PEDIATRIA Flashcards
Doenças exantemáticas:
Exantema + febre SIMULTÂNEOS:
Quais as duas hipóteses principais?
Quais seus macetes a guardar?
- Sarampo = PARAMPO 36
Por que o macete?
- P = Paramixovírus (agente etiológico)
- 3 = vacinação de bloqueio até 3 dias
- 6 = imunoglobulina pós exposição até 6 dias - Rubéola = RUBOLA, que TOGA bola
Por que o macete?
- Bola = clínica clássica de ADENOMEGALIAS
- Toga = Togavírus (agente etiológico)
Sarampo (PARAMPO 36):
Agente etiológico
Transmissão
Clínica de fase prodrômica (2)
Quais as características do exantema? (3)
Qual a descamação clássica?
Agente etiológico:
Paramixovírus
Transmissão:
AEROSSÓIS:
- 6 dias antes-4 dias pós surgimento do RASH
Clínica de fase prodrômica:
1. Febre alta progressiva
2. Enantema de KOPLIK (PATOGNOMÔNICO)
- pápulas esbranquiçadas em cavidade oral
Quais as características do exantema?
1. MORBILIFORME
2. Início em região RETROAURICULAR
3. Progressão craniocaudal
Qual a descamação clássica?
Furfurácea
Doenças exantemáticas:
Qual a alteração visualizada?
Quando pode ser encontrada?
Qual a alteração visualizada?
Enantema de KOPLIK
Quando pode ser encontrada?
Achado PATOGNOMÔNICO do Sarampo (PARAMPO 36).
Ocorre na fase prodrômica da doença.
Doenças exantemáticas:
Qual a alteração visualizada?
Quando pode ser encontrada?
Qual a alteração visualizada?
Descamação FURFURÁCEA.
Quando pode ser encontrada?
Típica em prova de SARAMPO (PARAMPO 36).
Sarampo (PARAMPO 36):
Qual a conduta quando diagnóstico?
Quais as principais complicações? (3)
Qual a conduta quando diagnóstico?
1. 2 doses de Vitamina A (Dia 1 e Dia 2 do diagnóstico)
2. Notificação compulsória imediata (em até 24h)
Quais as principais complicações?
1. Otite média aguda (OMA): mais comum
2. Pneumonias: maior causa de morte, por maior prevalência
3. Encefalite: maior letalidade
Sarampo (PARAMPO 36):
Profilaxia pré exposição
Profilaxia pós exposição
- vacinação
- imunoglobulina
Profilaxia pré exposição:
Calendário básico do MS:
1. Tríplice viral aos 12 meses +
2. Tetraviral aos 15 meses
Profilaxia pós exposição:
1. Vacinação de bloqueio
- Até 3 dias da exposição
- Indicado para suscetível MAIOR QUE 6 meses
- Imunoglobulina
- Ate 6 dias da exposição
- Indicado para:
a. Imunossupressos
b. Gestante suscetível
c. MENORES DE 6 meses
Rubéola (RUBOLA):
Agente etiológico
Transmissão
Clínica clássica (2)
Pode haver enantema?
Agente etiológico:
Togavírus (TOGA a bola)
Transmissão:
- Gotículas
- 5-7 dias antes à 5-7 dias pós rash
Clínica clássica:
1. LINFADENOPATIA (retroauricular, occipital e cervical)
2. Exantema: RUBEOLIFORME
- de progressão craniocaudal rápida
Pode haver enantema?
Sim, mas não é patognomônico:
Precedido ou não de manchas de FORSCHEIMER
Doenças exantemáticas:
Qual a alteração visualizada?
Quando pode ser encontrada?
Qual a alteração visualizada?
Manchas de FORSCHEIMER (enantema)
Quando pode ser encontrada?
Pode ser encontrada na Rubéola (RUBOLA), apesar de nem sempre estar presente e não ser patognomônico.
Rubéola (RUBOLA):
Profilaxia pré- exposição
- Calendário básico vacinal
Calendário básico do MS:
1. Tríplice viral aos 12 meses +
2. Tetraviral aos 15 meses
Síndrome da rubéola congênita:
Tríade clássica
Quais as cardiopatias mais comuns? (2)
Há tratamento?
Como prevenir? (2)
Tríade clássica:
1. Surdez neurossensorial
2. Catarata
3. Cardiopatia congênita (sopro ao exame físico)
Quais as cardiopatias mais comuns?
1. Persistência do canal arterial
2. Estenose pulmonar
Há tratamento?
Apenas o manejo de sequelas
Como prevenir?
1. Vacinação da população
2.Evitar contato de RN com gestante nos primeiros 1-2 anos de vida
- pois ele elimina o vírus nas suas secreções
Doenças exantemáticas:
Exantema APÓS a febre:
Quais as duas hipóteses principais?
- EXANTEMA SÚBITO (roséola)
- febre desaparece subitamente antes do surgimento do exantema - ERITEMA INFECCIOSO
- exantema ocorre por processo imunomediado após uma infecção de via aérea superior, geralmente quando esta já resolvida
EXANTEMA SÚBITO (roséola):
Agente etiológico
Paciente típico
História clássica
Qual o principal diagnóstico diferencial em prova?
Qual a principal complicação?
Agente etiológico:
Herpesvirus humano tipo 6 ou 7
Paciente típico:
Lactente > 6 meses
- é a doença exantemática mais comum nesse grupo
- não costuma ocorrer abaixo dos 6 meses, pois há anticorpos maternos nas circulação
História clássica:
Febre alta que some subitamente e após surge exatema maculopapular iniciado em TRONCO.
Qual o principal diagnóstico diferencial em prova? Farmacodermia, mas essa cursa com prurido, eosinofilia e história de exposição a fármaco.
Qual a principal complicação?
Crise Febril
ERITEMA (não) INFECCIOSO:
Agente etiológico
Por que o macete do (não) infeccioso?
Primeira fase clínica
Segunda fase clínica
Terceira fase clínica
Agente etiológico:
Parvovírus Humano B19
Por que o macete do (não) infeccioso?
Porque a fase exantemática é um processo imunomediado que ocorre após uma infecção, nesse momento já resolvida.
NÃO HÁ TRANSMISSÃO QUANDO RASH.
Quais as fases clínicas?
1. Primeira fase:
Face esbofeteada
2. Segunda fase:
Exantema RENDILHADO em tronco e membros, poupa palma e planta mãos e pés
3. Terceira:
Recidivas por 1-3 semanas de rash após exposição ao sol, estresse, esforço físico.
Doenças exantemáticas:
Qual a alteração visualizada?
Quando pode ser encontrada?
Qual a alteração visualizada?
Face esbofeteada
Quando pode ser encontrada?
Clássica da primeira fase clínica do Eritema Infeccioso.
ERITEMA (não) INFECCIOSO:
Qual a complicação principal?
Qual o paciente de maior risco?
Por que ocorre?
Qual a complicação principal?
Crise anêmica aguda do tipo Aplástica.
Qual o paciente de maior risco?
Pacientes que apresentem Anemia Hemolítica.
Por que ocorre?
1. Parvovírus Humano B19 infecta células precursoras de novos eritrócitos na MEDULA óssea
2. Há interrupção temporária na produção de novos eritrócitos
3. Paciente com anemia hemolítica dependem de produção constante de hemácias, sem isso ANEMIA GRAVE
Doenças exantemáticas:
Exantema com vesículas:
Quais as três principais hipóteses diagnósticas?
- VARICELA 54:
Por que 54?
5 = até 5 dias para vacinação de bloqueio pós-exposição
4 = até 4 dias para imunoglobulina pós-exposição - Monkeypox (cai bem menos):
- Lesões dolorosas e não pruriginosas - Doença Mão-pé-boca
VARICELA 54:
Agente etiológico
Transmissão
Há fase prodrômica?
Características do exantema
Agente etiológico:
Vírus varicela-zóster
Transmissão:
AEROSSÓIS
- do surgimento até todas as lesões virarem crostas
Há fase prodrômica?
Na pediatria não há no geral, em adolescentes e adultos pode haver sinais e sintomas inespecíficos (febre, tosse).
Características do exantema:
1. Vesicular
2. Pruriginoso
3. Polimorfismo regional (lesões em fases diferentes de evolução)
4. Distribuição centrípeta
5. Acomete mucosas
VARICELA 54:
Quais são as fases de evolução das lesões?
Como chamamos a presença de lesões em diferentes fases de evolução?
Quais são as fases de evolução das lesões?
Mácula > vesícula > pústula > crosta
Como chamamos a presença de lesões em diferentes fases de evolução?
POLIMORFISMO REGIONAL, em prova = Varicela
VARICELA 54:
Como é feita a profilaxia pré-exposição?
Quais as principais complicações? (5)
Como é feita a profilaxia pré-exposição?
Vacinação - Calendário básico do MS:
1. Tetraviral aos 15 meses
2. Varicela aos 4 anos
Quais as principais complicações?
1. Infeção bacteriana das lesões: mais comum
- Streptococcus grupo e S. aureus
2. Varicela progressiva: mais grave
3. Varicela congênita
4. Ataxia cerebelar aguda
5. Encefalite
VARICELA 54:
Quais as indicações de Aciclovir via oral? (5)
Quais as indicações de Aciclovir endovenoso? (3)
Tratamento nem sempre estará indicado.
Quais as indicações de Aciclovir via oral?
1. > 12 anos
2. 2° caso no mesmo domicílio
3. Doença pulmonar ou cutânea crônica
4. Corticoide em dose não imunossupressora
5. Uso de AAS
Quais as indicações de Aciclovir endovenoso?
1. Imunossupressos
2. Recém Nascidos (questionável, depende da referência)
3. Varicela progressiva
VARICELA 54:
Por que está indicado o tratamento com Aciclovir via oral em usuários de AAS?
Pelo risco de SÍNDROME DE REYE:
- síndrome que pode ocorrer em usuários de AAS que contraem Influenza ou Varicela:
Pode ser grave, cursando com:
1. Encefalopatia
2. Hepatopatia
Varicela 54:
Profilaxia pós contato (CAI MUITO):
VACINAÇÃO DE BLOQUEIO:
Quando fazer?
Qual a idade mínima?
Indicações do Ministério da Saúde (2)
Quando fazer?
Até o quinto dia, sendo o ideal até o terceiro dia pós-exposição.
Qual a idade mínima?
> 9 meses
Indicações - MS:
1. Internados > 9 meses = bloqueio hospitalar
2. > 9 meses e < 7 anos = surto em creche/escola
Varicela 54:
Profilaxia pós contato (CAI MUITO):
IMUNOGLOBULINA HIPERIMUNE:
Até quando pode ser feita?
Quais as indicações? (5)
Até quando pode ser feita?
Até o quarto dia
Quais as indicações?
1. Imunossupressos
- Gestantes suscetíveis (não vacinadas)
- Recém nascidos (< 28 dias) prematuros:
- IG < 28 semanas sempre
- IG >= 28 semanas se mãe nunca teve varicela - Recém nascidos de mãe com diagnóstico de Varicela de 5 dias antes até 2 dias após o parto
- < 9 meses hospitalizado
- para evitar surto hospitalar
Doença Mão-pé-boca:
Agente etiológico
Clínica (2)
Complicação principal
Agente etiológico:
Coxsackievirus A16
Clínica:
1. Vesículas e úlceras em cavidade oral
2. Exantema vesicular em mãos, pés e nádegas
Complicação principal:
Onicomadese
Doenças exantemáticas:
Exantema + faringoamigdalite:
Quais as duas principais hipóteses diagnósticas?
- ESCARLATINA
- em prova: principalmente em faixa etária dos 5-15 anos - MONONUCLEOSE INFECCIOSA
- em prova: principalmente em faixa etária dos adolescentes
ESCARLATINA:
Agente etiológico
Período de incubação
Principais marcas clínicas que não exantema (4)
Características do exantema
Quais os sinais semiológicos? (2)
Qual o tipo de descamação?
Agente etiológico:
S. pyogenes grupo A, que produz exotoxina causadora da doença
Período de incubação:
2-5 dias
Principais marcas clínicas que não exantema:
a. Língua em morango (enantema)
b. Faringite
c. Adenomegalia
d. Vômitos e dor abdominal (pode parecer abdômen agudo)
Características do exantema:
1. MICROPAPULAR
2. Aspecto da pele ao toque de lixa de unha
3. Início no pescoço e tronco
4. Progressão crânio-caudal
Quais os sinais semiológicos?
1. Sinal de PASTIA: exantema mais intenso em dobras
2. Sinal de FILATOV: palidez perioral
Qual o tipo de descamação?
Descamação laminar/lamelar
Doenças exantemáticas:
Qual o sinal semiológico descrito?
A qual doença está mais comumente associado?
Qual o sinal semiológico descrito?
Sinal de FILATOV:
- palidez perioral
A qual doença está mais comumente associado?
Escarlatina
Doenças exantemáticas:
Qual o sinal semiológico descrito?
A qual doença está mais comumente associado?
Qual o sinal semiológico descrito?
Sinal de PASTIA:
- exantema mais intenso em dobras
A qual doença está mais comumente associado?
Escarlatina
Doenças exantemáticas:
Qual a alteração visualizada?
Quando pode ser encontrada? (2)
Qual a alteração visualizada?
Língua em morango / framboesa.
Quando pode ser encontrada?
1. Escarlatina
2. Doença de Kawasaki
ESCARLATINA:
Qual o principal diagnóstico diferencial em prova?
Como fazer?
- faixa etária
- duração da febre
- achado clínico ausente na outra patologia
Qual o principal diagnóstico diferencial em prova?
Doença de Kawasaki
Como fazer?
- geralmente as provas seguem:
1. Faixa etária:
a. Escarlatina: 5-15 anos
b. Kawasaki: abaixo dos 5 anos
- Duração da febre:
a. Escarlatina: não dura mais de 7 dias
b. Kawasaki: duração > 5-7 dias - Achado clínico ausente na outra patologia:
a. Escarlatina: Exsudato faringoamigdaliano
b. Kawasaki: Conjuntivite
ESCARLATINA:
Tratamento:
Qual a primeira escolha?
Está sempre indicado?
Qual a primeira escolha?
1. Penicilina Benzatina IM dose única
2. Amoxicilina por 10 dias
Está sempre indicado?
Sim, para prevenção de Febre Reumática, complicação da infecção de orofaringe por S. pyogenes.
MONONUCLEOSE INFECIOSA:
Agente etiológico
Período de incubação
Principais achados clínicos? (5)
Qual a principal complicação?
Agente etiológico:
Vírus Epstein-Barr
Período de incubação:
30-50 dias
Principais achados clínicos?
1. Faringoamigdalite exsudativa
2. ESPLENOMEGALIA
3. Linfadenopatia generalizada
4. Sinal de Hoagland (edema palpebral)
5. Exantema
- principalmente após o início da Amoxicilina, dada de forma equivocada
Qual a principal complicação?
Risco de ruptura esplênica, há contraindicação para esportes de contato.
Doenças exantemáticas:
Qual o sinal semiológico descrito?
A qual doença está mais comumente associado?
Qual o sinal semiológico descrito?
Sinal de HOAGLAND
- edema palpebral
A qual doença está mais comumente associado?
Mononucleose infecciosa
MONONUCLEOSE INFECIOSA:
Qual a alteração laboratorial típica?
Como fazer o diagnóstico laboratorial?
Qual o tratamento? (2)
Qual a alteração laboratorial típica?
Linfocitose com ATIPIA LINFOCITÁRIA
Como fazer o diagnóstico laboratorial?
Sorologia: IgM e IgG para EBV
Tratamento:
1. Suporte com sintomáticos
2. Corticoide
- considerar em quadros graves com risco de insuficiência respiratória por adenomegalia / edema importante (COBRADO EM 2024 - PROVAS RS)
Resfriado comum:
Agente etiológico
Tratamento (3)
O que não se deve prescrever?
Prevenção
Complicação
Agente etiológico:
RINOVÍRUS (> 200 sorotipos)
Tratamento:
1. Antipiréticos
- não de deve alternar
2. Lavagem nasal com SF 0,9%
3. Mel para redução de tosse noturna
- se >= 1 ano de idade
O que não se deve prescrever?
Descongestionante, mucolíticos, AAS
Prevenção:
Lavagem de mãos (transmissão é por contato direto)
Complicação principal:
OMA (30% dos casos)
Otite Média Aguda:
Fatores de risco (4)
Agentes etiológicos principais (3)
Diagnóstico - otoscopia (4)
Fatores de risco:
1. Idade < 2 anos (tuba mais suscetível à disfunção)
2. Anomalias craniofaciais
3. Síndrome de Down (mesmo sem infecção prévia)
4. Tabagismo passivo
Agentes etiológicos principais:
1. S. pneumoniae
- único prevenível por vacinação
2. H. influenzae não tipável
- 50% são produtores de beta-lactamase
3. Moraxella catharrhalis
Diagnóstico: clínica + otoscopia:
1. ABAULAMENTO de MT (mais específico)
2. MT opaca
3. MT hiperemiada
4. Otorreia
OBS: MT = Membrana Timpânica
Otite Média Aguda:
Tratamento:
Qual o ATB mais utilizado?
Indicações de ATB
- < 6 meses
- 6 meses a 2 anos
- >= 2 anos
Qual o ATB mais utilizado?
Amoxicilina 5-10 dias
< 6 meses:
ATB SEMPRE
6 meses - 2 anos:
a. Grave (febre >= 39°C, dor mod-intensa, > 48h)
b. Otorreia por OMA
c. Bilateral
> 2 anos:
a. Grave (febre >= 39°C, dor mod-intensa, > 48h)
b. Otorreia por OMA
Otite Média Aguda:
Tratamento:
Quando está indicado o uso de Amoxicilina-Clavulanato? (3)
a. Falha terapêutica
b. OMA + Conjuntivite
- EYEmófilo
- quando conjuntivite suspeitamos de Haemophilus (50% é produtor de beta-lactamase)
c. Uso < 30 dias de ATB
Mastoidite aguda (periostite):
Quais os pacientes de maior risco?
Clínica (2)
Qual a conduta?
Quais os pacientes de maior risco?
Principalmente os < 6 meses
- por isso faz-se ATB sempre
Clínica:
1. Sinais de inflamação retroauricular
2. DESLOCAMENTO DE PAVILHÃO auditivo
Qual a conduta?
1. Internação hospitalar
2. TC de crânio e mastoide com contraste
3. ATB EV
Otite média serosa (efusão):
Por que ocorre?
Qual a conduta? (2)
Por que ocorre?
Persistência de efusão (líquido), sem inflamação ou infecção, na orelha média após um quadro de otite média aguda.
Qual a conduta?
1. Observação por 3 meses
2. Tubo de ventilação se não houver resolução
- isso para não atrasar desenvolvimento da fala da criança
Miringite bolhosa:
Definição
Qual o agente etiológico envolvido?
Definição:
Quadro de otite média aguda que cursa com bolhas na superfície da membrana timpânica.
Qual o agente etiológico envolvido?
Mycoplasma pneumoniae
Sinusite Bacteriana:
Como fazer o diagnóstico? (3)
Quando considero uma sinusite CRÔNICA?
Agentes etiológicos principais (3)
Tratamento
Como fazer o diagnóstico?
CLÍNICO:
1. Resfriado arrastado >= 10 dias:
Coriza abundante mucopurulenta + tosse intensa
2. Infecção mais grave:
Febre alta (>= 39°C) + coriza mucopurulenta >= 3 dias
3. Quadro bifásico
Paciente melhora do resfriado e volta a piorar
Quando considero uma sinusite CRÔNICA?
> 12 semanas
Agentes etiológicos principais:
1. S. pneumoniae
- único prevenível por vacinação
2. H. influenzae não tipável
- 1/2 produtores de beta-lactamase
3. Moraxella catharrhalis
Tratamento:
Amoxicilina 7 dias após melhora clínica da criança
- tratamentos, geralmente, longos
Celulite orbitária / pós-septal:
Definição
Clínica (4)
Conduta
Definição:
Complicação de sinusite de seio ETMOIDAL, caracterizada por:
Infecção dos tecidos adjacentes ao globo ocular.
Clínica:
a. proptose
b. dor à movimentação
c. edema na conjuntiva
d. inflamação palpebral
Conduta:
1. Internação hospitalar
2. TC de seios da face
3. ATB EV
Faringite Aguda:
Etiologia mais comum
Etiologia bacteriana mais comum
Clínica quando bacteriana (5)
Qual o achado clínico que mais corrobora a hipótese bacteriana?
Etiologia mais comum:
Infecção Viral
Etiologia bacteriana mais comum:
S. pyogenes (B-hemolítico grupo A)
Clínica (5-15 anos):
1. Febre alta
2. Odinofagia e exsudato amigdaliano
3. Petéquias no palato
4. Dor abdominal forte e vômitos
- pode entrar em diagnóstico diferencial com abdômen agudo
5. Ausência de iVAS
Qual o achado clínico que mais corrobora a hipótese bacteriana?
Petéquias no pálato
Faringite Aguda:
Quando suspeita, qual a conduta?
Qual a principal vantagem da cultura?
Tratamento - opções terapêuticas (4)
Quando suspeita, qual a conduta?
- Buscar a confirmação diagnóstica:
1. Testes rápidos
Positivo: ATB
Negativo: solicitar cultura
2. Cultura de orofaringe (padrão-ouro)
Positivo: ATB
Negativo: sintomáticos
Qual a principal vantagem da cultura?
Maior SENSIBILIDADE
Tratamento - ATB sempre que confirmação:
1. Penicilina benzatina DU
2. Amoxicilina VO 10 dias
3. Azitromicina VO 5 dias
- existe resistência, fazer apenas quando alergias
4. Cefalexina
Faringite Aguda Estreptocócica:
Complicações SUPURATIVAS:
Abcesso periamigdaliano / peritonsilar:
Paciente típico
Clínica (5)
Qual a conduta?
Paciente típico:
Adolescentes e adultos jovens
Clínica
Piora da odinofagia
Disfagia
Sialorreia
Desvio de úvula
Trismo
Qual a conduta?
1. Internação hospitalar
2. ATB EV ( Clindamicina)
3. Aspiração por otorrino
Faringite Aguda Estreptocócica:
Complicações SUPURATIVAS:
Abcesso retrofaríngeo:
Faixa etária típica
Qual a clínica?
Como investigar?
Faixa etária típica:
Primeiros cinco anos de vida, pois há involução dos linfonodos após.
Qual a clínica?
Dor cervical
- diagnóstico diferencial de torcicolo na infância
Como investigar?
TC de região cervical
Faringite Aguda Estreptocócica:
Complicações NÃO SUPURATIVAS:
Quais são?
Qual a única prevenível?
Quais são?
1. GNPE = Glomerulonefrite Pós Estreptocócica
- Síndrome nefrítica
2. Febre Reumática
Qual a única prevenível?
Febre Reumática
- se ATB iniciado até NOVE DIAS do início do quadro
Herpangina:
Agente etiológico
Paciente típico
Clínica
Diagnóstico diferencial principal
Agente etiológico:
Coxsackie A
Paciente típico:
Lactentes e pré-escolares
Clínica:
Úlceras na parte POSTERIOR da cavidade oral
Diagnóstico diferencial principal
Doença mão-pé-boca
- úlceras em cavidade oral como um todo
Febre faringoconjuntival:
Qual o agente etiológico?
Clínica (3)
Qual o agente etiológico?
Adenovírus
Clínica:
Febre
Faringite
Conjuntivite
Epiglotite aguda:
Agente etiológico
Fisiopatologia
Clínica (5)
Diagnóstico
Conduta (2)
Agente etiológico:
H influenzae do tipo B
- geralmente em prova: criança não vacinada
Fisiopatologia:
Perda da função da epiglote que pode tombar sobre VA e gerar insuficiência respiratória
Clínica (muito rápida - evolução de horas):
1. Toxemia
2. Disfagia e Sialorreia
3. ESTRIDOR
4. Posição do tripé
5. Abafamento da voz
Diagnóstico:
CLÍNICO
- não solicitar raio X (mas se solicitado: Sinal do Polegar)
Conduta:
1. GARANTIA DE VIA AÉREA
- NÃO TENTAR VISUALIZAR VIA AÉREA ANTES
2. ATB e suporte após
Laringotraqueíte viral aguda (crupe):
Agente etiológico
Clínica (4)
Diagnóstico
Tratamento
- com estridor em repouso
- sem estridor em repouso
Complicação
Agente: Parainfluenza em 75%
Clínica:
1. Tosse metálica / de cachorro
2. Afonia / rouquidão
3. Estridor
4. Pródromos catarrais
Diagnóstico: clínico
Obs: Raio X (sinal da torre / ponta do lápis)
Tratamento:
1. COM estridor em repouso:
a. Nebulização com adrenalina (1 mg/ml)
b. Corticoide VO ou IM (Dexametasona)
2. SEM estridor em repouso:
a. Corticoide VO ou IM (Dexametasona)
Complicação:
Traqueíte bacteriana (crupe membranosa): S. aureus
Laringite estridulosa / Crupe espasmódico:
O que é?
Qual a clínica característica?
O que é?
Condição benigna e recorrente que cursa com obstrução de grande via aérea temporária e autolimitada.
Qual a clínica característica?
Despertar súbito com quadro de crupe, sem sinais infecciosos:
1. Tosse metálica
2. Afonia e rouquidão
3. Estridor
Fibrose Cística:
Por que ocorre?
Clínica
- Trato gastrointestinal
- Trato respiratório
Qual o risco quando sudorese excessiva? (3)
Por que ocorre?
1. Mutação F 508DEL - defeito em proteína CFTR
2. Acúmulo de cloro, sódio e água no intracelular
3. Secreções de glândulas exócrinas se tornam espessas
Clínica:
1. TRATO GASTROINTESTINAL:
íleo meconial, insuficiência pancreática exócrina e endócrina, doença biliar e cirrose
- TRATO RESPIRATÓRIO:
Tosse, sinusopatia, pólipos nasais, colonização (S. aureus, Pseudomonas) e BRONQUIECTASIAS
Qual o risco quando sudorese excessiva?
- Nas glândulas sudoríparas ocorre o contrário e o cloro, sódio e água ficam “presos” no extracelular
1. Alcalose metabólica hipoclorêmica
2. Hiponatremia
3. Desidratação
Fibrose Cística:
Rastreamento
Diagnóstico
Quando diagnóstico, qual a conduta?
Tratamento (4)
Rastreamento:
Teste do pezinho com IRT aumentado
se positivo: repetir em até 30 dias de vida
Diagnóstico:
TESTE DO SUOR com Cloro >= 60 em 2 amostras
30-59: inconclusivo > buscar mutações
Quando diagnóstico, qual a conduta?
Solicitar exame para avaliar tipos de mutações para avaliar se há indicação de moduladores de CFTR no tratamento
Tratamento:
1. Limpeza de secreções e controle da inflamação em árvore respiratória
2. Exacerbações tratadas com ATB EV em internação
3. Reposição de enzimas pancreáticas, sódio e vitaminas lipossolúveis
4. Moduladores de CFTR se possível
Pneumonia Bacteriana na Infância:
Quais os principais agentes em < 1-2 meses?
Qual o tratamento?
Quais os principais agentes em < 1-2 meses?
- germes do canal de parto
a. Streptococcus agalactiae (grupo B)
b. Gram - entéricos
Qual o tratamento?
Ampicilina + Gentamicina EV em regime de internação
Pneumonia Bacteriana na Infância:
Quais os principais agentes em < 1-2 meses?
Qual o tratamento ambulatorial?
Qual o tratamento hospitalar?
Quais os principais agentes em > 1-2 meses?
a. S. pneumoniae
b. S. aureus (< 1 ano / Porta de entrada / quadros graves)
- se suspeita: adicionar Vancomicina / Oxacilina
Qual o tratamento ambulatorial?
Amoxicilina ou Penicilina Procaína IM
REAVALIAÇÃO em 48-72 horas
Qual o tratamento hospitalar?
Penicilina Cristalina IV ou Ampicilina IV
obs. diretrizes vêm falando que se não houver complicações radiológicas = tratamento VO PODE ser considerado mesmo em internados
Pneumonia Bacteriana na Infância:
Clínica
Exame físico (5)
Sinais de gravidade (4)
Diagnóstico
Quando está indicada a radiografia de tórax? (3)
Clínica:
TAQUIPNEIA + tosse, febre, iVAS
Exame físico:
1. Estertores (líquido no alvéolo)
- evolução para Síndrome de Consolidação:
2. Aumento do frêmito
3. Macicez à percussão
4. Broncofonia
5. Pectorilóquia afônica
Sinais de gravidade:
1. Tiragem subcostal
2. Batimento de asa nasal
3. Gemência (contração da glote)
4. Cianose (< 90-92%)
Diagnóstico:
CLÍNICO (principalmente por taquipneia)
Quando está indicada a radiografia de tórax?
a. hospitalização = principal
b. dúvida diagnóstica
c. suspeita de complicações
Pneumonia Bacteriana na Infância:
Achados da Radiografia de Tórax (6)
- Qual o sinal que entra em diagnóstico diferencial?
Qual o principal exame laboratorial para avaliação?
Achados da Radiografia de Tórax:
1. Consolidações
2. Aerobroncograma
3. Pneumonia redonda (FOTO NO CARD)
4. Derrame pleural
5. Pneumatocele (S. aureus)
6. Abcessos (nível hidroaéreo no seu interior)
(S. aureus, anaeróbios em crianças que broncoaspiram)
Qual o sinal que entra em diagnóstico diferencial?
Sinal do Barco à vela = TIMO
Qual o principal exame laboratorial para avaliação?
PROCALCITONINA: alto valor preditivo negativo
Qual o achado descrito?
Qual o germe mais associado?
Qual o achado descrito?
Pneumatocele
Qual o germe mais associado?
Em prova = S. aureus, mas pode estar associado a outros germes como S. pneumoniae
Qual o achado descrito?
Quais os germes mais associados?
Qual o achado descrito?
Abcesso pulmonar
Qual o germe mais associado?
S. aureus
Anaeróbios (em crianças que broncoaspiram)
Qual o achado descrito?
Qual o principal diagnóstico diferencial?
Qual o achado descrito?
Sinal do Barco à Vela
- achado fisiológico representado pelo TIMO
Qual o principal diagnóstico diferencial?
Consolidações pulmonares em quadros de pneumonia
Pneumonia Bacteriana na Infância:
Indicações de internação hospitalar (6)
1.< 2 meses
- Tiragem subcostal / SatO2 < 90-92%
- Comprometimento de estado geral
- Doença grave concomitante
- Falha no tratamento ambulatorial
- sempre considerar Derrame pleural > resistência microbiana - Complicações radiológicas
Pneumonia Bacteriana na Infância:
Derrame Pleural:
Como avaliar? (2)
Quais os tipos? (2)
Qual a conduta perante eles?
Como avaliar?
1. Raio X
2. USG + Toracocentese Diagnóstica
Quais os tipos?
1. Exsudato inflamatório
TTO: mantém ATB + discussão se há necessidade de drenagem, pois não é obrigatória
- Empiema:
- quando >=1:
a. aspecto purulento
b. pH < 7,2
c. glicose < 40
d. gram ou cultura +
TTO: drenagem terapêutica SEMPRE + manutenção ATB
Pneumonia Atípica na Infância:
Quais as principais diferenças clínicas? (2)
Agentes etiológicos principais (2)
Quais as principais diferenças clínicas?
1. Clínica mais arrastada
2. Manifestações extrapulmonares:
- Otalgia, mialgia, conjuntivite
Agentes etiológicos principais:
1. Mycoplasma pneumoniae (> 5 anos)
2. PNEUMONIA AFEBRIL DO LACTENTE
PNEUMONIA AFEBRIL DO LACTENTE:
Qual o agente etiológico?
Qual a história clássica?
Qual a clínica?
Qual o ACHADO LABORATORIAL?
Qual o tratamento?
Qual o agente etiológico?
Chlamydia trachomatis
Qual a história clássica?
Criança nascida de parto vaginal com história de conjuntivite com 7-14 dias e pneumonia, marcada por taquipneia com 1-3 meses.
Qual a clínica?
Tosse seca + taquipneia + sibilos esparsos
Qual o ACHADO LABORATORIAL?
EOSINOFILIA (> 300-400)
Qual o tratamento?
Macrolídeo
Coqueluche:
Agente etiológico
Fases clínicas (3)
- manifestações da fase paroxística (5)
Qual a clínica em < 6 meses?
Achado laboratorial
Raio X
Tratamento
Agente etiológico:
Bordatella pertussis - cocobacilo Gram negativo
- exotoxina ataca epitélio traqueo-brônquico
Clínica:
1. Fase catarral
2. FASE PAROXÍSTICA
a. Paroxismos de tosse
b. Guincho inspiratório
c. Vômitos após a tosse
d. Hemorragias conjuntivais
e. Frequência respiratória normal
3. Fase da convalescência
Qual a clínica em < 6 meses?
APNEIA, crianças menores de 3-6 meses não desenvolvem fase paroxística clássica.
APNEIA EM PROVA CUIDADO!
Achado laboratorial:
REAÇÃO LEUCEMOIDE
- indica pior prognóstico
- linfocitose, pois a resposta imune é contra a EXOTOXINA
Raio X:
Infiltrado paracardíaco/ infiltrado perihilar / coração felpudo
Tratamento:
AZITROMICINA
Coqueluche:
Profilaxia para contactantes domiciliares:
Como é feita? (2)
Para que é feita? (3)
Como é feita?
Azitromicina por 5 dias
Se criança < 7 anos: dose de reforço da vacina
DTP: 1-6 anos
Penta: < 1 ano
Para que é feita?
1. Redução da intensidade dos sintomas
2. Redução da duração dos sintomas
3. Redução do período de transmissibilidade
Bronquiolite Viral Aguda:
Definição
Agente etiológico principal
Clínica (4)
Diagnóstico
Achados da radiografia de tórax (3)
Definição:
Primeiro episódio de sibilância com resfriado em < 2 anos.
Agente etiológico principal:
Vírus Sincicial Respiratório (VSR)
- contato direto - lavagem de mãos melhor forma de prevenção
Clínica:
1. SIBILOS DIFUSOS (obstrução de pequena VA)
ou Tempo Expiratório Prolongado
ou Estertores Difusos
+
2. Taquipneia
3. Tosse e iVAS
4. Febre
Diagnóstico:
CLÍNICO
Radiografia de tórax (não é obrigatória nem em internados, achados são inespecíficos):
1. Hiperinsuflação
2. Hipotransparência (atelectasias)
3. Retificação de cúpula diafragmática
Bronquiolite Viral Aguda:
Indicações de internação hospitalar (4)
Tratamento hospitalar (3)
Não faz parte do tratamento (4)
Indicações de internação hospitalar:
1.< 3 meses
2. Prematuro < 32 semanas
3. Comprometimento de estado geral
4. Sinais de insuficiência respiratória
Tratamento hospitalar:
1. Oxigenoterapia se SatO2 < 90-92%:
- se possível: com CNAF
2. Hidratação VO/SNG, se não: ISOTÔNICA EV
3. Nebulização com HIPERTÔNICA (quationável?)
Não faz parte do tratamento:
- as provas adoram:
1. Oximetria contínua
- oscilações podem gerar intervenções excessivas
2. Nebulização com beta-2-agonista
- na maioria dos casos
3. Corticoides
4. Fisioterapia respiratória
Bronquiolite Viral Aguda:
Pode estar indicado a nebulização com beta-2-agonistas?
Quando? (3)
Indicações de nebulização com beta-2-agonistas:
1. HF de asma
2. Dermatite atópica
3. Múltiplos episódios de sibilância
Bronquiolite Viral Aguda:
Prevenção:
Como é feita?
Quando é feita?
Quais as indicações do MS? (2)
Quais as indicações da SBP? (3)
Como é feita?
Palivizumabe (anticorpo monoclonal VSR)
Quando é feita?
1 dose mensal por 5 meses do ano sazonalmente
Duração de 4 semanas de cada dose
Indicações MS:
1. < 1 ano prematuros < 29 semanas
2.< 2 anos com:
a. Cardiopatia Congênita com repercussão hemodinâmica
b. Doença Pulmonar da prematuridade grave
Indicações SBP:
1. < 1 ano prematuros < 29 semanas
2.< 2 anos com:
a. Cardiopatia Congênita com repercussão hemodinâmica
b. Doença Pulmonar da prematuridade grave
3. < 6 meses prematuros entre 29-32 semanas
Bronquiolite Obliterante:
Definição
Agente principal
Quando suspeitar?
Definição: doença pulmonar obstrutiva crônica decorrente de inflamação e fibrose pulmonar
Agente principal: Adenovírus
Quando suspeitar?
Quadro grave de Bronquiolite Viral Aguda com hospitalização
Persistência dos sintomas
Oxigenoterapia por períodos prolongados
Imunizações:
VACINAS VIVAS:
Desvantagens (2)
Contraindicações
- Quando considero o usuário de corticoide imunossupresso?
Quais são elas? (7)
Desvantagens:
1. Podem causar a doença
2. Sofrem interferência de anticorpos maternos na circulação (< 1 ano)
Contraindicações:
1. Gestantes
2. Imunossupressos
Quando considero o usuário de corticoide imunossupresso?
Prednisona >= 2 mg/kg/dia ou 20 mg/dia > 14 dias
Quais são elas?
- Via Intradérmica:
1. BCG
- Via Oral:
2. VOP
3. VORH
- Via Subcutânea:
4. Febre amarela
5. Tríplice viral
6. Tetraviral
7. Varicela
Imunizações:
Vacinas NÃO VIVAS:
Vantagens (3)
Quais são elas? (9)
Vantagens:
1. Não causam doença
2. Podemos associar a imunopotencializador/ adjuvante
3. Podem ser conjugadas e induzir imunidade em < 2 anos para germes encapsulados
Quais são elas?
- Via intramuscular:
1.Hepatite A
2. Hepatite B
3. Pentavalente (DTP, HIB, HB)
4. Pneumo-10
5. VIP
6. Meningo AC
7. Meningo ACWY
8. HPV
9. Influenza
Imunizações:
Calendário Básico Vacinal da Criança:
Quais são as vacinas obrigatórias?
Ao nascer:
BCG
Hepatite B
Aos 2 meses:
Penta
VIP
Pneumo-10
VORH (até 3 meses e 15 dias)
Aos 3 meses:
Meningo-AC
Aos 4 meses:
Penta
VIP
Pneumo-10
VORH (até 7 meses e 29 dias)
Aos 5 meses:
Meningo-AC
Aos 6 meses:
Penta
VIP
Aos 9 meses:
Febre Amarela
Aos 12 meses:
Tríplice viral
Pneumo-10
Meninco-AC
Aos 15 meses:
Tetraviral
Hepatite A (12/18 meses - SBP)
VOP
DTP
Aos 4 anos:
Varicela
VOP
DTP
Febre Amarela
Imunizações:
Adolescentes ainda não vacinados ou com vacinação incompleta:
Quais são as vacinas obrigatórias? (6)
Adolescentes ainda não vacinados ou com vacinação incompleta:
- Hepatite B:
- 3 doses - dT:
- 3 doses + reforço de 10/10 anos - Tríplice viral:
- 2 doses - Febre amarela:
- 1 dose (reforço só se < 5 anos) - HPV:
- 2 doses (9-14 anos) - Meningo ACWY
- 1 dose dos 11 aos 14 anos
Profilaxia pós-exposição para o TÉTANO:
Como é feita dependendo da vacinação prévia?
> = 3 doses e última < 5 anos:
Não fazer profilaxia
> = 3 doses e última 5-10 anos:
Ferimento risco mínimo: não fazer
Ferimento risco alto: vacinação
* idoso, desnutrido ou imunossupresso: SAT ou IGAT
> = 3 doses e última > 10 anos:
Ferimento risco mínimo: vacinação
Ferimento risco alto: vacinação
* idoso, desnutrido ou imunossupresso: SAT ou IGAT
** acompanhamento incerto: considero SAT ou IGAT
< 3 doses ou incerta:
Ferimento risco mínimo: vacinação
Ferimento risco alto: vacinação + SAT ou IGAT
OBS: SAT ou IGAT = imunização passiva
Profilaxia pós-exposição para RAIVA:
Como é feita dependendo do animal envolvido no acidente?
- Acidente com animal de produção:
Exposição indireta: nada
Exposição leve: vacinação
Exposição grave: vacinação + soro - Acidente com animal silvestre:
Exposição indireta: nada
Exposição leve: vacinação + soro
Exposição grave: vacinação + soro - Acidente com cão/gato:
- observar animal por 10 dias, se necessário:
Exposição indireta: nada
Exposição leve: vacinação
Exposição grave: vacinação + soro
+ Amoxi-Clav 3-5 dias
OBS:
- Vacinação IM ou ID 4 doses (0-3-7-14 dias)
- Soro/imunoglobulina: até 7° dia da vacina, depois CI
Sorologia pós vacinal para HBV:
Quando indicada? (3)
Quando deve ser feita?
Quando sorologia é considerada adequada?
Qual a conduta se abaixo do esperado?
E se gestante?
Quando indicada?
Sorologia pós vacinal para
1. Imunossupresso
2. Profissionais da saúde
3. Doentes renais
Quando deve ser feita?
30-60 dias após a terceira dose
Quando sorologia adequada?
Espera-se anticorpos > 10 unidades internacionais
Qual a conduta se abaixo do esperado?
Se < 10 unidades internacionais: repetir esquema
Se sorologia > 60 dias da última dose: aplicar mais uma dose da vacina e medir novamente
E se gestante?
Gestante com anti-HbS - e HbSAg - vacinada: 1 dose de reforço é recomendada
Quais as vacinas contra o pneumococo? (3)
Quando estão indicadas?
- Pneumo-23:
a. > 2 anos com comorbidades
b. Idosos institucionalizados - Pneumo-13-C:
> 5 anos com HIV, neoplasia, transplantes SEM Pneumo-10 prévia
(após essa dose, fazer a segunda dose de Pneumo-23) - Pneumo-10:
Calendário básico vacinal, pode ser aplicada até os 5 anos
Após os 5 anos se indicação: Pneumo-13-C
Eventos adversos da vacinação com a Pentavalente:
Quais são os possíveis eventos? (4)
Conduta perante cada um deles
- Febre alta/choro incontrolável:
Tratamento com sintomáticos - Hipotonia/Hiporresponsividade/Convulsão:
Próxima dose com DTPa
(componente Pertussis ACELULAR) - Encefalopatia:
Próxima dose com DT - Anafilaxia:
Suspensão completa de vacinação para as condições descritas
Vacina BCG:
Contraindicações (5)
Efeitos adversos (3)
- conduta se presente
Contraindicações:
1. Peso < 2000g
2. Doença cutânea extensa
3. Imunossupressão
4. Imunomodulador na gestação (6 meses)
5. Comunicante domiciliar bacilífero (profilaxia)
Efeitos adversos:
Úlcera > 1cm após 12 semanas
Abcesso SC
Linfadenopatia regional supurada
Conduta se efeito adverso:
Isoniazida até resolução do quadro
Imunizações:
Contraindicações para a Febre amarela (6)
Contraindicações:
1. < 6 meses
2. Amamentação em < 6 meses (suspensão por 10d)
3. Anafilaxia a ovo
4. Gestação
5. Doença do timo
6. Imunossupressão (HIV se CD4 < 200/15%)
Imunizações:
Contraindicações para a VORH/VOP (5)
Contraindicações:
1. Imunossupressos
2. Contactantes de imunossupressos
3. Hospitalizados
4. Invaginação intestinal prévia (VORH)
5. Malformação congênita de TGI não corrigida (VORH)
Diarreia:
Definição
Quando é considerada aguda?
Quais as principais complicações? (2)
Definição:
1. Evacuações de consistência diminuída (amolecidas, líquidas) >= 3 vezes/24 horas
2. Mudança no padrão habitual das evacuações em lactentes
Diarreia aguda: <= 14 dias
Quadro autolimitado, com resolução espontânea.
Principal causa é infecciosa.
Quais as principais complicações?
1. Desidratação: grande responsável pelos óbitos
2. Desnutrição: maior gravidade se desidratação e piora do prognóstico
Diarreia:
Quais os tipos? (2)
Quais os mecanismos do tipo AQUOSA? (3)
Quais os tipos?
AQUOSA: maioria
DISENTERIA: sangue, muco ou pús nas fezes
Quais os mecanismos do tipo AQUOSA?
1. Osmótica:
Soluto acumulado gera perda de líquido para TGI por osmose
Melhora com a dieta zero/jejum
- Secretor:
Secreção ativa de eletrólitos pelos enterócitos. Secreção de água associada.
Secundário a uma toxina produzida pelo agente causador.
Mantém-se no jejum. - Invasor:
Processo inflamatório: invasão da mucosa intestinal por bactéria.
Geralmente no IG - cólon.
Menor absorção de água em região baixa.
Diarreia Aquosa Viral:
Principal agente
- Quais os seus mecanismos? (2)
Principal agente dos surtos
Principal agente:
Rotavírus
- Principal causa de casos graves em < 2 anos
- Associação com vômitos
Quais os seus mecanismos?
1. Mecanismo osmótico:
- achatamento vilositário > diminuição das dissacaridases > acúmulo de LACTOSE no TGI (soluto)
2. Mecanismo secretor:
- toxina faz enterócito secretar água e eletrólitos
Principal agente dos surtos epidêmicos:
Norovírus
Diarreia Aquosa Bacteriana:
Qual a principal causa?
- Quais seus tipos envolvidos? (2)
Qual a mais grave, quando ocorre?
Qual a principal?
E. coli
Quais seus tipos envolvidos?
1. E. coli enterotoxigênica
Diarreia aquosa tipo secretória
Principal causa da diarreia do viajante
2. E. coli enteropatogênica
Diarreia persistente (14-30 dias)
Maior risco de desnutrição
Qual a mais grave, quando ocorre?
Cólera
- Extremamente grave
- Óbito em poucas horas
- Fezes em água de arroz
Diarreia aquosa:
Protozoário mais relevante no Brasil
Giardia lamblia
Causador da Giardíase, que cursa com síndrome disabsortiva
Disenteria:
SHIGELLA:
Epidemiologia
Clínica
Tratamento
Epidemiologia:
Principal causa de desinteria no nosso meio
Clínica:
- Diarreia invasiva + sintomas sistêmicos
- Sintomas neurológicos (convulsão)
- Risco de Síndrome Hemolítico-Urêmica
Tratamento
ATB
- sinais sistêmicos são indicação de ATB justamente pelo risco de Shigellose
Disenteria:
Campylobacter:
Qual a sua principal complicação?
Qual a sua principal complicação?
Campylobacter é o principal causador de infecção suscedida por Síndrome de Guillan-Barré
- Paralisia flácida ascendente por lesão de 2° neurônio motor
Disenteria:
E. coli:
Quais são os dois tipos envolvidos?
Qual a principal complicação?
Quais são os dois tipos envolvidos?
A. Enteroinvasiva: mecanismo invasor.
- COM FEBRE
- Mais comum
B. Êntero-hemorrágica: mecanismo de lesão da parede.
- SEM FEBRE
- E. coli O157:H7 = Principal causa de SHU
Qual a principal complicação?
Síndrome Hemolítico Urêmica:
- NUNCA USAR ATB SE SUSPEITA, pois pode piorar o quadro