CIRURGIA Flashcards
Proctologia:
Hemorroidas internas:
Definição / Fisiopatologia
Clínica (2)
Classificação (4) / Tratamento
Técnicas disponíveis de Hemorroidectomia (2)
Definição: engurgitamento de vasos do plexo hemorroidário interno e invasão do canal anal
Clínica:
1. Sangramento anal indolor
2. Prolapso (mucosa)
Diagnóstico: clínica + anuscopia
Tratamento/MEVs:
1. Dieta rica em fibras (20-30g)
2. Hidratação (1,5-2L)
Classificação:
Tipo I: sangramento indolor sem prolapso
MEV +- Ligadura elástica (sintomático)
Tipo II: prolapso com redução espontânea
Ligadura elástica
Tipo III: redução manual do prolapso
Ligadura elástica ou Hemorroidectomia
Tipo IV: irredutível
Hemorroidectomia
Hemorroidectomia:
1. Aberta: mais realizada no mundo
Milligan-Morgan
- menor chance de infecção
- pós operatório mais longo (Proctil)
2. Fechada: mais realizada nos EUA
Ferguson
Proctologia:
Hemorroidas externas:
Definição / Fisiopatologia
Clínica
Tratamento
Quando solicitar colonoscopia? (5)
Definição: trombose de plexo hemorroidário externo
Clínica: dor perianal (trombose)
Diagnóstico: clínica + anuscopia
Tratamento:
< 72 horas: excisão com anestesia local
> 72 horas: banhos de assento e analgesia (Proctil, Lido)
Quando solicitar colonoscopia?
1. Rastreio tradicional >45-50 anos
2. Anemia ferropriva
3. Alteração no padrão intestinal
4. Teste imunoquímico fecal positivo
5. Familiar com DII
Proctologia:
Fissura anal:
Clínica aguda (2) vs. crônica (3)
Localização | Epidemiologia
Medidas para evitar a cronificação (5)
Indicações de tratamento cirúrgico (2)
Clínica aguda (< 6 semanas):
1. Sangramento anal (raias no papel)
2. Dor intensa
Clínica crônica (>6-8 semans):
1. Dor ao evacuar (principal queixa)
2. Papilite hipertrófica
3. Plicoma anal sentinela
Localização mais comum: região medial e POSTERIOR do canal anal (menor vascularização)
Epidemiologia: homens = mulheres
- nas mulheres: predomina em jovens e meia-idade
Como evitar a cronificação?
Dor > Hipertonia esfíncter INTERNO > Isquemia > Má cicatrização
1. Higiene sem papel
2. Dieta laxativa (fibras e água)
3. Tratamento tópico:
a. Dor: lidocaína
b. Relaxamento ML: Nitrato ou Bloq. Canais de Cálcio
c. Inflamação e isquemia: corticoide
Indicações de tratamento cirúrgico (crônica):
1. Refratariedade ao tratamento clínico
2. Manometria com tônus esfincteriano aumentado
Proctologia:
Abcesso anorretal:
Definição
Localização (4)
Clínica (2)
Diagnóstico
Tratamento (2)
Complicação principal e prevalência
Definição: abcesso em espaço interesfincteriano por inflamação de glândulas de Chiari
Localização:
1. Perianal (mais comum)
2. Interesfincteriano (origem das glândulas)
3. Isquiorretal (nádega)
4. Supraelevador
Clínica: dor perianal + abaulamento com sinais flogísticos
Diagnóstico: clínica +- RNM de pelve ou TC
Tratamento:
1. DRENAGEM IMEDIATA (risco de Fournier)
- feita mesmo se não houver flutuação
+-
2. ATB 5 dias (Amoxi-Clav ou Cipro + Metro)
- sepse, imunossupresso, DM, celulite
Complicação principal: fístula anorretal
40-60% desenvolve, mesmo com drenagem adequada
Proctologia:
Fístula anorretal:
Classificação (4) (2)
Trajeto (2)
Clínica (2)
Diagnóstico (2)
Tratamento (2)
Classificação:
- Simples vs. Complexa
- Classificação de PARKS:
1. Interesfincteriana (45%) = simples
2. Transesfincteriana (30%) = maioria simples
3. Supraesfincteriana (20%) = complexa
4. Extraesfincteriana (5%) = complexa
Trajeto (Goodsall):
1. Retilíneo: originada de abcesso anterior
2. Curvilíneo: originada de abcesso posterior ou anterior > 3cm da borda anal
Clínica: dor + secreção purulenta
Diagnóstico: clínico + RNM (padrão-ouro)
Tratamento:
1. Simples: Fistulotomia / Fistulectomia
2. Complexa: Drenagem de Sedenho ou Seton
Proctologia:
Cisto pilonidal:
Localização
Tratamento (4)
Localização: região sacrococígea (DD com abcesso)
Tratamento:
1. Exérese completa (evitar recidivas)
2. Se formação ed abcesso:
a. drenagem FORA da linha média
b. exérese eletiva
3. Deixamos aberto para evitar infecção
4. +- retalhos cutâneos
Criptorquidia:
Quadro (2) | Diagnóstico
Complicações (3)
Quando operar? Campbel | SBP | Nelson
Quando operar de imediato?
Tratamento reduz taxas de complicação?
Quadro:
1. Hipotrofia da bolsa escrotal
- Pensar em testículo retrátil
2. Ausência de testículo à palpação
Diagnóstico:
1. USG pélvica
2. Laparoscopia
Complicações:
1. Sub ou Infertilidade
2. Câncer
3. Torção testicular
Quando operar?
Campbel: 12-28 meses
SBP: até 2 anos, sendo o ideal entre 6-12 meses
Nelson: 9-15 meses
Se hérnia inguinal associada:
Operar de imediato
Tratamento reduz taxas de complicação?
1. Não há consenso sobre a redução do risco de neoplasia
2. Redução de infertilidade e de torção testicular
Torção Testicular:
Clínica (2) | Exame físico (5)
Diagnóstico diferencial
Diagnóstico (2)
Tratamento (3) | Quando é mais eficaz?
Clínica:
1. Dor testicular AGUDA
2. Desencadeada por atividade física ou noturno
Exame físico:
1. Testículo aumentado e retraído
2. Orientação transversa
3. Epidídimo mais anterior
4. Queda de reflexo cremastérico
5. Sinal de Prehn negativo (sem alívio da dor)
Diagnóstico diferencial: Torção dos Apêndices Testiculares
Diagnóstico:
CLÍNICO
USG com Doppler (desde que não atrase conduta)
Tratamento:
Correção da torção
Avaliação = fixação (viável) ou orquiectomia (inviável)
Fixação contralateral
Mais eficaz:
Nas primeiras 6 horas após início do quadro
Torção dos Apêndices Testiculares:
Epidemiologia
Clínica quando comparada à torção testicular
Conduta (2)
Epidemiologia:
Causa mais comum de escroto agudo
Clínica quando comparada à torção testicular:
Mais insidiosa e menos intensa
Conduta:
Na dúvida: tratamento cirúrgico
Se afastada torção testicular: tratamento conservador
Hérnia Umbilical:
Por que ocorre?
Tratamento em crianças | Indicações cirúrgicas (4)
Tratamento em adultos | Correção com ou sem tela?
Por que ocorre? Defeito na cicatriz/anel umbilical
- Criança: defeito congênito
- Adulto: aumento na pressão intra-abdominal (ascite, gestação)
Tratamento em crianças:
- Conservador com tolerância até 4-6 anos.
- Indicações cirúrgicas:
1. Criança com hérnia inguinal concomitante;
2. Defeito > 2cm;
3. Associada à derivação ventrículo-peritoneal (DVP);
4. Não fechamento espontâneo até 4-6 anos.
Tratamento em adultos:
- Conservador
- Cirúrgico: sintomáticos ou associados à ascite intratável
Mais comumente: uso de telas.
Hérnia epigástrica:
Onde se forma?
Clínica
Onde? Linha média/linha alba entre a cicatriz umbilical e o apêndice xifoide.
Clínica: Desproporcional: múltiplas hérnias pequenas, mas o paciente sente muita dor.
Hérnia incisional:
Onde?
Fatores de risco (8) | Qual principal?
O que é a Hérnia de Littré?
E a Hérnia de Richter?
Onde? Área de incisão cirúrgica prévia.
Fatores de risco:
1. Infecção do sítio cirúrgico = PRINCIPAL
2. Seroma
3. Hematoma
4. Obesidade = aumento da PIA
5. Desnutrição
6. Idade avançada
7. Uso de corticoide
8. Técnica incorreta
Hérnia de Littré:
Conteúdo é formado pelo Divertículo de Meckel.
Hérnia de Richter:
Conteúdo é formado pela borda antimesentérica de alça intestinal
Hérnias de Spiegel:
Onde? 3 pontos a se marcar
Como faço o diagnóstico? Por quê?
Onde?
Entre a borda lateral do Reto Abdominal e a Linha Semilunar de Spiegel (linha imaginária que marca a junção muscular mais lateral do abdômen).
Abaixo da linha arqueada de Douglas.
Como faço o diagnóstico?
É uma hérnia INTERPARIETAL, desenvolvendo-se entre os folhetos aponeuróticos.
Pode não haver abaulamento clássico.
Exame de imagem pode ser necessário.
Hérnias lombares:
Onde se formam?
Quais são? Onde cada uma se localiza?
Qual a mais comum?
Onde: Hérnias que se formam nos triângulos lombares, tanto no superior quanto inferior.
Hérnia de Grynfelt
- Abaixo da 12° costela
- Mais comum
De Petit
- Acima da Crista Ilíaca
Anatomia do canal inguinal:
Parede posterior (3) - seus orifícios
Parede anterior - seu orifício
Borda lateral - qual sua importância?
Início e final do canal
Trajeto (2)
Conteúdo masculino (2) | feminino
Parede posterior:
1. Fáscia Transversális
- Anel inguinal interno
- Canal femoral (2 orifícios)
2. M Transverso do Abdômen
3. M Oblíquo Interno
Parede anterior:
Aponeurose do M Oblíquo externo
- Orifício: Anel Inguinal Externo
Borda lateral:
Ligamento inguinal ou de Poupart
- divide as hérnias inguinais das femorais (abaixo/lateral)
Início: ANEL INGUINAL INTERNO/PROFUNDO
Buraco na fáscia Transversalis
Final: ANEL INGUINAL EXTERNO/SUPERFICIAL
Buraco na aponeurose do M. Oblíquo Externo
Trajeto:
Posterior para anterior
Lateral para medial
Conteúdo masculino:
1. Funículo espermático (vasos, ductos deferentes, plexo venoso panpiniforme)
2. Conduto peritônio vaginal obliterado para evitar comunicação entre saco escrotal e peritônio após passagem do testículo.
Conteúdo feminino:
Ligamento redondo do útero
Hérnia inguinal indireta:
Epidemiologia
Onde ocorre? Por que ocorre?
- Pediatria: é mais ou menos comum em prematuros?
Vascularização da região inguinal provém de vasos…
Epidemiologia: mais comum de TODAS em TODOS os grupos.
Hérnias inguinais são 25x mais comuns em homens do que mulheres.
Onde? Anel inguinal INTERNO (buraco na fáscia transversalis).
Por quê? Patência do conduto peritônio-vaginal.
- Pediatria: é mais ou menos comum em prematuros?
Mais, pois o conduto peritônio vaginal costuma se obliterar com 34 semanas e tem risco aumentado de encarcerar.
Vascularização da região inguinal provém de vasos
ILÍACOS EXTERNOS
Obs: Internos = vísceras pélvicas, órgãos genitais, nádegas e região medial da coxa
Hérnia inguinal direta:
Por quê?
Onde ocorre? Quais os limites? (3)
Hérnias em relação aos vasos epigástricos inferiores
Como chamo a área de maior fragilidade do Hasselbach?
Por quê? Enfraquecimento posterior do canal inguinal > fáscia transversális.
TRIÂNGULO DE HASSELBACH:
1. Inferior: Ligamento inguinal ou de Poupart
2. Látero-superior: Vasos epigástricos inferiores
- Se medialmente: direta
- Se lateralmente: indireta
3. Medial: borda lateral do reto abdominal
Triângulo de Hessert: área de maior fragilidade
Hérnias inguinais direta e indireta:
Como diferenciar em exame físico? (2)
Classificação de Nyhus (I-IV)
Como diferenciar no exame físico:
- Anel inguinal externo em direção ao anel interno + Valsalva:
Toco hérnia:
1. Polpa do dedo = DIRETA
2. Ponta do dedo = INDIRETA
- Manobra de Landivar:
Ocluo com o dedo o anel inguinal interno do paciente
À Valsalva:
1. DIRETA = hérnia protrai
2. INDIRETA = não protrai
Classificação de Nyhus:
I. Indireta com anel inguinal interno normal/preservado;
II. Indireta com anel inguinal dilatado (> 2cm);
III. Defeito na parede posterior
a. Direta
b. Indireta
c. Femoral
IV. Recidivante
a. Direta
b. Indireta
c. Femoral
d. Mista
Hérnia Femoral/Crural:
Definição
Epidemiologia - sexo | lateralidade | risco
Limites do canal femoral (4)
Prognóstico se operada de urgência
Definição: hérnia que se anuncia no canal femoral, abaixo do ligamento inguinal.
Epidemiologia:
- Mais comum em mulheres
- Mais comum à direita
- Maior risco de encarceramento
Limites do Canal Femoral:
Teto: Ligamento inguinal
Assoalho: Ligamento pectíneo/Cooper
Medial: Ligamento Lacunar
Lateral: Veia femoral
Prognóstico se operada de urgência:
Elevada mortalidade
Tratamento Hérnias Inguinais/Femorais:
Obrigatório?
Se encarceramento? Tempo | Obstrução intestinal
Se estrangulamento? Abordagens (2) - lesão nervosa
Quais os nervos mais lesados? (3)
E se redução durante anestesia?
Não: sintomáticos | encarceramento ou estrangulamento.
Encarcerada:
Redução manual com a MANOBRA DE TÁXI.
- 6-8 horas: sem consenso
- Obstrução intestinal: sem consenso
Estrangulada:
Quando há sofrimento isquêmico.
CIRURGIA DE EMERGÊNCIA: INGUINOTOMIA
1. Sem necrose: redução
2. Com necrose: ressecção + anastomose primária e correção
- Anterior = cx tradicional
maiores lesões nervosas
a. Ilioinguinal
b. Ilio-hipogástrico
c. Ramo genital do genitofemoral
- Posterior = videolaparoscopia
O que fazer se houver redução durante a anestesia?
Laparotomia mediana.
Hérnia inguinal:
Tratamento:
Quais os nervos mais lesados em abordagem anterior?
Quais os nervos mais lesados em abordagem posterior?
Quais os nervos mais lesados em abordagem anterior?
a. Ilioinguinal
b. Ilio-hipogástrico
c. Ramo genital do genitofemoral
Quais os nervos mais lesados em abordagem posterior?
a. Cutâneo femoral lateral
b. Ramo femoral do genitofemoral
c. Nervo femoral
Tratamento Hérnias Inguinais/Femorais:
Correção cirúrgica (2)
Técnicas: Shouldice | Lichtenstein | Femorais (2) | Bassini
Qual a mais associada a recidivas?
Prevalência e por que ocorrem?
Qual o tipo de fio utilizado para fixação da tela?
HERNIORRAFIA ANTERIOR + REFORÇO DA PAREDE POSTERIOR
Técnicas:
1. Shouldice
- imbricação (sutura) das camadas musculares de parede posterior
- mais associada a recidivas: dificuldade
- Lichtenstein
- Tela Livre de Tensão substituirá a parede posterior
- Fixada ao longo do ligamento inguinal
- Técnica de escolha - Mc Vay
Reparo da hérnia femoral sem tela.
Sutura do tendão conjunto no ligamento de Cooper. - Plug femoral:
Cone de tela no canal femoral - Bassini:
- Sutura de uma camada muscular
- Maior índice de RECIDIVAS
- Não foi abandonada se antes da Lichtenstein
Recidivas são raras, mas quando há é devido à erro técnico.
Qual o tipo de fio utilizado para fixação da tela?
Inabsorvível, principalmente o Prolene.
Nefrolitíase:
Tipos de cálculos (3)
Etiologia principal | pH | Prevalência | Características
Qual a relação do cálcio com diurético de alça?
Dieta e nefrolitíase: fatores de risco (2) e proteção (2)
Qual a principal causa de hipocitratúria?
Obesidade é fator de risco para cálculo de …
Qual a medicação que reduz a calciúria?
- Oxalato de Cálcio (70-80%)
- Etiologia principal: hipercalciúria idiopática
- Qual a relação do cálcio com diurético de alça? aumentam a calciúria e a incidência de cálculos
- Associação com Doença Inflamatória Intestinal - Estruvita (10-20%) = Coraliforme
- Fosfato amoníaco magnesiano
- Etiologia principal: ITU por produtoras de urease (PH > 6)
- Pielonefrite xantogranulomatosa
- PROTEUS
- Encaminhar ao urologista, pois DEVEM SER REMOVIDOS - Ácido úrico (5-10%)
- Etiologia principal: hiperuricosúria (pH < 5)
- tratamento pode envolver alcalinização de pH
- radiotransparentes - vemos na USG
- obesidade é fator de risco (maior excreção de AU e ph urinário mais ácido)
Dieta e nefrolitíase:
- fatores de risco: proteínas e sódio (restrição de hipercalciúria idiopática) e vitamina C (oxalato)
- proteção: água e citrato (liga ao cálcio)
Qual a principal causa de hipocitratúria?
Dieta rica em proteínas
Qual a medicação que reduz a calciúria?
Tiazídicos