NEONATOLOGIA Flashcards
Classificação do RN:
Por idade gestacional
Peso ao nascer
Peso x Idade Gestacional
Idade gestacional:
- Pré-termo: < 37 semanas
a. pré-termo tardio: 34 semanas a 36 semanas e 6 dias
b. pré-termo extremo: < 28 semanas
- A termo: 37semanas a 41 semanas e 6 dias
- Pós-termo: >= 42 semanas
Peso ao nascer:
1. < 2500g: baixo peso
2. < 1500g: muito baixo peso
3. < 1000g: extremo baixo peso
Peso x Idade Gestacional:
GIG: > percentil 90
AIG: entre percentil 10-90
PIG: < percentil 10
Sífilis congênita:
Agente etiológico
Clínica precoce (3)
Agente etiológico:
Treponema pallidum
Clínica precoce (< 2 anos):
1. Rinite com destruição de mucosa nasal:
- deformidades, secreção sanguinolenta
- Lesões cutâneas e mucosas INFECTANTES:
- placas mucosas, condiloma plano anal, pênfigo - Lesões ósseas, que só ocorrem na forma congênita
- Pseudoparalisia de Parrot
- Sinal do duplo contorno
Sífilis congênita:
Qual o achado na imagem?
Sinal do duplo contorno
- alteração óssea que pode ocorrer em RNs com sífilis congênita
Sífilis congênita:
Qual o achado na imagem?
Pênfigo
- alteração de pele INFECTANTE que pode ocorrer em RN com sífilis congênita
Sífilis congênita:
Clínica tardia (>= 2 anos - sequelas):
Quais as principais? (5)
- Nariz em sela
- Rágades
- Fronte olímpica
- Tíbia em sabre
- Alterações dentárias:
- HUTCHINSON e molares em AMORA
Sífilis congênita:
Qual o achado na imagem?
Nariz em sela, complicação que pode decorrer da sífilis congênita
Sífilis congênita:
Qual o achado na imagem?
Dentes de HUTCHINSON
Sífilis congênita:
Qual o achado na imagem?
Molares em AMORA
Sífilis congênita:
O que considero tratamento materno ADEQUADO?
- Penicilina Benzatina
- única droga capaz de tratar a mãe e o feto - Dose e intervalo adequado para fase de doença
- PROTOCOLO 2023: intervalo entre doses 7-9 dias - Iniciado até 30 dias antes do parto
- Descartado risco de reinfecção
- tratamento do parceiro não é mais obrigatório, mas se deve averiguar risco de reinfecção
Sífilis congênita:
Tratamento materno ADEQUADO:
Qual a conduta perante o RN?
Quando é obrigatório o tratamento com Cristalina?
SOLICITAR VDRL de SANGUE PERIFÉRICO:
- VDRL negativo ou < 2 diluições do materno:
a. Assintomático: observação
b. Sintomático:
- VDRL +: rastreamento completo e tratamento por 10 dias
- VDRL -: rastrear outras infecções - VDRL >= 2 diluições do materno:
Rastreamento completo e tratamento por 10 dias
a. Hemograma
b. Função/lesão hepática
c. Eletrólitos
d. Análise do LCR
e. Raio X de ossos longos
Tratamento obrigatório com Cristalina se Neurossífilis:
Pelo menos 1 dos critérios:
1. VDRL +
2. Celularidade > 25
3. PTN > 150
Sífilis congênita:
Tratamento materno INADEQUADO:
Quais os exames solicitados ao RN? (6)
Qual a conduta perante o RN?
Quando é obrigatório o tratamento com Cristalina?
Solicitar para todos:
1. VDRL de sangue periférico
2. Hemograma
3. Função/lesão hepática
4. Eletrólitos
5. Análise do LCR
6. Raio X de ossos longos
Qual a conduta perante o RN?
1. Todos exames normais e VDRL NEGATIVO:
Uma dose única de Penicilina Benzatina
- Exame de LCR alterado: NEUROSSÍFILIS:
>= 1 dos critérios:
a. VDRL +
b. Celularidade > 25
c. PTN > 150
Penicilina CRISTALINA por 10 dias - Exame alterado, mas LCR normal:
Penicilina cristalina ou procaína 10 dias
Sífilis congênita:
Acompanhamento do RN após o tratamento:
Como está indicado? (3)
- VDRL 1-3-6-12-18 meses para TODOS:
Suspensão: após 2 consecutivos negativos - Avaliação auditiva / visual / neurológica para TODOS:
Semestral nos primeiros DOIS anos - Análise de LCR semestral se neurossífilis:
Nos primeiros DOIS anos
Tratamento de RN com infecção congênita para Sífilis:
Qual a posologia?
Penicilina cristalina 50.000 UI/kg/dose
Endovenosa
- a cada 12 horas nos primeiros 7 dias
- a cada 8 horas entre os dias 8-10
Toxoplasmose congênita:
Agente
Clínica clássica (3)
Como investigar RN assintomático exposto? (3)
Como investigar RN sintomático exposto? (2)
Agente:
Toxoplasma gondii
Clínica: Tríade de SABIN:
1. Coriorretinite grave
2. Hidrocefalia
3. Calcificações difusas de SNC
Como investigar RN assintomático exposto?
1. Sorologia
2. USG transfontanelar
3. Fundoscopia
Como investigar RN sintomático exposto?
- ou com exame inicial alterado:
1. TC
2. LCR
Toxoplasmose congênita:
Qual o tratamento?
Por quanto tempo está indicado?
Para quem está indicado?
Quais as indicações de corticoterapia? (2)
Qual o tratamento?
1. Sulfadiazina +
2. Pirimetamina +
3. Ácido Folínico
Por quanto tempo está indicado?
Durante o primeiro ano de vida
Para quem está indicado?
Para todos INFECTADOS, independentemente de sintomatologia
Quais as indicações de corticoterapia?
Corticoterapia até normalização se:
1. Coriorretinite em atividade
2. PTN LCR > 1g/dl
CMV congênita:
Agente
Clínica clássica, quando sintomáticos (4)
Diagnóstico
Tratamento - quais as opções? (2)
Principal complicação
Agente:
Citomegalovírus
Clínica clássica, quando sintomáticos:
1. CALCIFICAÇÕES PERIVENTRICULARES
2. Microcefalia
3. Petéquias / rash purpúrico
4. VENTRICULOMEGALIA
Diagnóstico:
Pesquisa de vírus salivar / urinário
Nas primeiras TRÊS SEMANAS de vida
Tratamento:
1. Ganciclovir EV 6 semanas se muito grave
2. Valganciclovir VO 6 meses se sintomáticos não tão graves
Principal complicação:
Surdez neurossensorial
Síndrome da rubéola congênita:
Agente etiológico
Quando é maior a chance de transmissão ao feto?
Clínica (3)
Agente etiológico:
Vírus da rubéola
Quando é maior a chance de transmissão ao feto?
No primeiro trimestre da gestação
(fugindo da regra)
Clínica:
1. Surdez neurossensorial
2. Catarata
3. Cardiopatia congênita (sopro ao exame físico)
- persistência do canal arterial
- estenose de AP
Síndrome da Varicela Congênita:
Por que ocorre?
Clínica (4)
Tratamento
Por que ocorre?
Resultado da infecção materna nas primeiras 20 semanas da gestação pelo vírus da Varicela, principalmente nas primeiras 13 semanas.
Clínica:
1. Lesões cicatriciais
2. Hipoplasia dos membros
3. Doença neurológia grave
4. Alterações oftalmológicas
Tratamento:
Manejo de sequelas - suporte
TORCH: o que faz parte?
T = Toxoplasmose
O = Outros agentes
- sífilis
- vírus varicela zoster (VVZ)
- parvovírus B19
- HIV
R = Rubéola
C = CMV
H = Herpes simples
Exposição vertical ao HIV:
Qual é o RN de baixo risco?
Qual a conduta quando baixo risco? (2)
Cuidados no parto (5)
Qual é o RN de baixo risco?
a. TARV materno com início na primeira metade da gestação ou antes disso
b. Carga viral HIV indetectável >= 28 semanas
c. Boa adesão a TARV
Qual a conduta quando baixo risco?
1. Zidovudina (AZT) por 4 semanas
- iniciado nas primeiras 4 horas de vida
2. CARGA VIRAL 2 semanas após término:
- detectável: outra imediatamente
- indetectável: após 4 semanas
Cuidados no parto:
1. Clampeamento imediato do cordão (MS)
2. Banho no RN assim que possível
3. Aspirar via aérea SN delicadamente
4. Aspirar conteúdo gástrico de líquido meconial SN
5. Se sangue em cavidade oral, realizar lavagem gástrica
Exposição vertical ao HIV:
Qual a conduta perante RN de alto risco?
- >= 37 semanas
- 34-37 semanas
- < 34 semanas
Quando solicitar a carga viral?
> = 37 semanas:
RAL + 3TC + AZT por 4 semanas
34-37 semanas:
3TC + AZT por 4 semanas + NVP nas 2 semanas iniciais
< 34 semanas:
AZT por 4 semanas
CARGA VIRAL 2 semanas após término:
- detectável: outra imediatamente
- indetectável: após 4 semanas
Triagem metabólica:
Quando fazer?
Quais são as condições avaliadas? (7)
Quando fazer?
3°-5° dia de vida
Quais são as condições avaliadas?
1. Hipotireoidismo congênito
2. Hemoglobinopatias (anemia falciforme)
3. Hiperplasia adrenal congênita
4. Deficiência da Biotinidase
5. Toxoplasmose congênita
6. Fenilcetonúria
7. Fibrose cística
Teste do coraçãozinho:
Quando fazer?
A partir de qual idade gestacional?
O que busca identificar?
Como é feito?
E se alterado?
Quando fazer?
Entre 24-48 horas de vida
A partir de qual idade gestacional?
> 34 semanas
O que busca identificar?
Cardiopatias críticas
Como é feito?
Mede-se a SpO2 em MSD e MI e considera-se normal se:
1. ambas >= 95%
E
2. Diferença entre medidas < 3%
E se alterado?
- Se alterado: repetir em uma hora
- Se dois alterados: ecocardiograma em até 24h
Teste do reflexo vermelho:
Quando deve ser feito?
Como é feito?
Quais as principais condições avaliadas? (3)
Quando deve ser feito?
Nas primeiras 72 horas de vida + 3 vezes ao ano por 3 anos
Como é feito?
Com oftalmoscópio
Quais as principais condições avaliadas?
Catarata congênita
Retinoblastoma
Doenças da retina
Catarata na infância:
Etiologias principais (6)
Tende a ser Bilateral ou Unilateral?
Etiologias:
1. Congênita: 1/3 dos casos
2. TORCH
3. Trissomias do 21 e 18
4. Síndrome de Turner
5. Hipoglicemia persistente
6. Galactosemia
Causas secundárias tendem a ter casos BILATERAIS, enquanto causas primárias unilaterais.
Triagem auditiva:
Quando deve ser feita?
O que avalia?
Sensibilidade do teste
E se criança com fator de risco para surdez?
Quando deve ser feita?
Antes da alta hospitalar ou até o primeiro mês de vida
O que avalia?
Teste de Emissões Otoacústicas Evocadas
Avaliação auditivaPRÉ-NEURAL.
Sensibilidade do teste:
ALTA, mas há muitos falsos positivos por presença de líquido / cerume em conduto auditivo que AFETA A CONDUÇÃO
E se criança com fator de risco para surdez?
Solicitar o Potencial auditivo de Tronco Encefálico
- avaliação de condução neurossensorial
Icterícia neonatal fisiológica:
Por que ocorre? (3)
Quais os critérios para definir como fisiológica? (5)
Por que ocorre?
1. Produção exagerada de Bilirrubina Indireta (BI)
- Hematócrito alto e Meia-vida curta das hemácias
2. Imaturidade hepática: menos captação e conjugação pela GLICURONILTRANSFERASE de BI em Bilirrubina Direta (BD)
3. Aumento da circulação êntero-hepática: flora bacteriana pouco desenvolvida > BD fica suscetível à GLICURONIDASE que transforma em BI novamente
Quais os critérios para definir como fisiológica?
1. > 36h de vida quando surge
2. Aumento < 5 mg/dl/dia
3. <= 12 mg/dl (não passando da zona III de Kramer = cicatriz umbilical)
4. Duração:
a. a termo: até 7-10 dias
b. pós-termo: até 14 dias
5. Aumento de BI sem sinais de colestase e sem aumento de BD (> 1)
Icterícia neonatal:
Como investigar a icterícia precoce (< 36h de vida)? (5)
Quais as indicações de Fototerapia na icterícia? (3)
Qual a alternativa se não houver Fototerapia?
Como investigar a icterícia precoce (< 36h de vida)?
1. BT e frações
2. Hematócrito / Hb e reticulócitos
3. Tipo Sanguíneo e Rh
4. Coombs direto
5. Hematoscopia:
- esferócitos
- corpúsculos de Heinz
Quais as indicações de Fototerapia na icterícia?
1. Qualquer criança ictérica nas primeiras 24h de vida;
2. BI > 17;
3. Zona de alto risco nos gráficos
Qual a alternativa se não houver Fototerapia?
Exsanguineotransfusão
Icterícia por Incompatibilidade ABO:
Epidemiologia
Quais suas características? (3)
Epidemiologia:
Anemia hemolítica mais comum do RN.
Quais suas características?
1. Mãe O e feto A ou B
2. Coombs indireto + ou -, uma vez que por ser menos graves tem menos anticorpos grudados às hemácias
3. Esferócitos na circulação periférica
Icterícia por Incompatibilidade Rh:
Epidemiologia
Quais suas características? (3)
Epidemiologia:
Menos comum que ABO, mas mais grave
Quais suas características?
1. Mãe Rh -, feto Rh +
2. Mãe já sensibilizada e com Coombs indireto +
3. Feto com Coombs direto +
Icterícia por anemia hemolítica:
Deficiência de G6PD e Esferocitose:
O que ambas tem em comum?
Quais os achados de cada uma em hematoscopia?
O que ambas tem em comum?
Coombs indireto e direto sempre negativo, pois não tem hemólise mediada por anticorpos.
Quais os achados de cada uma em hematoscopia?
ESFEROCITOSE:
- Esferócitos
DEFICIÊNCIA DE G6PD:
- Corpúsculos de Heinz
- Bite Cells ou hemácias mordidas
Icterícia do Aleitamento materno:
Quando ocorre?
Por que ocorre?
Qual a conduta?
Quando ocorre?
Primeira semana de vida
Por que ocorre?
a. dificuldade na amamentação
b. aumento da circulação êntero-hepática
- menor excreção de BD que volta como BI
Qual a conduta?
Amamentação (correção da técnica)
Icterícia do Leite materno:
Quando ocorre?
Por que ocorre?
Qual a conduta?
Quando ocorre?
Mais tardia e persistente (> 2 semanas de vida)
Por que ocorre?
Substância não determinada do leite materno gera interferência no metabolismo da bilirrubina
Qual a conduta?
Acompanhamento, mantendo o aleitamento materno
Atresia de vias biliares:
Definição
Importância epidemiológica
Diagnóstico (2)
Tratamento (2)
Definição:
Icterícia persistente às custas de colestase (BD > 1), independentemente de colúria e acolia (geralmente são achados mais tardios) por ATRESIA da via biliar.
Importância epidemiológica:
Principal causa de transplante hepático na pediatria.
Diagnóstico:
1. USG de vias biliares:
- sinal do cordão triangular
2. Colangiografia intraoperatória:
- confirmação
Tratamento:
- Cirurgia de KASAI (portoenterostomia = FOTO), o quanto antes:
a. ideal = primeiros 30d de vida
b. pode fazer = até 8sem
- Depois de 8 semanas = transplante hepático
Onfalocele:
Por que ocorre?
Como se apresenta?
Onde ocorre?
Qual o marcador elevado?
Existe associação a outras malformações?
Por que ocorre?
Falha no retorno do conteúdo para o interior da parede abdominal
Como se apresenta?
Membrana peritoneal reveste
Conteúdo: Intestino delgado, fígado
Onde ocorre?
Na cicatriz umbilical, geralmente defeitos > 4 cm
Qual o marcador elevado?
Alfafetoproteína elevada
Existe associação a outras malformações?
Sim, a Trissomias (21,13), Cardiopatias
Gastrosquise:
Por que ocorre?
Como se apresenta?
Onde ocorre?
Existe associação a outras malformações?
Por que ocorre?
Falha na formação da parede abdominal (4° semana)
Como se apresenta?
Não revestido por membrana peritoneal
Conteúdo: intestino delgado
Onde ocorre?
À direita do umbigo
Existe associação a outras malformações?
Não muito, mas se houver: atresia intestinal
Enterocolite necrosante:
Fisiopatologia
Fatores de risco principais
Clínica (3)
Diagnóstico
Tratamento (3)
Fisiopatologia:
Isquemia e necrose de mucosa / parede de TGI por etiologia multifatorial.
Fatores de risco principais:
Prematuridade
Asfixia neonatal
Clínica:
1. Distensão abdominal
2. Vômitos biliosos
3. SANGRAMENTO RETAL
Diagnóstico: radiografias seriadas:
Distensão de alças intestinais
ALÇAS INTESTINAIS IMÓVEIS
PNEUMATOSE INTESTINAL
Pneumoperitônio
Tratamento:
Dieta zero + ATB (cefepime de primeira escolha)
Sonda para descompressão
Cirurgia se perfuração / pneumoperitônio
Enterocolite necrosante:
Qual o achado principal?
Qual a conduta?
Qual o achado principal?
Pneumoperitônio por perfuração intestinal.
Qual a conduta?
Laparotomia.
Atresia de Esôfago:
Fisiopatologia
É comum haver fístula associada?
Qual a principal associação no feto?
Clínica (4)
Tratamento
Fisiopatologia:
Interrupção do esôfago +- presença de fístula traqueoesofágica.
É comum haver fístula associada?
Sim, inclusive 87% dos casos cursa com fístula distal.
Qual a principal associação no feto?
Associação com POLIDRAMNIA.
Clínica:
1. Tosse
2. Engasgos
3. Salivação excessiva
4. Dificuldade respiratória se fístula associada
Tratamento:
Gastrostomia e correção cirúrgica em meses
Atresia duodenal:
Há associação com síndromes genéticas?
Clínica clássica
Diagnóstico
E as estenoses duodenais, são mais frequentes?
Há associação com síndromes genéticas?
Sim:
- cerca de 50% com Síndrome de Down
- cerca de 20% com malformações cardíacas
Clínica clássica:
Vômitos biliosos após alimentação
- obstrução ocorre mais após a papila de Water
Diagnóstico:
Sinal da dupla bolha na radiografia (FOTO)
E as estenoses duodenais?
São menos frequentes
- atresias correspondem por 70% das obstruções duodenais
Doença de Hirschsprung:
Fisiopatologia
Epidemiologia
Clínica (3)
Fisiopatologia:
Segmentos intestinais aganglionares, ou seja, ausência dos plexos de Auerbach, Henle e Meissner e ausência de peristalse.
Epidemiologia:
Causa mais comum de obstrução intestinal inferior em neonatos.
Localização principal:
Em 80% dos casos: Retossigmoide.
Clínica:
1. Distensão abdominal
2. Ausência na eliminação de mecônio
3. Toque com saída explosiva de fezes
Não eliminação de mecônio:
Quais as duas principais hipóteses diagnósticas?
- Doença de Hirschsprung
- Fibrose cística
Doença de Hirschsprung:
Exames complementares (2)
Como DEFINIR o diagnóstico?
Tratamento
Complicação principal
Exames complementares:
1. Enema contrastado: CONE DE TRANSIÇÃO
Porção agangliônica não dilata ao exame: estreitamento
Porção saudável proximal: dilatada
2. Manometria:
Não relaxamento de porção intestinal agangliônica
Como DEFINIR o diagnóstico?
Biópsia retal por sucção ou cirúrgica
Tratamento: Cirúrgico
1. Ressecção de segmento agangliônco
2. Reconstrução de trânsito intestinal
Complicação principal: Enterocolite necrosante
- Pode ocorrer antes ou após a cirurgia de correção
Síndrome do desconforto respiratório agudo:
Fisiopatologia
Fatores de risco (3)
Clínica
Radiografia
Tratamento (3)
Prevenção
Fisiopatologia:
Ausência de maturação pulmonar e insuficiência respiratória ou ausência de SURFACTANTE (pneumócitos tipo II).
Se não há surfactante = há colabamento alveolar e formação de áreas de atelectasia.
Fatores de risco:
1. < 34 semanas
2. Mãe diabética
3. Sexo Masculino
Clínica:
Dispneia progressiva por colabamento alveolar progressivo e formação de áreas de atelectasia.
Radiografia: inespecífica:
Infiltrado RETICULOGRANULAR difuso + diminuição do volume pulmonar
Tratamento:
1. CPAP o mais precoce possível
- dentro da sala de parto
2. Surfactante exógeno
- se necessário, não é obrigatório
3. Antibioticoterapia
- pois é difícil diferenciar de sepse
Prevenção:
Corticoide antenatal quando trabalho de parto prematuro.
Sepse neonatal PRECOCE:
Definição
Agentes etiológicos mais comuns (3)
Tratamento
Definição:
Sepse com < 72 horas de vida.
Agentes etiológicos mais comuns:
1. Estreptococo do Grupo B (agalactie)
2. Gram - entéricos (E. coli)
3. Lysteria
Tratamento:
Ampicilina + Gentamicina
Sepse neonatal TARDIA:
Definição
Agentes etiológicos mais comuns (5)
Tratamento
Definição:
Sepse com >= 72 horas de vida.
Agentes etiológicos mais comuns:
1. S. aureus
2. S. coagulase negativo
3. Bactérias Gram -
4. Fungos quando <1000g
5. Os germes da precoce
Tratamento: depende do meio e do agente suspeito
- opção empírica de escolha: Oxacilina / Vancomicina + Aminoglicosídeo
Sepse neonatal:
Fatores de risco (4)
Qual a profilaxia adequada?
Como fazer a investigação? (5)
Fatores de risco
1. Ruptura prolongada de membranas (bolsa rota > 18h);
2. Corioamnionite
(líquido amniótico fétido? febre materna?)
3. Colonização materna por germes patogênicos (GBS)
4. Prematuridade (principalmente sem causa evidente)
Profilaxia adequada:
Uma dose de ampicilina > 4 horas antes do parto
Como fazer a investigação?
Colocar em protocolo de observação de sepse, se alterado em 2 sistemas:
- Raio X de tórax
- Hemograma
- Hemocultura (SEMPRE)
- Cultura de LCR (NA PROVA, SEMPRE, mas existem referências que na precoce não precisaria sempre)
- Urinocultura (se sepse tardia)
Taquipneia transitória do RN:
Definição
Fator de risco
Clínica
Achados da radiografia (6)
Tratamento (2)
O que não pode ser feito?
Definição:
Retardo na absorção de líquido pulmonar, chamada também de Síndrome do Pulmão Úmido.
Fator de risco:
Ausência de trabalho de parto (cesárea eletiva).
Clínica:
Desconforto respiratório leve a moderado de rápida resolução, geralmente nas primeiras 24-72h.
Radiografia (CAI EM PROVA os achados)
1. Congestão hilar
2. Aumento da trama vascular
3. Líquido cisural
4. Derrame
5. Cardiomegalia
6. Hiperinsuflação
Tratamento:
1. Oxigenoterapia com FiO2 < 40%
2. Eventual uso de CPAP
O que não pode ser feito?
NÃO FAZER DIURÉTICO, pois não há congestão e hipervolemia
Síndrome da Aspiração Meconial:
Fisiopatologia
Clínica
Achados da radiografia (3)
Tratamento (3)
Fisiopatologia:
Mecônio deposita-se na traqueia e ao nascer é pulverizado para toda a via aérea, gerando: bloqueio expiratório + pneumonite + inativação de surfactante.
Clínica:
Desconforto respiratório GRAVE.
Radiografia:
1. Infiltrado alveolar grosseiro
2. Pneumotórax
- pois é comum haver necessidade de altas pressões para ventilação
3. Volume pulmonar aumentado
Tratamento:
1. Suporte ventilatório (VMI no geral)
2. ATB, pois há dúvida se há ou não infecção associada
3. Surfactante, pois o mecônio e a reação inflamatória inativam-o
Reflexos Primitivos:
Quais são os principais? (4)
Quando devem desaparecer?
- Reflexo de Moro:
- presente ao nascimento
- desaparece em 3 meses parcialmente
- desaparece em 6 meses completamente - Reflexo Tônico-Cervical Assimétrico:
- presente ao nascimento
- desaparece em até 3-4 meses - Reflexo de Preensão Palmar:
- presente ao nascimento
- desaparece em até 4 meses - Reflexo de Preensão Plantar:
- presente ao nascimento
- desaparece em até 15 meses
O que são os reflexos posturais?
Qual o principal?
O que são os reflexos posturais?
São aqueles não presentes ao nascimento.
Surgem nos primeiros meses de vida e se mantém para o resto da vida.
Qual o principal?
Reflexo do Paraquedista
- surge aos 8 meses