PNEUMOLOGIA Flashcards
Tuberculose:
Transmissão
História natural da infecção-doença (4)
Tipos de doença mais comuns (3)
Transmissão: aerossóis
- alta infectividade | baixa patogenicidade
História natural:
1. Primoinfecção: primeiro contato com o bacilo
2. Imunidade Linfócitos T (PPD) e interferon-gamma (IGRA) surge em 8 semanas
3. 90% dos casos: controle da infecção (ILTB ou cura)
- granuloma CASEOSO
4. 10% dos casos:
- Primária (pediatria)
- Pós-primária
TB pulmonar: 80-85% dos casos de TB doença
TB pleural: segunda mais comum em população geral
TB ganglionar: segunda na pediatria e em HIV +
Tuberculose:
Formas graves:
TB miliar (quem e como?)
vs.
TB meníngea (quem, epidemiologia, clínica, LCR)
TB miliar:
- < 2 anos não vacinado | imunossupresso
- micronodular
- disseminada: instabilidade hemodinâmica
TB meníngea:
- < 2 anos não vacinado | imunossupresso
- forma mais sequelante
- clínica: febre + cefaleia + LESÃO DE PAR CRANIANO + HIDROCEFALIA (drenagem de LCR prejudicada)
- LCR:
aumento de proteínas
queda da glicose (2/3 da glicemia)
PMN > Linfomononucleares
- encontrar o bacilo é difícil
BAAR < 15%
Cultura 50-80%
TRM-TB 30-80%
Tuberculose:
Primária - diagnóstico
Pós-primária - diagnóstico
Primária (em < 10 anos - escore):
C = clínica >= 2 semanas (pneumonia arrastada) (15)
H = história de contato com TB < 2 anos (10)
I = imagem >= 2 semanas (infiltrado) (15)
- adenopatia HILAR UNILATERAL
L = latente (PPD > 5-10mm) (5-10)
D = desnutrição (p < 10 de peso) (5)
- >= 40: tratamento por PROVÁVEL
- >= 30: considerar tratamento por possível
- < 25: pouco provável, seguir investigação
ou
TRM-TB / Cultura de Lavado Gástrico
Pós primária: clínica + imagem + microbiológico
- Clínica:
1. Tosse >= 3 semanas + >=1:
a. Febre vespertina
b. Sudorese noturna
c. Perda ponderal
- Radiológico: cavitações pulmonares (ápice)
- Microbiológico:
a. TRM-TB (1 amostra resistência à Rifampicina)
b. BAAR / baciloscopia (2 amostras | operador dependente)
c. Cultura do escarro (dúvida TRM-TB +)
Tuberculose PLEURAL:
Epidemiologia
Clínica (3)
Características de LP (6)
Como encontrar o bacilo? (3)
Diagnóstico padrão-ouro
Epidemiologia: principal forma de TB extrapulmonar na população geral
Clínica: sintomas respiratórios arrastados | febre | perda ponderal
Líquido Pleural:
1. Exsudato
2. Rico em proteínas
3. Queda da glicose
4. Linfomonocitário
- cuidado com PNM no início
5. ADA > 40 U (MUITO SUGESTIVO)
6. Não contem eosinófilos e células mesoteliais
Encontrar o bacilo: métodos são runis
BAAR < 5%
Cultura < 15%
TR < 30-50%
Padrão-ouro para dx: biópsia pleural
Tuberculose:
Tratamento:
Esquema básico
Quadros graves
Se infecção conjunta com HIV
Acompanhamento (4)
Quando o paciente para de transmitir?
Geral:
>= 10 anos: 4 meses RHZE e 2 meses RH
< 10 anos: 4 meses RHZ e 2 meses RH
Meníngea / Miliar / Osteoarticular:
>= 10 anos: 10 meses RHZE e 2 meses RH
< 10 anos: 10 meses RHZ e 2 meses RH
- meníngea: Prednisona 40mg por 4-8 semanas
Se coinfecção com HIV:
Tratamento de TB por 2-8 semanas > TARV
- Pulmonar: 2 semanas
- Meníngea: 8 semanas
- Independentemente de contagem de CD4
- Dobrar a dose de Dolutegravir até 15 dias após a suspensão da Rifampicina
Acompanhamento:
1. TDO (3 vezes na semana, pelo menos)
2. Avaliações clínicas mensais
3. BAAR mensal ou, pelo menos, 2-4-6 meses
4. Raio-X: 2 e 6 meses ou, pelo menos, 6 meses
Parada da transmissão com tratamento adequado em QUINZE DIAS.
Tuberculose:
Efeitos adversos de tratamento:
Rifampicina (5) | Isoniazida (2) | PIrazinamida (2)
Etambutol
Hepatotoxicidade: quando suspender? como reintroduzir?
Geral: intolerância gástrica
Rifampicina:
1. Citopenias = suspender
2. Nefrite Intersticial Aguda = suspender
3. Suor / fluidos alaranjados
4. Reação gripal
5. Asma
Isoniazida:
1. Neuropatia periférica por depleção de PIRIDOXINA (B6)
2. Maior hepatotoxicidade
Pirazinamida:
1. Aumento da uricemia (cuidado se Gota)
2. Rabdomiólise = suspender
Etambutol:
Neurite Óptica
HEPATOTOXICIDADE:
Quando suspender?
1. Elevação de transaminases > 3x LSN e sintomas
2. 1. Elevação de transaminases > 5x LSN
3. Icterícia | aumento de BD ou provas canaliculares
Como reintroduzir?
30 dias após
1. RE 3-7 dias
2. Pirazinamida 3-7 dias
3. Isoniazida
ILTB:
Quando tratar? (3)
Como diagnosticar?
Como tratar? (3)
Quando preferimos a Rifampicina?
Quando tratar:
1. Contactante de bacilífero < 2 anos
2. Imunossupressão
3. Profissional da saúde com PPD crescendo em pelo menos 10 mm < 1 ano
Como diagnosticar:
Assintomático + Raio X normal +
PPD >= 5 mm (leitura em 48-72 horas)
IGRA +
(se negativo em contactante: repetir em 8 semanas)
Como tratar?
1. Melhor posologia:
3 meses de Isoniazida + RifaPENTINA (12 doses semanais)
2. Isoniazida 6-9 meses (270 doses diárias)
3. Rifampicina 4 meses (120 doses diárias)
- < 10 anos e > 50 anos
- hepatopata
Controle da Tuberculose:
O que faz parte pelo MS? (4)
- Busca ativa de sintomáticos respiratórios:
Tosse >= 3 semanas ou qualquer tosse em vulnerável (presos, imunossupressos, morador de rua e indígenas) - TDO
Pelo menos 3 vezes por semana tratamento é feito em unidade de saúde - Vacinação para BCG
Proteção contra formas meníngea e miliar - Controle dos contactantes
ILTB:
Quimioprofilaxia primária | Prevenção:
Indicação
Como é feito?
RN contactante de bacilífero
- Não vacinar para BCG ao nascimento
- 3 meses de Isoniazida ou Rifampicina
- PPD
>= 5 mm : 3 meses de Isoniazida ou 1 mês de Rifampicina
< 5 mm : vacinar para BCG
Se RN for vacinado para BCG de forma inadequada:
Tratamento completo para ILTB está indicado
Paracoccidioidomicose:
Agente etiológico
História clássica / clínica
Radiografia
Diagnóstico (4)
Tratamento
Se paciente apresentar distúrbio hidroeletrolítico …
Agente: Paracoccidioides brasilienses (paracoco)
História clássica:
Homem | atividade agrícola | inalação
Tosse | Expectoração |Dispneia progressiva há meses
Acometimento cutâneo-mucoso
Raio X: ASA DE MORCEGO (quase sempre alterado)
Infiltrado pulmonar bilateral simétrico peri-hilar com predileção pelos terços médios
Diagnóstico:
1. Exame de escarro:
a. pesquisa direta
b. cultura
2. Aspirado linfonodal
3. Raspado de lesões cutâneas
- aspecto em RODA DE LEME
4. Sorologia
Tratamento:
ITRACONAZOL 6-12 meses
Se paciente apresentar distúrbio hidroeletrolítico pensar em DOENÇA DE ADDISON = INSUFICIÊNCIA ADRENAL PRIMÁRIA:
- glicocorticoides
- mineralocorticoides = HIPOALDOSTERONISMO
- Hiponatremia e Hipercalemia
Aspergilose:
Agente etiológico
Formas clínicas e tratamento
Complicação tardia de TB
Agente: aspergillus (fungo)
Formas clínicas:
1. Aspergilose broncopumonar alérgica
- Prednisona
2. Pneumonite por hipersensibilidade
3. Bola fúngica / Aspergiloma
- Ressecção cirúrgica
- Complicação tardia de TB
- Tosse e expectoração escura e fétida
4. Aspergilose pulmonar invasiva
- Anfotericina B em dose alta
Histoplasmose:
Agente e contaminação
Formas clínicas (4)
Diagnóstico (4)
Tratamento (3)
Agente: Histoplasma capsulatum (INALAÇÃO)
Cavernas, galinheiros, viveiros de cães
Formas clínicas:
1. Aguda: quadro gripal com melhora espontânea em até 4 semanas
2. Crônica: muito semelhante a Tuberculose em aspectos clínicos e radiológicos
- Pacientes que evoluem: doença pulmonar prévia
3. Forma disseminada: ocorre em imunosupressos
Diagnóstico:
1. Padrão-ouro (30 dias): cultura do escarro / lavado brônquico
Se disseminada: sangue e aspirado de MO
2. Exame direto do escarro
3. Pesquisa de antígeno em sangue ou urina: disseminada
4. Testes sorológicos (demoram 30 dias)
Tratamento:
1. Itraconazol por 6-12 semanas em quadros agudos
2. Itraconazol por 12 meses em quadros crônicos ou disseminados
3. Casos graves: Anfotericina B 2 semanas > Itraconazol
Tromboembolismo Pulmonar:
Tríade de Virchow:
Clínica (5)
Quando maciço (3)
Tríade de Virchow:
Hipercoagulabilidade
Lesão endotelial
Estase sanguínea
Clínica (súbita):
1. Dor torácica
2. Hemoptise
3. Sibilância
4. TAQUIPNEIA (principal sinal)
5. DISPNEIA (principal sintoma)
TEP maciço:
1. Hipotensão (choque obstrutivo)
2. Insuficiência de VD (cor pulmonale)
3. BNP e troponinas aumentadas (prognóstico)
Tromboembolismo Pulmonar:
Exames complementares inespecíficos:
ECG
Raio X de tórax
Ecocardiograma
Marcadores laboratoriais (2)
- ECG:
- mais comum: taqui sinusal
- mais característico: S1Q3T3
S em D1 | Q em D3 | T invertida em D3 - Rx de tórax (sinais raros):
- sinal de Westermark (oligoemia localizada)
- corcova de Hampton (hipotransparência triangular justapleural) - Ecocardiograma:
- disfunção de VD (prognóstico) - Marcadores laboratoriais:
- BNP e troponina elevados (prognóstico)
- D-dímeros (elevado, sem relação prognóstica)
Tromboembolismo Pulmonar:
Como avaliar nível de suspeita?
Suspeita baixa - fluxograma diagnóstico
Suspeita alta - fluxograma diagnóstico
Exames diagnósticos (4)
Escore de Wells:
E = Episódio prévio de TVP/TEP (1,5)
M = Malignidade (1)
B = Batata inchada (clínica de TVP) (3)
O = sem Outro diagnóstico provável (3)
L = Lung bleeding (hemoptise) (1)
I = Imobilização ou cirurgia recente (1,5)
A = Alta FC (> 100) (1,5)
Suspeita baixa (Wells <= 4):
1. Solicitar D-dímeros
- aumentados (> 500): solicitar imagem
- normais: não é TEP
Suspeita alta (Wells > 4):
1. Solicitar imagem:
a. ANGIO TC = positiva fecha diagnóstico
negativa / contraindicação:
b. Cintilografia = positiva fecha diagnóstico
negativa:
c. Doppler MMII = positivo fecha diagnóstico
negativo:
d. Arteriografia = padrão-ouro
Tromboembolismo Pulmonar:
Tratamento:
Anticoagulação: como é feita?
Se TEP maciço: qual a conduta?
Quando posso dar alta precoce?
E se CI ou falha à anticoagulação?
Anticoagulação >= 3 meses: sempre
- evitar formação de novos coágulos
a. Varfarina + Heparina até INR entre 2 e 3
b. Novos anticoagulantes orais
- Dabigatrana e Edoxabana depois de 5 dias de heparina isolada (DEpois)
- Rivaroxabana e Apixabana sem heparina - RÁ
TEP maciço:
Associar Trombolítico até o 14° dia
rtPA | estreptoquinase
Alta Precoce:
Baixo risco (PESI classe I/II ou sPESI = 0)
E se contraindicação ou falha à anticoagulação:
1. Filtro de Veia Cava Inferior
2. Embolectomia
Profilaxia para eventos tromboembólicos pós-operatórios:
Escore de Caprini:
4 grupos e conduta para cada
- Risco muito baixo (0 pts)
Deambulação precoce - Risco baixo (1-2 pts)
Deambulação precoce + Compressão pneumática (profilaxia mecânica) - Risco moderado (3-4 pts)
Deambulação precoce +
Profilaxia farmacológica ou Mecânica - Risco alto (5 pts)
Deambulação precoce + Profilaxia farmacológica + Mecânica
Espirometria:
Volume Corrente
Volume de Reserva Inspiratória
Volume de Reserva Expiratória
Capacidade Vital
Volume Residual
Capacidade Pulmonar Total
Capacidade Residual Funcional
Volume Corrente: volume circulante na respiração normal
Volume de Reserva Inspiratória: ao inspirar profundamente, o que não é volume corrente
Volume de Reserva Expiratória: o volume que chegamos ao expirar profundamente
Capacidade Vital: VC + VRI + VRE
Volume Residual: volume restante no pulmão após a expiração forçada
Capacidade Pulmonar Total: CV + VR
Capacidade Residual Funcional: VR + VRE
Espirometria:
Parâmetros D. Obstrutiva vs. D. Restritiva
Asma vs. DPOC
Doenças obstrutivas (DPOC / Asma):
VEF1 = queda intensa
CVF = queda mais leve
= Índice de Tiffenau < 70%
- Asma vs. DPOC = Prova Broncodilatadora
+: VEF1 > 200 ml ou > 12%
Doenças restritivas (fibrose pulmonar):
VEF1 = queda
CVF = queda
= Índice de Tiffenau normal/queda leve
DPOC:
Diagnóstico
Fatores de risco (2)
Clínica e seus mecanismos (3)
Diagnóstico: Índice de Tiffenau < 70% persistente, mesmo após prova broncodilatadora.
Fatores de risco:
1. Tabagismo: enfisema ou bronquite crônica
2. Deficiência de alfa-1-antitripsina: enfisema
Clínica:
1. Hiperinsuflação pulmonar
- tórax em tonel
2. Hipoventilação alveolar:
- MV reduzido
- Retenção de CO2 / Queda de PO2
3. Cor pulmonale (hipoxemia crônica)
- turgência jugular
- edema de MMII
- hepatomegalia
- ascite
Exacerbação da DPOC:
Definição
Manejo (4)
Indicações de VNI (3)
Indicações de intubação (2)
Quais as principais bactérias envolvidas?
Definição: Dispneia e/ou tosse com escarro com piora < 14 dias.
Manejo:
A = ATB 5-7 dias (escarro purulento, VNI, VMI)
B = Broncodilatador de curta (SABA) e /ou anticolinérgico (BI)
C = Corticoide sistêmico (VO ou EV) por 5 dias
D = Dar O2
- alvo de SatO2 88-92%
Quando indicar VNI:
1. Acidose respiratória descompensada:
- pH <= 7,35 e PaCO2 >= 45 mmHg
2. Hipoxemia persistente
3. Sinais de fadiga
Quando indicar intubação:
1. Falha da VNI
2. Redução do nível de consciência
Principais bactérias envolvidas:
1. H. influenzae
2. S. pneumoniae
3. Moraxella
DPOC:
Classificação de gravidade através do VEF1
Classificação de GOLD
Tratamento de manutenção - geral (3)
Estágios: Classificação pelo VEF1 vs. esperado:
I (leve): >= 80%
II (moderado): 50-79%
III (grave): 30-49%
IV (muito grave): < 30%
Classificação GOLD:
. < 2 exacerbações/ano:
Grupo A = pouco sintoma (mMRC < 2 ou CAT < 10)
Grupo B = muito sintoma
. >= 2 exacerbações/ano ou 1 grave:
Grupo E
Tratamento de manutenção - medidas gerais:
1. Vacinação (pneumocócica, gripe, covid, pertussis e zoster se > 50 anos)
2. Avaliação de O2 domiciliar
3. Broncodilatador de resgate (SABA)
DPOC:
Tratamento de manutenção:
Grupo A
Grupo B (2)
Grupo E (3)
Indicações de O2 domiciliar
Grupo A:
1. Broncodilatador de curta ou longa duração
Grupo B:
1. Broncodilatador de longa duração
LABA + LAMA
2. Reabilitação pulmonar
Grupo E:
1. Broncodilatador e antimuscarínico de longa duração
LABA + LAMA
2. Reabilitação pulmonar
3. Corticoide inalatório: se eosinófilos >= 300
Indicações de O2 domiciliar:
- Aumento de sobrevida
- > 15 horas/dia
1. PaO2 <= 55 mmHg ou SatO2 <= 88%
2. PaO2 56-59 mmHg +
a. Htc > 55% ou
b. cor pulmonale
- estável, em repouso e ar ambiente
Asma:
Diagnóstico espirométrico (2) vs. domiciliar
Diagnóstico espirométrico:
1. Índice de Tiffeneau:
< 75-80% em adultos
< 90% em crianças
+ Prova Broncodilatadora positiva:
- > 200 ml ou > 12%
2. Teste de broncoprovocação (metacolina):
Queda de VEF1 >= 20%
Diagnóstico por Peak Flow:
Variação do Pico de Fluxo Expiratório ao longo de 2 semanas
Crise Asmática:
Classificação (3)
Manejo - ABCD
Classificação: clínica e PFE
1. Leve a moderada: PFE > 50%; paciente bem
2. Grave: PFE <= 50% + taquipneia:
- alcalose respiratória
- frases incompletas
- FC > 120 bpm
3. Muito grave:
- redução do nível de consciência (sonolência, confusão)
- acidose respiratória apesar da taquipneia
- sem sibilos = tórax silencioso
Manejo:
A = Armadilhas
- Adrenalina IM: se anafilaxia
- Aminofilina EV: NÃO
- ATB: NÃO
B = Broncodilatador de curta (SABA) 3x em 1 hora
- pouca melhora ou grave: Brometo de Ipratrópio
C = Corticoide sistêmico VO ou EV na primeira hora
D = Dar O2
- Alvo 93-95% no adulto
- Alvo 94-98%: na criança
- Crise muito grave considerar IOT
Sem melhora: Sulfato de Mg EV
Asma:
Classificação de controle - parâmetros (4)
Níveis de controle (3)
Tratamento de manutenção
Classificação de controle: nesse último mês:
A = atividades limitadas?
B = broncodilatador de alívio > 2x/semana
C = calada da noite: há sintoma noturno?
D = diurnos > 2x/semana
Níveis de controle:
Controlada: 0
Parcialmente controlada: 1-2
Não-controlada: 3-4
Tratamento de manutenção:
1. SOS
2. SOS
3. CI dose baixa + Formoterol
4. CI dose média + Formoterol
5. Especialista:
CI dose alta + Formoterol
LAMA
Azitromicina
Biológicos
- SOS:
> 11 anos: CI + Formoterol
6-11 anos: CI + SABA
Sarcoidose:
Definição | etiologia
Epidemiologia
Clínica Pulmonar crônica (3) vs. aguda (3)
Clínica cutânea (2) e ocular
Definição: formação de granulomas não caseosos em diversos órgãos.
Etiologia: multifatorial, com predisposição genética.
Epidemiologia: mulheres jovens (20-40 anos).
Clínica:
1. Pulmonar: forma mais comum e mais grave
- Crônica (65%):
Adenopatia hilar | lobos superiores | d. restritiva
- Aguda (5%) = Síndrome de LOFGREN:
a. adenopatia hilar
b. eritema nodoso
c. poliartralgia migratória
- Cutânea:
- erupções maculopapulosas (face)
- Lúpus pérnio - Ocular:
- uveíte anterior
Sarcoidose:
Diagnóstico (2) e achados de imagem (2)
Tratamento - indicações (2)
Drogas de escolha (2)
Dx: Imagem de tórax + biópsia de órgão acometido
- adenopatia hilar
- infiltrado no parênquima pulmonar
** Se Síndrome de LOFGREN: não precisa biópsia
Tratamento:
Indicações: sintomáticos | órgão com gravidade potencial (ocular, neuro, cardíaca e renal)
1. Prednisona oral 20-40 mg/dia
Se refratariedade: 2. Metotrexato ou Azatioprina
Fibrose Cística:
Definição
Rastreamento
Diagnóstico
Indicações de Teste do Suor (3)
Definição: Doença autossômica recessiva por Mutação F 508DEL, que gera defeito na proteína CFTR. Há acúmulo de Cl, Na e água no intracelular.
Rastreamento: Teste do pezinho com IRT aumentado. +: repetir até 30 dias de vida, intervalo de duas semanas entre as amostras.
Diagnóstico: teste do suor com cloro aumentado (>= 60) em duas amostras
- Indicações:
1. Alteração na triagem neonatal
2. Manifestação clínica compatível com FC
3. Irmão com diagnóstico de FC
Fibrose Cística:
Clínica - respiratória (5)
Clínica - digestivo (5)
Clínica - suor
Fertilidade masculina e feminina
Clínica:
A. Respiratória:
1. Tosse persistente (secreções espessas)
2. Colonização por S. aureus, Pseudomonas e B. cepacia
3. Sinusopatia
4. Pólipos nasais
5. BRONQUIECTASIAS
B. Digestório:
1. Íleo meconial: manifestação inicial em 15%
2. Síndrome da obstrução intestinal distal
3. Insuficiência pancreática exócrina e esteatorreia (causa de desnutrição)
4. DM por destruição pancreática
5. Doença biliar que pode levar à cirrose
C. Suor:
Alcalose metabólica hipoclorêmica por DESIDRATAÇÃO, além de HIPONATREMIA
D. Fertilidade:
Nas mulheres: maior dificuldade de gestar por muco cervical mais espesso.
Nos homens: > 95% são inférteis por azoospermia obstrutiva.
Fibrose Cística:
Tratamento:
Quais as medidas principais? (6)
- Limpeza de secreções: inalação com solução hipertônica ou mucolítica, etc
- Controle da inflamação: azitromicina, antimicrobianos inalatórios, etc
- Tratamento das exacerbações: ATB EV em ambiente hospitalar
- maior causador de pneumonia: Pseudomonas - Reposição de enzimas pancreáticas para prevenção de esteatorreia e desnutrição.
- Suporte nutricional: Na, vitaminas lipossolúveis.
- Moduladores da CFTR.
Embolia Gordurosa:
Definição
Clínica (3)
Diagnóstico | Tratamento
Prevenção (3)
Definição: Obstrução da microcirculação por glóbulos de gordura. Secundária a fratura de ossos longos e da pelve (principalmente fechadas).
Clínica: 12-72h após evento:
1. Hipoxemia (dispneia, taquipneia)
2. Alterações neurológicas
3. Rash petequial
Diagnóstico: clínico
Tratamento: Suporte (mortalidade média de 10%)
Prevenção:
1. Imobilização precoce de fraturas ósseas
2. Correção cirúrgica de fraturas
3. Evitar elevação da pressão dentro do osso durante procedimentos ortopédicos
Doença restritiva pulmonar:
Se indicada biópsia, como ela preferencialmente é realizada?
VATS ou à céu aberto, preferencialmente
Em alguns casos a fibrobroncoscopia pode auxiliar
DPOC:
Terapia de redução de volume pulmonar:
Indicação
Técnicas disponíveis (2)
Indicações:
Grandes áreas enfisematosas com hiperinsuflação sintomática e refratárias a tratamento clínico.
Técnicas disponíveis:
1. Cirurgia aberta
2. Endoscópica / broncoscópica
Qual o exame padrão-ouro para diagnóstico de Bronquiectasias Pulmonares?
Tomografia Computadorizada
Qual a apresentação clássica da Síndrome Pulmonar Aspirativa? Definição | Lateralidade | Tratamento
O que é a Pneumonite LIPOÍDICA?
Síndrome de Mandelson:
Definição: aspiração de grande quantidade de material levando à insuficiência respiratória aguda HIPOXÊMICA.
Lateralidade: mais comum à direita.
Tratamento: suporte e O2.
O que é a Pneumonite LIPOÍDICA?
Pneumonite química grave causada por aspiração de ÓLEO MINERAL.
- não utilizar em idosos, crianças pequenas ou qualquer um com rebaixamento do sensório
Em < 12 anos a Fibrose Cística deve ser sempre considerada quando …
Polipose nasal
PAC:
Hemoculturas:
Qual o seu valor?
Quando solicitar?
Alta especificidade, porém sensibilidade de 2-9%
Quando solicitar?
Sempre que PAC grave.
Quais as 4 medidas que são capaz de aumentar sobrevida na DPOC?
- Abandono ao tabagismo
- Oxigenoterapia domiciliar
- Vacinação para Influenza
- Cirurgia pneumoredutora
Platipneia
Dispneia que surge em ortostase
Asma desencadeada pelo exercício:
Quando se manifesta?
Mais comum: após o término da atividade
Ou pelo menos > 15-30 minutos
Hemoptise maciça:
Definição
Principal causa de morte
Definição: varia de 100-600 ml de sangue em 24 horas.
Principal causa de morte: sufocação.
- se risco aumentado: entubação
Exposição à pássaros aumenta risco de quadro pulmonar por ..
Histoplasma capsulatum
Paciente asmático:
Dor súbita em hemitórax + Queda de murmúrio vesicular
Pensar em Pneumotórax
Suspeita de TEP em gestante:
Posso solicitar AngioTC?
Posso solicitar Ddímeros?
Posso solicitar AngioTC?
Posso, risco baixo de teratogenicidade.
Mas, se disponível: Cintilografia é método de escolha.
Posso solicitar Ddímeros?
Não, em gestante não há indicação.
Trombólise na TEP está sempre indicada?
Não.
Apenas se TEP maciço que gere instabilidade.
Pode ser utilizada até o 14° dia.
Pneumotórax espontâneo:
Epidemiologia
Por que ocorre?
Epidemiologia:
Homens jovens e longilíneos
Por que ocorre?
Bolhas subpleurais (blebs) em região apical presentes entre a pleura e o tecido pulmonar, que se rompem para a cavidade pleural.
Síndrome de Tietze:
Definição
Marca clínica
Costocondrite, diagnóstico diferencial em dor mamária ou dor torácica.
MARCA CLÍNICA: DOR QUE PIORA À DIGITOPRESSÃO.
Asma:
Devemos suspender CI se candidíase oral?
Não, isso indica apenas técnica incorreta
Sarcoidose:
Adenopatia hilar bilateral é mais comum em qual etnia?
Por que ocorre hipercalcemia?
Adenopatia hilar bilateral é mais comum em qual etnia?
Afrodescendentes
Por que ocorre hipercalcemia?
Por aumento de vitamina D e maior absorção de cálcio no intestino
PAC:
Quando germe positivo em cultura de escarro, mas negatuvo ao gram:
Do que suspeitar?
Quais os germes de exceção? (5)
Do que suspeitar?
Contaminação por germe colonizante (saliva).
Quais os germes de exceção?
Germes que não colonizam:
1. Legionella
2. M. tuberculosis
3. M. pneumoniae
4. C. pneumoniae
5. C. psittaci
PAC:
Exame de escarro:
Quando confio mais no exame?
- polimorfonucleares
- células epiteliais
Quando rico em polimorfonucleares (> 25) e pobre em células epiteliais (< 10).
Ou seja, menor risco de contaminação por saliva.
Quais critérios aumentam risco para asma quase fatal?
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- história de crise “quase fatal” com necessidade de entubação traqueal e ventilação mecânica;
- história de alergia alimentar (anafilaxia);
- internação hospitalar ou visita à emergência devido à asma no último ano;
- uso atual ou recente de corticoide sistêmico (marcador de gravidade da crise atual);
- não utilização de corticoide inalatório;
- uso excessivo de SABA (> 1 frasco/mês);
- doença psiquiátrica ou problemas psicossociais;
- má adesão terapêutica;
- comorbidades (incluindo pneumonia, diabetes e arritmias).
Empiema:
Quais as fases de um empiema?
Fase I – Fase exsudativa: é a mais inicial, caracterizada por líquido fluido e livre na cavidade pleural, sem formar septações. Esse líquido é tipicamente composto por ÁGUA + PROTEÍNAS que passam para a cavidade pleural. A reexpansão pulmonar nesses casos costuma ser imediata.
Fase II – Fase fibrinopurulenta: é o típico empiema. A secreção já é purulenta, espessa, com presença de fibrina e grande número de células, em que predominam os polimorfonucleares. O líquido, portanto, já é colonizado por BACTÉRIAS.
Pode ocorrer deposição de fibrina, que produzem septações. Nessa fase a drenagem se torna um procedimento obrigatório.
Fase III – Fase crônica: ocorre a proliferação de fibroblastos nas septações, tornado-as mais organizadas, espessas e capazes de restringir a reexpansão do pulmão. Nessa fase o tratamento deve ser cirúrgico (tipicamente a decorticação pulmonar).