PEDIATRIA Flashcards

1
Q
A
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2
Q

Doenças exantemáticas:
Exantema + febre SIMULTÂNEOS:
Quais as duas hipóteses principais?
Quais seus macetes a guardar?

A
  1. Sarampo = PARAMPO 36
    Por que o macete?
    - P = Paramixovírus (agente etiológico)
    - 3 = vacinação de bloqueio até 3 dias
    - 6 = imunoglobulina pós exposição até 6 dias
  2. Rubéola = RUBOLA, que TOGA bola
    Por que o macete?
    - Bola = clínica clássica de ADENOMEGALIAS
    - Toga = Togavírus (agente etiológico)
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3
Q

Sarampo (PARAMPO 36):
Agente etiológico
Transmissão
Clínica de fase prodrômica (2)
Quais as características do exantema? (3)
Qual a descamação clássica?

A

Agente etiológico:
Paramixovírus

Transmissão:
AEROSSÓIS:
- 6 dias antes-4 dias pós surgimento do RASH

Clínica de fase prodrômica:
1. Febre alta progressiva
2. Enantema de KOPLIK (PATOGNOMÔNICO)
- pápulas esbranquiçadas em cavidade oral

Quais as características do exantema?
1. MORBILIFORME
2. Início em região RETROAURICULAR
3. Progressão craniocaudal

Qual a descamação clássica?
Furfurácea

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4
Q

Doenças exantemáticas:
Qual a alteração visualizada?
Quando pode ser encontrada?

A

Qual a alteração visualizada?
Enantema de KOPLIK

Quando pode ser encontrada?
Achado PATOGNOMÔNICO do Sarampo (PARAMPO 36).
Ocorre na fase prodrômica da doença.

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5
Q

Doenças exantemáticas:
Qual a alteração visualizada?
Quando pode ser encontrada?

A

Qual a alteração visualizada?
Descamação FURFURÁCEA.

Quando pode ser encontrada?
Típica em prova de SARAMPO (PARAMPO 36).

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6
Q

Sarampo (PARAMPO 36):
Qual a conduta quando diagnóstico?
Quais as principais complicações? (3)

A

Qual a conduta quando diagnóstico?
1. 2 doses de Vitamina A (Dia 1 e Dia 2 do diagnóstico)
2. Notificação compulsória imediata (em até 24h)

Quais as principais complicações?
1. Otite média aguda (OMA): mais comum
2. Pneumonias: maior causa de morte, por maior prevalência
3. Encefalite: maior letalidade

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7
Q

Sarampo (PARAMPO 36):
Profilaxia pré exposição
Profilaxia pós exposição
- vacinação
- imunoglobulina

A

Profilaxia pré exposição:
Calendário básico do MS:
1. Tríplice viral aos 12 meses +
2. Tetraviral aos 15 meses

Profilaxia pós exposição:
1. Vacinação de bloqueio
- Até 3 dias da exposição
- Indicado para suscetível MAIOR QUE 6 meses

  1. Imunoglobulina
    - Ate 6 dias da exposição
    - Indicado para:
    a. Imunossupressos
    b. Gestante suscetível
    c. MENORES DE 6 meses
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8
Q

Rubéola (RUBOLA):
Agente etiológico
Transmissão
Clínica clássica (2)
Pode haver enantema?

A

Agente etiológico:
Togavírus (TOGA a bola)

Transmissão:
- Gotículas
- 5-7 dias antes à 5-7 dias pós rash

Clínica clássica:
1. LINFADENOPATIA (retroauricular, occipital e cervical)
2. Exantema: RUBEOLIFORME
- de progressão craniocaudal rápida

Pode haver enantema?
Sim, mas não é patognomônico:
Precedido ou não de manchas de FORSCHEIMER

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9
Q

Doenças exantemáticas:
Qual a alteração visualizada?
Quando pode ser encontrada?

A

Qual a alteração visualizada?
Manchas de FORSCHEIMER (enantema)

Quando pode ser encontrada?
Pode ser encontrada na Rubéola (RUBOLA), apesar de nem sempre estar presente e não ser patognomônico.

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10
Q

Rubéola (RUBOLA):
Profilaxia pré- exposição
- Calendário básico vacinal

A

Calendário básico do MS:
1. Tríplice viral aos 12 meses +
2. Tetraviral aos 15 meses

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11
Q

Síndrome da rubéola congênita:
Tríade clássica
Quais as cardiopatias mais comuns? (2)
Há tratamento?
Como prevenir? (2)

A

Tríade clássica:
1. Surdez neurossensorial
2. Catarata
3. Cardiopatia congênita (sopro ao exame físico)

Quais as cardiopatias mais comuns?
1. Persistência do canal arterial
2. Estenose pulmonar

Há tratamento?
Apenas o manejo de sequelas

Como prevenir?
1. Vacinação da população
2.Evitar contato de RN com gestante nos primeiros 1-2 anos de vida
- pois ele elimina o vírus nas suas secreções

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12
Q

Doenças exantemáticas:
Exantema APÓS a febre:
Quais as duas hipóteses principais?

A
  1. EXANTEMA SÚBITO (roséola)
    - febre desaparece subitamente antes do surgimento do exantema
  2. ERITEMA INFECCIOSO
    - exantema ocorre por processo imunomediado após uma infecção de via aérea superior, geralmente quando esta já resolvida
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13
Q

EXANTEMA SÚBITO (roséola):
Agente etiológico
Paciente típico
História clássica
Qual o principal diagnóstico diferencial em prova?
Qual a principal complicação?

A

Agente etiológico:
Herpesvirus humano tipo 6 ou 7

Paciente típico:
Lactente > 6 meses
- é a doença exantemática mais comum nesse grupo
- não costuma ocorrer abaixo dos 6 meses, pois há anticorpos maternos nas circulação

História clássica:
Febre alta que some subitamente e após surge exatema maculopapular iniciado em TRONCO.

Qual o principal diagnóstico diferencial em prova? Farmacodermia, mas essa cursa com prurido, eosinofilia e história de exposição a fármaco.

Qual a principal complicação?
Crise Febril

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14
Q

ERITEMA (não) INFECCIOSO:
Agente etiológico
Por que o macete do (não) infeccioso?
Primeira fase clínica
Segunda fase clínica
Terceira fase clínica

A

Agente etiológico:
Parvovírus Humano B19

Por que o macete do (não) infeccioso?
Porque a fase exantemática é um processo imunomediado que ocorre após uma infecção, nesse momento já resolvida.
NÃO HÁ TRANSMISSÃO QUANDO RASH.

Quais as fases clínicas?
1. Primeira fase:
Face esbofeteada
2. Segunda fase:
Exantema RENDILHADO em tronco e membros, poupa palma e planta mãos e pés
3. Terceira:
Recidivas por 1-3 semanas de rash após exposição ao sol, estresse, esforço físico.

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15
Q

Doenças exantemáticas:
Qual a alteração visualizada?
Quando pode ser encontrada?

A

Qual a alteração visualizada?
Face esbofeteada

Quando pode ser encontrada?
Clássica da primeira fase clínica do Eritema Infeccioso.

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16
Q

ERITEMA (não) INFECCIOSO:
Qual a complicação principal?
Qual o paciente de maior risco?
Por que ocorre?

A

Qual a complicação principal?
Crise anêmica aguda do tipo Aplástica.

Qual o paciente de maior risco?
Pacientes que apresentem Anemia Hemolítica.

Por que ocorre?
1. Parvovírus Humano B19 infecta células precursoras de novos eritrócitos na MEDULA óssea
2. Há interrupção temporária na produção de novos eritrócitos
3. Paciente com anemia hemolítica dependem de produção constante de hemácias, sem isso ANEMIA GRAVE

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17
Q

Doenças exantemáticas:
Exantema com vesículas:
Quais as três principais hipóteses diagnósticas?

A
  1. VARICELA 54:
    Por que 54?
    5 = até 5 dias para vacinação de bloqueio pós-exposição
    4 = até 4 dias para imunoglobulina pós-exposição
  2. Monkeypox (cai bem menos):
    - Lesões dolorosas e não pruriginosas
  3. Doença Mão-pé-boca
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18
Q

VARICELA 54:
Agente etiológico
Transmissão
Há fase prodrômica?
Características do exantema

A

Agente etiológico:
Vírus varicela-zóster

Transmissão:
AEROSSÓIS
- do surgimento até todas as lesões virarem crostas

Há fase prodrômica?
Na pediatria não há no geral, em adolescentes e adultos pode haver sinais e sintomas inespecíficos (febre, tosse).

Características do exantema:
1. Vesicular
2. Pruriginoso
3. Polimorfismo regional (lesões em fases diferentes de evolução)
4. Distribuição centrípeta
5. Acomete mucosas

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19
Q

VARICELA 54:
Quais são as fases de evolução das lesões?
Como chamamos a presença de lesões em diferentes fases de evolução?

A

Quais são as fases de evolução das lesões?
Mácula > vesícula > pústula > crosta

Como chamamos a presença de lesões em diferentes fases de evolução?
POLIMORFISMO REGIONAL, em prova = Varicela

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20
Q

VARICELA 54:
Como é feita a profilaxia pré-exposição?
Quais as principais complicações? (5)

A

Como é feita a profilaxia pré-exposição?
Vacinação - Calendário básico do MS:
1. Tetraviral aos 15 meses
2. Varicela aos 4 anos

Quais as principais complicações?
1. Infeção bacteriana das lesões: mais comum
- Streptococcus grupo e S. aureus
2. Varicela progressiva: mais grave
3. Varicela congênita
4. Ataxia cerebelar aguda
5. Encefalite

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21
Q

VARICELA 54:
Quais as indicações de Aciclovir via oral? (5)
Quais as indicações de Aciclovir endovenoso? (3)

A

Tratamento nem sempre estará indicado.

Quais as indicações de Aciclovir via oral?
1. > 12 anos
2. 2° caso no mesmo domicílio
3. Doença pulmonar ou cutânea crônica
4. Corticoide em dose não imunossupressora
5. Uso de AAS

Quais as indicações de Aciclovir endovenoso?
1. Imunossupressos
2. Recém Nascidos (questionável, depende da referência)
3. Varicela progressiva

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22
Q

VARICELA 54:
Por que está indicado o tratamento com Aciclovir via oral em usuários de AAS?

A

Pelo risco de SÍNDROME DE REYE:
- síndrome que pode ocorrer em usuários de AAS que contraem Influenza ou Varicela:

Pode ser grave, cursando com:
1. Encefalopatia
2. Hepatopatia

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23
Q

Varicela 54:
Profilaxia pós contato (CAI MUITO):
VACINAÇÃO DE BLOQUEIO:
Quando fazer?
Qual a idade mínima?
Indicações do Ministério da Saúde (2)

A

Quando fazer?
Até o quinto dia, sendo o ideal até o terceiro dia pós-exposição.

Qual a idade mínima?
> 9 meses

Indicações - MS:
1. Internados > 9 meses = bloqueio hospitalar
2. > 9 meses e < 7 anos = surto em creche/escola

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24
Q

Varicela 54:
Profilaxia pós contato (CAI MUITO):
IMUNOGLOBULINA HIPERIMUNE:
Até quando pode ser feita?
Quais as indicações? (5)

A

Até quando pode ser feita?
Até o quarto dia

Quais as indicações?
1. Imunossupressos

  1. Gestantes suscetíveis (não vacinadas)
  2. Recém nascidos (< 28 dias) prematuros:
    - IG < 28 semanas sempre
    - IG >= 28 semanas se mãe nunca teve varicela
  3. Recém nascidos de mãe com diagnóstico de Varicela de 5 dias antes até 2 dias após o parto
  4. < 9 meses hospitalizado
    - para evitar surto hospitalar
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25
Q

Doença Mão-pé-boca:
Agente etiológico
Clínica (2)
Complicação principal

A

Agente etiológico:
Coxsackievirus A16

Clínica:
1. Vesículas e úlceras em cavidade oral
2. Exantema vesicular em mãos, pés e nádegas

Complicação principal:
Onicomadese

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26
Q

Doenças exantemáticas:
Exantema + faringoamigdalite:
Quais as duas principais hipóteses diagnósticas?

A
  1. ESCARLATINA
    - em prova: principalmente em faixa etária dos 5-15 anos
  2. MONONUCLEOSE INFECCIOSA
    - em prova: principalmente em faixa etária dos adolescentes
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27
Q

ESCARLATINA:
Agente etiológico
Período de incubação
Principais marcas clínicas que não exantema (4)
Características do exantema
Quais os sinais semiológicos? (2)
Qual o tipo de descamação?

A

Agente etiológico:
S. pyogenes grupo A, que produz exotoxina causadora da doença

Período de incubação:
2-5 dias

Principais marcas clínicas que não exantema:
a. Língua em morango (enantema)
b. Faringite
c. Adenomegalia
d. Vômitos e dor abdominal (pode parecer abdômen agudo)

Características do exantema:
1. MICROPAPULAR
2. Aspecto da pele ao toque de lixa de unha
3. Início no pescoço e tronco
4. Progressão crânio-caudal

Quais os sinais semiológicos?
1. Sinal de PASTIA: exantema mais intenso em dobras
2. Sinal de FILATOV: palidez perioral

Qual o tipo de descamação?
Descamação laminar/lamelar

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28
Q

Doenças exantemáticas:
Qual o sinal semiológico descrito?
A qual doença está mais comumente associado?

A

Qual o sinal semiológico descrito?
Sinal de FILATOV:
- palidez perioral

A qual doença está mais comumente associado?
Escarlatina

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29
Q

Doenças exantemáticas:
Qual o sinal semiológico descrito?
A qual doença está mais comumente associado?

A

Qual o sinal semiológico descrito?
Sinal de PASTIA:
- exantema mais intenso em dobras

A qual doença está mais comumente associado?
Escarlatina

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30
Q

Doenças exantemáticas:
Qual a alteração visualizada?
Quando pode ser encontrada? (2)

A

Qual a alteração visualizada?
Língua em morango / framboesa.

Quando pode ser encontrada?
1. Escarlatina
2. Doença de Kawasaki

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31
Q

ESCARLATINA:
Qual o principal diagnóstico diferencial em prova?
Como fazer?
- faixa etária
- duração da febre
- achado clínico ausente na outra patologia

A

Qual o principal diagnóstico diferencial em prova?
Doença de Kawasaki

Como fazer?
- geralmente as provas seguem:
1. Faixa etária:
a. Escarlatina: 5-15 anos
b. Kawasaki: abaixo dos 5 anos

  1. Duração da febre:
    a. Escarlatina: não dura mais de 7 dias
    b. Kawasaki: duração > 5-7 dias
  2. Achado clínico ausente na outra patologia:
    a. Escarlatina: Exsudato faringoamigdaliano
    b. Kawasaki: Conjuntivite
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32
Q

ESCARLATINA:
Tratamento:
Qual a primeira escolha?
Está sempre indicado?

A

Qual a primeira escolha?
1. Penicilina Benzatina IM dose única
2. Amoxicilina por 10 dias

Está sempre indicado?
Sim, para prevenção de Febre Reumática, complicação da infecção de orofaringe por S. pyogenes.

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33
Q

MONONUCLEOSE INFECIOSA:
Agente etiológico
Período de incubação
Principais achados clínicos? (5)
Qual a principal complicação?

A

Agente etiológico:
Vírus Epstein-Barr

Período de incubação:
30-50 dias

Principais achados clínicos?
1. Faringoamigdalite exsudativa
2. ESPLENOMEGALIA
3. Linfadenopatia generalizada
4. Sinal de Hoagland (edema palpebral)
5. Exantema
- principalmente após o início da Amoxicilina, dada de forma equivocada

Qual a principal complicação?
Risco de ruptura esplênica, há contraindicação para esportes de contato.

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34
Q

Doenças exantemáticas:
Qual o sinal semiológico descrito?
A qual doença está mais comumente associado?

A

Qual o sinal semiológico descrito?
Sinal de HOAGLAND
- edema palpebral

A qual doença está mais comumente associado?
Mononucleose infecciosa

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35
Q

MONONUCLEOSE INFECIOSA:
Qual a alteração laboratorial típica?
Como fazer o diagnóstico laboratorial?
Qual o tratamento? (2)

A

Qual a alteração laboratorial típica?
Linfocitose com ATIPIA LINFOCITÁRIA

Como fazer o diagnóstico laboratorial?
Sorologia: IgM e IgG para EBV

Tratamento:
1. Suporte com sintomáticos
2. Corticoide
- considerar em quadros graves com risco de insuficiência respiratória por adenomegalia / edema importante (COBRADO EM 2024 - PROVAS RS)

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36
Q

Resfriado comum:
Agente etiológico
Tratamento (3)
O que não se deve prescrever?
Prevenção
Complicação

A

Agente etiológico:
RINOVÍRUS (> 200 sorotipos)

Tratamento:
1. Antipiréticos
- não de deve alternar
2. Lavagem nasal com SF 0,9%
3. Mel para redução de tosse noturna
- se >= 1 ano de idade

O que não se deve prescrever?
Descongestionante, mucolíticos, AAS

Prevenção:
Lavagem de mãos (transmissão é por contato direto)

Complicação principal:
OMA (30% dos casos)

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37
Q

Otite Média Aguda:
Fatores de risco (4)
Agentes etiológicos principais (3)
Diagnóstico - otoscopia (4)

A

Fatores de risco:
1. Idade < 2 anos (tuba mais suscetível à disfunção)
2. Anomalias craniofaciais
3. Síndrome de Down (mesmo sem infecção prévia)
4. Tabagismo passivo

Agentes etiológicos principais:
1. S. pneumoniae
- único prevenível por vacinação
2. H. influenzae não tipável
- 50% são produtores de beta-lactamase
3. Moraxella catharrhalis

Diagnóstico: clínica + otoscopia:
1. ABAULAMENTO de MT (mais específico)
2. MT opaca
3. MT hiperemiada
4. Otorreia
OBS: MT = Membrana Timpânica

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38
Q

Otite Média Aguda:
Tratamento:
Qual o ATB mais utilizado?
Indicações de ATB
- < 6 meses
- 6 meses a 2 anos
- >= 2 anos

A

Qual o ATB mais utilizado?
Amoxicilina 5-10 dias

< 6 meses:
ATB SEMPRE

6 meses - 2 anos:
a. Grave (febre >= 39°C, dor mod-intensa, > 48h)
b. Otorreia por OMA
c. Bilateral

> 2 anos:
a. Grave (febre >= 39°C, dor mod-intensa, > 48h)
b. Otorreia por OMA

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39
Q

Otite Média Aguda:
Tratamento:
Quando está indicado o uso de Amoxicilina-Clavulanato? (3)

A

a. Falha terapêutica

b. OMA + Conjuntivite
- EYEmófilo
- quando conjuntivite suspeitamos de Haemophilus (50% é produtor de beta-lactamase)

c. Uso < 30 dias de ATB

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40
Q

Mastoidite aguda (periostite):
Quais os pacientes de maior risco?
Clínica (2)
Qual a conduta?

A

Quais os pacientes de maior risco?
Principalmente os < 6 meses
- por isso faz-se ATB sempre

Clínica:
1. Sinais de inflamação retroauricular
2. DESLOCAMENTO DE PAVILHÃO auditivo

Qual a conduta?
1. Internação hospitalar
2. TC de crânio e mastoide com contraste
3. ATB EV

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41
Q

Otite média serosa (efusão):
Por que ocorre?
Qual a conduta? (2)

A

Por que ocorre?
Persistência de efusão (líquido), sem inflamação ou infecção, na orelha média após um quadro de otite média aguda.

Qual a conduta?
1. Observação por 3 meses
2. Tubo de ventilação se não houver resolução
- isso para não atrasar desenvolvimento da fala da criança

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42
Q

Miringite bolhosa:
Definição
Qual o agente etiológico envolvido?

A

Definição:
Quadro de otite média aguda que cursa com bolhas na superfície da membrana timpânica.

Qual o agente etiológico envolvido?
Mycoplasma pneumoniae

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43
Q

Sinusite Bacteriana:
Como fazer o diagnóstico? (3)
Quando considero uma sinusite CRÔNICA?
Agentes etiológicos principais (3)
Tratamento

A

Como fazer o diagnóstico?
CLÍNICO:
1. Resfriado arrastado >= 10 dias:
Coriza abundante mucopurulenta + tosse intensa
2. Infecção mais grave:
Febre alta (>= 39°C) + coriza mucopurulenta >= 3 dias
3. Quadro bifásico
Paciente melhora do resfriado e volta a piorar

Quando considero uma sinusite CRÔNICA?
> 12 semanas

Agentes etiológicos principais:
1. S. pneumoniae
- único prevenível por vacinação
2. H. influenzae não tipável
- 1/2 produtores de beta-lactamase
3. Moraxella catharrhalis

Tratamento:
Amoxicilina 7 dias após melhora clínica da criança
- tratamentos, geralmente, longos

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44
Q

Celulite orbitária / pós-septal:
Definição
Clínica (4)
Conduta

A

Definição:
Complicação de sinusite de seio ETMOIDAL, caracterizada por:
Infecção dos tecidos adjacentes ao globo ocular.

Clínica:
a. proptose
b. dor à movimentação
c. edema na conjuntiva
d. inflamação palpebral

Conduta:
1. Internação hospitalar
2. TC de seios da face
3. ATB EV

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45
Q

Faringite Aguda:
Etiologia mais comum
Etiologia bacteriana mais comum
Clínica quando bacteriana (5)
Qual o achado clínico que mais corrobora a hipótese bacteriana?

A

Etiologia mais comum:
Infecção Viral

Etiologia bacteriana mais comum:
S. pyogenes (B-hemolítico grupo A)

Clínica (5-15 anos):
1. Febre alta
2. Odinofagia e exsudato amigdaliano
3. Petéquias no palato
4. Dor abdominal forte e vômitos
- pode entrar em diagnóstico diferencial com abdômen agudo
5. Ausência de iVAS

Qual o achado clínico que mais corrobora a hipótese bacteriana?
Petéquias no pálato

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46
Q

Faringite Aguda:
Quando suspeita, qual a conduta?
Qual a principal vantagem da cultura?
Tratamento - opções terapêuticas (4)

A

Quando suspeita, qual a conduta?
- Buscar a confirmação diagnóstica:
1. Testes rápidos
Positivo: ATB
Negativo: solicitar cultura
2. Cultura de orofaringe (padrão-ouro)
Positivo: ATB
Negativo: sintomáticos

Qual a principal vantagem da cultura?
Maior SENSIBILIDADE

Tratamento - ATB sempre que confirmação:
1. Penicilina benzatina DU
2. Amoxicilina VO 10 dias
3. Azitromicina VO 5 dias
- existe resistência, fazer apenas quando alergias
4. Cefalexina

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47
Q

Faringite Aguda Estreptocócica:
Complicações SUPURATIVAS:
Abcesso periamigdaliano / peritonsilar:
Paciente típico
Clínica (5)
Qual a conduta?

A

Paciente típico:
Adolescentes e adultos jovens

Clínica
Piora da odinofagia
Disfagia
Sialorreia
Desvio de úvula
Trismo

Qual a conduta?
1. Internação hospitalar
2. ATB EV ( Clindamicina)
3. Aspiração por otorrino

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48
Q

Faringite Aguda Estreptocócica:
Complicações SUPURATIVAS:
Abcesso retrofaríngeo:
Faixa etária típica
Qual a clínica?
Como investigar?

A

Faixa etária típica:
Primeiros cinco anos de vida, pois há involução dos linfonodos após.

Qual a clínica?
Dor cervical
- diagnóstico diferencial de torcicolo na infância

Como investigar?
TC de região cervical

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49
Q

Faringite Aguda Estreptocócica:
Complicações NÃO SUPURATIVAS:
Quais são?
Qual a única prevenível?

A

Quais são?
1. GNPE = Glomerulonefrite Pós Estreptocócica
- Síndrome nefrítica
2. Febre Reumática

Qual a única prevenível?
Febre Reumática
- se ATB iniciado até NOVE DIAS do início do quadro

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50
Q

Herpangina:
Agente etiológico
Paciente típico
Clínica
Diagnóstico diferencial principal

A

Agente etiológico:
Coxsackie A

Paciente típico:
Lactentes e pré-escolares

Clínica:
Úlceras na parte POSTERIOR da cavidade oral

Diagnóstico diferencial principal
Doença mão-pé-boca
- úlceras em cavidade oral como um todo

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51
Q

Febre faringoconjuntival:
Qual o agente etiológico?
Clínica (3)

A

Qual o agente etiológico?
Adenovírus

Clínica:
Febre
Faringite
Conjuntivite

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52
Q

Epiglotite aguda:
Agente etiológico
Fisiopatologia
Clínica (5)
Diagnóstico
Conduta (2)

A

Agente etiológico:
H influenzae do tipo B
- geralmente em prova: criança não vacinada

Fisiopatologia:
Perda da função da epiglote que pode tombar sobre VA e gerar insuficiência respiratória

Clínica (muito rápida - evolução de horas):
1. Toxemia
2. Disfagia e Sialorreia
3. ESTRIDOR
4. Posição do tripé
5. Abafamento da voz

Diagnóstico:
CLÍNICO
- não solicitar raio X (mas se solicitado: Sinal do Polegar)

Conduta:
1. GARANTIA DE VIA AÉREA
- NÃO TENTAR VISUALIZAR VIA AÉREA ANTES
2. ATB e suporte após

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53
Q

Laringotraqueíte viral aguda (crupe):
Agente etiológico
Clínica (4)
Diagnóstico
Tratamento
- com estridor em repouso
- sem estridor em repouso
Complicação

A

Agente: Parainfluenza em 75%

Clínica:
1. Tosse metálica / de cachorro
2. Afonia / rouquidão
3. Estridor
4. Pródromos catarrais

Diagnóstico: clínico
Obs: Raio X (sinal da torre / ponta do lápis)

Tratamento:
1. COM estridor em repouso:
a. Nebulização com adrenalina (1 mg/ml)
b. Corticoide VO ou IM (Dexametasona)
2. SEM estridor em repouso:
a. Corticoide VO ou IM (Dexametasona)

Complicação:
Traqueíte bacteriana (crupe membranosa): S. aureus

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54
Q

Laringite estridulosa / Crupe espasmódico:
O que é?
Qual a clínica característica?

A

O que é?
Condição benigna e recorrente que cursa com obstrução de grande via aérea temporária e autolimitada.

Qual a clínica característica?
Despertar súbito com quadro de crupe, sem sinais infecciosos:
1. Tosse metálica
2. Afonia e rouquidão
3. Estridor

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55
Q

Fibrose Cística:
Por que ocorre?
Clínica
- Trato gastrointestinal
- Trato respiratório
Qual o risco quando sudorese excessiva? (3)

A

Por que ocorre?
1. Mutação F 508DEL - defeito em proteína CFTR
2. Acúmulo de cloro, sódio e água no intracelular
3. Secreções de glândulas exócrinas se tornam espessas

Clínica:
1. TRATO GASTROINTESTINAL:
íleo meconial, insuficiência pancreática exócrina e endócrina, doença biliar e cirrose

  1. TRATO RESPIRATÓRIO:
    Tosse, sinusopatia, pólipos nasais, colonização (S. aureus, Pseudomonas) e BRONQUIECTASIAS

Qual o risco quando sudorese excessiva?
- Nas glândulas sudoríparas ocorre o contrário e o cloro, sódio e água ficam “presos” no extracelular
1. Alcalose metabólica hipoclorêmica
2. Hiponatremia
3. Desidratação

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56
Q

Fibrose Cística:
Rastreamento
Diagnóstico
Quando diagnóstico, qual a conduta?
Tratamento (4)

A

Rastreamento:
Teste do pezinho com IRT aumentado
se positivo: repetir em até 30 dias de vida

Diagnóstico:
TESTE DO SUOR com Cloro >= 60 em 2 amostras
30-59: inconclusivo > buscar mutações

Quando diagnóstico, qual a conduta?
Solicitar exame para avaliar tipos de mutações para avaliar se há indicação de moduladores de CFTR no tratamento

Tratamento:
1. Limpeza de secreções e controle da inflamação em árvore respiratória
2. Exacerbações tratadas com ATB EV em internação
3. Reposição de enzimas pancreáticas, sódio e vitaminas lipossolúveis
4. Moduladores de CFTR se possível

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57
Q

Pneumonia Bacteriana na Infância:
Quais os principais agentes em < 1-2 meses?
Qual o tratamento?

A

Quais os principais agentes em < 1-2 meses?
- germes do canal de parto
a. Streptococcus agalactiae (grupo B)
b. Gram - entéricos

Qual o tratamento?
Ampicilina + Gentamicina EV em regime de internação

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58
Q

Pneumonia Bacteriana na Infância:
Quais os principais agentes em < 1-2 meses?
Qual o tratamento ambulatorial?
Qual o tratamento hospitalar?

A

Quais os principais agentes em > 1-2 meses?
a. S. pneumoniae
b. S. aureus (< 1 ano / Porta de entrada / quadros graves)
- se suspeita: adicionar Vancomicina / Oxacilina

Qual o tratamento ambulatorial?
Amoxicilina ou Penicilina Procaína IM
REAVALIAÇÃO em 48-72 horas

Qual o tratamento hospitalar?
Penicilina Cristalina IV ou Ampicilina IV
obs. diretrizes vêm falando que se não houver complicações radiológicas = tratamento VO PODE ser considerado mesmo em internados

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59
Q

Pneumonia Bacteriana na Infância:
Clínica
Exame físico (5)
Sinais de gravidade (4)
Diagnóstico
Quando está indicada a radiografia de tórax? (3)

A

Clínica:
TAQUIPNEIA + tosse, febre, iVAS

Exame físico:
1. Estertores (líquido no alvéolo)
- evolução para Síndrome de Consolidação:
2. Aumento do frêmito
3. Macicez à percussão
4. Broncofonia
5. Pectorilóquia afônica

Sinais de gravidade:
1. Tiragem subcostal
2. Batimento de asa nasal
3. Gemência (contração da glote)
4. Cianose (< 90-92%)

Diagnóstico:
CLÍNICO (principalmente por taquipneia)

Quando está indicada a radiografia de tórax?
a. hospitalização = principal
b. dúvida diagnóstica
c. suspeita de complicações

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60
Q

Pneumonia Bacteriana na Infância:
Achados da Radiografia de Tórax (6)
- Qual o sinal que entra em diagnóstico diferencial?
Qual o principal exame laboratorial para avaliação?

A

Achados da Radiografia de Tórax:
1. Consolidações
2. Aerobroncograma
3. Pneumonia redonda (FOTO NO CARD)
4. Derrame pleural
5. Pneumatocele (S. aureus)
6. Abcessos (nível hidroaéreo no seu interior)
(S. aureus, anaeróbios em crianças que broncoaspiram)

Qual o sinal que entra em diagnóstico diferencial?
Sinal do Barco à vela = TIMO

Qual o principal exame laboratorial para avaliação?
PROCALCITONINA: alto valor preditivo negativo

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61
Q

Qual o achado descrito?
Qual o germe mais associado?

A

Qual o achado descrito?
Pneumatocele

Qual o germe mais associado?
Em prova = S. aureus, mas pode estar associado a outros germes como S. pneumoniae

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62
Q

Qual o achado descrito?
Quais os germes mais associados?

A

Qual o achado descrito?
Abcesso pulmonar

Qual o germe mais associado?
S. aureus
Anaeróbios (em crianças que broncoaspiram)

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63
Q

Qual o achado descrito?
Qual o principal diagnóstico diferencial?

A

Qual o achado descrito?
Sinal do Barco à Vela
- achado fisiológico representado pelo TIMO

Qual o principal diagnóstico diferencial?
Consolidações pulmonares em quadros de pneumonia

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64
Q

Pneumonia Bacteriana na Infância:
Indicações de internação hospitalar (6)

A

1.< 2 meses

  1. Tiragem subcostal / SatO2 < 90-92%
  2. Comprometimento de estado geral
  3. Doença grave concomitante
  4. Falha no tratamento ambulatorial
    - sempre considerar Derrame pleural > resistência microbiana
  5. Complicações radiológicas
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65
Q

Pneumonia Bacteriana na Infância:
Derrame Pleural:
Como avaliar? (2)
Quais os tipos? (2)
Qual a conduta perante eles?

A

Como avaliar?
1. Raio X
2. USG + Toracocentese Diagnóstica

Quais os tipos?
1. Exsudato inflamatório
TTO: mantém ATB + discussão se há necessidade de drenagem, pois não é obrigatória

  1. Empiema:
    - quando >=1:
    a. aspecto purulento
    b. pH < 7,2
    c. glicose < 40
    d. gram ou cultura +
    TTO: drenagem terapêutica SEMPRE + manutenção ATB
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66
Q

Pneumonia Atípica na Infância:
Quais as principais diferenças clínicas? (2)
Agentes etiológicos principais (2)

A

Quais as principais diferenças clínicas?
1. Clínica mais arrastada
2. Manifestações extrapulmonares:
- Otalgia, mialgia, conjuntivite

Agentes etiológicos principais:
1. Mycoplasma pneumoniae (> 5 anos)
2. PNEUMONIA AFEBRIL DO LACTENTE

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67
Q

PNEUMONIA AFEBRIL DO LACTENTE:
Qual o agente etiológico?
Qual a história clássica?
Qual a clínica?
Qual o ACHADO LABORATORIAL?
Qual o tratamento?

A

Qual o agente etiológico?
Chlamydia trachomatis

Qual a história clássica?
Criança nascida de parto vaginal com história de conjuntivite com 7-14 dias e pneumonia, marcada por taquipneia com 1-3 meses.

Qual a clínica?
Tosse seca + taquipneia + sibilos esparsos

Qual o ACHADO LABORATORIAL?
EOSINOFILIA (> 300-400)

Qual o tratamento?
Macrolídeo

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68
Q

Coqueluche:
Agente etiológico
Fases clínicas (3)
- manifestações da fase paroxística (5)
Qual a clínica em < 6 meses?
Achado laboratorial
Raio X
Tratamento

A

Agente etiológico:
Bordatella pertussis - cocobacilo Gram negativo
- exotoxina ataca epitélio traqueo-brônquico

Clínica:
1. Fase catarral
2. FASE PAROXÍSTICA
a. Paroxismos de tosse
b. Guincho inspiratório
c. Vômitos após a tosse
d. Hemorragias conjuntivais
e. Frequência respiratória normal
3. Fase da convalescência

Qual a clínica em < 6 meses?
APNEIA, crianças menores de 3-6 meses não desenvolvem fase paroxística clássica.
APNEIA EM PROVA CUIDADO!

Achado laboratorial:
REAÇÃO LEUCEMOIDE
- indica pior prognóstico
- linfocitose, pois a resposta imune é contra a EXOTOXINA

Raio X:
Infiltrado paracardíaco/ infiltrado perihilar / coração felpudo

Tratamento:
AZITROMICINA

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69
Q

Coqueluche:
Profilaxia para contactantes domiciliares:
Como é feita? (2)
Para que é feita? (3)

A

Como é feita?
Azitromicina por 5 dias
Se criança < 7 anos: dose de reforço da vacina
DTP: 1-6 anos
Penta: < 1 ano

Para que é feita?
1. Redução da intensidade dos sintomas
2. Redução da duração dos sintomas
3. Redução do período de transmissibilidade

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70
Q

Bronquiolite Viral Aguda:
Definição
Agente etiológico principal
Clínica (4)
Diagnóstico
Achados da radiografia de tórax (3)

A

Definição:
Primeiro episódio de sibilância com resfriado em < 2 anos.

Agente etiológico principal:
Vírus Sincicial Respiratório (VSR)
- contato direto - lavagem de mãos melhor forma de prevenção

Clínica:
1. SIBILOS DIFUSOS (obstrução de pequena VA)
ou Tempo Expiratório Prolongado
ou Estertores Difusos
+
2. Taquipneia
3. Tosse e iVAS
4. Febre

Diagnóstico:
CLÍNICO

Radiografia de tórax (não é obrigatória nem em internados, achados são inespecíficos):
1. Hiperinsuflação
2. Hipotransparência (atelectasias)
3. Retificação de cúpula diafragmática

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71
Q

Bronquiolite Viral Aguda:
Indicações de internação hospitalar (4)
Tratamento hospitalar (3)
Não faz parte do tratamento (4)

A

Indicações de internação hospitalar:
1.< 3 meses
2. Prematuro < 32 semanas
3. Comprometimento de estado geral
4. Sinais de insuficiência respiratória

Tratamento hospitalar:
1. Oxigenoterapia se SatO2 < 90-92%:
- se possível: com CNAF
2. Hidratação VO/SNG, se não: ISOTÔNICA EV
3. Nebulização com HIPERTÔNICA (quationável?)

Não faz parte do tratamento:
- as provas adoram:
1. Oximetria contínua
- oscilações podem gerar intervenções excessivas
2. Nebulização com beta-2-agonista
- na maioria dos casos
3. Corticoides
4. Fisioterapia respiratória

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72
Q

Bronquiolite Viral Aguda:
Pode estar indicado a nebulização com beta-2-agonistas?
Quando? (3)

A

Indicações de nebulização com beta-2-agonistas:
1. HF de asma
2. Dermatite atópica
3. Múltiplos episódios de sibilância

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73
Q

Bronquiolite Viral Aguda:
Prevenção:
Como é feita?
Quando é feita?
Quais as indicações do MS? (2)
Quais as indicações da SBP? (3)

A

Como é feita?
Palivizumabe (anticorpo monoclonal VSR)

Quando é feita?
1 dose mensal por 5 meses do ano sazonalmente
Duração de 4 semanas de cada dose

Indicações MS:
1. < 1 ano prematuros < 29 semanas
2.< 2 anos com:
a. Cardiopatia Congênita com repercussão hemodinâmica
b. Doença Pulmonar da prematuridade grave

Indicações SBP:
1. < 1 ano prematuros < 29 semanas
2.< 2 anos com:
a. Cardiopatia Congênita com repercussão hemodinâmica
b. Doença Pulmonar da prematuridade grave
3. < 6 meses prematuros entre 29-32 semanas

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74
Q

Bronquiolite Obliterante:
Definição
Agente principal
Quando suspeitar?

A

Definição: doença pulmonar obstrutiva crônica decorrente de inflamação e fibrose pulmonar

Agente principal: Adenovírus

Quando suspeitar?
Quadro grave de Bronquiolite Viral Aguda com hospitalização
Persistência dos sintomas
Oxigenoterapia por períodos prolongados

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75
Q

Imunizações:
VACINAS VIVAS:
Desvantagens (2)
Contraindicações
- Quando considero o usuário de corticoide imunossupresso?
Quais são elas? (7)

A

Desvantagens:
1. Podem causar a doença
2. Sofrem interferência de anticorpos maternos na circulação (< 1 ano)

Contraindicações:
1. Gestantes
2. Imunossupressos

Quando considero o usuário de corticoide imunossupresso?
Prednisona >= 2 mg/kg/dia ou 20 mg/dia > 14 dias

Quais são elas?
- Via Intradérmica:
1. BCG
- Via Oral:
2. VOP
3. VORH
- Via Subcutânea:
4. Febre amarela
5. Tríplice viral
6. Tetraviral
7. Varicela

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76
Q

Imunizações:
Vacinas NÃO VIVAS:
Vantagens (3)
Quais são elas? (9)

A

Vantagens:
1. Não causam doença
2. Podemos associar a imunopotencializador/ adjuvante
3. Podem ser conjugadas e induzir imunidade em < 2 anos para germes encapsulados

Quais são elas?
- Via intramuscular:
1.Hepatite A
2. Hepatite B
3. Pentavalente (DTP, HIB, HB)
4. Pneumo-10
5. VIP
6. Meningo AC
7. Meningo ACWY
8. HPV
9. Influenza

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77
Q

Imunizações:
Calendário Básico Vacinal da Criança:
Quais são as vacinas obrigatórias?

A

Ao nascer:
BCG
Hepatite B

Aos 2 meses:
Penta
VIP
Pneumo-10
VORH (até 3 meses e 15 dias)

Aos 3 meses:
Meningo-AC

Aos 4 meses:
Penta
VIP
Pneumo-10
VORH (até 7 meses e 29 dias)

Aos 5 meses:
Meningo-AC

Aos 6 meses:
Penta
VIP

Aos 9 meses:
Febre Amarela

Aos 12 meses:
Tríplice viral
Pneumo-10
Meninco-AC

Aos 15 meses:
Tetraviral
Hepatite A (12/18 meses - SBP)
VOP
DTP

Aos 4 anos:
Varicela
VOP
DTP
Febre Amarela

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78
Q

Imunizações:
Adolescentes ainda não vacinados ou com vacinação incompleta:
Quais são as vacinas obrigatórias? (6)

A

Adolescentes ainda não vacinados ou com vacinação incompleta:

  1. Hepatite B:
    - 3 doses
  2. dT:
    - 3 doses + reforço de 10/10 anos
  3. Tríplice viral:
    - 2 doses
  4. Febre amarela:
    - 1 dose (reforço só se < 5 anos)
  5. HPV:
    - 2 doses (9-14 anos)
  6. Meningo ACWY
    - 1 dose dos 11 aos 14 anos
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79
Q

Profilaxia pós-exposição para o TÉTANO:
Como é feita dependendo da vacinação prévia?

A

> = 3 doses e última < 5 anos:
Não fazer profilaxia

> = 3 doses e última 5-10 anos:
Ferimento risco mínimo: não fazer
Ferimento risco alto: vacinação
* idoso, desnutrido ou imunossupresso: SAT ou IGAT

> = 3 doses e última > 10 anos:
Ferimento risco mínimo: vacinação
Ferimento risco alto: vacinação
* idoso, desnutrido ou imunossupresso: SAT ou IGAT
** acompanhamento incerto: considero SAT ou IGAT

< 3 doses ou incerta:
Ferimento risco mínimo: vacinação
Ferimento risco alto: vacinação + SAT ou IGAT

OBS: SAT ou IGAT = imunização passiva

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80
Q

Profilaxia pós-exposição para RAIVA:
Como é feita dependendo do animal envolvido no acidente?

A
  1. Acidente com animal de produção:
    Exposição indireta: nada
    Exposição leve: vacinação
    Exposição grave: vacinação + soro
  2. Acidente com animal silvestre:
    Exposição indireta: nada
    Exposição leve: vacinação + soro
    Exposição grave: vacinação + soro
  3. Acidente com cão/gato:
    - observar animal por 10 dias, se necessário:
    Exposição indireta: nada
    Exposição leve: vacinação
    Exposição grave: vacinação + soro
    + Amoxi-Clav 3-5 dias

OBS:
- Vacinação IM ou ID 4 doses (0-3-7-14 dias)
- Soro/imunoglobulina: até 7° dia da vacina, depois CI

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81
Q

Sorologia pós vacinal para HBV:
Quando indicada? (3)
Quando deve ser feita?
Quando sorologia é considerada adequada?
Qual a conduta se abaixo do esperado?
E se gestante?

A

Quando indicada?
Sorologia pós vacinal para
1. Imunossupresso
2. Profissionais da saúde
3. Doentes renais

Quando deve ser feita?
30-60 dias após a terceira dose

Quando sorologia adequada?
Espera-se anticorpos > 10 unidades internacionais

Qual a conduta se abaixo do esperado?
Se < 10 unidades internacionais: repetir esquema
Se sorologia > 60 dias da última dose: aplicar mais uma dose da vacina e medir novamente

E se gestante?
Gestante com anti-HbS - e HbSAg - vacinada: 1 dose de reforço é recomendada

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82
Q

Quais as vacinas contra o pneumococo? (3)
Quando estão indicadas?

A
  1. Pneumo-23:
    a. > 2 anos com comorbidades
    b. Idosos institucionalizados
  2. Pneumo-13-C:
    > 5 anos com HIV, neoplasia, transplantes SEM Pneumo-10 prévia
    (após essa dose, fazer a segunda dose de Pneumo-23)
  3. Pneumo-10:
    Calendário básico vacinal, pode ser aplicada até os 5 anos
    Após os 5 anos se indicação: Pneumo-13-C
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83
Q

Eventos adversos da vacinação com a Pentavalente:
Quais são os possíveis eventos? (4)
Conduta perante cada um deles

A
  1. Febre alta/choro incontrolável:
    Tratamento com sintomáticos
  2. Hipotonia/Hiporresponsividade/Convulsão:
    Próxima dose com DTPa
    (componente Pertussis ACELULAR)
  3. Encefalopatia:
    Próxima dose com DT
  4. Anafilaxia:
    Suspensão completa de vacinação para as condições descritas
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84
Q

Vacina BCG:
Contraindicações (5)
Efeitos adversos (3)
- conduta se presente

A

Contraindicações:
1. Peso < 2000g
2. Doença cutânea extensa
3. Imunossupressão
4. Imunomodulador na gestação (6 meses)
5. Comunicante domiciliar bacilífero (profilaxia)

Efeitos adversos:
Úlcera > 1cm após 12 semanas
Abcesso SC
Linfadenopatia regional supurada

Conduta se efeito adverso:
Isoniazida até resolução do quadro

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85
Q

Imunizações:
Contraindicações para a Febre amarela (6)

A

Contraindicações:
1. < 6 meses
2. Amamentação em < 6 meses (suspensão por 10d)
3. Anafilaxia a ovo
4. Gestação
5. Doença do timo
6. Imunossupressão (HIV se CD4 < 200/15%)

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86
Q

Imunizações:
Contraindicações para a VORH/VOP (5)

A

Contraindicações:
1. Imunossupressos
2. Contactantes de imunossupressos
3. Hospitalizados
4. Invaginação intestinal prévia (VORH)
5. Malformação congênita de TGI não corrigida (VORH)

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87
Q

Diarreia:
Definição
Quando é considerada aguda?
Quais as principais complicações? (2)

A

Definição:
1. Evacuações de consistência diminuída (amolecidas, líquidas) >= 3 vezes/24 horas
2. Mudança no padrão habitual das evacuações em lactentes

Diarreia aguda: <= 14 dias
Quadro autolimitado, com resolução espontânea.
Principal causa é infecciosa.

Quais as principais complicações?
1. Desidratação: grande responsável pelos óbitos
2. Desnutrição: maior gravidade se desidratação e piora do prognóstico

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88
Q

Diarreia:
Quais os tipos? (2)
Quais os mecanismos do tipo AQUOSA? (3)

A

Quais os tipos?
AQUOSA: maioria
DISENTERIA: sangue, muco ou pús nas fezes

Quais os mecanismos do tipo AQUOSA?
1. Osmótica:
Soluto acumulado gera perda de líquido para TGI por osmose
Melhora com a dieta zero/jejum

  1. Secretor:
    Secreção ativa de eletrólitos pelos enterócitos. Secreção de água associada.
    Secundário a uma toxina produzida pelo agente causador.
    Mantém-se no jejum.
  2. Invasor:
    Processo inflamatório: invasão da mucosa intestinal por bactéria.
    Geralmente no IG - cólon.
    Menor absorção de água em região baixa.
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89
Q

Diarreia Aquosa Viral:
Principal agente
- Quais os seus mecanismos? (2)
Principal agente dos surtos

A

Principal agente:
Rotavírus
- Principal causa de casos graves em < 2 anos
- Associação com vômitos
Quais os seus mecanismos?
1. Mecanismo osmótico:
- achatamento vilositário > diminuição das dissacaridases > acúmulo de LACTOSE no TGI (soluto)
2. Mecanismo secretor:
- toxina faz enterócito secretar água e eletrólitos

Principal agente dos surtos epidêmicos:
Norovírus

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90
Q

Diarreia Aquosa Bacteriana:
Qual a principal causa?
- Quais seus tipos envolvidos? (2)
Qual a mais grave, quando ocorre?

A

Qual a principal?
E. coli

Quais seus tipos envolvidos?
1. E. coli enterotoxigênica
Diarreia aquosa tipo secretória
Principal causa da diarreia do viajante
2. E. coli enteropatogênica
Diarreia persistente (14-30 dias)
Maior risco de desnutrição

Qual a mais grave, quando ocorre?
Cólera
- Extremamente grave
- Óbito em poucas horas
- Fezes em água de arroz

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91
Q

Diarreia aquosa:
Protozoário mais relevante no Brasil

A

Giardia lamblia

Causador da Giardíase, que cursa com síndrome disabsortiva

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92
Q

Disenteria:
SHIGELLA:
Epidemiologia
Clínica
Tratamento

A

Epidemiologia:
Principal causa de desinteria no nosso meio

Clínica:
- Diarreia invasiva + sintomas sistêmicos
- Sintomas neurológicos (convulsão)
- Risco de Síndrome Hemolítico-Urêmica

Tratamento
ATB
- sinais sistêmicos são indicação de ATB justamente pelo risco de Shigellose

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93
Q

Disenteria:
Campylobacter:
Qual a sua principal complicação?

A

Qual a sua principal complicação?
Campylobacter é o principal causador de infecção suscedida por Síndrome de Guillan-Barré
- Paralisia flácida ascendente por lesão de 2° neurônio motor

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94
Q

Disenteria:
E. coli:
Quais são os dois tipos envolvidos?
Qual a principal complicação?

A

Quais são os dois tipos envolvidos?
A. Enteroinvasiva: mecanismo invasor.
- COM FEBRE
- Mais comum
B. Êntero-hemorrágica: mecanismo de lesão da parede.
- SEM FEBRE
- E. coli O157:H7 = Principal causa de SHU

Qual a principal complicação?
Síndrome Hemolítico Urêmica:
- NUNCA USAR ATB SE SUSPEITA, pois pode piorar o quadro

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95
Q

Disenteria:
Salmonella:
Qual o grande risco?
Quais pacientes são mais suscetíveis a quadros graves? (3)
- qual a conduta perante estes?

A

Qual o grande risco?
Pode gerar a bacteremia e sepse grave.

Quais pacientes são mais suscetíveis a quadros graves?
1. Hemoglobinopatia S
- risco de osteomielite
2. Imunodeprimidos
3. < 3 meses

  • qual a conduta perante estes?
    Sempre que um dos citados acima, solicitar corprocultura para buscar o diagnóstico e indicar o tratamento com ATB se confirmado.
96
Q

Disenteria:
Qual o protozoário mais associado?

A

Entamoeba histolytica
- causadora da amebíase

97
Q

Diarreia:
Quais os parâmetros para avaliação de gravidade? (4)
- Desidratação grave ou Grau III
- Desidratação moderada ou Grau II
Qual o parâmetro mais específico de desidratação?

A

Avaliação de gravidade depende de:
1. Condição geral
2. Sede
3. Olhos
4. Sinal da prega

Desidratação grave ou Grau III
1. Letárgica/torporosa (hipofluxo cerebral)
2. Incapaz de receber hidratação oral
3. Olhos fundos ou muito fundos
4. Sinal da prega desparece muito lentamente (> 2s)

Desidratação moderada ou Grau II
1. Condição: irritada
2. Sede: sedenta
3. Olhos: fundos
4. Sinal da prega: desaparece lentamente

Qual o parâmetro mais específico de desidratação?
- ponto de corte varia com a referência:
1. Grave: > 9% ou > 10%
2. Desidratação leve a moderada: 3-9% ou 5-10%
3. Sem desidratação: < 3% ou < 5%

98
Q

Diarreia:
PLANO A:
Para quem está indicado?
O que inclui? (5)
Quais as doses de Zinco?

A

Para quem está indicado?
Criança sem desidratação ou leve.
Busca evitar a desidratação.

O que inclui?
1. Aumentar a ingestão hídrica
2. Após cada evacuação diarreica:
Soro Caseiro (SC) ou Solução de Reidratação Oral (SRO)
3. Manter a dieta habitual saudável
4. Orientar sinais de gravidade
5. Zinco 10-14 dias:
pois, reduz a gravidade e o risco de recorrência
< 6 meses: 10 mg/dia
> 6 meses: 20 mg/dia

99
Q

Diarreia:
PLANO B:
Para quem está indicado?
O que inclui? (3)
Está indicado antiemético?
E se paciente for refratário ao Plano B?

A

Para quem está indicado?
Desidratação moderada.

O que inclui?
1. Terapia de Reidratação Oral (TRO) na Unidade de Saúde com SRO o quanto a criança aceitar
- objetivo: cerca de 75ml/kg ou 50-100 ml/kg em 4-6 horas)
2. Alimentação suspensa durante TRO, com exceção do Leite Materno
3. Reavaliação frequente:
- quando hidratada = alta e Plano A, obrigatoriamente com SRO

Está indicado antiemético?
Ministério da Saúde recomenda o uso de Ondansetrona para melhor aceitação da TRO, mas varia conforme referência.

E se paciente for refratário ao Plano B?
a. Leve: pode-se tentar a gastróclise
b. Grave: Plano C

100
Q

Diarreia:
PLANO C:
Para quem está indicado?
O que inclui? (3)
- Posologia - OMS
- Posologia - CDC (Nelson)

A

Para quem está indicado?
Desidratação GRAVE.

O que inclui?
1. Terapia de reidratação endovenosa
2. TRO assim que possível
3. Reavaliação após 3-6 horas, após hidratação endovenosa
- quando hidratada = alta e Plano A, obrigatoriamente com SRO

Posologia - OMS:
SF 0,9% - total: 100 ml/kg
> 1 ano = em 3 horas = 30 ml/kg em 30 minutos + 70 ml/kg em 2h30min
< 1 ano = em 6 horas = 30 ml/kg em 60 minutos + 70 ml/kg em 05 horas

Posologia - CDC (Nelson):
20 ml/kg o mais rápido possível

101
Q

Diarreia:
Terapia de Reposição Oral:
Por que utilizamos soluções glicossalinas?
Quais são as duas opções?

A

Por que utilizamos soluções de hidratação glicossalinas orais?
Transportador preservado para absorção de água é aquele que absorve Na + Glicose

Quais são as duas opções?
1. Soro caseiro: 1 copo de água limpa + colher medida (1 colher de sal e 2 de açúcar) ou mão (1 pitada de sal + 1 punhado de açúcar)
2. Solução de reidratação oral (SRO): obrigatório se a criança já estiver desidratada
- Recomendar a de Osmolaridade reduzida: 75 mEq/L de sódio (desde 2002 - OMS)

102
Q

Diarreia:
Está recomendado o uso de Racecadotrila?
Está recomendada restrição da lactose?

A

Está recomendado o uso de Racecadotrila?
SBP usa, MS não fala nada sobre.

Está recomendada restrição da lactose?
Avaliar redução da lactose se suspeita de Diarreia por Rotavírus, pois ele gera atrofia de vilosidades e menor produção de dissacaridases.
Recuperação é lenta, podendo a criança manter diarreia persistente por excesso de lactose e soluto na luz do TGI.

103
Q

Diarreia:
Indicações de ATB (3)
Quais as principais opções?
- se < 3 meses ou imunossupresso
- se 3 meses - 10 anos
- se > 10 anos (> 30kg)
Por que não tratar todos os casos?

A

Indicações de ATB:
1. Shigellose (desinteria + comprometimento de estado geral)
2. Salmonella (confirmada em Coprocultura)
3. Cólera

Quais as principais opções?
< 3 meses ou imunossupresso: Ceftriaxone
3 meses - 10 anos: Azitromicina
> 10 anos (> 30kg): Ciprofloxacino

Por que não tratar todos os casos?
Tratamento aumenta risco de SHU
- não tratar qualquer diarreia, apenas se indicação

104
Q

Carência de Micronutrientes:
Vitamina A (Retinol)
Clínica (4)
Posso prescrever exógena para gestante?

A
  1. Xeroftalmia: mais precoce
  2. Úlceras na córnea
  3. Nictalopia
  4. Manchas de Bitot (na conjuntiva)

Posso prescrever exógena para gestante?
Não, Vitamina A é teratogênica

105
Q

Carência de Micronutrientes:
Vitamina D (Calciferol)
Fontes (2)
Raquitismo (4) x Osteomalácia
Alterações laboratoriais (4)
Tratamento

A

Fontes:
1. Síntese cutânea (90%)
2. Alimentar

Clínica:
1. Raquitismo em crianças
- Craniotabes (bola de pingue-pongue)
- Rosário raquítico
- Sulco de Harrison
- Alargamento de punhos e tornozelos
2. Osteomalácia em adultos

Alterações laboratoriais:
1. Aumento de PTH
2. Redução de fósforo sérico
3. Cálcio sérico normal ou baixo
4. Aumento da FA

Tratamento:
Suplementação de vitD + cálcio + fósforo

106
Q

Vitamina D (Calciferol):
Quando está indicada a suplementação?
Como fazer a prevenção da deficiência nos primeiros dois anos de vida?

A

Quando está indicada a suplementação?
1. Se deficiência
2. De rotina em crianças de até 2 anos

Como fazer a prevenção da deficiência nos primeiros dois anos de vida?
- Entre 1 semana até 1 ano: 400 UI/dia
- Entre 1 e 2 anos: 600 UI/dia

107
Q

Carência de Micronutrientes:
Vitamina K:
Função
Qual a consequência se deficiência em RN?
- Qual a história clássica em prova?
Tratamento
Prevenção

A

Função: síntese de fatores de coagulação II, VII, IX e X

Qual a consequência se deficiência em RN?
Doença hemorrágica do RN

Qual a história clássica em prova?
Parto domiciliar / sem acompanhamento médico
Sangramento pelo coto umbilical

Tratamento:
Vitamina K IM ou EV
- se sangramento: plasma fresco ou reposição dos fatores de coagulação

Prevenção:
Vitamina K IM ou VO para todo RN de rotina
Logo após ao nascimento

108
Q

Doença hemorrágica do RN:
Forma precoce
Forma clássica
Forma tardia

A

a. Precoce:
Hemorragia nas primeiras horas de vida
- uso de medicamentos maternos (anticonvulsivantes)

b. Clássica:
Hemorragia entre 2-7° dia de vida
- ausência de reposição VO ou IM recomendada a todo RN de rotina após o parto

c. Tardia:
Hemorragia após 7 dias de vida
- doenças disabsortivas

109
Q

Carência de Micronutrientes:
Vitamina C (ácido ascórbico):
Qual a doença característica?
Clínica (4)

A

Qual a doença característica?
Escorbuto

Clínica:
1. Dor em MMII (posição de rã - antálgica)
2. Hemorragia gengival e cutânea
3. Petéquias perifoliculares
4. Rosário escorbútico

110
Q

Carência de Micronutrientes:
Vitamina B1 (tiamina):
Qual a doença característica?
Quais seus dois tipos?
Qual a forma clássica no alcoolista?

A

Qual a doença característica?
Beribéri

Quais seus dois tipos?
- seco: manifestações neurológicas
- molhado: IC, IR, edema e cardiomegalia

Qual a forma clássica no alcoolista?
Encefalopatia de Wernicke
- ataxia e convulsão

111
Q

Carência de Micronutrientes:
Quais as condições clássicas, se deficiência de:
Vitamina B3 (niacina)
Vitamina B6 (piridoxina)
Zinco

A

Vitamina B3 (niacina)
Pelagra, doenças dos 3 D’s:
- Dermatite + Diarreia + Demência

Vitamina B6 (piridoxina)
Convulsão neonatal refratária ao tratamento clínico

Zinco:
Hipogeusia, hiposmia e queda de cabelo além de lesões vesicobolhosas ou psoriasiformes simetricamente distribuídas e acometimento perioral

112
Q

Refluxo gastroesofágico em lactentes:
Por que ocorre? (3)
Quando inicia?
Quando melhora?

A

Por que ocorre?
1. Imaturidade do esfíncter gastroesofágico
2. Dieta líquida
3. Posição horizontal

Quando inicia?
3 semanas à 12 meses | 1 a 4 meses
- dependendo da referência

Quando melhora?
Começa a melhorar aos 6 meses e desaparece, na maioria dos casos, aos dois anos

113
Q

Avaliação do crescimento pelo MS:
Escore Z vs. Percentil

A

Escore Z x Percentil
+ 3 = 99,9%
+ 2 = 97%
+ 1 = 85%
0 = 50%
-1 = 15%
-2 = 3%
-3= 0,1%

114
Q

Avaliação do crescimento pelo MS:
Curvas SUPERIORES avaliadas:
Como fazer o diagnóstico de peso elevado?
Como fazer o diagnóstico de obesidade em 0-5 anos?
Como fazer o diagnóstico de obesidade em 5-19 anos?

A

Como fazer o diagnóstico de peso elevado?
Curva de Peso / idade:
- peso elevado: EZ > 2

Como fazer o diagnóstico de obesidade em 0-5 anos?
Curvas de IMC / idade ou Peso / estatura 0-5 anos
- obesidade: EZ > 3
- sobrepeso: EZ > 2
- risco de sobrepeso: EZ > 1

Como fazer o diagnóstico de obesidade em 5-19 anos?
- obesidade grave: EZ > 3
- obesidade: EZ > 2
- sobrepeso: EZ > 1

115
Q

Avaliação do crescimento pelo MS:
Curvas INFERIORES avaliadas:
Como fazer diagnóstico de baixo peso / muito baixo peso?
Como fazer o diagnóstico de baixa estatura / muito baixa estatura?

A

Como fazer diagnóstico de baixo peso / muito baixo peso?
Curva de Peso / idade
- baixo peso: EZ < - 2
- Muito baixo peso: EZ < -3

Como fazer o diagnóstico de baixa estatura / muito baixa estatura?
Curva de Estatura / idade
- baixa estatura: EZ < - 2
- Muito baixa estatura: EZ < -3

116
Q

Avaliação do crescimento pelo MS:
Curvas INFERIORES avaliadas:
Como fazer o diagnóstico de magreza / desnutrição?

A

Curva de IMC / idade ou Peso / estatura
- Magreza: EZ < - 2
- Magreza acentuada (desnutrição grave): EZ < - 3

OBS: PACIENTE COM EDEMA = DESNUTRIÇÃO GRAVE

117
Q

Como diferenciar Desnutrição aguda de Desnutrição crônica?
E se desnutrição pregressa já corrigida?

A

Como diferenciar Desnutrição aguda de Desnutrição crônica?
- Desnutrição aguda: baixo peso
- Desnutrição crônica: baixo peso + baixa estatura

E se desnutrição pregressa já corrigida?
Baixa estatura, com peso normal

118
Q

Crescimento:
Ganho de PESO:
Como esperamos no primeiro ano de vida?

A

Prmeiro ano de vida:
- RN: perda de até 10% do peso e recuperação até 10 dias de vida
- 1° trimestre: 700 g / mês
- 2° trimestre: 600 g / mês
- 3° trimestre: 500 g / mês
- 4° trimestre: 400 g / mês

O peso, portanto,
. duplica com 4-5 meses
. triplica com 1 ano

119
Q

Crescimento:
Ganho de ESTATURA:
Primeiro ano de vida
Segundo ano de vida
Pré-escolar
Escolar

A

Primeiro ano de vida:
25 cm no primeiro ano de vida
- 1° semestre: 15 cm
- 2° semestre: 10 cm

Segundo ano de vida:
12 cm/ano

Pré-escolar:
7-8 cm/ano

Escolar:
6-7 cm/ano

120
Q

Crescimento:
Ganho de:
PERÍMETRO CEFÁLICO:
O que esperamos no primeiro ano de vida?

A

12 cm no primeiro ano de vida
- 1° trimestre: 2 cm/mês
- 2° trimestre: 1 cm/mês
- 2° semestre: 0,5 cm/mês

121
Q

Desnutrição grave:
MARASMO:
Etiologia e fisiopatologia
Clínica (5)

A

Etiologia: deficiência global de energia e proteínas.
Quadro mais insidioso.
Consumo de todas as reservas energéticas.

Clínica:
1. Ausência de edema
2. Ausência de tecido adiposo
3. Fáscies senil ou simiesca
4. Hipotrofia muscular e hipotonia
5. Ausência de alterações de cabelo ou pele

122
Q

Desnutrição grave:
KWASHIORKOR:
Etiologia
Clínica (6)
Por que ocorre edema? (2)

A

Etiologia:
Deficiência proteica
Ingestão energética normal (rica em carboidratos)
(pós suspensão de aleitamento materno)

Clínica:
1. EDEMA de extremidades
2. Anasarca
3. Subcutâneo preservado
4. Hepatomegalia (esteatose hepática)
5. Alterações de cabelo: sinal da Bandeira
6. Alterações de pele: lesões hipercrômicas e espessas + descamação e áreas descobertas: padrão de pedra de calçamento

Por que ocorre edema?
HIPOALBUMINEMIA
Maior permeabilidade vascular (reação inflamatória)

123
Q

Desnutrição grave:
Tratamento:
Fase de estabilização (7 dias)
Qual o objetivo?
Quais os passos? (6)

A

Qual o objetivo?
Evitar a morte

Quais os passos?
a. Prevenção de hipotermia: aquecer ou manter aquecida

b. Prevenção de hipoglicemia: alimentação VO
2-2 horas ou SNG se não tolerar com dieta HABITUAL

c. Prevenção da desidratação:
Hidratação oral (disfunção miocárdica).
Hidratação venosa apenas se franco sinal de choque.

d. Prevenção de distúrbios eletrolíticos:
- reposição de potássio e magnésio
- não repor sódio: preso no intracelular

e. Prevenção de infecções: ATB
Sem complicações: amoxicilina
Com complicações: ampicilina + gentamicina
- sempre presumir que a criança está infectada

f. Suplementação de micronutrientes
- exceção do ferro: aumenta estresse oxidativo

124
Q

Desnutrição grave:
Tratamento:
Por que não iniciamos dieta hipercalórica já na fase de estabilização?

A

Pelo risco da síndrome da realimentação, quepode cursar com HIPOFOSFATEMIA importante.

125
Q

Desnutrição grave:
Tratamento:
Fase de Reabilitação
- marco inicial | duração | conduta (2)
Fase de Follow up

A

Fase de Reabilitação (2 à 6 semanas)
Marco inicial: retorno do apetite
1. Dieta hipercalórica e hiperproteica (catch-up)
2. Suplementação de ferro

Fase de Follow-up
Fase de pesagem semanal em atendimento ambulatorial

126
Q

Como avaliar o crescimento? (4)
- Velocidade de crescimento
- Alvo genético
- Idade óssea

A
  1. Avaliar estatura atual
  2. Avaliar velocidade do crescimento
    - marcador mais sensível
    - escolar (mais cai em prova): < 5 cm/ano - anormal
    normal: variante normal do crescimento
    anormal: condições mórbidas
  3. Avaliar alvo-genético
    - homem: pai + mãe + 13 / 2
    Baixa Estatura: 1,63
    - mulher: pai + mãe - 13 / 2
    Baixa Estatura: 1,51
  4. Idade óssea: maturação endócrina
    - radiografia de mão e punho esquerdo
    - consideramos atrasada quando abaixo de 2 desvios-padrão
    - na prova: atraso sempre que > 2 anos
127
Q

Baixa estatura:
Variantes normais de crescimento:
Quais são? (2)
Como está a velocidade de crescimento?
Como está a idade óssea?
E a altura dos pais?

A

Variantes normais do crescimento:
1. Baixa estatura familiar
- Velocidade de crescimento normal
- Idade Óssea = Idade Cronológica
- Pais baixos

  1. Atraso constitucional do crescimento e da puberdade
    (cresce mais devagar e por mais tempo)
    - Velocidade de crescimento normal
    - IO < IC
    - Pais com altura normal
128
Q

Baixa estatura:
Qual a sua principal marca?
Quais são elas? (3)
- quais as principais endocrinopatias? (3)
- quais as principais doenças genéticas? (2)

A

Qual a sua principal marca?
Velocidade de crescimento anormal

Quais são elas?
1. Desnutrição
. IMC de emagrecido
- pode ser primária ou secundária (D. celíaca)

  1. Doenças endócrinas:
    . IMC de bem nutrido ou obeso
    a. Hipotireoidismo: mais frequente
    b. Deficiência de GH
    c. Hipercortisolismo
  2. Doenças genéticas:
    . alterações fenotípicas
    a. Displasias ósseas
    - Acondroplasia
    b. Síndromes cromossomiais
    - Síndrome de Turner (45 X0)
129
Q

Acondroplasia:
Por que ocorre?
Pelo que se caracteriza?

A

Por que ocorre?
Por um distúrbio no crescimento dos ossos longos.

Pelo que se caracteriza?
Tronco e cabeça de tamanho normais e membros curtos.

130
Q

Obesidade:
Diagnóstico MS:
- 0-5 anos e 5-19 anos
Diagnóstico CDC

A

Diagnóstico pelo MS:
0-5 anos:
EZ > 3 = obesidade
EZ > 2 = sobrepeso (preocupação é ser FR para obesidade)
EZ > 1 = risco de sobrepeso
5-19 anos:
EZ > 3 = obesidade grave
EZ > 2 = obesidade
EZ > 1 = sobrepeso

Diagnóstico pelo CDC:
Só pode ser utilizada em > 2 anos
Utiliza percentil do IMC
IMC >= 95 = obesidade
IMC entre p85 e p94 = sobrepeso

131
Q

Obesidade na pediatria:
Avaliação complementar obrigatória (6)
Comorbidades principais (5)

A

Avaliação complementar obrigatória:
Triglicerídeos
Colesterol total
LDL
HDL
Glicemia
ALT

Comorbidades principais:
HAS
Dislipidemia
DM / resistência insulínica
Síndrome metabólica
Esteatose hepática

132
Q

Síndrome Metabólica na Infância:
A partir de que idade posso fazer o diagnóstico?
Como faço o diagnóstico?
Como fazer a medida da circunferência abdominal?

A

A partir de que idade posso fazer o diagnóstico?
- Crianças < 10 anos: não deveria ser feito
- Crianças 10- 16 anos:

Como faço o diagnóstico?
Circunferência abdominal >= p90 e 2 ou mais dos seguintes:
a. Triglicerídeos >= 150
b. HDL < 40
c. PAS >= 130x85 mmHg
d. Glicemia de jejum >= 100 ou DM2

Como fazer a medida da circunferência abdominal?
- CAIU NO HCPA:
1. Pés paralelos e separados entre si (25-30 cm)
2. Ponto médio entre borda inferior da última costela e crista ilíaca superior
3. Ao final de uma expiração normal

133
Q

Obesidade na pediatria:
Tratamento:
Quais as 3 principais medidas?
Quais os objetivos?

A

Tratamento:
1. Planejamento alimentar
2. Atividade física: 1 h/dia - lúdica
3. Redução da atividade sedentária: telas
> 2 anos: 2 horas/dia
< 2 anos: zero

Quais os objetivos do tratamento?
< 7 anos e sem comorbidades:
- manutenção do peso e ganho de altura
> 7 anos e/ou comorbidades:
- redução do peso

134
Q

Hipertensão em < 13 anos:
Como podem ser classificada as pressões? (4)
Quando iniciam as medidas de PA?
Quantas medidas alteradas são necessárias para o diagnóstico?

A

Como podem ser classificada as pressões?
1. Normotenso:
PA < percentil 90
2. Pressão arterial elevada:
PA > que percentil 90 e < que 95
ou
PA >= 120x80 mmHg e < 130x80 mmHg
3. Hipertensão Grau I:
PA > percentil 95 e < percentil 95 + 12 mmHg
ou
PA 130-139 x 80-89 mmHg
4. Hipertensão Grau II:
PA > percentil 95 + 12 mmHg
ou
PA >= 140x90 mmHg

Quando iniciam as medidas de PA?
TODOS: >= 3 anos
< 3 anos:
História de eventos neonatais ou outras doenças sistêmicas que podem se associar à HAS

Quantas medidas alteradas são necessárias para o diagnóstico?
3

135
Q

Hipertensão em > 13 anos:
Como podem ser classificada as pressões? (4)
Quantas medidas alteradas são necessárias para o diagnóstico?

A

Como podem ser classificada as pressões?
1. Normotenso
PA < 120x 80 mmHg
2. Pressão arterial elevada:
PA entre 120-129 x < 80 mmHg
3. Hipertensão Grau I:
PA 130-139 x 80-89 mmHg
4. Hipertensão Grau II:
PA >= 140 x 90 mmHg

Quantas medidas alteradas são necessárias para o diagnóstico?
3

136
Q

ITU na Pediatria:
Fatores de risco (6)
Qual exame não deve ser solictado?
Diagnóstico

A

Fatores de risco:
1. Sexo masculino < 1 ano (não circuncisado)
2. Sexo feminino >= 1 ano (10:1)
3. Refluxo vesicoureteral
4. Disfunção vesical
5. Obstrução urinária
6. Constipação

Diagnóstico:
- Depende da Urocultura:
1. Jato médio: >= 100.000 UFC/ml
2. Cateterismo: >= 50.000 UFC/ml
3. Punção suprapúbica (padrão-ouro): qualquer colonização ou >= 50.000 em algumas referências

Qual exame não deve ser solictado?
Saco coletor:
- não dá diagnóstico confiável de ITU
- melhor para exclusão de diagnóstico

137
Q

ITU na Pediatria:
Tratamento:
ITU afebril (cistite) (3)
ITU febril (pielonefrite)
- ambulatorial (3)
- hospitalar (2)

A
  • ITU afebril (cistite): 3-5 dias
    Nitrofurantoína
    Bactrim
    Cefalexina
  • ITU febril (pielonefrite): 7-14 dias
    a. Ambulatorial:
    Amoxi-clav
    Ciprofloxacino
    Cefuroxima

b. Hospitalar (casos graves, < 3 meses):
Ceftriaxone
Ampi + Genta

138
Q

ITU na Pediatria:
Agentes etiológicos e particularidades (7)

A
  1. E. coli
    > 90% dos casos no sexo feminino
  2. Proteus
    Sexo masculino / nefrolitíase por Estruvita
  3. Klebsiella
    Segunda mais comum no sexo feminino
  4. Pseudomonas
    Manipulação uretral
  5. Enterococos
    Gram + mais comum no sexo masculino
  6. S. saprophyticus
  7. Adenovírus
    Cistite hemorrágica e urocultura negativa
139
Q

ITU FEBRIL na Pediatria:
Avaliação complementar com exames de imagem:
Qual exame pedir conforme indicação?
Quando está indicada profilaxia com ATB?

A

Indicações:
1. Primeira ITU febril na infância:
a. USG de vias urinárias
- se alterada:
b. Uretrocistografia miccional
2. Se dois episódios de pielonefrite na infância:
a. Uretrocistografia miccional

Quando está indicada profilaxia com ATB?
- < 2 anos: profilaxia até realização de investigação
- >= 2 anos: sem profilaxia, mas fazer investigação

140
Q

ITU FEBRIL na Pediatria:
Avaliação complementar com exames de imagem:
USG de vias urinárias
Uretrocistografia miccional
Cintilografia renal com DMSA

A
  1. USG de vias urinárias:
    - boa para avaliar fatores de risco
  2. Uretrocistografia miccional:
    - melhor para diagnóstico e classificação do refluxo vesicoureteral
    -pedir urinocultura antes, pela manipulação do trato
  3. Cintilografia renal com DMSA:
    - boa para avaliar morfologia do parênquima renal
    - avaliação de cicatrizes / fibrose
141
Q

Refluxo vesicoureteral:
Qual a importância?
Quais os tipos? (2)
Qual o prognóstico?
Quando está indicada profilaxia com ATB?
Qual o melhor exame para diagnóstico?

A

Qual a importância?
Um dos principais fatores de risco para ITU na pediatria

Quais os tipos?
Primário (mais comum): inserção anômala do ureter
Secundário: a aumento de pressão intravesical

Qual o prognóstico?
Resolução espontânea até os 5 anos na maioria dos casos

Quando está indicada profilaxia com ATB?
Quimioprofilaxia ITU para grau >= 3

Qual o melhor exame para diagnóstico?
Uretrocistografia miccional

142
Q

Válvula de uretra posterior:
Definição
Achados intrauterinos (2)
Qua o sinal à avaliação por imagem?
Qual a conduta?

A

Definição:
Malformação congênita exclusiva do sexo masculino

Achados intrauterinos:
Hidronefrose fetal bilateral + distensão vesical

Qua o sinal à avaliação por imagem?
Sinal da fechadura (uretra prostática dilatada)

Qual a conduta?
Tratamento cirúrgco
- Manter sonda até resolução da obstrução

143
Q

ITU na Pediatria:
Qual o tratamento profilático? (4)
E o Ácido Nalidíxico?

A

Qual o tratamento profilático?
1. Nitrofurantoína
2. Bactrim
3. Cefalexina
- cefadroxila em substituição, com melhor aceitação

E o Ácido Nalidíxico?
Pode ser usado como tratamento, mas não como profilaxia

144
Q

Suplementação de Ferro:
Prevenção de Anemia Ferropriva na infância:
Parâmetros avaliados
Dose e tempo para cada RN
E crianças alimentadas por fórmula?

A

Parâmetros avaliados:
IG > 37 semanas
PN > 2,5 kg

Se sim:
1. Com fator de risco: suplementação dos 3 meses aos dois anos.
2. Sem fator de risco: suplementação dos 6 meses aos dois anos.
Dose = 1 mg/kg/dia de FE

Se não (prematuro ou baixo peso):
Utilizado dos 30 dias aos 2 anos.
- No primeiro ano de vida a dose depende
a. < 1000g = 4
b. < 1500g = 3
c. < 2500g = 2
d. >= 2500g e < 37 semanas: 2
- Segundo ano de vida:
1 mg/kg/dia de FE

Suplementação com fórmula:
A partir de 500ml por dia não é necessária a suplementação de Ferro

145
Q

Suplementação de Ferro:
Prevenção de Anemia Ferropriva na infância:
Recomendação mais recente do MS para:
> 37 semanas e PN > 2500g

A

> 37 semanas e PN > 2500g:
Ciclos trimestrais de suplementação
Aos 6 e aos 12 meses
10-12,5 mg/dia de FE

146
Q

Puberdade:
Qual a definição?
Quando ocorre?

A

Qual a definição?Puberdade envolve:
- Gonadarca
- Adrenarca
1. Caracteres sexuais secundários.
2. Desenvolvimento da função reprodutora.
3. Aceleração do crescimento.

Quando ocorre?
Ocorre dos 8-13 anos em meninas e 9-14 anos em meninos.

147
Q

Puberdade:
Estadiamento de Tanner em MENINOS

A

G1: pré-puberal
G2: Testículo >= 4ml (Pradder willi)
G3: Pênis cresce em comprimento
G4: Pênis em diâmetro e glande + pico de crescimento (9-10cm/ano)
G5: Pênis do adulto

P1: pré-puberal
P2: base do pênis
P3: sínfise púbica
P4: quase adulto
P5: raiz das coxas
P6: ascende em direção à cicatriz umbilical

148
Q

Puberdade:
Estadiamento de Tanner em MENINAS

A

M1: pré-puberal
M2: TELARCA (gonadarca) - broto tem que palpar
M3: Pico de crescimento (8-9 cm/ano) e mama visível
M4: MENARCA e sinal do duplo contorno
M5: Mama adulta

P1: pré-puberal
P2: PUBARCA (adrenarca) - medial grandes lábios
P3: Chega à sínfise púbica
P4: quase adulto
P5: adulto - raiz das coxas

149
Q

Puberdade Precoce:
Definição
Etiologias Central(2) vs. Periférica (3)
O que pode incluir a investigação? (6)

A

Definição:
Sinais puberais + aceleração do crescimento
Meninas < 8 anos | Meninos < 9 anos

Etiologias:
Central / verdadeira: GnRH dependente | isossexual
1. Idiopática (90% em meninas)
2. Alterações do SNC (> 50% em meninos):
- Hamartoma hipotalâmico (produz GnRH)
- Neoplasias

Periférica / pseudopuberdade: GnRH independente
Iso ou heterossexual
1.Tumores gonadais
2. Cistos ovarianos
3. Tumor adrenal | HAC

O que pode incluir a investigação?
1. Raio X de mão e punho: IO > IC
2. LH
3. Androgênios adrenais | 17-OH- progesterona
4. RNM de hipotálamo-hipófise (PPC)
5. USG pélvica (PPP em meninas)
6. USG adrenal (tumor adrenal)

150
Q

Aleitamento materno:
Exclusivo
Predominante
Complementado
Misto ou parcial

A

Exclusivo:
- somente leite materno ou leite humano de outra fonte

Predominante:
- LM + água ou bebidas a base de água
- nunca é recomendado

Complementado:
- após os 6 meses
- leite materno e alimentos sólidos ou semissólidos

Misto ou parcial:
- LM + fórmula ou leite de vaca

151
Q

Aleitamento materno:
Como fazer o armazenamento? (2)
O que fazer se impossibilidade de Leite Materno?

A

LHO = leite humano ordenhado.
Armazenamento:
1. Geladeira: 12 horas
2. Freezer: 15 dias

Se impossibilidade de Leite Materno:
Fórmula infantil
Quando inevitável: leite de vaca:
< 4 meses: diluído com óleo
>= 4 meses: não diluído

152
Q

Aleitamento Materno:
Composição Leite Materno x Vaca:
- 10 componentes essenciais e sua importância

A

Leite Materno:
1. 3 x menos proteína:
- menor sobrecarga renal

  1. Menor percentual de caseína:
    - maior digestibilidade
  2. Alfa-Lactoalbumina:
    - menos alergênica
    - leite de vaca: beta-lactoglobulina
  3. Menos eletrólitos:
    - menor sobrecarga renal
  4. Mais lactose:
    - fezes amolecidas/semilíquidas
  5. Altos níveis de colesterol:
    - bom metabolizador de colesterol
    - maiores níveis de gordura
  6. LC-PUFA = ARA e DHA presentes.
    - necessários para formação da retina e mielinização do SNC
  7. Lactoferrina:
    - aumentando a BIODISPONIBILIDADE de Ferro
    - ação bacteriostática
  8. Imunoglobulinas, como IgA secretória ambiente específica
  9. Fator bífido e oligossacarídeo:
    - prebióticos
    - alimento para bactéria saprófitas
153
Q

Aleitamento Materno:
Colostro:
Quando está presente?
Pelo que é composto?
Quais as principais características?

A

Quando está presente?
Apojadura até o 3-5° dia.

Pelo que é composto?
Composto por plasma materno (transudação).

Quais as principais características?
Tem mais eletrólitos,
mais proteínas (imunoglobulinas) e
maior quantidade de Vitamina A.

154
Q

Aleitamento Materno:
Frações do leite ao longo da mamada (2)
Qual a principal diferença entre elas?

A

Frações do leite ao longo da mamada:
- anterior
- posterior: maior concentração de gordura e maior aporte calórico ao lactente

POR ISSO É IMPORTANTE TERMINAR A MAMADA NA MESMA MAMA.

155
Q

Aleitamento Materno:
Contraindicações absolutas maternas (2)
Contraindicações relativas maternas (2)

A

Absolutas maternas:
1. HIV
2. HTLV (vírus linfotrópico da célula humana)

Relativas maternas:
1. Herpes simples com lesões em mamas
2. CMV = CI se RN nasceu com < 30 semanas

156
Q

Aleitamento Materno:
Contraindicação absoluta do lactente
Contraindicação relativa do lactente
- qual a dose de fenilalanina diária recomendada se Fenilcetonúria?

A

Absolutas RN:
GALACTOSEMIA
Erro inato do metabolismo da galactose.
Fórmulas sem lactose a base de soja.

Relativas RN:
FENILCETONÚRIA
LM em pouca quantidade + fórmula sem fenilananina.
Dose de fenilananina diária recomendada: 40-70 mg/kg/dia.

157
Q

Aleitamento Materno:
Medicações de CI absoluta (5)

A
  1. AMIODARONA
  2. Antineoplásico ou imunossupressores no geral
  3. Radiofármacos
  4. Linezolida
  5. Ganciclovir
158
Q

Síndrome dos mamilos curtos:
Definição
Qual a conduta?
E o preparo das mamas?
Há indicação de rotina dos bicos de silicone?

A

Definição:
Distúrbio que pode gerar dificuldade na amamentação e lactação.

Qual a conduta?
Manutenção de aleitamento materno em livre demanada
Correção de técnica

E o preparo das mamas?
Era feito com exercícios para aumento dos mamilos durante a gestação
Não é mais recomendado
- baixa efetividade
- risco de parto prematuro

Há indicação de rotina dos bicos de silicone?
Não

159
Q

12 passos para uma alimentação saudável criança - MS:
Quais são?
E o sal na dieta da criança?

A
  1. Amamentação >= 2 anos
    Exclusivo <= 6 meses
  2. Alimentos in natura ou minimamente processados
  3. Água
  4. Comida amassada no início
  5. Zero açúcar até os 2 anos de idade
  6. Não oferecer ultraprocessados
  7. Cozinhar a mesma comida para criança e família
  8. Zelar por um momento bom na alimentação
  9. Sinais e fome e conversar com a criança durante a refeição
  10. Cuidado com higiene
  11. Alimentação saudável também fora de casa
  12. Proteger da publicidade

E o sal na dieta da criança?
- SBP orienta que não seja acrescido < 12 meses
- MS diz que seja em quantidade mínima

160
Q

Transtorno do Espectro Autista:
Epidemiologia
Critérios diagnósticos
Triagem: como e quando?
- Quando orientar avaliação especializada?
Quando fazemos o diagnóstico?

A

Epidemiologia: 1Mulher:4Homens

Critérios diagnósticos:
1. Déficit persistente na comunicação e interação social (todos):
- Reciprocidade socioemocional
- Comportamento comunicativo não verbal
- Desenvolvimento, manutenção e compreensão de relacionamentos
2. Comportamentos e/ou interesses repetitivos ou restritos (>= 2):
- Movimentos, uso de objetos ou fala estereotipados / repetitivos
- Insistência / adesão em rotinas
- Interesses fixos anormais
- Hipo ou Hiperreatividade a estímulos sensoriais

Triagem:
Questionário M-CHAT R/F entre 18-24 meses
- Quando orientar avaliação especializada?
Quando pontuação de 8-20

Quando fazemos o diagnóstico?
Momento ideal para diagnóstico: 3 anos
Podemos fazer diagnóstico: 18 meses

161
Q

TDAH:
Clínica
O que é obrigatório para o diagnóstico? (2)
Qual o tratamento? (2)

A

Clínica:
1. Sintomas de desatenção e/ou
2. Sintomas de hiperatividade-impulsividade

Obrigatório para diagnóstico:
1. Sintomas devem estar presentes em >= 2 contextos
2. Prejudicam a qualidade do funcionamento social, acadêmico ou ocupacional

Tratamento:
1. Intervenções comportamentais
2. Metilfenidato (psicoestimulante)
- agonista dopaminérgico e noradranérgico

162
Q

TDAH:
Qual a principal forma de tratamento?
Quais os fatores relacionados ao nascimento mais comuns? (5)

A

Qual a principal forma de tratamento?
Agonistas NORAdrenérgicos e DOPAminérgicos
(Metilfenidato)

Quais os fatores relacionados ao nascimento mais comuns?
1. Nicotina e álcool
2. Baixo peso e prematuridade
3. Infecções congênitas / estresse materno
4. Hipóxia neonatal
5. Obesidade durante a gestação

163
Q

Enurese noturna:
Definição
Clínica (frequência, duração e idade)
Primária vs. Secundária

A

Definição: parassonia (distúrbio indesejável durante o sono)

Clínica:
Perda involuntária de urina
>= 2 noites na semana
>= 3 meses
>= 5 anos de idade

Primária: paciente nunca foi seco.
Secundária: paciente foi seco por >= 6 meses e retornou.

164
Q

Neurofibromatose:
Definição
Clínica clássica em prova (7)

A

(CAI NO HCPA)

Definição:
Síndrome genética autossômica dominante, que cursa com:
- Crescimento tumoral de nervos
- Alterações de pele
- Anormalidades ósseas

Clínica clássica em prova:
1. Manchas café com leite
2. Dificuldade de aprendizagem
3. Distúrbios comportamentais
4. Nódulos de Lisch na íris
5. Escoliose
6. Puberdade precoce
7. Hamartomas

165
Q

Sopro de Still:
Epidemiologia
Características (4)
Há tendência à diminuição se … (2)
Onde é melhor auscultado? (2)

A

Epidemiologia:
Tipo mais frequente de sopro na infância
Principalmente entre 3-7 anos de idade

Características:
1. Intensidade baixa
2. Sempre na sístole (início)
3. Vibratório
4. Sem frêmitos / estalidos associados

Há tendência à diminuição se
1. Em posição ortostática ou sentada
2. Se pressão no esteto

Onde é melhor auscultado?
1. Borda esternal esquerda média e inferior (sem irradiação para o ápice)
2. Entre a borda esternal baixa e o apêndice xifoide na posição supina

166
Q

Sopro na infância:
Quais os sinais de alerta? (5)

A
  • sinais que falam contra Sopro de Still (benigno) e à favor de cardiopatias:
  1. Pansistólicos
  2. Diastólicos isolados ou contínuos
  3. Sopros graus III ou mais
  4. Sopros rudes
  5. Sopros associados com B2 anormal ou cliques
167
Q

Febre:
Definição
Quando tratar com antipirético? (3)
Prevenção da crise febril?
Febre sem sinais de localização - definição
Febre de origem indeterminada - definição

A

Definição:
Temperatura axilar > 37,2-37,3°C
(ou > 37,8°C - último tratado de pediatria da SBP)

Quando tratar com antipirético?
1. Comorbidades que podem descompensar (pneumopatia, cardiopatia)
2. Incômodo ou comprometimento de estado geral
3. Temperaturas mais altas
a. 38°C
b. 39°C (tratado brasileiro de pediatria)

O tratamento da febre com antipiréticos NÃO é capaz de prevenir a crise febril, pois ocorrem nas VARIAÇÕES de temperatura.

Febre sem sinais de localização:
Febre com até 7 dias sem causa evidente após anamnese e exame físico

Febre de origem indeterminada:
Febre > 3 semanas sem esclarecimento diagnóstico após avaliação complementar

168
Q

Febre sem sinais de localização:
Quais as possíveis etiologias? (3)
Bacteremia é sempre sinal de mau prognóstico?
Qual a primeira conduta?

A

Quais as possíveis etiologias?
1. Doença infecciosa autolimitada
2. Fase prodrômica de uma doença sistêmica
3. Infecção bacteriana grave (atraso no diagnóstico pode acarretar em pior prognóstico)
a. Bacteremia (hemocultura +)
b. ITU
c. Pneumonia oculta
d. Artrite séptica, Meningite, etc

Bacteremia é sempre sinal de mau prognóstico?
Não, paciente pode evoluir:
a. resolução espontânea
b. infecção grave

Qual a primeira conduta?
Avaliar se há comprometimento do estado geral
1. Se toxemia:
Internação + Exames + ATB empírico
2. Se bom estado geral:
Varia conforme a idade do paciente

169
Q

Febre sem sinais de localização:
Conduta se bom estado geral < 30 dias (3)

A

Conduta:
1. Internação hospitalar
2. Exames laboratoriais e culturas (hemo, uro, LCR)
3. ATB empírica (Ampi + Cefotaxima)

170
Q

Febre sem sinais de localização:
Conduta se bom estado geral 1-3 meses:
Quais os exames iniciais para avaliação? (3)
Quem considero baixo risco?
Qual a conduta se alto risco?

A

Quais os exames iniciais para avaliação?
1. Pesquisa de vírus respiratório
2. Hemograma
3. EQU

Quem considero baixo risco?
- baixo risco para infecção bacteriana
Critérios de Rochester
1. Leucócitos: 5000-15000
2. Bastões < 1500
3. EAS <= 10 leucócitos/campo

Risco para infecção bacteriana:
a. Baixo risco: acompanhamento
b. Alto risco: internação + exames + ATB (Ceftriaxone)

171
Q

Febre sem sinais de localização:
O que fazer se bom estado geral e 3 - 36 meses? Vacinada vs. Não vacinada

A

Se TAX < 39 reavaliar, considerar EQU e UROC

Se TAX > 39 EQU e UROC, se positiva tratar ITU

Se EQU e UROC negativas, solicitar hemograma, se normal reavaliar até melhora se alterado solicitar HMC e Raio-x de torax

Análise hemograma:
1. < 20.000 leuc / < 10.000 neut: acompanhamento
2. Alterado: hemocultura + radiografia de tórax (pneumonia oculta) e Iniciar ATB empírico

Se raio de torax alterado, tratar BCP

Se Raio normal e vacinaçao completa (2 doses de pneumo e 2 de Hib): Reavaliar até melhora

Se Raio normal e vacinação incompleta, tratar BCP empirico

172
Q

Escabiose:
Transmissão
Período de incubação
Clínica
- Qual o primeiro sintoma?

A

Transmissão: contato pele a pele

Período de incubação: até 3 semanas

Clínica: lesões papulovesiculares / em túnel eritematosas pruriginosas (principalmente à noite).

Qual o primeiro sintoma?
PRURIDO precede lesões na maioria dos casos

173
Q

Escabiose:
Para quem indico o tratamento?
Drogas mais utilizadas (2)
Qual o tratamento em < 2 meses?
Após o tratamento prurido pode persistir?

A

Para quem indico o tratamento?
Tratamento é indicado para TODOS OS CONTACTANTES, para parar a propagação da doença, pois infectados podem ser assintomáticos.

Drogas mais utilizadas:
1. Permetrina tópica (crianças)
2. Ivermectina sistêmica (adultos)

Tratamento se < 2 meses:
Enxofre precipitado

Após o tratamento prurido pode persistir?
Por até 4 semanas

174
Q

Síndrome da Pele Escaldada Estafilocócica (Ritter):
Definição
Clínica (7)
Qual a conduta? (3)
Prognóstico

A

Definição: Infecção sistêmica por S. aureus fagotipo II na corrente sanguínea

Clínica:
Rash difuso
Bolhas flácidas (líquido estéril)
Descamação de mãos e pés
Hiperemia conjuntival
Língua avermelhada
Náusea e vômitos
Hipotensão arterial

Qual a conduta?
1. Internação
2. ATB endovenoso
3. Cuidado para não gerar infecção de pele secundária

Prognóstico:
Potencialmente fatal, importante fazer o tratamento adequado.

175
Q

Marcos do Desenvolvimento Infantil:
Quais são avaliados? (4)

A

Motor: locomoção

Adaptativo: motricidade fina

Pessoal-social: interação com outros indivíduos

Linguagem

176
Q

Marcos do Desenvolvimento Infantil:
O que esperamos de:
Recém nascido

A
  1. Motor: Postura Tônico Cervical (PTC) e tônus fletido
  2. Adaptativo: fixa a visão
  3. Social: prefere a face humana
  4. Linguagem: chora
177
Q

Marcos do Desenvolvimento Infantil:
O que esperamos de:
1 mês

A
  1. Motor: PTC, levanta o queixo em prona
  2. Adaptativo: acompanha o objeto a cerca de 90° (com os olhos)
  3. Social: sorri sozinho (não resposta para estímulo)
  4. Linguagem: chora
178
Q

Marcos do Desenvolvimento Infantil:
O que esperamos de:
2 meses

A
  1. Motor: PTC, levanta a cabeça em prona
  2. Adaptativo: segue o objeto em 180°, pois mexe a cabeça
  3. Social: sorri socialmente
  4. Linguagem: emissão de sons vogais (vocaliza)
179
Q

Marcos do Desenvolvimento Infantil:
O que esperamos de:
3 meses

A
  1. Motor: PTC, levanta a cabeça e o tronco, sustentação PENDULAR da cabeça
  2. Adaptativo: estende a mão para objetos
  3. Social: contato social
  4. Linguagem: mistura vogais e consoantes
180
Q

Marcos do Desenvolvimento Infantil:
O que esperamos de:
4 meses

A
  1. Motor: cabeça centralizada, mãos na linha média, sustenta a cabeça
  2. Adaptativo: pega cubital
  3. Social: ri alto, gargalha
  4. Linguagem: continua com sons vogais + consoantes
181
Q

Marcos do Desenvolvimento Infantil:
O que esperamos de:
6-7 meses

A
  1. Motor: sustenta o tronco, rola e senta com apoio
  2. Adaptativo: pega radial e transfere objetos entre as mãos
  3. Social: prefere o principal cuidador, entende núcleo familiar, gosta de espelho
  4. Linguagem: possílabos vogais que repete
182
Q

Marcos do Desenvolvimento Infantil:
O que esperamos de:
9-10 meses

A
  1. Motor: senta sem apoio, PODE engatinhar, fica em pé com apoio e dá passos laterais
  2. Adaptativo: pinça polegar-dedo (assistida ou inferior), soltando objeto se retirado
  3. Social: estranha, acena, brinca de cadê
  4. Linguagem: polissílabos ainda sem significado
183
Q

Marcos do Desenvolvimento Infantil:
O que esperamos de:
12 meses

A
  1. Motor: anda com apoio, levanta sozinha
  2. Adaptativo: pega com pinça e entrega objeto se solicitado
  3. Social: interage (vestir, brincar), pequenas brincadeiras
  4. Linguagem: algumas palavras com significado (mamá, papá, auau)
184
Q

Lesões não intencionais na infância costumam predominar em regiões …

A

Regiões extensoras, parte da frente do corpo e extremidades

185
Q

Qual a principal causa de hemorragia digestiva em crianças?

A

Divertículo de Meckel (50% dos casos).

186
Q

A água corresponde a ….. % do leite materno

A

90%, sendo seu principal constituinte

NÃO É NECESSÁRIO DAS ÁGUA para os lactentes até os 6 meses de vida

187
Q

Qual a principal causa de rinossinusites na infância?

A

Infecção VIRAL

188
Q

Linfadenite cervical aguda:
Quais os agentes etiológicos mais envolvidos?
Quais as opções de ATB? (3)

A

Quais os agentes etiológicos mais envolvidos?
1. S. aureus
2. S. Beta-hemolítico do grupo A

Quais as opções de ATB?
Amoxicilina, Clindamicina e Cefalexina.

189
Q

Mielomeningocele:
Definição
Como se apresenta?
Quando é necessário cirurgia de urgência?

A

Definição: é um defeito da coluna vertebral e da medula espinhal, que acontece nas primeiras semanas de gestação. A coluna vertebral, a medula espinhal e o canal da medula não se formam normalmente.

Como se apresenta?
Tumefação dorsal mediana, principalmente em coluna lombar e sacral.

Quando é necessário cirurgia de urgência?
Quando há extravasamento de LCR, pois isso significa que não há envoltório íntegro e que existe risco de infecção de SNC.

190
Q

Marcos do desenvolvimento infantil:
Quando é esperada a pinça completa (polpa-polpa)?
Quando é esperado apontar?
Quando é esperado sentar sem apoio?

A

Quando é esperada a pinça completa (polpa-polpa)?
10-12 meses

Quando é esperado apontar?
13-15 meses

Quando é esperado sentar sem apoio?
6-9 meses

191
Q

Qual a posição de sono recomendada ao lactente?

A

SUPINA

192
Q

O andador é …………… para crianças em prol do desenvolvimento da marcha em crianças, pois ….

A

Contraindicado

Pois permite que as crianças alcancem lugares que não alcançariam, aumentando o risco de acidentes.
Além de que pode atrasar o processo de desenvolvimento da marcha.

193
Q

Qual a indicação de tratamento endovenoso em ambiente hospitalar para ITU na infância por critério de idade?
Quais os esquemas preferenciais? (3)

A

< 3 meses

Quais os esquemas preferenciais?
1. Ceftriaxone
2. Cefotaxima
3. Ampicilina + Aminoglicosídeo

194
Q

Puericultura:
Quantas consultas são recomendadas no primeiro ano?
E no segundo ano?
E após?

A

Quantas consultas são recomendadas no primeiro ano? 7:
Primeira semana
Mês 1
Mês 2
Mês 4
Mês 6
Mês 9
Mês 12

E no segundo ano? 2:
Mês 18
Mês 24

E após?
Anual

195
Q

Medida de PA na infância:
Quanto tempo de repouso é recomendado?
Com que idade passamos a medir sentado?
Como medimos antes disso?
A partir de que idade fazemos a medida?
Quais são as variáveis consideradas nas tabelas de HAS em crianças? (3)

A

Quanto tempo de repouso é recomendado?
Depende da referência:
2-3 minutos ou 5 minutos

Com que idade passamos a medir sentado?
>= 3 anos

Como medimos antes disso?
Decúbito dorsal

A partir de que idade fazemos a medida?
>= 3 anos
< 3 anos em casos selecionados de maior risco

Quais são as variáveis consideradas nas tabelas de HAS em crianças?
Idade
Sexo
Estatura

196
Q

Quadro de invaginação intestinal e suboclusão intestinal em paciente pediátrico. É identificado massa tumoral associada.
Qual o provável diagnóstico?

A

Linfoma de Burkitt (NH).

197
Q

Vacinas orais:
Se vômito ou cuspe se deve readministrar?

A

Não

198
Q

Suco de fruta:
Quando pode ser iniciado na infância o consumo?

A

SBP: 12 meses

MS: 9 meses
- mas a SBP já liberou até nota de repúdio contra essa nova recomedação

199
Q

Técnica adequada da Amamentação:
Posicionamento (4)
Pega (4)

A

Posicionamento:
1. Criança bem apoiada
2. Cabeça e tronco no mesmo eixo
3. Corpo próximo ao da mãe
4. Rosto de frente para a mama

Pega:
1. Boca bem aberta
2. Lábio inferior evertido
3. Mais aréola acima da boca
4. Queixo toca a mama

200
Q

Composição do leite materno é considerada variável?

A

Não, é bastante homogênea, não dependendo de alimentação, raça, idade ou etnia.

201
Q

Constipação Funcional na Infância:
Diagnóstico > 4 anos - critérios de Roma IV (6)
Solicitar exames complementares?
Tratamento
- desimpactação
- manutenção (2)
Posso indicar óleo mineral?

A

Diagnóstico (> 4 anos):
>= 2 critérios de Roma IV por > 1 mês
1. <= 2 evacuações/semana
2. >= 1 episódio/semana de incontinência fecal
3. Postura retentiva ou retenção voluntária
4. Evacuação dolorosa ou endurecida
5. Fezes volumosas
6. Grande massa fecal no reto

Solicitar exames complementares?
DESNCESESSÁRIO, apenas se dados da anamnese sugerirem doença de base.

Tratamento:
DESIMPACTAÇÃO:
- laxativo em dose alta (PEG) ou enema
MANUTENÇÃO:
1. Laxativos:
- Polietilenoglicol sem eletrólitos
2. Hábitos:
- alimentares (fibras e hidratação)
- estímulo a tentar evacuar após às refeições

Posso indicar óleo mineral?
Risco de pneumonite química grave:
Pneumonia Lipoídica.
- contraindicado em < 2 anos ou incoordenação da deglutição

202
Q

Constipação Funcional na Infância:
Quais os sinais de alarme que me fazem pensar em doença orgânica? (10)

A
  1. Início no primeiro mês
  2. Não eliminação do mecônio nas primeiras 48 horas de vida
  3. HF de Hirschprung
  4. Fezes em formato de fita
  5. Sangue nas fezes na ausência de fissura anal
  6. Déficit de crescimento
  7. Febre
  8. Vômitos biliosos
  9. Anormalidade na tireoide
  10. Alterações em exame físico (fístula, distensão abdominal importante)
203
Q

Alergia à Proteína do Leite de Vaca:
Epidemiologia
Manifestações clínicas mais comuns (3)
Diagnóstico
Conduta:
- se aleitamento materno
- se fórmula infantil

A

Epidemiologia: forma de alergia alimentar mais frequente na população pediátrica.

Manifestações clínicas mais comuns:
1. Sangue nas fezes (proctocolite) +- muco
- não mediada por IgE
2. Diarreia crônica (Enterocolite)
3. Déficit de crescimento (Enterocolite)

Diagnóstico: prova terapêutica

Tratamento:
1. Em aleitamento materno: suspender LV dieta materna
2. Em uso de fórmula infantil:
- fórmula extensamente hidrolisada
- se refratários: fórmula de aminoácidos

204
Q

Esofagite eosinofílica:
Definição
Clínica
- lactentes e pré-escolares
- escolares e adolescentes
Diagnóstico (2)
Tratamento (3)

A

Definição: uma das desordens eosinofílicas de TGI com infiltrado de eosinófilos no esôfago.

Clínica:
- lactentes e pré-escolares:
SEMELHANTE AO DRGE:
perda de peso, regurgitação, recusa alimentar.
- escolares e adolescentes:
DISFAGIA E IMPACTAÇÃO ALIMENTAR
alteração esofágica com redução de lúmen

Diagnóstico:
1. EDA: anéis concêntricos (semelhança à traqueia), exsudatos, sulcos, estrias ou fragilidade de mucosa
2. >= 15 eosinófilos/campo na BIÓPSIA

Tratamento:
1. IBP
2. Dieta
3. Corticosteroides deglutidos

205
Q

Anemia Transitória do RN:
Por que ocorre?
Quando ocorre em a termo?

A

Por que ocorre?
Por um down-regulation à EPO após o nascimento pela subida rápida e grande dos níveis de O2 após o início da ventilação pulmonar.

Em a termo: níveis de Hb de 9-11 com mínimo entre 8-12 semanas de vida.
- em RN prematuro: queda maior e mais rápida.

206
Q

Gestante amamentando menor de 6 meses:
Vacinação contra febre amarela:
Por quanto tempo suspender a amamentação?

A

Mínimo 10 dias, ideal 28 dias (desde portaria lançada em 2020).

HCPA: considera ainda 10 dias

207
Q

Cólicas do lactente:
Critérios de Roma (3)
Por que ocorre?
Quadros atópicos aumentam risco?

A

Critérios de Roma:
1. Início e melhora dos sintomas em bebês com < 5 meses de idade;
2. Períodos recorrentes e prolongados de choro, agitação ou irritabilidade, que ocorrem sem causa óbvia e não podem ser prevenidos ou resolvidos pelos cuidadores.;
3. Sem evidência de falha do crescimento, febre ou doenças associadas.

Por que ocorre?
Não tem uma etiologia conhecida. A ausência de um fator desencadeante é um dos fatores encontrados nestas crianças.

Quadros atópicos aumentam risco?
Não, atopia só aumenta risco apenas de condições relacionadas a alergias alimentares.

208
Q

Principais benefícios do aleitamento materno para a mãe (7)

A
  1. Prevenção da herorragia pós-parto. Reflexo de Fergusson. OCITOCINA.
  2. Método Contraceptivo: exclusiva nos primeiros 6 meses.
  3. Remineralização óssea: redução de fraturas do colo de fêmur no período pós-menopausa.
  4. Redução do risco de câncer: diminui risco de câncer de mama e ovário.
  5. Proteção contra o diabetes tipo 2
  6. Perda ponderal
  7. Economia e eficácia: o leite materno é bom, barato e limpo.
209
Q

Vacinação contra meningococo:
Quando fazer?

A

Calendário básico:
3 meses, 5 meses e 12 meses

5 anos: reforço

11-14 anos: Meningo ACWY visando reforço e imunidade rebanho

210
Q

Como avaliar as curvas de crescimento antropométrico de RN < 37 semanas no primeiro ano de vida?

A

Conforme IDADE CORRIGIDA.

OBAS: as curvas são organizadas para 40 semanas, então subtraímos daí a diferença.

211
Q

Avaliação do desenvolvimento infantil:
O que significa dizer que … ?
- Desenvolvimento adequado
- Desenvolvimento adequado com fatores de risco
- Alerta para o desenvolvimento
- Provável atraso no desenvolvimento

A
  • Desenvolvimento adequado
    Todos os marcos para a faixa etária presentes
  • Desenvolvimento adequado com fatores de risco
    Todos os marcos para a faixa etária presentes, mas existe fator de risco
    Conduta: reavaliar em 30 dias
  • Alerta para o desenvolvimento
    Ausência de >= 1 marcos para a faixa etária ATUAL
    Conduta: reavaliar em 30 dias
  • Provável atraso no desenvolvimento
    Ausência de >= 2 marcos para a faixa etária ANTERIOR
    Conduta: encaminhar para a avaliação
212
Q

2/3 dos pacientes com invaginação intestinal tem …. de idade

A

< 1 ano

213
Q

Crianças < ….. anos raramente apresentam faringoamigdalite bacteriana

A

3 anos

214
Q

Por que ocorre o Sopro de Still?

A

Estreitamento na via de saída do ventrículo esquerdo

215
Q

Intolerância à lactose:
Definição
Primária vs. Secundária
Clínica (3)

A

Definição: deficiência de lactase.

Qual a importância da história familiar?
É fator de risco

Primária: deficiência ontogênica da lactase.
- geralmente não se manifesta nos primeiros meses de vida e vai piorando progressivamente.
Secundária: lesão de epitélio intestinal.

Clínica:
1. Diarreia osmótica
2. Fermentação da lactose: gases e distensão abdominal
3. Fezes mais ácidas e hiperemia na região perianal

216
Q

Pesquisa de S. pyogenes na orofaringe para diagnóstico de faringoamigdalite bacteriana:
Como é feita?
Qual a comparação entre exames?

A

Como é feita?
Fluxograma:
1. Teste rápido:
+ = tratamento
- = solicitar CULTURA
2. Cultura:
+ = tratamento
- = alta

Qual a comparação entre exames?
Teste rápido e cultura tem especificidade semelhante.
CULTURA É MAIS SENSÍVEL.

217
Q

Laringomalácia:
Epidemiologia
Quando se manifesta?
Clínica
- posição de piora
Conduta na maioria dos casos

A

Epidemiologia: principal causa (60% dos casos) de estridor crônico.

Quando se manifesta?
Já nas primeiras semanas de vida.

Clínica:
Estridor agravado às mamadas, choro, agitação.
Piora em posição SUPINA.
INSPIRAÇÃO.

Conduta:
No geral: observação.

218
Q

Profilaxia para VSR com Palivizumabe:
Como é feita?
Qual a dose?
Quais as indicações?

A

15 mg/kg 5 doses ao ano a cadamês por 4 meses, iniciando UM MÊS ANTES DA SAZONALIDADE.

Indicações:
1. < 1 ano nascido < 29 semanas
2. < 2 anos com cardiopatia congênita com repercussão hemodinâmica ou pneumopatia da prematuridade grave
+-
SBP:
3. < 6 meses nascidos entre 29-32 semanas

219
Q

Hemorragia retiniana em criança <2-3 anos:
Qual a hipótese diagnóstica?
Quais as possíveis complicações? (2)
O que não podemos esquecer na conduta?

A

Qual a hipótese diagnóstica?
Síndrome do bebê sacudido.

Quais as possíveis complicações?
1. Edema cerebral
2. Hemorragias intracranianas (hematomas subdurais)

O que não podemos esquecer na conduta?
Notificação obrigatória semanal.

220
Q

Síndrome da Morte Súbita do Lactente:
Definição
Quais os fatores de risco? (5)
Recomendação:
- como deve ser o hábito de dormir do lactente?

A

Definição: óbito de lactente durante o sono que não apresenta patologia que justifique.

Quais os fatores de risco?
1. Posição prona
2. Exposição ao tabaco / tabagista em casa
3. Dormir em superfície macia e cheia de panos
4. Dormir na mesma cama que os pais.
5. Hiperaquecimento da criança, hipertermia

Recomendação:
Dormir no mesmo quarto que os pais em berço adequado.
Colchão firme sem panos.
EM POSIÇÃO SUPINA.

221
Q

Oferecer fórmula infantil para RN na maternidade:
Não deve ser feito, a não ser que muito necessário, pois …

A

Está associado maior risco de desenvolvimento de APLV

222
Q

Deficiência de Vitamina E:
Qual pode ser a causa em período neonatal?
Quais as duas manifestações mais clássicas? (2)

A

Qual pode ser a causa em período neonatal?
Exposição a altos níveis de oxigênio nas incubadoras em período neonatal.
Principalmente, em prematuros.

Quais as duas manifestações mais clássicas?
1. Retinopatia
2. Hemorragia cerebral

223
Q

Craniocinostose:
Definição
Qual a mais comum?

A

Definição:
Compreende o fechamento de uma ou mais suturas cranianas.

Qual a mais comum?
Fechamento precoce da sutura SAGITAL, qua se esperaria fechar com > 2 anos.
- dolicocefalia ou escafocefalia

224
Q

Fórmula a base de soja / leite de soja:
É autorizado para lactentes com > de …………..

A

6 meses

225
Q

Constipação funcional na pediatria:
Pode haver palpação de massa abdominal?

A

Sim, pela presença de um fecaloma, sendo indicada a terapia de desimpactação

226
Q

Quando ocorre a hipogamaglobulinemia fisiológica do lactentes?

A

Entre 3 e 6 meses, quando há queda dos anticorpos maternos e o lactente ainda não gerou aumento dos seus próprios

227
Q

Síndrome / Linfoisticiose Hemofagocítica:
Por que ocorre?
Faixa etária mais comum
Clínica mais comum
Tratamento

A

Por que ocorre?
Hiperativação do sistema imune > intensa inflamação sistêmica.
Citopenias.

Faixa etária mais comum:
< 18 meses, mas pode ocorrer em qualquer idade.

Clínica mais comum:
Febre, hepatomegalia, esplenomegalia, exantema, linfadenopatia e alterações neurológicas (p. ex., convulsão, hemorragia de retina, ataxia, alteração da consciência ou coma).

Tratamento:
Multimodal
Pode incluir: quimioterapia, inibidores de citocinas, supressão imunitária e, algumas vezes, transplante de células-tronco hematopoiéticas.

228
Q

Dermatite atópica:
Lesões da face tendem a poupar …
E a região da fralda?

A

Lesões da face tendem a poupar …
Maciço central

E a região da fralda?
É comumente poupada

229
Q

Qual a principal forma de transmissão do CMV de mãe para filho?

A

Aleitamento materno

230
Q

Crianças com < 2 kg ao nascer:
Quais as recomendações quanto a vacinação ao nascer?

A
  1. Não tomar a BCG até 2 quilos completos
  2. Manter a da Hepatite B
231
Q

VSR:
Forma de transmissão
Prevenção obrigatória
Quarto deve ser do tipo …

A

Forma de transmissão:
Contato direto e gotículas

Prevenção obrigatória:
de Contato

Quarto deve ser do tipo …
Privativo ou Coorte privativa com > 1 m de distância entre os leitos

232
Q

Constipação Funcional na Infância:
Quais as doenças neuropsiquiátricas associadas? (2)

A

TEA em até 30%
TDAH

233
Q

Síndrome nefrótica:
Qual o valor de proteinúria para diagnóstico de sindrome nefrótica em crianças??

A

50 mg/kg/dia ou relação urinária de proteína/creatinina em amostra isolada > 2 mg/mg

**Para adultos é 30 mg/kg/dia ou 3 mg/mg

234
Q

Choque séptico na pediatria:
Definição:
Tratamento primeira hora
Vasopressor de escolha

A

2 ou mais critérios de SIRS associado a infecção confirmada ou suspeita
- Febre ou hipotermia
- Taquicardia persistente
- Taquipneia
- Leucocitose ou leucopenia

O que fazer:
- ATB
- Expansão volêmica
- Exames: HMC, glicose, ions e lactato
- Acesso venoso
- O2 se necessário

Vasopressor:
Se choque frio (tempo de enchimento lentificado, pele moteada, pulso fraco): Adrenalina
Se choque quente: Noradrenalina

235
Q

TCE em crianças:
Quando indicação de IOT, com que idade utilizar cuff:

A

A partir de 1 ano, abaixo não utilizar

236
Q

Hipertensão:
Qual a causa mais comum de HAS secundária na infância?

A

Anormalidades RENAIS

237
Q

OMA:
Qual o vírus mais frequentemente relacionado com OMA na infância?

A

VSR