NEONATOLOGIA Flashcards

1
Q

Classificação do RN:
Por idade gestacional
Peso ao nascer
Peso x Idade Gestacional

A

Idade gestacional:
- Pré-termo: < 37 semanas
a. pré-termo tardio: 34 semanas a 36 semanas e 6 dias
b. pré-termo extremo: < 28 semanas
- A termo: 37semanas a 41 semanas e 6 dias
- Pós-termo: >= 42 semanas

Peso ao nascer:
1. < 2500g: baixo peso
2. < 1500g: muito baixo peso
3. < 1000g: extremo baixo peso

Peso x Idade Gestacional:
GIG: > percentil 90
AIG: entre percentil 10-90
PIG: < percentil 10

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2
Q

Sífilis congênita:
Agente etiológico
Clínica precoce (3)

A

Agente etiológico:
Treponema pallidum

Clínica precoce (< 2 anos):
1. Rinite com destruição de mucosa nasal:
- deformidades, secreção sanguinolenta

  1. Lesões cutâneas e mucosas INFECTANTES:
    - placas mucosas, condiloma plano anal, pênfigo
  2. Lesões ósseas, que só ocorrem na forma congênita
    - Pseudoparalisia de Parrot
    - Sinal do duplo contorno
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3
Q

Sífilis congênita:
Qual o achado na imagem?

A

Sinal do duplo contorno
- alteração óssea que pode ocorrer em RNs com sífilis congênita

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4
Q

Sífilis congênita:
Qual o achado na imagem?

A

Pênfigo
- alteração de pele INFECTANTE que pode ocorrer em RN com sífilis congênita

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5
Q

Sífilis congênita:
Clínica tardia (>= 2 anos - sequelas):
Quais as principais? (5)

A
  1. Nariz em sela
  2. Rágades
  3. Fronte olímpica
  4. Tíbia em sabre
  5. Alterações dentárias:
    - HUTCHINSON e molares em AMORA
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6
Q

Sífilis congênita:
Qual o achado na imagem?

A

Nariz em sela, complicação que pode decorrer da sífilis congênita

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7
Q

Sífilis congênita:
Qual o achado na imagem?

A

Dentes de HUTCHINSON

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8
Q

Sífilis congênita:
Qual o achado na imagem?

A

Molares em AMORA

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9
Q

Sífilis congênita:
O que considero tratamento materno ADEQUADO?

A
  1. Penicilina Benzatina
    - única droga capaz de tratar a mãe e o feto
  2. Dose e intervalo adequado para fase de doença
    - PROTOCOLO 2023: intervalo entre doses 7-9 dias
  3. Iniciado até 30 dias antes do parto
  4. Descartado risco de reinfecção
    - tratamento do parceiro não é mais obrigatório, mas se deve averiguar risco de reinfecção
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10
Q

Sífilis congênita:
Tratamento materno ADEQUADO:
Qual a conduta perante o RN?
Quando é obrigatório o tratamento com Cristalina?

A

SOLICITAR VDRL de SANGUE PERIFÉRICO:

  1. VDRL negativo ou < 2 diluições do materno:
    a. Assintomático: observação
    b. Sintomático:
    - VDRL +: rastreamento completo e tratamento por 10 dias
    - VDRL -: rastrear outras infecções
  2. VDRL >= 2 diluições do materno:
    Rastreamento completo e tratamento por 10 dias
    a. Hemograma
    b. Função/lesão hepática
    c. Eletrólitos
    d. Análise do LCR
    e. Raio X de ossos longos

Tratamento obrigatório com Cristalina se Neurossífilis:
Pelo menos 1 dos critérios:
1. VDRL +
2. Celularidade > 25
3. PTN > 150

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11
Q

Sífilis congênita:
Tratamento materno INADEQUADO:
Quais os exames solicitados ao RN? (6)
Qual a conduta perante o RN?
Quando é obrigatório o tratamento com Cristalina?

A

Solicitar para todos:
1. VDRL de sangue periférico
2. Hemograma
3. Função/lesão hepática
4. Eletrólitos
5. Análise do LCR
6. Raio X de ossos longos

Qual a conduta perante o RN?
1. Todos exames normais e VDRL NEGATIVO:
Uma dose única de Penicilina Benzatina

  1. Exame de LCR alterado: NEUROSSÍFILIS:
    >= 1 dos critérios:
    a. VDRL +
    b. Celularidade > 25
    c. PTN > 150
    Penicilina CRISTALINA por 10 dias
  2. Exame alterado, mas LCR normal:
    Penicilina cristalina ou procaína 10 dias
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12
Q

Sífilis congênita:
Acompanhamento do RN após o tratamento:
Como está indicado? (3)

A
  1. VDRL 1-3-6-12-18 meses para TODOS:
    Suspensão: após 2 consecutivos negativos
  2. Avaliação auditiva / visual / neurológica para TODOS:
    Semestral nos primeiros DOIS anos
  3. Análise de LCR semestral se neurossífilis:
    Nos primeiros DOIS anos
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13
Q

Tratamento de RN com infecção congênita para Sífilis:
Qual a posologia?

A

Penicilina cristalina 50.000 UI/kg/dose
Endovenosa
- a cada 12 horas nos primeiros 7 dias
- a cada 8 horas entre os dias 8-10

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14
Q

Toxoplasmose congênita:
Agente
Clínica clássica (3)
Como investigar RN assintomático exposto? (3)
Como investigar RN sintomático exposto? (2)

A

Agente:
Toxoplasma gondii

Clínica: Tríade de SABIN:
1. Coriorretinite grave
2. Hidrocefalia
3. Calcificações difusas de SNC

Como investigar RN assintomático exposto?
1. Sorologia
2. USG transfontanelar
3. Fundoscopia

Como investigar RN sintomático exposto?
- ou com exame inicial alterado:
1. TC
2. LCR

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15
Q

Toxoplasmose congênita:
Qual o tratamento?
Por quanto tempo está indicado?
Para quem está indicado?
Quais as indicações de corticoterapia? (2)

A

Qual o tratamento?
1. Sulfadiazina +
2. Pirimetamina +
3. Ácido Folínico

Por quanto tempo está indicado?
Durante o primeiro ano de vida

Para quem está indicado?
Para todos INFECTADOS, independentemente de sintomatologia

Quais as indicações de corticoterapia?
Corticoterapia até normalização se:
1. Coriorretinite em atividade
2. PTN LCR > 1g/dl

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16
Q

CMV congênita:
Agente
Clínica clássica, quando sintomáticos (4)
Diagnóstico
Tratamento - quais as opções? (2)
Principal complicação

A

Agente:
Citomegalovírus

Clínica clássica, quando sintomáticos:
1. CALCIFICAÇÕES PERIVENTRICULARES
2. Microcefalia
3. Petéquias / rash purpúrico
4. VENTRICULOMEGALIA

Diagnóstico:
Pesquisa de vírus salivar / urinário
Nas primeiras TRÊS SEMANAS de vida

Tratamento:
1. Ganciclovir EV 6 semanas se muito grave
2. Valganciclovir VO 6 meses se sintomáticos não tão graves

Principal complicação:
Surdez neurossensorial

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17
Q

Síndrome da rubéola congênita:
Agente etiológico
Quando é maior a chance de transmissão ao feto?
Clínica (3)

A

Agente etiológico:
Vírus da rubéola

Quando é maior a chance de transmissão ao feto?
No primeiro trimestre da gestação
(fugindo da regra)

Clínica:
1. Surdez neurossensorial
2. Catarata
3. Cardiopatia congênita (sopro ao exame físico)
- persistência do canal arterial
- estenose de AP

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18
Q

Síndrome da Varicela Congênita:
Por que ocorre?
Clínica (4)
Tratamento

A

Por que ocorre?
Resultado da infecção materna nas primeiras 20 semanas da gestação pelo vírus da Varicela, principalmente nas primeiras 13 semanas.

Clínica:
1. Lesões cicatriciais
2. Hipoplasia dos membros
3. Doença neurológia grave
4. Alterações oftalmológicas

Tratamento:
Manejo de sequelas - suporte

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19
Q

TORCH: o que faz parte?

A

T = Toxoplasmose

O = Outros agentes
- sífilis
- vírus varicela zoster (VVZ)
- parvovírus B19
- HIV

R = Rubéola

C = CMV

H = Herpes simples

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20
Q

Exposição vertical ao HIV:
Qual é o RN de baixo risco?
Qual a conduta quando baixo risco? (2)
Cuidados no parto (5)

A

Qual é o RN de baixo risco?
a. TARV materno com início na primeira metade da gestação ou antes disso
b. Carga viral HIV indetectável >= 28 semanas
c. Boa adesão a TARV

Qual a conduta quando baixo risco?
1. Zidovudina (AZT) por 4 semanas
- iniciado nas primeiras 4 horas de vida
2. CARGA VIRAL 2 semanas após término:
- detectável: outra imediatamente
- indetectável: após 4 semanas

Cuidados no parto:
1. Clampeamento imediato do cordão (MS)
2. Banho no RN assim que possível
3. Aspirar via aérea SN delicadamente
4. Aspirar conteúdo gástrico de líquido meconial SN
5. Se sangue em cavidade oral, realizar lavagem gástrica

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21
Q

Exposição vertical ao HIV:
Qual a conduta perante RN de alto risco?
- >= 37 semanas
- 34-37 semanas
- < 34 semanas
Quando solicitar a carga viral?

A

> = 37 semanas:
RAL + 3TC + AZT por 4 semanas

34-37 semanas:
3TC + AZT por 4 semanas + NVP nas 2 semanas iniciais

< 34 semanas:
AZT por 4 semanas

CARGA VIRAL 2 semanas após término:
- detectável: outra imediatamente
- indetectável: após 4 semanas

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22
Q

Triagem metabólica:
Quando fazer?
Quais são as condições avaliadas? (7)

A

Quando fazer?
3°-5° dia de vida

Quais são as condições avaliadas?
1. Hipotireoidismo congênito
2. Hemoglobinopatias (anemia falciforme)
3. Hiperplasia adrenal congênita
4. Deficiência da Biotinidase
5. Toxoplasmose congênita
6. Fenilcetonúria
7. Fibrose cística

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23
Q

Teste do coraçãozinho:
Quando fazer?
A partir de qual idade gestacional?
O que busca identificar?
Como é feito?
E se alterado?

A

Quando fazer?
Entre 24-48 horas de vida

A partir de qual idade gestacional?
> 34 semanas

O que busca identificar?
Cardiopatias críticas

Como é feito?
Mede-se a SpO2 em MSD e MI e considera-se normal se:
1. ambas >= 95%
E
2. Diferença entre medidas < 3%

E se alterado?
- Se alterado: repetir em uma hora
- Se dois alterados: ecocardiograma em até 24h

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24
Q

Teste do reflexo vermelho:
Quando deve ser feito?
Como é feito?
Quais as principais condições avaliadas? (3)

A

Quando deve ser feito?
Nas primeiras 72 horas de vida + 3 vezes ao ano por 3 anos

Como é feito?
Com oftalmoscópio

Quais as principais condições avaliadas?
Catarata congênita
Retinoblastoma
Doenças da retina

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25
Q

Catarata na infância:
Etiologias principais (6)
Tende a ser Bilateral ou Unilateral?

A

Etiologias:
1. Congênita: 1/3 dos casos
2. TORCH
3. Trissomias do 21 e 18
4. Síndrome de Turner
5. Hipoglicemia persistente
6. Galactosemia

Causas secundárias tendem a ter casos BILATERAIS, enquanto causas primárias unilaterais.

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26
Q

Triagem auditiva:
Quando deve ser feita?
O que avalia?
Sensibilidade do teste
E se criança com fator de risco para surdez?

A

Quando deve ser feita?
Antes da alta hospitalar ou até o primeiro mês de vida

O que avalia?
Teste de Emissões Otoacústicas Evocadas
Avaliação auditivaPRÉ-NEURAL.

Sensibilidade do teste:
ALTA, mas há muitos falsos positivos por presença de líquido / cerume em conduto auditivo que AFETA A CONDUÇÃO

E se criança com fator de risco para surdez?
Solicitar o Potencial auditivo de Tronco Encefálico
- avaliação de condução neurossensorial

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27
Q

Icterícia neonatal fisiológica:
Por que ocorre? (3)
Quais os critérios para definir como fisiológica? (5)

A

Por que ocorre?
1. Produção exagerada de Bilirrubina Indireta (BI)
- Hematócrito alto e Meia-vida curta das hemácias
2. Imaturidade hepática: menos captação e conjugação pela GLICURONILTRANSFERASE de BI em Bilirrubina Direta (BD)
3. Aumento da circulação êntero-hepática: flora bacteriana pouco desenvolvida > BD fica suscetível à GLICURONIDASE que transforma em BI novamente

Quais os critérios para definir como fisiológica?
1. > 36h de vida quando surge
2. Aumento < 5 mg/dl/dia
3. <= 12 mg/dl (não passando da zona III de Kramer = cicatriz umbilical)
4. Duração:
a. a termo: até 7-10 dias
b. pós-termo: até 14 dias
5. Aumento de BI sem sinais de colestase e sem aumento de BD (> 1)

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28
Q

Icterícia neonatal:
Como investigar a icterícia precoce (< 36h de vida)? (5)
Quais as indicações de Fototerapia na icterícia? (3)
Qual a alternativa se não houver Fototerapia?

A

Como investigar a icterícia precoce (< 36h de vida)?
1. BT e frações
2. Hematócrito / Hb e reticulócitos
3. Tipo Sanguíneo e Rh
4. Coombs direto
5. Hematoscopia:
- esferócitos
- corpúsculos de Heinz

Quais as indicações de Fototerapia na icterícia?
1. Qualquer criança ictérica nas primeiras 24h de vida;
2. BI > 17;
3. Zona de alto risco nos gráficos

Qual a alternativa se não houver Fototerapia?
Exsanguineotransfusão

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29
Q

Icterícia por Incompatibilidade ABO:
Epidemiologia
Quais suas características? (3)

A

Epidemiologia:
Anemia hemolítica mais comum do RN.

Quais suas características?
1. Mãe O e feto A ou B
2. Coombs indireto + ou -, uma vez que por ser menos graves tem menos anticorpos grudados às hemácias
3. Esferócitos na circulação periférica

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30
Q

Icterícia por Incompatibilidade Rh:
Epidemiologia
Quais suas características? (3)

A

Epidemiologia:
Menos comum que ABO, mas mais grave

Quais suas características?
1. Mãe Rh -, feto Rh +
2. Mãe já sensibilizada e com Coombs indireto +
3. Feto com Coombs direto +

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31
Q

Icterícia por anemia hemolítica:
Deficiência de G6PD e Esferocitose:
O que ambas tem em comum?
Quais os achados de cada uma em hematoscopia?

A

O que ambas tem em comum?
Coombs indireto e direto sempre negativo, pois não tem hemólise mediada por anticorpos.

Quais os achados de cada uma em hematoscopia?
ESFEROCITOSE:
- Esferócitos
DEFICIÊNCIA DE G6PD:
- Corpúsculos de Heinz
- Bite Cells ou hemácias mordidas

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32
Q

Icterícia do Aleitamento materno:
Quando ocorre?
Por que ocorre?
Qual a conduta?

A

Quando ocorre?
Primeira semana de vida

Por que ocorre?
a. dificuldade na amamentação
b. aumento da circulação êntero-hepática
- menor excreção de BD que volta como BI

Qual a conduta?
Amamentação (correção da técnica)

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33
Q

Icterícia do Leite materno:
Quando ocorre?
Por que ocorre?
Qual a conduta?

A

Quando ocorre?
Mais tardia e persistente (> 2 semanas de vida)

Por que ocorre?
Substância não determinada do leite materno gera interferência no metabolismo da bilirrubina

Qual a conduta?
Acompanhamento, mantendo o aleitamento materno

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34
Q

Atresia de vias biliares:
Definição
Importância epidemiológica
Diagnóstico (2)
Tratamento (2)

A

Definição:
Icterícia persistente às custas de colestase (BD > 1), independentemente de colúria e acolia (geralmente são achados mais tardios) por ATRESIA da via biliar.

Importância epidemiológica:
Principal causa de transplante hepático na pediatria.

Diagnóstico:
1. USG de vias biliares:
- sinal do cordão triangular
2. Colangiografia intraoperatória:
- confirmação

Tratamento:
- Cirurgia de KASAI (portoenterostomia = FOTO), o quanto antes:
a. ideal = primeiros 30d de vida
b. pode fazer = até 8sem
- Depois de 8 semanas = transplante hepático

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35
Q

Onfalocele:
Por que ocorre?
Como se apresenta?
Onde ocorre?
Qual o marcador elevado?
Existe associação a outras malformações?

A

Por que ocorre?
Falha no retorno do conteúdo para o interior da parede abdominal

Como se apresenta?
Membrana peritoneal reveste
Conteúdo: Intestino delgado, fígado

Onde ocorre?
Na cicatriz umbilical, geralmente defeitos > 4 cm

Qual o marcador elevado?
Alfafetoproteína elevada

Existe associação a outras malformações?
Sim, a Trissomias (21,13), Cardiopatias

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36
Q

Gastrosquise:
Por que ocorre?
Como se apresenta?
Onde ocorre?
Existe associação a outras malformações?

A

Por que ocorre?
Falha na formação da parede abdominal (4° semana)

Como se apresenta?
Não revestido por membrana peritoneal
Conteúdo: intestino delgado

Onde ocorre?
À direita do umbigo

Existe associação a outras malformações?
Não muito, mas se houver: atresia intestinal

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37
Q

Enterocolite necrosante:
Fisiopatologia
Fatores de risco principais
Clínica (3)
Diagnóstico
Tratamento (3)

A

Fisiopatologia:
Isquemia e necrose de mucosa / parede de TGI por etiologia multifatorial.

Fatores de risco principais:
Prematuridade
Asfixia neonatal

Clínica:
1. Distensão abdominal
2. Vômitos biliosos
3. SANGRAMENTO RETAL

Diagnóstico: radiografias seriadas:
Distensão de alças intestinais
ALÇAS INTESTINAIS IMÓVEIS
PNEUMATOSE INTESTINAL
Pneumoperitônio

Tratamento:
Dieta zero + ATB (cefepime de primeira escolha)
Sonda para descompressão
Cirurgia se perfuração / pneumoperitônio

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38
Q

Enterocolite necrosante:
Qual o achado principal?
Qual a conduta?

A

Qual o achado principal?
Pneumoperitônio por perfuração intestinal.

Qual a conduta?
Laparotomia.

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39
Q

Atresia de Esôfago:
Fisiopatologia
É comum haver fístula associada?
Qual a principal associação no feto?
Clínica (4)
Tratamento

A

Fisiopatologia:
Interrupção do esôfago +- presença de fístula traqueoesofágica.

É comum haver fístula associada?
Sim, inclusive 87% dos casos cursa com fístula distal.

Qual a principal associação no feto?
Associação com POLIDRAMNIA.

Clínica:
1. Tosse
2. Engasgos
3. Salivação excessiva
4. Dificuldade respiratória se fístula associada

Tratamento:
Gastrostomia e correção cirúrgica em meses

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40
Q

Atresia duodenal:
Há associação com síndromes genéticas?
Clínica clássica
Diagnóstico
E as estenoses duodenais, são mais frequentes?

A

Há associação com síndromes genéticas?
Sim:
- cerca de 50% com Síndrome de Down
- cerca de 20% com malformações cardíacas

Clínica clássica:
Vômitos biliosos após alimentação
- obstrução ocorre mais após a papila de Water

Diagnóstico:
Sinal da dupla bolha na radiografia (FOTO)

E as estenoses duodenais?
São menos frequentes
- atresias correspondem por 70% das obstruções duodenais

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41
Q

Doença de Hirschsprung:
Fisiopatologia
Epidemiologia
Clínica (3)

A

Fisiopatologia:
Segmentos intestinais aganglionares, ou seja, ausência dos plexos de Auerbach, Henle e Meissner e ausência de peristalse.

Epidemiologia:
Causa mais comum de obstrução intestinal inferior em neonatos.

Localização principal:
Em 80% dos casos: Retossigmoide.

Clínica:
1. Distensão abdominal
2. Ausência na eliminação de mecônio
3. Toque com saída explosiva de fezes

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42
Q

Não eliminação de mecônio:
Quais as duas principais hipóteses diagnósticas?

A
  1. Doença de Hirschsprung
  2. Fibrose cística
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43
Q

Doença de Hirschsprung:
Exames complementares (2)
Como DEFINIR o diagnóstico?
Tratamento
Complicação principal

A

Exames complementares:
1. Enema contrastado: CONE DE TRANSIÇÃO
Porção agangliônica não dilata ao exame: estreitamento
Porção saudável proximal: dilatada
2. Manometria:
Não relaxamento de porção intestinal agangliônica

Como DEFINIR o diagnóstico?
Biópsia retal por sucção ou cirúrgica

Tratamento: Cirúrgico
1. Ressecção de segmento agangliônco
2. Reconstrução de trânsito intestinal

Complicação principal: Enterocolite necrosante
- Pode ocorrer antes ou após a cirurgia de correção

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44
Q

Síndrome do desconforto respiratório agudo:
Fisiopatologia
Fatores de risco (3)
Clínica
Radiografia
Tratamento (3)
Prevenção

A

Fisiopatologia:
Ausência de maturação pulmonar e insuficiência respiratória ou ausência de SURFACTANTE (pneumócitos tipo II).
Se não há surfactante = há colabamento alveolar e formação de áreas de atelectasia.

Fatores de risco:
1. < 34 semanas
2. Mãe diabética
3. Sexo Masculino

Clínica:
Dispneia progressiva por colabamento alveolar progressivo e formação de áreas de atelectasia.

Radiografia: inespecífica:
Infiltrado RETICULOGRANULAR difuso + diminuição do volume pulmonar

Tratamento:
1. CPAP o mais precoce possível
- dentro da sala de parto
2. Surfactante exógeno
- se necessário, não é obrigatório
3. Antibioticoterapia
- pois é difícil diferenciar de sepse

Prevenção:
Corticoide antenatal quando trabalho de parto prematuro.

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45
Q

Sepse neonatal PRECOCE:
Definição
Agentes etiológicos mais comuns (3)
Tratamento

A

Definição:
Sepse com < 72 horas de vida.

Agentes etiológicos mais comuns:
1. Estreptococo do Grupo B (agalactie)
2. Gram - entéricos (E. coli)
3. Lysteria

Tratamento:
Ampicilina + Gentamicina

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46
Q

Sepse neonatal TARDIA:
Definição
Agentes etiológicos mais comuns (5)
Tratamento

A

Definição:
Sepse com >= 72 horas de vida.

Agentes etiológicos mais comuns:
1. S. aureus
2. S. coagulase negativo
3. Bactérias Gram -
4. Fungos quando <1000g
5. Os germes da precoce

Tratamento: depende do meio e do agente suspeito
- opção empírica de escolha: Oxacilina / Vancomicina + Aminoglicosídeo

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47
Q

Sepse neonatal:
Fatores de risco (4)
Qual a profilaxia adequada?
Como fazer a investigação? (5)

A

Fatores de risco
1. Ruptura prolongada de membranas (bolsa rota > 18h);
2. Corioamnionite
(líquido amniótico fétido? febre materna?)
3. Colonização materna por germes patogênicos (GBS)
4. Prematuridade (principalmente sem causa evidente)

Profilaxia adequada:
Uma dose de ampicilina > 4 horas antes do parto

Como fazer a investigação?
Colocar em protocolo de observação de sepse, se alterado em 2 sistemas:

  1. Raio X de tórax
  2. Hemograma
  3. Hemocultura (SEMPRE)
  4. Cultura de LCR (NA PROVA, SEMPRE, mas existem referências que na precoce não precisaria sempre)
  5. Urinocultura (se sepse tardia)
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48
Q

Taquipneia transitória do RN:
Definição
Fator de risco
Clínica
Achados da radiografia (6)
Tratamento (2)
O que não pode ser feito?

A

Definição:
Retardo na absorção de líquido pulmonar, chamada também de Síndrome do Pulmão Úmido.

Fator de risco:
Ausência de trabalho de parto (cesárea eletiva).

Clínica:
Desconforto respiratório leve a moderado de rápida resolução, geralmente nas primeiras 24-72h.

Radiografia (CAI EM PROVA os achados)
1. Congestão hilar
2. Aumento da trama vascular
3. Líquido cisural
4. Derrame
5. Cardiomegalia
6. Hiperinsuflação

Tratamento:
1. Oxigenoterapia com FiO2 < 40%
2. Eventual uso de CPAP

O que não pode ser feito?
NÃO FAZER DIURÉTICO, pois não há congestão e hipervolemia

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49
Q

Síndrome da Aspiração Meconial:
Fisiopatologia
Clínica
Achados da radiografia (3)
Tratamento (3)

A

Fisiopatologia:
Mecônio deposita-se na traqueia e ao nascer é pulverizado para toda a via aérea, gerando: bloqueio expiratório + pneumonite + inativação de surfactante.

Clínica:
Desconforto respiratório GRAVE.

Radiografia:
1. Infiltrado alveolar grosseiro
2. Pneumotórax
- pois é comum haver necessidade de altas pressões para ventilação
3. Volume pulmonar aumentado

Tratamento:
1. Suporte ventilatório (VMI no geral)
2. ATB, pois há dúvida se há ou não infecção associada
3. Surfactante, pois o mecônio e a reação inflamatória inativam-o

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50
Q

Reflexos Primitivos:
Quais são os principais? (4)
Quando devem desaparecer?

A
  1. Reflexo de Moro:
    - presente ao nascimento
    - desaparece em 3 meses parcialmente
    - desaparece em 6 meses completamente
  2. Reflexo Tônico-Cervical Assimétrico:
    - presente ao nascimento
    - desaparece em até 3-4 meses
  3. Reflexo de Preensão Palmar:
    - presente ao nascimento
    - desaparece em até 4 meses
  4. Reflexo de Preensão Plantar:
    - presente ao nascimento
    - desaparece em até 15 meses
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51
Q

O que são os reflexos posturais?
Qual o principal?

A

O que são os reflexos posturais?
São aqueles não presentes ao nascimento.
Surgem nos primeiros meses de vida e se mantém para o resto da vida.

Qual o principal?
Reflexo do Paraquedista
- surge aos 8 meses

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52
Q

Síndrome de Down:
Definição
Risco de novo filho com a síndrome
Características fenotípicas (6)

A

Definição: maior quantidade de genes do cromossomo 21, sendo mais frequente a trissomia livre. 47 XX ou XY.
Outras: translocação ou mosaico.

Risco de novo filho com a síndrome:
1. Se por trissomia livre = igual ao da população geral
2. Se por translocação = risco maior

Características fenotípicas:
1. Hipotonia
2. Prega palmar única
3. Sinal da Sandália
4. Fenda palpebral oblíqua
5. Prega epicântica
6. Língua protrusa

53
Q

Síndrome de Down:
Comorbidades mais associadas (6)
Quais os exames para avaliação complementar? (5)

A

Comorbidades mais associadas:
1. Cardiopatias congênitas:
- Defeito do Septo Atrioventricular (DSAV)
2. Hipotireoidismo congênito e adquirido
3. Atresia de duodeno
4. Doença celíaca
5. Doença de Hirschsprung (anganglianose intestinal)
6. Desordens hematológicas

Quais os exames para avaliação complementar?
1. Cariótipo
2. Ecocardiograma
3. TSH: teste do pezinho, 6 meses, 12 meses e anual
4. Hemograma
5. Rx de coluna cervical aos 3 anos

54
Q

Síndrome de Turner:
Alteração genética
Características fenotípicas (6)
Alterações cardíacas mais comuns (2)
Quais as doenças mais relacionadas? (4)

A

Alteração genética:
Monossomia do cromossomo X.
Cariótipo: 45X0.

Características fenotípicas:
1. Linfedema de mãos e pés
2. Pterigium colli
3. Baixa estatura
4. Disgenesia gonadal: hipogonadismo hipergonadotrófico
5. Tórax em escudo
6. Hipertelorismo mamilar

Alterações cardíacas:
1. Válvula aórtica bicúspide (mais comum)
2. Coarctação da aorta (mais comum em prova)
- HAS em MMSS e diminuição de pulsos em MMII

Quais as doenças mais relacionadas?
1. HAS
2. DM
3. Hipotireoidismo
4. Doenças Inflamatórias Intestinais

55
Q

Síndrome de Klinefelter:
Alteração genética
Características fenotípicas (5)

A

Alteração genética: 47 XXY.

Características fenotípicas:
1. Infertilidade no sexo masculino: espermatogênese bloqueada
2. Hipogonadismo: testículos pequenos e firmes
3. Virilização incompleta
4. Ginecomastia
5. Alta estatura e envergadura eunucoide

56
Q

Síndrome de Edwards:
Alteração genética
Características fenotípicas (5)

A

Alteração genética:
Trissomia do cromosso 18

Características:
1. CIUR
2. Região occipital proeminente
3. Dedos sobrepostos
4. Pés em cadeira de balanço (calcâneo proeminente)
5. Cardiopatias

57
Q

Síndrome de Patau:
Alteração genética
Características fenotípicas (3)

A

Alteração genética:
Trissomia do 13.

Características:
1. Microcefalia
2. Fenda labiopalatina
3. Malformações de SNC

58
Q

Hipoglicemia neonatal:
Definição
Mecanismos fisiopatológicos (3)
Diagnóstico diferencial

A

Definição:
Não existe consenso na literatura:
- podemos usar:
< 48 horas: < 50
>= 48 horas: < 60
- mas nas primeiras horas de vida a maioria estará com valores abaixo

Mecanismos:
1. Hiperinsulinismo (DM materno)
2. Queda nas reservas de glicogênio (CIUR, PIG)
3. Misto

Diagnóstico diferencial:
HIPOCALCEMIA = também complicação de DM materno
- tende a ocorrer no segundo dia de vida, enquanto a hipoglicemia no primeiro

59
Q

Hipoglicemia neonatal:
Quando e como tratar assintomáticos?
Como tratar sintomáticos?

A

Assintomáticos:
Quando?
1. < 4 horas com glicemia < 40
Seio materno + Dextrose em gel > novo HGT em 30 min
Se< 30 interna e igual sintomáticos
Se 30-40 Repete
Se > 40 volta a rotina

  1. > = 4 horas com glicemia < 40
    Seio materno + Dextrose em gel > novo HGT em 30 min
    Se < 40 interna e igual sintomáticos
    Se 40 - 45 Repete
    Se > 45 volta a rotina

Sintomáticos (cianose, apneia, taquipneia, tremor, convulsão, letargia, hipotonia):
Glicose PARENTERAL em boulous, passando após para Bomba de Infusão (BI) com TIG de 8

60
Q

Encefalopatia hipóxico-isquêmica:
Epidemiologia
Como manejar? (2)
- Quais os critérios para hipotermia terapêutica?
É obrigatória a realização de punção de LCR?
E quando refratariedade ao Fenobarbital?

A

Epidemiologia:
Principal causa de convulsão neonatal grave (hipoglicemia é a principal causa reversível).

Como manejar?
1. Fenobarbital
2. Hipotermia terapêutica (33,5°C por 72h)

Quais os critérios para hipotermia terapêutica?
1. >= 35 semanas e peso > 1800 g
2. Sinais laboratoriais de asfixia perinatal (gasometria)
3. Encefalopatia mod-grave antes das SEIS HORAS de vida (critérios de Sarnat)
4. Evento agudo causal para asfixia (sem sofrimento crônico): PE, Ruptura uterina…

É obrigatória a realização de punção de LCR?
Não

E quando refratariedade ao Fenobarbital?
Fenitoína é opção

61
Q

Qual o diagnóstico?
Quando ocorre?
Qual a conduta?

A

Qual o diagnóstico?
Eritema tóxico.

Quando ocorre?
Lesões iniciam no segundo/terceiro dia de vida e NÃO estão presentes no momento do nascimento.

Qual a conduta?
Observação.
Condição benigna.

62
Q

Qual o diagnóstico?
Quando ocorre?
Qual a conduta?

A

Qual o diagnóstico?
Melanose pustulosa.

Quando ocorre?
Lesões presentes desde o momento do nascimento.
Descamam e formas o colarete descamativo.

Qual a conduta?
Observação.
Condição benigna.

63
Q

Qual o diagnóstico?
Por que ocorre?
Qual a conduta?

A

Qual o diagnóstico?
Miliária rubra = BROTOEJA.

Por que ocorre?
Obstrução de ducto de suor.

Qual a conduta?
Medidas para resfriamento.

64
Q

Reanimação neonatal:
Quando fazer o clampeamento do cordão umbilical?
Por que fazer o clampeamento tardio quando possível?

A

RN com boa vitalidade (tônus e choro/respiração)
>= 34 semanas: 1-3 min
< 34 semanas: > 30s

RN sem boa vitalidade:
Imediato (após 2 estímulos táteis)

Por que fazer o clampeamento tardio quando possível?
Porque há associação com melhores reservas de ferritina no lactente.

65
Q

Reanimação neonatal:
Passos iniciais:
Quando estão indicados? ( 3 perguntas)
Quais são? (4)

A

Quando estão indicados?
Choro presente?
Tônus em flexão?
>34 semanas?

Primeira conduta ao chegar na mesa de reanimação.

Quais são? ASPA:
A = aquecer (sala entre 23-25°C)
- se < 34 semanas: saco plástico e touca dupla
S = secar
- exceto se < 34 semanas
P = posicionar (leve extensão da cabeça)
A = aspirar (boca > nariz) apenas SN

66
Q

Reanimação neonatal:
Como é feita a aferição da Frequência Cardíaca (FC)?

A

Como é feita a aferição da Frequência Cardíaca (FC)?
Após passos iniciais: ausculta do precordio por 6 segundos

Após início da VPP: MONITOR CARDÍACO

OBS: a Ausculta, Pulso em cordão e Oximetria de pulso tendem a SUBESTIMAR a FC e gerar intervenções desnecessárias

67
Q

Reanimação neonatal:
Após os passos iniciais:
Qual o fluxograma de reanimação? (5)

A
  1. Avaliar Frequência Cardíaca:
    Se < 100 bpm ou apneia: iniciar reanimação com Ventilação de Pressão Positiva (VPP)
  2. VPP por 30 segundos
    FiO2 de 21% se >= 34 semanas
    FiO2 de 30% se < 34 semanas
  3. VPP com Máscara Laríngea se >= 34 sem ou IOT
    - usar o bom senso, o momento de IOT varia conforme a referência

Se em IOT com boa FiO2 e FC < 60 bpm:
3. Massagem Cardíaca Externa (MCE) por 60 segundos
a. Técnica dos dois polegares: garante maior pressão de perfusão coronariana
b. Técnica dos dois dedos
Relação 3Compressões:1Ventilação

  1. Epinefrina se 60s de MCE e FC < 60 bpm
    a. Via traqueal (1 vez no máximo)
    b. Veia umbilical
  2. SF 0,9% (10 ml/kg) quando sinais de HIPOVOLEMIA:
    a. Sinais de choque
    b. Pulsos finos
    c. Palidez
68
Q

Reanimação neonatal:
E se líquido meconial?
Há alteração do fluxograma?

A

Se líquido meconial o fluxograma é praticamente o mesmo.

Único passo que muda:
Após UM ciclo de VPP por 30 segundos se FC < 100 bpm: intubamos para aspirar traqueia, retiramos o tubo e retomamos a VPP

OBS: cuidado com questões antigas, pois o manejo foi mudando ao longo dos anos

69
Q

Reanimação neonatal:
Qual a diluição de Adrenalina a ser utilizada?
Qual a dose de Adrenalina a ser utilizada?

A

Diluição: 1/10.000

Dose: 0,1-0,3 ml/kg

70
Q

Escore de APGAR:
O que faz parte? (5)

A
  1. Respiração (ausente/irregular/regular) ou choro
    - pegadinha: não se avalia frequência respiratória
  2. Frequência cardíaca

3.Tônus

  1. Coloração
  2. Resposta ao estímulo(caretas/tosse ou espirros)
71
Q

Artrogripose:
Definição
Associação principal

A

Definição:
Malformação das articulações, caracterizada por limitação de movimento e diminuição da força muscular.

Associação principal:
Infecção congênita pelo Zika Vírus.

72
Q

Abdome escavado em RN:
O que sempre devemos considerar?

A

Hérnia diafragmática congênita

73
Q

Está indicada profilaxia para PNEUMOCISTOSE em RN nascido de mãe HIV positiva?
Quando suspender, se iniciada?

A

Está indicada profilaxia?
Sim, com Bactrim para todos os RNs.

Quando suspender, se iniciada?
Quando 2 Cargas Virais negativas após a profilaxia de infecção com esquema indicado por 28 dias.

74
Q

Cisto de Plexo Coroide:
É um achado USG que sugere …
Qual a síndrome mais associada?

A

É um achado ultrassonográfico menor que sugere ANEUPLOIDIA durante o pré-natal.

Qual a síndrome mais associada?
Edwards (Trissomia do 18), estando presente em 30-50%

75
Q

Triagem metabólica:
TSH elevado e suspeita de Hipotireoidismo Congênito:
Qual a conduta? (2)
Quando podemos reavaliar o diagnóstico?

A

Qual a conduta?
1. SOLICITAR DOSAGEM DE TSH E T4 LIVRE.
2. INICIAR A LEVOTIROXINA se confirmação de TSH elevado, independentemente de T4 livre.
Isso porque não podemos arriscar atraso no desenvolvimento por um hipotireoidismo não diagnosticado ou não tratado.

Quando podemos reavaliar o diagnóstico?
3 anos de idade.

76
Q

Hérnia diafragmática congênita:
Qual o lado mais comum?
Isolada ou associada a outras anomalias?
Qual a síndrome genética mais associada?

A

Qual o lado mais comum?
85% dos casos: à esquerda

Isolada ou associada a outras anomalias?
60% dos casos: isolada
40% dos casos: associada

Qual a síndrome genética mais associada?
Trissomia do 18 = Edwards

77
Q

Qual a diurese mínima para um RN em aleitamento materno?
E o ganho de peso diário?

A

Qual a diurese mínima para um RN em aleitamento materno?
6 vezes ao dia

E o ganho de peso diário?
Cerca de 30g ao dia
Peso do nascimento deve ser recuperado em no máximo 14 dias

78
Q

Retinopatia da prematuridade:
Qual o principal fator de risco?

A

PaO2 elevada

79
Q

Leucopenia ao nascer:
Definição
Quais as principais etiologias? (4)

A

Definição:
< 5000 leucócitos

Quais as principais etiologias?
1. Asfixia
2. Doença hipertensiva materna
3. Hemorragia peri-intraventricular
4. Hemólise

80
Q

Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo:
HCPA 2023:
Quando devo iniciar o surfactante?
Quais os principais benefícios? (4)

A

Quando devo iniciar o surfactante?
Em RN < 34 semanas que está em suporte ventilatório invasivo:
Idealmente nos primeiros 15 minutos de vida (até 2 horas).

Quais os principais benefícios?
1. Redução de mortalidade
2. Redução de pneumotórax
3. Redução de enfisema pulmonar intersticial
4. Redução de displasia broncopulmonar

81
Q

Púrpura fulminans neonatal:
Clínica
Por que ocorre?
Qual a importância do reconhecimento?
Tratamento

A

Clínica:
Rápido início de lesões purpúricas, equimoses, lesões necróticas e gangrenosas nas primeiras 24 horas de vida.

Por que ocorre?
Deficiências congênitas de proteína C e S.

Qual a importância do reconhecimento?
Emergência hematológica

Tratamento:
Transfusão de PFC

82
Q

BAVT em período neonatal:
Quais as principais etiologias?
Qual a manifestação clínica mais associada?
Cite um importante marcador de gravidade

A

Quais as principais etiologias?
1. Cardiopatia congênita
2. Doenças do tecido conjuntivo materno / colagenoses
- LES
- Sjogren

Qual a manifestação clínica mais associada?
Bradicardia

Cite um importante marcador de gravidade
Hidropsia

83
Q

Galactosemia:
Definição
Qual a importância?
Clínica
Diagnóstico
Conduta

A

Definição: erro inato do metabolismo da galactose.
Doença de herança autossômica recessiva.
Deficiência enzimática: GALT.

Qual a importância?
É uma contraindicação absoluta para o aleitamento materno.
Pode levar ao óbito em dias semanas.

Manifestações clínicas:
1. Lesão hepática
2. Lesão renal
3. Lesão cerebral

Diagnóstico:
Substância REDUTORAS na urina elevadas

Conduta:
Alimentação a base de leite de SOJA.

84
Q

Obstrução congênita da via lacrimal:
Epidemiologia
Prognóstico
Tratamento inicial
E se secreção purulenta?
Posso recomendar uso de corticoides?

A

Epidemiologia: comum, 50% dos recém nascidos.

Prognóstico: grande maioria resolve nos primeiros 6 a 12 meses.

Tratamento inicial:
Manobra de CRIGLER: massagem e compressão do canal lacrimal.

E se secreção purulenta?
Poderia considerar ATB tópico, pelo risco de infecção bacteriana adjacente.

Posso recomendar uso de corticoides?
Não.

85
Q

Cite uma contraindicação absoluta à Ventilação de Pressão Positiva em RN com necessidade de reanimação neonatal.
Qual deve ser a conduta?

A

Hérnia diafragmática.
Pois pode haver expansão de conteúdo herniário e piora do padrão pulmonar.

Qual deve ser a conduta?
Intubação e ventilação com pressão positiva pela cânula traqueal.

86
Q

Hipotireoidismo congênito:
Quais as principais causas? (2)
Teste do pezinho:
1. Qual a sua limitação?
2. O que fazer se TSH alterado?

A

Quais as principais causas?
1. Disgenesia tireoidiana: mais comum
- agenesia, hipoplasia ou ectopia
2. Disormoniogênese: defeito na síntese hormonal

Teste do pezinho:
1. Qual a sua limitação?
Não identifica Hipotireoidismo Secundário ou Central
2. O que fazer se TSH alterado?
Repetir imediatamente e iniciar tratamento com LEVOTIROXINA

87
Q

Reanimação neonatal:
Quando iniciada massagem cardíaca:
Qual a recomendação quanto a ventilação?

A

3:1
Cânula traqueal coma FiO2 de 100%

Exemplo: 90 compressões para 30 ventilações

88
Q

Acompanhamento de toxoplasmose congênita:
Quando consideramos pelos níveis de IgG a infecção?

A

Quando titulações do lactente maiores que as maternas ou quando não negativação de anticorpos do lactente até completo UM ANO de vida.
Deve reduzir em 50% em 30 dias.

89
Q

Uso de AINES no final da gestação pode gerar disfunção respiratória por …

A

Hipertensão pulmonar, por fechamento precoce de canal arterial

90
Q

Circulação fetal:
Características da circulação intraútero (4)
- O que é o Ducto Venoso?
- O que é o Canal Arterial?

A
  1. Trocas gasosas ocorrem na placenta
  2. Resistência pulmonar aumentada
    - pois, os pulmões estão colabados
  3. Resistência sistêmica diminuída
  4. Presença de shunts:
    a. Ducto venoso: leva sangue oxigenado da veia umbilical para veia cava inferior
    - passagem de sangue oxigenado para coração esquerdo
    b. Canal arterial: comunicação entre artéria pulmonar e aorta, leva sangue da artéria pulmonar para a aorta

OBS: Canal arterial divide regiões em:
- pré-ductal
- pós-ductal

91
Q

Circulação fetal:
O que ocorre quando nascimento? (6)
- por que ocorre o fechamento do canal arterial?

A

O que ocorre quando nascimento?
1. Diminuição da resistência vascular pulmonar e aumento do fluxo sanguíneo

  1. Aumento do volume do átrio esquerdo
    - aumento da pressão em AE
  2. Fechamento do forame oval
  3. Aumento de resistência vascular sistêmica
  4. Inversão do shunt pelo canal arterial:
    - sangue oxigenado da aorta para a pulmonar
  5. Aumento de PAO2 em canal arterial leva à diminuição de prostaglandinas e:
    Fechamento do canal arterial
92
Q

Cardiopatias congênitas ACIANÓTICAS:
Epidemiologia
Quais os mecanismos fisiopatológicos? (2)
- quais seus exemplos principais?

A

Epidemiologia:
São as cardiopatias congênitas mais comuns.

Quais os mecanismos fisiopatológicos?
1. Sobrecarga de volume:
CIV | CIA | DSAV | PCA

  1. Sobrecarga de pressão
    Coarctação de aorta
93
Q

Cardiopatias congênitas ACIANÓTICAS:
SOBRECARGA DE VOLUME:
Por que ocorre?
Qual a clínica? (3)
Quais são elas? (4)

A

Por que ocorre?
Por algum motivo há shunt da esquerda para direita, gerando aumento de volume sanguíneo na circulação pulmonar e SOBECARGA.

Qual a clínica?
Sinais de insuficiência cardíaca em lactentes:
a. dificuldade na amamentação
b. baixo ganho de peso
c. sudorese na cabeça

Quais são elas?
1. Comunicação interventricular = CIV
2. Comunicação interatrial = CIA
3. Persistência do canal arterial = PCA
4. Defeito do septo atrioventricular = DSAV

94
Q

Comunicação Interventricular (CIV):
Epidemiologia
Fisiopatologia
Localização (2)
Clínica
- ao nascer | CIV pequena | CIV grande

A

Epidemiologia: cardiopatia congênita mais comum de todas.

Fisiopatologia: cardiopatia ACIANÓTICA que surge por defeito do septo interventricular.
Gera shunt da esquerda para direita por gradiente de pressão maior entre esquerda e direita.

Localização:
1. Membranosa: mais comum
2. Muscular

Clínica:
1. Ao nascer:
Assintomática
Por quê? Ainda não há shunt, pois gradiente de pressão à direita permanece alto até 30 dias de vida.
2. CIV pequena:
Assintomática +- sopro holossistólico
3. CIV grande:
Sinais de IC ao final do primeiro mês de vida

95
Q

Comunicação Interventricular (CIV):
Diagnóstico (2)
Quais os achados do Raio X de tórax? (2)
Pode haver fechamento espontâneo?
Tratamento
- sintomático | definitivo
Complicação principal

A

Diagnóstico:
1. Ecocardiograma
2. ECG

Quais os achados do Raio X de tórax?
- hiperfluxo pulmonar
- aumento da trama vascular pulmonar

Pode haver fechamento espontâneo?
Sim, em até 80% dos casos se localização muscular e até 30% dos casos se membranosa.

Tratamento:
Sintomático: Diuréticos
Definitivo: correção cirúrgica

Complicação principal:
- ocorre em adultos:
SÍNDROME DE EISENMENGER

96
Q

SÍNDROME DE EISENMENGER:
Definição
Paciente típico
Clínica
Posso fazer correção cirúrgica?
Prognóstico

A

Definição: síndrome que ocorre por doença vascular pulmonar que acarreta um aumento da resistência vascular pulmonar em paciente com CIV.
Com isso, na vida adulta, há INVERSÃO DO SHUNT DA DIREITA PARA ESQUERDA e passagem de sangue pouco oxigenado para a circulação.

Paciente típico: adulto com CIV prévia

Clínica:
Inversão do shunt: CIANOSE

Posso fazer correção cirúrgica?
Não, pois se fechamento do defeito tende a piorar o quadro de hipertensão pulmonar.

Prognóstico: Limitado, uma vez que não podemos corrigir.

97
Q

Comunicação interatrial (CIA):
Epidemiologia
Fisiopatologia
Localização (2)
Clínica
Achados do exame físico (2)
Achados do ECG (2)
Tratamento (3)

A

Epidemiologia: mais comum, entre as acianóticas, na prova.

Fisiopatologia: defeito no septo atrial.

Localização:
1. Ostium secundum: mais comum
- onde estava o forma oval
2. Ostium primum

Clínica:
Assintomática: shunt não significativo

Achados do exame físico:
1. DESDOBRAMENTO FIXO DE B2 à ausculta
2. Sopro sistólico ejetivo: estenose pulmonar relativa

Achados do ECG:
1. Sobrecarga de VD
2. Bloqueio de ramo direito

Tratamento:
1. Acompanhamento: assintomáticos / pequenos
2. Abordagem cirúrgica
3. Cateterismo

98
Q

Persistência do canal arterial (PCA):
Fatores de risco (2)
Clínica
Achados do exame físico (2)
Tratamento
- Prematuros (2) | A termo (2)

A

Fatores de risco:
1. Prematuros:
- maior nível de prostaglandinas
- responde menos a maior quantidade de oxigênio no canal arterial
2. Síndrome da Rubéola Congênita

Clínica:
Geralmente nascem assintomáticos e APÓS REDUÇÃO DA PRESSÃO EM CIRCULAÇÃO PULMONAR: Insuficiência cardíaca.

Achados do exame físico:
1. SOPRO EM MAQUINÁRIA
(região INFRACLAVICULAR esquerda ou 2° EIE)
2. PULSOS PERIFÉRICOS AMPLOS

Tratamento:
- PREMATUROS: alteração é funcional, buscamos fechamento farmacológico:
1. Indometacina
2. Ibuprofeno
- A termo / refratários:
1. Cateterismo
2. Correção cirúrgica

99
Q

Sopro em maquinária + pulsos periféricos amplos descritos ao exame físico em prova de pediatria:
Qual a principal hipótese diagnóstica?

A

Persistência do canal arterial (PCA), um tipo de cardiopatia acianótica por sobrecarga de volume

100
Q

Defeito do Septo Atrioventricular:
Quais os defeitos? (3)
Fisiopatologia (2)
Clinica
Fator de risco
Tratamento

A

Quais os defeitos?
1. CIA
2. CIV
3. Valva atrioventricular anormal

Fisiopatologia:
1. Shunt da esquerda para a direita
2. Hiperfluxo pulmonar importante

Clinica
- clínica semelhante a uma CIV grande:
Insuficiência cardíaca importante

Fator de risco: SÍNDROME DE DOWN
- mais frequente entre as cardiopatias
- em prova, quase sempre associado

Tratamento: SEMPRE cirúrgico
- o mais precoce possível
- considerando peso e risco do paciente

101
Q

COARCTAÇÃO DA AORTA:
Definição
Tipo Justaductal
Tipo Pré-ductal

A

Definição: constricção que reduz calibre aórtico em qualquer local da aorta.

Tipo Justaductal:
- mais comum
- típica do adulto

Tipo Pré-ductal (hipoplasia tubular):
- típica da infância
- mais grave
- clínica ainda no período neonatal

102
Q

COARCTAÇÃO DA AORTA:
Clínica Tipo Pré-ductal (3)
Como fazer o diagnóstico definitivo?
Qual o tratamento? (2)

A

Clínica Tipo Pré-ductal:
- Em RN:
1. Cianose diferencial: alteração do teste do coraçãozinho
2. IC grave
3. Choque

Como fazer o diagnóstico definitivo?
Ecocardiograma

Qual o tratamento?
1. Prostaglandinas: para manter a perfusão sistêmica e canal arterial aberto
2. Cirurgia ou cateterismo assim que possível

103
Q

COARCTAÇÃO DA AORTA:
Clínica Tipo Justaductal (4)
Quais os achados do Raio X? (2)
Como fazer o diagnóstico definitivo?

A

Clínica Tipo Justaductal:
- Crianças maiores / adolescentes / adultos:
1. Hipertensão arterial em MMSS secundária
2. Diminuição dos pulsos em MMII
3. Dor ou fraqueza em MMII
4. Frêmito nos espaços intercostais (circulação colateral)

Quais os achados do Raio X?
a. erosões em arcos costais
b. sinal do 3

Como fazer o diagnóstico definitivo?
Ecocardiograma

104
Q

Cardiopatias congênitas cianóticas:
Quais são elas? (5)
Qual sua marca clínica?

A

Quais são elas?
1. TETRALOGIA DE FALLOT
2. TRANSPOSIÇÃO DOS GRANDES VASOS
3. Drenagem anômala total das veias pulmonares
4. Tronco arterioso
5. Atresia tricúspide

Qual sua marca clínica?
Cianose

105
Q

TETRALOGIA DE FALLOT:
Epidemiologia
Quais as alterações? (4)
Por que ocorrem as alterações?
Quando ocorre a cianose?

A

Epidemiologia: algumas referências consideram-na a mais comum entre as cianóticas.

Quais as alterações?
1. Dextroposição da aorta
2. Obstrução da saída de VD
3. Hipertonia de VD
4. Comunicação interventricular

Por que ocorrem as alterações?
Resultado do desvio do septo conal / infindibular.

Quando ocorre a cianose?
Cianose é mais comum fora de período neonatal, com a progressão da doença.
- SHUNT DIREITA PARA ESQUERDA pela comunicação interventricular: cianose surge conforme vai aumentando a hipertrofia e pressão em VD e desvio de sangue não oxigenado para VE.

Por que ocorrem as alterações?
Resultado do desvio do septo conal / infindibular.

106
Q

TETRALOGIA DE FALLOT:
Clínica - grave e não grave
Qual o achado à ausculta?
Qual a principal complicação?

A

Clínica:
- grave: cianose em RN
- não grave (mais comum): cianose progressiva nos primeiros meses de vida

Qual o achado à ausculta?
Sopro sistólico ejetivo em foco pulmonar

Qual a principal complicação?
CRISE HIPERCIANÓTICA:
- espasmo de septo infindibular e piora de obstrução de saída de VD ao acordar ou após o choro
- cianose intensa e hipoxemia

107
Q

CRISE HIPERCIANÓTICA:
Definição
Faixa etária
Quando ocorre?
Fisiopatologia
Clínica (2)
Tratamento (5)

A

Definição: complicação que pode ocorrer em pacientes com Tetralogia de Fallot.

Faixa etária: principalmente, < 2 anos.

Quando ocorre?
Geralmente, ao acordar ou após o choro.

Por que ocorre?
Espasmo de septo infindibular e piora de obstrução de saída de VD ao acordar ou após o choro.

Clínica:
1. Cianose intensa e hipoxemia
2. Queda de sopro sistólico ejetivo

Tratamento:
1. Flexão das pernas sobre o tórax (genupeitoral): aumento da RVP
2. Morfina
3. Administração de pequenas quantidades de volume
4. Oxigênio: vasodilatador pulmonar
5. Betabloqueadores

108
Q

TETRALOGIA DE FALLOT:
Quais os achados à radiografia de tórax? (2)
Como fazer diagnóstico definitivo?
Tratamento
Tratamento paliativo (2)

A

Quais os achados à radiografia de tórax?
- coração em bota / tamanco holandês
- hipofluxo pulmonar

Como fazer diagnóstico definitivo?
Ecocardiograma

Tratamento:
Cirurgia

Tratamento paliativo:
- enquanto aguardamoscirúrgico definitivo:
- Blalock-Taussig (comunicação entre subclávia e artéria pulmonar = enxerto)
- Manutenção de canal arterial patente

109
Q

TRANSPOSIÇÃO DOS GRANDES VASOS:
Epidemiologia
Fisiopatologia
Clínica (4)

A

Epidemiologia: principal causa de CIANOSE NO RECÉM NASCIDO

Fisiopatologia:
- AP sai do ventrículo esquerdo: levando sangue oxigenado em circulação pulmonar
- Aorta sai do ventrículo direito: levando sangue não oxigenado em circulação sistêmica
- DUAS CIRCULAÇÕES EM PARALELO

Clínica:
1. Cianose progressiva já no RN
2. Disfunção miocárdica com Insuficiência Cardíaca
3. Ausência de sopros
4. Pode haver hiperfonese de B2

110
Q

TRANSPOSIÇÃO DOS GRANDES VASOS:
Diagnóstico definitivo
Quais os achados da radiografia de tórax? (2)

A

Diagnóstico definitivo:
Ecocardiograma

Quais os achados da radiografia de tórax?
1. Coração em ovo deitado
2. Fluxo pulmonar normal ou aumentado

111
Q

TRANSPOSIÇÃO DOS GRANDES VASOS:
Tratamento paliativo (2)
Tratamento definitivo

A

Tratamento paliativo:
1. Prostaglandinas para manter canal arterial aberto
2. Rashkind (arteriosseptostomia):
- procedimento hemodinâmico
- busca criar comunicação entre os átrios para mistura de sangue

Tratamento definitivo
JATENE: SWITCH ARTERIAL
- nas primeiras 3 semanas de vida

112
Q

Cardiopatias congênitas cianóticas:
Drenagem anômala total das veias pulmonares:
Fisiopatologia
Achado em Raio X

A

Fisiopatologia:
- 4 veias pulmonares drenam para AD ou Veia Sistêmica, ou seja, sangue da circulação pulmonar não vai para átrio esquerdo
- Sangue no coração esquerdo chega por comunicação entre coração D e E
- Chegada de sangue misturado em VE gerando CIANOSE

Raio X:
- Sinal do Boneco de neve

113
Q

Cardiopatias congênitas cianóticas:
Tronco arterioso:
Fisiopatologia

A

Fisiopatologia:
- tronco único saindo de VE e VD
- mistura de sangue oxigenado e não oxigenado

114
Q

Cardiopatias congênitas cianóticas:
Atresia tricúspide:
Fisiopatologia
Clínica (2)

A

Fisiopatologia:
- não há comunicação entre AD e VD
- sangue não oxigenado se acumula e vai para AE por aumento de pressão em AD
- shunt da esquerda para direita após: manutenção de circulação pulmonar (comunicação interventricular ou canal arterial)

Clínica:
1. Cianose
2. HIPOPLASIA DE VD
- desvio de eixo para esquerda em ECG

115
Q

Estenose hipertrófica de piloro:
Quando ocorre?
Clínica (3)
Diagnóstico (3)
Tratamento
Qual o distúrbio hidroeletrolítico associado?

A

Quando ocorre?
3°-5° semana de vida

Clínica:
1. Vômitos não biliosos
2. Faminta
3. Oliva pilórica (massa palpável na região do piloro)

Diagnóstico:
Clínica +
Oliva pilórica palpada por experiente
+ou- USG

Tratamento:
Pilorotomia Extra Mucosa (Freder-Ramstedt)

Qual o distúrbio hidroeletrolítico associado?
Alcalose metabólica hipoclorêmica e hipocalêmica (ativação do SRAA)

116
Q

Íleo Meconial:
Quais as principais causas? (3)
Tratamento

A

Quais as principais causas?
1. Fibrose cística (> 90% dos casos)
2. Aganglionose extensa
3. Prematuridade com muito ou extremo baixo peso ao nascer

Tratamento:
Inicialmente clínico:
1. Enema
2. Hidratação
3. ATB
Se complicado ou refratário: cirúrgico

117
Q

Toxoplasmose congênita:
IgG positivo na gravidez pode ter infecção congênita?

A

Em casos de mães imunossuprimidas (Lupus, corticoide) pode haver reativação da toxo mesmo com IgG positivo no primeiro tri (fonte: discussão do Leandro)

118
Q

Estiramento de plexo braquial:
Qual a diferença de paralisia de Erb-Duchenne e paralisia de Klampke?

A

Erb-duchene é mais alta (c1 a c3) e tem reflexo palmar, klampke é mais baixa (c4 a c7) e NÃO tem prensão palmar. (Fonte: prof Leandro)

119
Q

Reanimação do RN:
Qual a concentração de O2 preconizada para maior e menor de 34 semanas na ventilação?

A

> 34 s: Ar ambiente
< 34 s: 30%

120
Q

Atresia de coanas:
Qual a apresentação?

A

Cianose cíclica com melhora ao chorar.

121
Q

HGTs no período neonatal:
Em quem deve ser realizado?

A

Mães com DMG e gigs por 24 horas
pigs e prematuros até 72 horas

122
Q

Exame físico:
Até quando realizar manobras de barlow e ortolani?
Observar por quanto tempo??

A

Realizar de rotina até os 3 meses de idade

Se identificada instabilidade do quadril, pode ser acompanhado até 1 mês para aguardar a normalização
(prof. Manuel)

123
Q

HIV:
Parceiros sorodiscordantes:
Qual é baixo risco?
O que fazer se alto risco?

A

Pai HIV+ com boa adesão e CV indetectável nos ultimos 6 meses - tudo liberado

Se baixa adesão e/ou CV detectável prévia: contraindicar a amamentação e solicitar CV do pai e da mãe, se negativo de ambos, liberar

Fonte: prof. Leandro

124
Q

Doença metabólica óssea da prematuridade:
O que é?
Causa?
Manifestações:
Tratamento:

A

O que é:
Também conhecida como osteopenia da prematuridade por deficiencia relativa de calcio e verdadeira de fósforo.

Causas:
- Não absorçao placentaria de ca e P devido a prematuridade
- Crescimento acelerado do PMT
- Reduçao da absorção intestinal de ca por baixa vit D e por outras condições intestinais (enterocolite)
- Reduçao da biodisponibilidade da formula em relaçao ao leitr materno

Manifestaçoes:
Osteopenia, fosforo baixo e FA elevada

Tratamento:
Reposiçao de calcio e fósforo

125
Q

Retinopatia da prematuridade:
Criterios de triagem
Como é feito

A

PN < 1500g ou IG <= 32 semanas.

Exame inicial é da quarta a sexta semana de vida, após acompanhamento a cada 2 semanas.

126
Q

Retinopatia da prematuridade:
Criterios de triagem
Como é feito

A

PN < 1500g ou IG <= 32 semanas.

Exame inicial é da quarta a sexta semana de vida, após acompanhamento a cada 2 semanas.

127
Q

Fechamento do canal arterial:
Droga de escolha com menos efeito adverso em PMT extremos:

A

Paracetamol EV

128
Q

Neutropenia do RN?
O que fazer
Quando fazer
Por quanto tempo

A

Afilgrastina - estimulador da colonia de neutrofilos

Em RN com menos de 1000 neuteófilos, normalmente devido a sepse ou medicaçao (ganciclovir p cmv por exemplo)
Pode usar por 3 a 5 dias.

Prof. Luciana

129
Q

Colostroterpia:
O que é
Beneficios

A

Prescriçao de colostro ordenhado em gotas na mucosa oral

Beneficios:
Melhora aceitaçao da dieta
Reduz risco de enterocolite
Aumenta imunidade

Prof. Luciana