVA.
- na Gota: forte e negativa
Qual o tratamento?
1. Aspiração intra-articular
2. Corticoide intra-articular
3. Gelo
Se não resposta: AINES ou Colchicina
Psoríase:
Fisiopatologia
Psoríase vulgar: clínica | localização | método e sinais diagnósticos (3)
Artrite Psoriásica: clínica e tratamento (3)
Posso fazer dx de psoríase se só houver artrite?
Fisiopatologia: hiperproliferação celular e morte celular (descamativa) + vasodilatação (hiperemia e sangramentos). PLACA ERITEMATODESCAMATIVA.
Psoríase vulgar: mais comum
- Placas eritematodescamativas, delimitada e prateada
- Área extensora: couro cabeludo, cotovelo, joelho
- Invertida: em áreas flexoras (HIV, obesos e negros)
- Fenômeno de KOEBNER: surge em lesão de trauma
- reverso: melhora de lesão após trauma
- Diagnóstico: Curetagem de Brocq
a. Sinal da vela (descascando)
b. Sinal da Membrana (translúcida)
c. Sinal de AUSPITZ (orvalho sanguíneo)
Artrite Psoriásica:
- Definição: artrite, seja qual for, em pessoa com psoríase. Pode ser muito heterogênea.
- Se artrite de pequenas articulações: pega interfalangianas distais
- Tratamento:
1. AINEs
2. Se refratário: DARMD
3. Se refratário: Biológicos (anti-TNF alfa)
Posso fazer dx de psoríase se só houver artrite?
Sim, se paciente apresentar HF +
Alguns casos a artrite surge antes das lesões de pele
Fibromialgia:
Definição | Temporalidade
Clínica
Exames laboratoriais estão …
Tratamento crônico (2) - dor (3)
Tratamento dor aguda
Definição:
Dor MUSCULOESQUELÉTICA e ARTICULAR crônica (› 3 meses), generalizada, que em geral vem acompanhada de ALTERAÇÕES NEUROPSICOLÓGICAS típicas como:
- distúrbios do sono,
- fadiga,
- cefaleia,
- parestesias,
- síndrome do intestino irritável e
- alterações do humor (depressão e/ou ansiedade).
Exames laboratoriais: normais.
Tratamento:
1. Dor crônica:
a. Amitriptilina / Nortriptilina
b. Duloxetina
2. Exercícios físicos aeróbios
3. Dor aguda:
a. Paracetamol
b. Tramadol
Vasculites:
Definição | Clínica (2)
Laboratório - menos específico (4)
Laboratório - mais específico (2) - a que são associados?
Diagnóstico - ideal | e se grandes vasos?
Classificação:
Grandes (2) - clínica (3) | Médios (2) - clínica (3)
Pequenos (5) - clínica (3)
Variável
Definição:
- Primárias vs. secundárias
Clínica:
1. Sintomas sistêmicos inespecíficos
2. Específica: depende do vaso acometido
Laboratório - menos específico:
1. Aumento de VHS e PCR
2. Anemia normo / normo
3. Leucocitose
4. Trombocitose
Laboratório - mais específico:
ANCA positivo
a. c-ANCA: antiproteinase 3
Granulomatose de Wegener
b. p-ANCA: antimieloperoxidase
Poliangiite microscópica
Churg-Strauss
Diagnóstico - ideal:
1. Biópsia de vaso ou estrutura acometida (pele, nervo)
- se não puder fazer: Grandes Vasos: Angiografia
Classificação:
1. GRANDES vasos (aorta e grandes ramos)
a. Arterite temporal
b. Arterite de Takayasu
- Clínica: Claudicação, redução de pulso e sopro
- MÉDIOS vasos
a. Kawasaki
b. PAN: Poliarterite Nodosa
- Clínica: Livedo reticular, mononeurite múltipla, microaneurismas - PEQUENOS vasos
a. Poliangiite microscópica
b. Churg-Strauss
c. Wegener
d. Henoch-Schonlein
e. Crioglobulinemia
- Clínica: púrpura palpável, glomerulonefrite e hemorragia alveolar - Variável calibre
a. Behçet
b. Buerger
Arterite de Takayasu:
Epidemiologia
Quais os vasos? (4)
Clínica (5)
Diagnóstico
Tratamento
Se alteração mais importante
Epidemiologia: mulher jovem.
Quais os vasos? Grandes
- aorta
- subclávia
- carótida
- renal
Clínica:
1. Claudicação de MMSS
2. Queda de pulso braquial
3. Diferença de PA > 10 mmHg entre MMSS
4. HAS renovascular: estenose de artéria renal
5. Vertigem / Síncope: carótida
Diagnóstico: Aortografia / arteriografia de outro vasos
Tratamento: imunossupressão
Corticoide +- Metotrexato
Se alteração mais importante: revascularização.
Arterite Temporal / de Células Gigantes:
Epidemiologia
Clínica (4)
Associação característica
Diagnóstico (3)
Tratamento
Epidemiologia: mulher idosa.
Clínica:
1. Cefaleia
2. Claudicação mandibular
3. Amaurose:
4. Dor e espessamento da A. Temporal
Associação em 40%: Polimialgia Reumática
- claudicação e dor articular em cinturas escapular e pélvica
Diagnóstico:
1. Biópsia = típico
2. USG
3. Elevação de VHS - alto VPN
Tratamento:
Corticoide
Arco Aórtico:
Vasos que o formam e ordem em que se apresentam
Poliarterite Nodosa (PAN):
Epidemiologia
Clínica (4)
Associação
Diagnóstico (2)
Epidemiologia: homem de meia-idade
Clínica:
1. Livedo reticular
2. HAS renovascular: aneurismas renais
- não pega glomérulo, não cursa com hematúria dismórfica
3. Angina mesentérica
4. Dor testicular
Associação:
Hepatite B em 10-30% dos casos
- sempre solicitar sorologia
Diagnóstico:
1. Biópsia (nervo, pele, testículo)
2. Angiografia de artérias de médio calibre
- mesentérica | renal
Doença de Kawasaki:
Epidemiologia
Critérios diagnósticos (6)
Complicação - como investigar?
Tratamento: posologia | objetivos
Tratamento na fase de convalescença
Se aneurisma como complicação crônica
É necessário repetir o ecocardiograma?
Epidemiologia: meninos de 1-5 anos
Critérios diagnósticos (>= 5 +):
Obrigatório: 1. Febre >= 5 dias
2. Congestão ocular
3. Alteração oral
4. Linfonodomegalia cervical não supurativa
5. Exantema polimorfo
6. Alterações de extremidades
Complicação:
ANEURISMA DE CORONÁRIA
- sempre solicitar ecocardiograma ao diagnóstico
- risco de aterosclerose e IAM precocemente
Tratamento:
1. Imunoglobulina 2g/kg em DU
- idealmente até 10° dia
- maior evidência de redução do risco de aneurisma coronariano
2. AAS 30-100 mg/kg/dia até 48 horas sem febre
Tratamento na fase de convalescença:
AAS 3-5 mg/kg/dia por 4-6 semanas
- diminuir risco de trombose coronariana
Se aneurisma como complicação crônica:
AAS 3-5 mg/kg/dia por toda a vida
É necessário repetir o ecocardiograma?
Sim:
1. ao diagnóstico
2. 2 semanas após
3. 4-6 semanas após
- se alterado: individualizar
Síndrome Pulmão-Rim:
Clínica
Quais as vasculites? (2)
Outras causas (3)
Clínica: hemoptise + glomerulonefrite
Quais as vasculites?
1. Wegener
2. Poliangiite microscópica
Outras causas:
1. Síndrome de Goodpasture
2. LES
3. Leptospirose
Granulomatose de Wegener (com Poliangiite):
Epidemiologia
Clínica (5)
- há acometimento articular?
Diagnóstico
- presença de granulomas pulmonares e renais
Tratamento (2)
- se mais grave
- se GNRP
- se recidivas
Epidemiologia: homens de 40 anos
Clínica:
1. VAS: sinusite e rinite
2. Nariz em sela
3. Perfuração de VAS
4. Síndrome Pulmão-Rim:
a. Pulmão: hemoptise | infiltrados pulmonares | nódulos pulmonares
- DD com TB: WEGENER NÃO FAZ ADENOPATIA HILAR
b. Rim: glomerulonefrite em geral grave: GNRP
- Padrão PAUCI-IMUNE na imunofluorescência
- há acometimento articular?
Sim, em até 44% dos casos
caiu na AMRIGS 2014 que não na infância
Diagnóstico:
1. c-ANCA: antiproteinase 3 (70-97% dos casos)
2. Biópsia de região acometida
- incomum haver granuloma renal
- mais comum haver granuloma pulmonar
Tratamento:
PREDNISONA + CICLOFOSFAMIDA
- se mais grave: pulsoterapia
- se GNRP: plasmaférese
- recidivas: rituximabe
Poliangiite microscópica:
Epidemiologia
Clínica (2)
Diagnóstico
Epidemiologia: homem de meia-idade
Clínica:
1. Síndrome Pulmão-Rim
2. Semelhança com a PAN: Mononeurite
Diagnóstico: p-ANCA (antimieloperoxidase)
Síndrome de Churg-Strauss
Granulomatose eosinofílica com poliangiite:
Epidemiologia
Clínica (7)
Diagnóstico (2)
Qual droga do tratamento de asma pode se associar ao surgimento?
Epidemiologia: 40 anos
Clínica:
1. Asma de difícil controle (início tardio)
2. Pólipos nasais
3. Eosinofilia
4. Aumento de IgE
5. Infiltrado pulmonar migratório
6. Gastroenterite
7. Miocardite eosinofílicas
Diagnóstico:
1. p-ANCA: antimieloperoxidase
2. Biópsia pulmonar
Qual droga do tratamento de asma pode se associar ao surgimento?
Montelucaste / antileucotrienos
Vasculite por IgA / Henoch-Schonlein:
Epidemiologia | Sinônimo
Gatilho
Clínica (4)
Tratamento (2)
Pode haver invaginação intestinal?
Pode haver cometimento testicular?
Pode haver acometimento neuropsiquiátrico?
Pode causar síndrome pulmão-rim?
Epidemiologia: menino < 20 anos
1. Predomínio em meninos de 5 anos
2. 10% dos casos em adultos
3. VASCULITE MAIS COMUM DA INFÂNCIA
Sinônimo: Púrpura Anafilactoide
Gatilho: infecção prévia de VAS»_space; depósitos de IgA
Clínica:
1. Púrpura palpável NÃO trombocitopênica em MMII
- DD com PTI
2. Hematúria: nefropatia por IgA = Doença de Berger
3. Dor abdominal
4. Artralgia / artrite
Tratamento:
1. Analgesia (AINES) + repouso
2. Nefrite grave / dor refratária: corticoide
Pode haver invaginação intestinal?
Sim, em até 13% dos casos
- Local mais comum: ileoileal (51%)
Pode haver cometimento testicular?
Orquite, epididimite e torção testicular
Pode haver acometimento neuropsiquiátrico?
Alterações de comportamento, cefaleia e convulsões
Pode causar síndrome pulmão-rim?
Até pode, mas é incomum
Crioglobulinemia:
Associação
Alteração laboratorial característica
Clínica (4)
Pode causar síndrome pulmão-rim?
Associação: com HCV
Alteração laboratorial característica: consome complemento (C4)
Clínica:
1. PÚRPURA PALPÁVEL
2. Artralgia
3. Úlceras cutâneas
4. Fenômeno de Raynaud
Pode causar síndrome pulmão-rim?
Até pode, mas é raro
Doença de Behçet:
Qual o teste associado ao diagnóstico?
Clínica: mucosas (2) | pele (2) | olhos (2)
Outras manifestações (3) - qual a mais grave?
Anticorpo característico
Teste de Patergia: hiperrreatividade da pele com pálpulas em 48 horas após lesão
Qual a doença mais associada?
Clínica:
- MUCOSAS:
1. úlceras orais dolorosas
2. úlceras genitais dolorosas
- PELE:
3. Acne
4. Eritema nodoso
- OLHOS:
5. uveíte
6. hipópio
Outras manifestações:
1. Artrite (50%)
2. Trombose (30%)
3. Aneurisma pulmonar: manifestação mais grave
Anticorpo característico: ASCA
Doença de Buerger / Tromboangeíte Obliterante:
Epidemiologia | Gatilho obrigatório
Clínica
Diagnóstico
Tratamento
Epidemiologia: homem | 35 anos | TABAGISMO (gatilho obrigatório) - predisposição
Clínica: vasculite muito intensa
Necrose de extremidades
- acometimento de vasos DISTAIS
Diagnóstico: angiografia com padrão de saca-rolhas
Tratamento: cessação do tabagismo
Lúpus Eritematoso Sistêmico:
Epidemiologia
Fisiopatologia: fatores associados (4)
Alvos dos autoanticorpos (2) e consequências
Padrão de acometimento
Clínica: quadros leves (4) | moderados | graves (2)
Epidemiologia: mulheres (9:1) | idade fértil | negra
- 90% dos pacientes: mulheres em idade fértil
Fisiopatologia: formação de AUTOANTICORPOS disseminados
Fatores genéticos:
1. HLA-DR2 e HLA-DR3
2. queda de complemento
Fatores ambientais:
1. Luz ultravioleta
2. Medicamentos
Alvos dos autoanticorpos:
- ITES: dermatite, artrite e nefrite
- PENIAS: anemia, plaquetopenia e leucopenia
Padrão de acometimento: surto e remissão
- DD com Esclerose Sistêmica: fibrose e clínica permanente
Clínica:
1. Sintomas constitucionais
2. Pele / mucosa / articulações / serosas = BRANDO
3. Sistema hematológico = MODERADO
4. Rim / neuropsiquiátrico = GRAVE
Lúpus Eritematoso Sistêmico:
Quais os autoanticorpos?
Anti-nucleares (6) e suas associações
Anti-citoplasmático
Anti-membrana (3)
E o FAN?
Quais os autoanticorpos?
- ANTI-NUCLEARES: a. anti-DNA dh (nativo): nefrite | específico | marca de atividade de doença b. anti-histona: farmacoinduzido (procainamida, hidralazina, etc) c. anti-Sm: mais específico d. anti-RNP: doença mista do tecido conjuntivo e. anti-La (SSB): Sjogren | NÃO associado à nefrite f. anti-Ro (SSA): Sjogren | Neonatal | Fotossensibilidade - ANTI-CITOPLASMÁTICOS: a. anti-P: psicose - ANTI-MEMBRANA: TROMBOSE a. anticoagulante lúpico b. anti-B2-glicoproteina 1 c. anticardiolipina
E o FAN?
Representa que existem anticorpos antinucleares ou anti-citoplasmático positivos.
Lúpus Eritematoso Sistêmico:
Critérios diagnósticos:
EULAS/ACR (2019):
Como fazer o diagnóstico?
Critério de entrada
Critérios clínicos:
- Sistêmico | Pele e Mucosas (4)| Articular (2) | Serosas (3)
- Hematológico (3) | Neuropsiquiátrico (3) | Renal (2)
Critérios imunológicos (3)
Anemia: mais comum |critério diagnóstico | tratamento
Critérios diagnósticos:
EULAS/ACR (2019):
Critério de entrada: FAN >= 1:80
Critérios adicionais: >= 10 pontos / >= 4 critérios
- Clínicos (7) - >= 1 é obrigatório
- Imunológicos (3)
Critérios clínicos:
1. Febre > 38,3°C
2. Pele / Mucosa
a. alopécia
b. úlcera
c. subagudo e discoide
d. agudo
3. Articular:
a. artrite migratória de pequenas articulações sem erosões ósseas >= 2 articulações
- pode deformar
b. dor / rigidez matinal >= 2 articulações
4. Serosas:
a. derrame pleural
- exsudato | glicose normal | complemento baixo
b. derrame pericárdico
- na maior parte achado em assintomático
c. pericardite
5. Hematológico:
a. leucopenia
b. plaquetopenia
c. anemia hemolítica autoimune com CD +
6. Neuropsiquiátrico:
a. delirium
b. psicose
c. convulsões
7. Renal:
a. proteinúria > 0,5 g/dia
b. biópsia
Critérios imunológicos:
1. Anticorpo antifosfolipídeo
2. Queda de complemento: C3 e C4
3. Anticorpo específico:
- anti-SM: mais específico
- anti-DNA nativo
Anemia:
Mais comum: doença crônica
Critério diagnóstico: hemolítica com CD + e reticulocitose
- Pulsoterapia com glicocorticoide + tranfusão em alíquotas, pois anticorpos atacam se hemotransfusão convencional e há TROMBOSE
Lúpus eritematoso sistêmico:
Medidas gerais - TODOS (4)
Tratamento leve | moderado | grave
É comum haver uso de corticoide em altas doses por longos períodos?
Quais as principais causas de mortalidade por LES? (3)
Medidas gerais - TODOS:
1. Protetor solar
- luz é gatilho de doença e de atividade de doença
2. Cessação do tabagismo
3. Controle de comorbidades
4. HIDROXICLOROQUINA
Tratamento leve:
AINE +- corticoide em dose anti-inflamatória
Tratamento moderado:
Corticoide (40-60 mg/dia) + imunossupressor
Tratamento grave:
Pulsoterapia 3 dias + imunossupressor
É comum haver uso de corticoide em altas doses por longos períodos?
Não, a pulsoterapia tende a durar 3 dias e depois reduzimos o corticoide para a menor dose possível
Quais as principais causas de mortalidade por LES?
Padrão bimodal:
- primeiros anos após dx:
1. Infecções por germes oportunistal - pricnipal
2. Doença em atividade grave (nefrite e SNC)
- após anos de dx:
Aterosclerose acelerada associada à inflamação crônica
OBS: incidência de IAM é 5 vezes maior
Síndrome do anticorpo antifosfolipídeo:
Qual a etiologia mais comum?
Quais as consequências?
- quando considero CATASTRÓFICA?
Critérios diagnósticos:
Clínico | Clínica Obstétrica (3) | Laboratoriais (3)
Manifestação clínica cutânea característica
Qual o anticorpo mais sensível?
Qual o anticorpo mais específico?
Qual exame que pode estar falso-positivo?
Pode haver elevação de KTTP?
Qual o tipo de anemia pode ser característica?
Qual a etiologia mais comum?
Primária
Quando secundária, mais comum é o LES
Síndrome do anticorpo antifosfolipídeo:
- Trombose arterial ou venosa
- Insuficiência placentária e morbidade gestacional
- quando considero CATASTRÓFICA? quando acomete >= 3 ou mais órgãos
Critérios diagnósticos - tradicionais:
- Clínicos (>= 1):
a. Trombose arterial ou venosa
b. Obstétrica:
>= 3 abortamentos < 10 semanas
>= 1 abortamento > 10 semanas
Prematuridade <= 34 semanas - insuficiência placentária
- Laboratoriais (>= 1): 2 titulações com 12 semanas
a. anticardiolipina
b. anti-B2-glicoproteína 1
c. anticoagulante lúpico
Manifestação clínica cutânea característica
Livedo reticularis
Qual o anticorpo mais sensível?
Anticardiolipina
Qual o anticorpo mais específico?
Anticoagulante lúpico
Qual exame que pode estar falso-positivo?
VDRL
Pode haver elevação de KTTP?
Sim, é um sinal indireto de anticoagulante lúpico
- não corrige com teste da mistura
Qual o tipo de anemia pode ser característica?
Anemia hemolítica com CD +
Síndrome do anticorpo antifosfolipídeo:
Tratamento: agudo (2) | crônico (2)
Uso de NOAC
Por quanto tempo?
Tratamento em gestante
E se anticorpo positivo, mas clínica ausente?
Outras causas de trombose / AVE em LES (2)
Tratamento:
1. Agudo: HBPM + Varfarina
2. Crônico: Varfarina +- AAS (80 mg/dia)
- AAS não é consensual
- NOAC não tem muitos estudos na SAF
Por quanto tempo? Depende da referência.
- Harrison diz que para a vida toda.
Tratamento em gestante:
HBPM profilática + AAS
E se anticorpo positivo, mas clínica ausente?
Observar ou AAS, não há diagnóstico de SAF.
Outras causas de trombose / AVE em LES:
1. Embolia por Endocardite de Libman-Sacks
- não infecciosa
- pode estar presente em LES e na SAF
2. Vasculite associada
- incomum
Nefrite Lúpica:
Qual o anticorpo mais associado?
Qual o anticorpo que protege contra nefrite?
Quais são as classes de acometimento? (6)
Forma Difusa e Membranosa:
Clínica e Laboratório
Está indicada a biópsia? (3)
Posso fazer diagnóstico de LES com biópsia renal?
Qual o anticorpo mais associado? Anti-DNA
Qual o anticorpo que protege contra nefrite? Anti-La (SSB)
Quais são as classes de acometimento?
I - mesangial mínima
II - mesangial proliferativa
III - focal
IV - difusa
V - membranosa
VI - esclerótica avançada
Forma DIFUSA (Classe IV):
GLOMERULONEFRITE MEMBRANOPROLIFERATIVA DIFUSA
- mais comum
- mais grave
- clínica de síndrome nefrítica + nefrótica»_space; GNRP
- anti-DNA +
- queda do complemento
Forma MEMBRANOSA (Classe V):
- síndrome nefrótica pura
- exceção laboratorial:
- anti-DNA dh negativo
- complemento normal
- risco de TROMBOSE DE VEIA RENAL
Está indicada a biópsia?
Sim, para determinar etiologia em:
1. Proteinúria > 500 mg/dia
2. Sedimento renal ativo
3. Retenção de escórias nitrogenadas
Posso fazer diagnóstico de LES com biópsia renal?
Sim. se associação com:
1. FAN
2. Anti-DNA ds
Lúpus Farmacoinduzido:
Epidemiologia
Anticorpo
Clínica
Quais as drogas mais associadas? (5)
Epidemiologia: incidência igual entre homens e mulheres
Anticorpo: anti-histona
Clínica: mais leve
- poupa rim e SNC
Quais as drogas mais associadas?
1. PROCAINAMIDA: maior risco
2. HIDRALAZINA: mais comum
3. Fenitoína
4. Metildopa
5. D-Penicilamina
Esclerose sistêmica / Esclerodermia:
Epidemiologia | Fisiopatologia
Quando considero JUVENIL?
Principais alvos e clínica:
Pele (5) | Rim (3) | TGI (3) | Pulmão (2)
Qual a principal causa de morte na crise renal?
Qual a principal causa de morte atualmente?
Epidemiologia: mais comum em mulheres
Quando considero JUVENIL? < 16 anos
Fisiopatologia:
Anticorpos»_space;> acometimento crônico»_space;> FIBROSE
- teoria diz que anticorpos atacam células endoteliais, gerando isquemia tecidual e ativação de fibroblastos
4 principais alvos:
—————- PELE:
Clínica:
a. esclerodactilia (mão em garra)
- espessamento da pele
b. fáscies esclerodérmica
- afilamento nasal
- microstomia
c. Telangiectasias
d. Calcinose
- em imagem ou até clinicamente
e. Fenômeno de Raynaud
- palidez > cianose > rubor (vasodilatação rebote)
- não é patognomônico: mais comum é primário
—————- RIM - crise renal (difusa):
a. IRA oligúrica por isquemia
b. HAS grave
c. Anemia hemolítica microangiopática
Qual a principal causa de morte na crise renal? HAS
—————- TGI:
- principal órgão acometido: esôfago
a. Disfagia de condução (musculatura lisa)
b. Refluxo GE
c. Constipação
Qual a principal causa de morte atualmente?
—————- PULMÃO:
a. Alveolite em fibrose
- TC com vidro fosco»_space;> faveolamento (traves fibróticas)
- hipertensão pulmonar
Esclerose sistêmica / Esclerodermia:
Formas clínicas:
Localizada vs. Sistêmica (2)
Cutânea limitada vs. Cutânea difusa
- Clínica: acometimento pulmonar e renal
- Anticorpos característicos
E o FAN?
Formas clínicas:
- LOCALIZADA: pele
ex: morfeia, esclerodermia linear, em golpe de sabre
- SISTÊMICA:
1. Cutânea difusa
2. Cutânea limitada (regiões distais)
3. Visceral
CUTÂNEA DIFUSA:
- órgãos internos + qualquer parte da pele
1. Alveolite com fibrose interticial
2. Crise renal
- Anticorpos: antitopoisomerase I (anti-SCL-70)
- se crise renal: anti-RNA polimerase III
CUTÂNEA LIMITADA:
- órgãos internos + cutâneo limitado a localizações distais
1. Alveolite com hipertensão pulmonar
2. CREST
C = Calcinose
R = Raynaud
E = Esofagopatia
S = Sclerodactyly
T = Telangiectasias
- Anticorpos: anticentrômero
E o FAN?
Positivo em 90-95% dos casos
Esclerose sistêmica / Esclerodermia:
Há cura?
Tratamento:
Alveolite | Crise renal | Raynaud
Não há cura e fibrose já formada é irreversível.
Tratamento: é sintomático:
1. Alveolite: Ciclofosfamida ou Micofenolato
- Acometimento renal: iECA
- NÃO fazer corticoide: pode agravar a HAS e não apresentou benefício - Fenômeno de Raynaud: BCC
evitar: frio, tabagismo, beta-bloqueadores
- posso usar outros vasodilatadores
Microstomia - Esclerose Sistêmica / Esclerodermia
Mão em garra
Espessamento da pele - fibrose
Calcinose sistêmica generalizada
Diagnóstico: Esclerose Sistêmica / Esclerodermia
Doença de Devic (Neuromielite Óptica):
Diagnóstico diferencial
Clínica
Padrão à RNM
LCR
Tratamento ataque (2)
Tratamento manutenção (3)
Diagnóstico diferencial: Esclerose Múltipla
- aqui autoanticorpo: contra aquaporina-4
Clínica:
1. Neurite óptica
2. Mielite
Padrão à RNM: hipersinal em T2/Flair
LCR: baixa quantidade de bandas oligoclonais de IgG
Tratamento ataque:
1. Corticoterapia EV em alta dose
2. Plasmaférese
Tratamento manutenção:
1. Azatioprina
2. Micofenolato
3. Rituximabe
Síndrome de Sjogren:
Definição | Epidemiologia
Clínica (2)
Pode haver acometimento renal?
Diagnóstico - clínica (2) | autoanticorpos (2) | biópsia
Tratamento:
Medidas gerais (4) | Se sintomas sistêmicos
Definição: infiltrado linfocitário em glândulas exócrinas.
Epidemiologia: 9 x mais comum em mulheres
Faixa etária: 30-40 anos
Clínica:
Xerostomia + Xeroftalmia
1. Cáries
2. Olho com sensação de areia
Pode haver acometimento renal?
Sim, em até 15%.
Nefrite tubulointersticial crônica.
Associação: maior risco de LINFOMA NÃO Hodgkin
Diagnóstico:
1. Clínica com sinais objetivos:
a. Teste da fluorsceína ou verde lissamina: Xeroftalmia;
b. Cintilografia salivar: Xerostomia;
2. Anti-Ro (SSA) ou Anti-La (SSB) ou biópsia de lábio inferior com infiltrado linfocitário de glândula salivar
Tratamento:
- Medidas gerais: lágrima artificial, higiene bucal, óculos de natação, abandono ao tabagismo
- Se manifestações sistêmicas:
Corticoide/imunossupressor
Qual a doença autoimune mais associada à colangite biliar primária? (2)
Síndrome de Sjogren: 60%
Tireoidite de Hashimoto: 10-15%
Púrpura é obrigatória para diagnóstico de Vasculite por IgA?
Sim, é achado universal
Hidroxicloroquina:
Em qual doença está sempre recomendado seu uso?
Qual o efeito adverso mais temido?
Qual o acompanhamento preconizado?
E os efeitos cardiovasculares? Acompanhar?
Em qual doença está sempre recomendado seu uso?
Lúpus
Qual o efeito adverso mais temido? RETINOPATIA
- mais comum quanto:
a. maior a dose
b. maior o tempo de tratamento
Acompanhamento: exame oftalmológico
- ao início
- a cada 12 meses
E os efeitos cardiovasculares? Acompanhar?
Risco de Alargamento de Intervalo QT
- doses altas ou associação com ADT
- maioria das refs não solicita ECG antes do início
- não precisa encaminhar ao cardiologista
Lúpus Eritematoso Sistêmico:
A artrite pode ser deformante?
Qual a forma de acometimento cardíaco mais comum?
Pode causar cegueira?
Neuropatia periférica: é critério para diagnóstico?
A artrite pode ser deformante?
No geral não, a artrite é do tipo não erosiva
Exceção: Artropatia de Jaccoud em 10%
Qual a forma de acometimento cardíaco mais comum?
PERICARDITE
Pode causar cegueira?
Sim, como complicação de Neurite Óptica, que costuma ser grave
Neuropatia periférica: é critério para diagnóstico?
Sim
Fenômeno de Raynaud:
Epidemiologia
Primário - Epidemiologia | exames complementares (2)
Pode ser a única manifestação clínica por anos de …
Qual o tratamento?
Epidemiologia: mulheres 20-40 anos
Primário:
- idiopático
- sem positividade para anticorpos
- sem alteração à capilaroscopia ungueal
Pode ser a única manifestação clínica por anos de:
Esclerodermia / Esclerose Sistêmica: Secundário.
Tratamento:
1. Bloqueador de Canal de Cálcio (Anlodipina, Nifedipina)
2. Orientações ao paciente: evitar exposição ao frio, drogas vasoconstritoras (BB), tabagismo
Qual o tipo de dor articular que melhora com o uso da articulação?
Qual o diagnóstico diferencial?
Dor periarticular = periartrite, que na verdade não é articular em si.
Qual o diagnóstico diferencial?
Rigidez articular que melhora com o movimento, como na artrite reumatoide.
Osteossarcoma:
Quando pensar? (3)
Epidemiologia - pico de incidência
Predileção
Mau prognóstico?
Tratamento
Quando pensar?
1. Dor em ossos longos / articular sem trauma em paciente jovem
2. Ausência de sinais de infeção
3. Raio X mostra acometimento de metáfise distal de osso longo
Epidemiologia: tumor ósseo maligno mais comum em adolescentes e adultos jovens.
Pico: segunda década de vida.
Predileção: metáfise de ossos longos
- porção distal do fêmur
- tíbia
- úmero proximal
Mau prognóstico?
Crescimento rápido e metástase precoce.
- metástases presentes em 10-20% dos diagnósticos
- 85% das metástases em pulmões
Tratamento:
Cirúrgico + QT neo e adjuvante +- RDT
Derrame pleural na Artrite Reumatoide:
Quais as características esperadas?
- pH < 7,2
- GLICOSE MUITO BAIXA
- LDH elevado
Doença Mista do Tecido Conjuntivo:
Definição
Autoanticorpo positivo
- e o FAN? e o FR?
Quais anticorpos devem estar negativos?
Qual a alteração neurológica mais comumente associada?
- qual a prevalência?
Definição: quadro sugestivo de “mais de uma doença reumatológica ao mesmo tempo”
Autoanticorpo positivo: anti-RNP
- FAN positivo em autos títulos
- FR positivo
Quais anticorpos devem estar negativos?
Os mais específicos para LES: anti-Sm e anti-DNA
Qual a alteração neurológica mais comumente associada?
Neurite Óptica - 25% dos pacientes
Crise de gota:
Paciente em uso de Tiazídico, AAS e Hipouricemiante:
Qual a conduta?
Manter Hipouricemiante e AAS
Suspender Tiazídico
Acometimento articular associado a doenças inflamatórias intestinais:
Está sempre relacionado à atividade de doença?
Não, quando artrite periférica sim, mas se acometimento de esqueleto axial (Espondilite Anquilosante) não
Espondilite anquilosante:
Qual a principal manifestação extra-articular mais comum?
Qual a principal forma de acometimento cardíaco?
Qual a principal manifestação extra-articular mais comum?
Uveíte anterior (30-40% dos casos)
Qual a principal forma de acometimento cardíaco?
Insuficiência aórtica (10% dos casos)
Artrite reativa:
Pode haver positividade de HLA B27?
O que isso significa?
Pode haver positividade de HLA B27?
Sim, em até 80% dos casos
O que isso significa?
Pode haver associação com maior cronicidade
Os critérios da doença de Jones podem mudar conforme paciente exposto no diagnóstico de Febre Reumática?
Sim, conforme baixo, médio ou alto risco.
Por exemplo: monoartrite aguda ou poliartralgia aguda podem ser consideradas critérios maiores em populações de médio e alto risco.
Artrite psoriásica:
Artrite mutilante:
Definição
Artrite destrutiva com reabsorção óssea acentuada ou osteólise: acometimento, principalmente AXIAL.
Corticoides de ação:
Rápida (2)
Intermediária (2)
Prolongada (2)
RÁPIDA:
1. Cortisona: 25 mg
2. Hidrocortisona (cortisol): 20 mg
INTERMEDIÁRIA:
1. Metilprednisolona: 4 mg
2. Prednisolona: 5 mg
PROLONGADA:
1. Dexametasona: 0,75 mg
2. Betametasona: 0,75 mg
Rabdomiólise induzida por drogas:
- Estatinas
- Colchicina
- Fibratos
Paciente com artrite psoriásica:
Quando deformidade articular descrita:
Qual o tratamento?
anti-TNF alfa / biológicos
DARMD pode ser utilizado em casos mais leves, mas se houver deformidades = GRAVE
Fibromialgia:
Qual a primeira linha de tratamento farmacológico?
ADT ou IRSN (Duloxetina)
Artrite reumatoide vs. Outras:
Achados em raio-x de mãos
Artrite reumatoide: Erosões osseas justa-articulares
Esclerose sistêmica: Calcificação periarticular
Osteoartrose: Esclerose ossea subcondral e osteófitos marginais