INFECTOLOGIA Flashcards
Endocardite Infecciosa:
Definição
Diagnóstico rotina vs. padrão-ouro
Critérios maiores (2) e menores (5) + exemplos
D: Infecção do endotélio miocárdico.
Dx padrão-ouro: biópsia
Dx rotina: Critérios de Duke
2 maiores ou 1 maior + 3 menores ou 5 menores
Maiores:
1. Hemocultura positiva:
a. microorganismos típicos em 2 amostras
b. Coxiella burnetti (hmc ou sorologia +)
c. persistentemente positivas
2. Evidência de lesão endocárdica:
a. ecografia: vegetação, abcesso, deiscência de prótese
b. NOVA regurgitação valvar (ausculta, eco)
Menores (5Fs)
1. Fator de risco: predisposição ou usuário de drogas EV
2. Febre >= 38°C
3. Fenômenos vasculares:
a. embolia arterial
b. infartos pulmonares sépticos
c. aneurismas micóticos
d. hemorragias craniana / conjuntivais
e. manchas de Janeway
4. Fenômenos IMUNOLÓGICOS:
a. glomerulonefrite (GNDA)
b. nódulos de Osler (mãos e pés)
c. MANCHAS DE ROTH (retina)
d. fator reumatoide +
5. Faltou uma hemocultura (não preenche critério >)
Endocardite Infecciosa:
Eco Transtorácico (S 75%) x Transesofágico (S 90%):
Indicações do Eco TE (7)
Indicações após TT:
1. negativo/inconclusivo e suspeita ALTA
2. inicial positivo +
a. abcesso paravalvar
b. regurgitação valvar importante
Indicação já antes do TT:
1. EI prévia
2. Prótese
3. Janela ruim (deformidade torácica, VM, obesidade)
4. Hemocultura + para S aureus (controverso)
Endocardite Infecciosa:
Quais as etiologias principais? (4) (3)
Quais os tratamentos farmacológicos para cada grupo? Válvula nativa (3 esquemas) vs. artificial (4)
Etiologias principais:
NATIVA:
- Subagudo:
1. S. viridans (manipulação dentária)
2. Enterococcus faecalis (manipulação de TGI)
3. S. bovis/gallolyticus (colonoscopia)
- Agudo:
4. S aureus (usuários de drogas EV)
Válvula tricúspide | 80% sem sopro | MRSA
ARTIFICIAL (60 dias):
1. S aureus
2. S epidermidis
3. Gram-
Tratamento válvula nativa: 4-6 semanas
Subagudo:
1. Aguardar cultura
2. Vancomicina + Ceftriaxone EV
Agudo / Drogas EV
1. Vancomicina + Cefepime / Gentamicina
Tratamento válvula artificial: 6-8 semanas
Válvula > 1 ano (tardia) = nativa
Válvula <= 1 ano
1. Vancomicina +
2. Cefepime +
3. Gentamicina +-
Se S. aureus + em hemocultura:
4. Rifampicina 3 dias após o início do ATB
- facilita descolonização de S. aureus na válvula
Endocardite Infecciosa:
Indicações de tratamento cirúrgico (9)
À esquerda / válvula artificial:
1. IC por disfunção valvar
2. abcesso paravalvar
3. fístula (risco de tamponamento)
4. vegetação > 10-15 mm (controverso)
À direita:
1. embolia pulmonar recorrente
2. vegetação >= 20 mm
Independentemente de lado:
1. sem melhora após 5-7 dias de ATB
2. agente resistente
3. fungo
Endocardite Infecciosa:
Profilaxia:
Indicações - procedimentos (3) e pacientes (4)
Quais as cardiopatias congênitas cianóticas? (4)
Esquema principal e opções (3)
Procedimento dentário de ALTO risco em paciente de ALTO risco:
- Procedimento de alto risco:
a. extração dentária
b. perfuração de mucosas oral / respiratória
c. manipulação gengival - Paciente de alto risco:
a. válvulas artificiais
b. endocardite prévia
c. cardiopatia cianótica não reparada - tetralgia de Fallot
- atresia pulmonar
- atresia tricúspide
- transposição de grandes artérias
d. transplante cardíaco com valvulopatia
Esquema:
Amoxicilina 2g 1 hora antes do procedimento
Opções: Cefalexina, Azitromicina / Claritromicina
Pneumonia (PAC):
Agentes bacterianos principais TÍPICOS (6)
E suas particularidades
Típicos:
a. Respondem aos beta-lactâmicos (parede celular)
b. Corado pelo Gram (+ roxo, - rosa)
- Pneumococo (mais comum)
Diplococo Gram + / antígeno urinário (S 70%) - Haemophilus influenzae
Cocobacilo Gram - / principal agente em DPOC / Idosos - Klebsiella
Bastonete Gram - / etilista ou diabético / grave
Pneumonia do lobo pesado, necrosante - S. aureus
Gram +
Quadro grave em: lactentes, drogas EV, fibrose cística, bronquiectasias e pós-influenza
Pneumatocele, Pneumonia necrosantes (< 2cm) e abcesso (>= 2 cm) - Pseudomonas:
Bacilo Gram -
Quadro grave em: FC, DPOC - Anaeróbios:
Dentes em mau estado, alcoólatras, distúrbios da deglutição, queda do nível de consciência e microaspiração
Mais comum à direita
Cavitações, pneumatocele, ABCESSO
Evolução lenta e etiologia polimicrobiana
Pneumonia (PAC):
Agentes bacterianos principais ATÍPICOS (3)
E suas particularidades
Atípicos:
1. Não respondem a beta lactêmicos
2. Não há parede celular (não colore por Gram)
- Micoplasma (segundo mais comum)
Intracelular
Síndrome gripal +
a. Miringite bolhosa
b. Anemia hemolítica (icterícia)
c. Raynaud
d. Guillain-Barré
e. Steven Johnson - Chlamidia pneumoniae (terceiro mais comum)
Intracelular Gram - / iVAS + tosse e febre - Legionella
Grave / ar-condicionado - inalação / bacilo Gram -
Quadro GRAVE (diarreia, dor abdominal, sinal de Faget) com Hiponatremia e Elevação de Transaminases
Diagnóstico com antígeno urinário (S 70%)
Pneumonia (PAC):
Diagnóstico (2)
Exames para avaliação de prognóstico (2)
Critérios de internação
D: Clínica + Exame de imagem (raio X, USG e TC)
- Raio X: lobar (hepatização) / broncopneumonia / pneumonia intersticial (atípica, vírus)
P: Procalcitonia e PCR
Critérios de internação:
C = confusão mental
U = ureia >= 43 / >= 50 mg/dl
R = FR >= 30 irpm
B = Baixa PAS <= 90 ou PAD <= 60
65 = idade >= 65 anos
0-1 pontos: tratamento ambulatorial
2 pontos: internação hospitalar em enfermaria
3-5 pontos: internação em UTI
Pneumonia (PAC):
Tratamento ambulatorial:
Paciente hígido (3)
Outras situações (2)
Se alergia às medicações de primeira linha (3)
Paciente hígido:
1. Beta-lactâmico (amoxicilina, amoxi-clav) 7 d
- indicado se pneumonia típica (clínica e RaioX)
2. Macrolídeo (azitro 3-5 d, claritro 7 d)
3. Doxiciclina
- pneumococo brasileiro é resistente a tetraciclina
Comorbidade / ATB < 90 d / grave / pneumo resistente:
Beta-lactâmico + Macrolídeo (5-7 dias)
- Amoxi-clav quando pensar em H. influenzae
Alérgicos a todos (fluoroquinolona respiratória):
1. Moxifloxacino 5-7 dias
2. Levofloxacino 5-7 dias
3. Gemifloxacino
Pneumonia (PAC):
Tratamento em internados:
Em enfermaria
E se pneumatocele?
7 dias
- Padrão - associação:
Beta-lactâmico (Ceftriaxone ou Ampi-Suba)
+
Macrolídeo - Monoterapia (segunda linha):
Quinolona respiratória (Moxi, Levo)
E se pneumatocele?
Pensando em S. aureus
Vancomicina ou Clindamicina EV
Pneumonia (PAC):
Tratamento em internados:
Em UTI
Esquema base (4)
Se risco aumentado de Pseudomonas (2)
Quais os agentes que mais levam a isso? (4)
- Beta lactâmico (Ceftriaxone / Ampi-Suba) +
- Macrolídeo (Azitromicina)
ou - Quinolona respiratória
+- - Vancomicina ou Linezolida se risco de MRSA
Se risco de pseudomonas:
1. Pipetazo ou Cefepime ou Imipenem ou Meropenem +
2. Quinolona respiratória
7 dias
- Se graves / VMI/ PCR alta considerar corticoide
Agentes:
1. Pneumococo
2. Gram -
3. Legionella
4. S. aureus
Pneumonia (PAC):
Vírus influenza:
Qual o tratamento?
Quais suas indicações? (7)
Oseltamivir
Até 48 horas da exposição por 5-10 dias
Redução do curso e risco de complicações
Eficácia ruim
Para SRAG ou alto risco:
1. < 5 anos
2. >= 60 anos
3. Imunodeprimidos
4. Comorbidades
5. Indígena fora da civilização
6. IMC >= 40
7. Gestante / puérpera
Pneumonia hospitalar:
Definição
Fator de risco
Diagnóstico (5)
Agentes etiológicos principais (3)
D: início dos sintomas >= 48 horas de internação
FR: VMI
Diagnóstico:
1. Infiltrado pulmonar novo ou progressivo
+ >= 2 sinais de infecção:
a. T < 36°C ou > 38°C
b. Leucócitos < 4000 ou > 12000
c. Secreção purulenta
d. Piora da oxigenação ou da relação P/F
Agentes (sempre procurar):
1. P. aeruginosa
2. S. aureus (MRSA)
3. Gram negativos (MDR)
Pneumonia hospitalar:
Tratamento e controle clínico
3 grupos (8 drogas)
Quando indico o uso de todos? (5)
Controle clínico em 48-72h
Cefepime (cefalosporina de quarta)
ou
Pipetazo
ou
Carbapenêmico (Imipenem, Meropenem)
+
Se risco de MDR (ex. FC, bronquiectasias)
Aminoglicosídeo (Amicacina, Gentamicina)
ou
Cipro/Levofloxacino
ou
Aztreonam
+
Se risco de MRSA (> 20% de MRSA na unidade ou desconhecida)
Vancomicina
ou
Linezolida
Indicações de todos:
Se VMI +
1. ATB EV < 90 dias
2. Diálise
3. Choque séptico
4. SDRA
5. >= 5 dias de internação
Derrame pleural parapneumônico:
Avaliação (2)
Critérios de Light (3)
Simples vs. Complicado (5)
Tratamento fases complicado (3)
A: Raio X de tórax + Toracocentese diagnóstica se perfil > 5cm ou Laurell > 1cm
C. Light: EXSUDATO (>= 1):
1. Ptn LP / sérica > 0,5
2. LDH LP / sérica > 0,6
3. LDH líquido pleural > 2/3 LSN sérico (> 200)
- Simples: líquido inflamatório
Tratamento: seguir ATB - Complicado: presença bacteriana associada (>= 1):
1. pH < 7,2
2. Glicose < 40-60
3. LDH > 1000
4. Bactéria em gram ou cultura
5. Empiema
Tratamento: seguir ATB que cubra inclusive anaeróbios (amox-clav)
+
1. Fase exsudativa: drenagem em selo d’água
2. Fase fibrinopurulanta:
a. fibrinolíticos: tPA, DNAse + drenagem
b. VATS com pleuroscopia
3. Fase de organização:
a. decorticação pulmonar (VATS ou aberta)
b. pleurostomia
Meningite:
Fisiopatologia
Quais os agentes etiológicos bacterianos mais comuns e quais suas particularidades? (4)
Manifestações clínicas (7) e natremia
Qual o principal sinal em lactentes?
E quando meningoencefalite? (2)
Quando houver infecções de repetição por Neisseria sempre pensar em deficiência …
Fisiopatologia:
Colonização da via aérea
Disseminação hematogênica
Passagem por BHE
- Neisseria menigiditis:
Mais comum / Diplococo gram -
Hemocultura + em 90%
Erupções petequiais - pior prognóstico (plaquetopenia e CIVD) - Pneumococo:
Diplococo + - H. influenzae:
Bacilo gram - - Listeria:
Bacilo gram +
Extremos de idade
AMPICILINA
Clínica:
Febre + Cefaleia + RIGIDEZ DE NUCA
Sinal de Kernig
Sinal de Brudzinski
Petéquias / púrpura / rash (meningococo)
- vasculite
Sinais de HIC
Hiponatremia (SIADH)
Qual o principal sinal de meningite em lactentes?
Abaulamento de fontanelas
E quando meningoencefalite?
1. Convulsões
2. Confusão mental
Quando houver infecções de repetição por Neisseria sempre pensar em deficiência de Sistema Complemento (C5-C9)
Meningite:
Diagnóstico (2)
Indicações de imagem pré-punção (6)
Alterações de LCR conforme etiologia:
Bacteriana (5)
Caxumba / TB e Fungos / Viral
- celularidade e glicorraquia
Diagnóstico: NÃO pode atrasar o tto
1. Punção L3-L4 ou L4-L5
2. Exame de imagem pré:
a. convulsão
b. papiledema
c. déficit focal
d. imunossupressão | câncer
e. queda grave da consciência
f. História de TCE recente
(apesar de que 80% dos 15% que apresentam herniação pós punção tem TC normal)
(se sinais de HIC iniciar ATB + corticoide)
Alterações do LCR:
- Pressão de abertura > 18 cm H20
BACTERIANA
a. Celularidade > 500 (polimorfonucleares)
b. Glicose < 40 ou relação glicose sérica/LCR < 0,4
c. Proteína > 45
d. Bacterioscopia: positiva em > 60%
- Diplococo Gram negativo: meningococo
- Diplococo Gram positivo: pneumococo
- Bacilo Gram positivo: Listeria
e. Cultura: positiva em > 80%
CAXUMBA
a. aumento de polimorfonucleares
b. glicose normal
TB e FUNGOS
a. aumento de linfomononucleares
b. glicose < 40 ou RG S/LCR < 0,4
(se glicose normal - pesquisar ADA)
VÍRUS (Coxsackie e Echovírus - principais)
a. aumento de linfomononucleares
b. glicose normal
Meningite:
Tratamento conforme faixa etária:
4 semanas - 2/3 meses
3 meses - 55 anos
> 55-60 anos, gestantes, imunossupressos
E o corticoide? E a duração?
E o isolamento respiratório?
Meningococo: 7 dias
Pneumococo: 10 dias
PEDIATRIA: meningococo 5-7 dias
15-30 minutos antes da primeira dose: corticoide - manter se pneumococo ou H. influenzae (?)
- corticoide tem benefício se meningite COMUNITÁRIA
- 4 semanas - 2/3 meses:
AMPICILINA + CEFTRIAXONE (cefotaxima - RN) - 3 meses - 55 anos:
CEFTRIAXONE 2g BID 7 DIAS +- Vancomicina
Se Diplococo Gram - (neisseria): PENICILINA - > 55-60 anos, gestantes, imunossupressos:
CEFTRIAXONE + AMPICILINA
E o isolamento respiratório?
Por 24 horas após o início do ATB
Benefício para meningococo e haemophilus
Meningite:
Neonatologia:
Germes mais comuns (3)
Tratamento
Agentes:
1. S. agalactiae
2. E. coli
3. Listeria
Tratamento:
Ampicilina + Cefotaxima
(não fazer ceftriaxone - encefalopatia bilirrubínica)
Meningite:
Profilaxias:
Quais os germes que demandam? (2)
Para quem fazemos?
Qual a posologia pelo Ministério da Saúde?
Profilaxia para o próprio paciente
MENINGOCOCO:
- profilaxia por gotículas: 24 horas
- até 14 dias de exposição do caso índice
1. Todos os contatos próximos
2. Profissionais da saúde - procedimentos invasivos sem EPI
RIFAMPICINA por 2 dias:
- 600 mg BID
- pediatria: 10 mg/kg BID
CEFTRIAXONE IM DU 250mg para gestante
Alternativas: Ceftriaxone e Ciprofloxacino
H. INFLUENZAE:
1. Se contato domiciliar < 4 anos sem vacinação completa ou imunocomprometidos = fazer para contactantes próximos
2. >= 2 casos em escola em até 60 dias
RIFAMPICINA 4 dias 1x ao dia:
- 600mg
- pediatria: 20 mg/kg
Profilaxia para o próprio paciente:
Se tratado com Penicilina o meningococo
Ceftriaxone para erradicação de orofaringe
Meningite:
Complicações (3)
Quais os germes mais associados a cada?
Clinica e tratamento
- Síndrome de Waterhouse-Friederichsen:
Destruição hemorrágica das adrenais.
Meningococo ou outros Gram -.
Dor abdominal > Choque refratário (séptico + adrenal). - Abcesso:
Pediatria. Pneumococo.
Suspeitar quando cefaleia e febre apesar do ATB e nova punção do LCR normal.
Neuroimagem = dx.
Tratamento cirúrgico, na maioria. - Abcesso por:
a. Anaeróbio: Metronidazol associado
b. Listeria: Ampicilina associada
HIV:
Etiologia e 2 principais consequências
Características virais (4)
Infecção aguda (5) / Fase de latência
Exames diagnósticos (2) e Set point
Etiologia: retrovírus de RNA tipo 1 (mundo) e tipo 2 (África) > queda de linfócitos CD4 e ativação imune crônica
Características:
1. RNA fita simples
2. Envelope lipoproteico (entrada nas células)
3. Enzimas replicativas:
- Transcriptase reversa
- Integrase
- Protease
4. Alvo: LINFÓCITOS CD4
Infecção aguda em 70%: Síndrome Mono-like
1. Febre
2. Rash
3. Linfadenopatia
4. Mialgia
5. Faringite
Fase de latência:
1. Linfonodomegalia generalizada persistente (DD com linfoma)
2. Replicação viral e queda de CD4 (50/ano)
Diagnóstico:
1. Carga viral: 10 dias (fase eclipse)
2. Sorológico: 15-30 dias
Set point:
Carga viral no momento da soroconversão
Quanto maior, pior o prognóstico
HIV:
Início dos sintomas (4)
Fase AIDS - definição (2)
Doenças definidoras de AIDS (11)
Início dos sintomas: CD4 < 350
- sintomas consumptivos
- infecções com maior frequência
candidíase oral
zóster
TB pulmonar
AIDS: CD4 < 200 ou doenças clássicas:
Fungos:
1. Candidíase esofágica ou de via aérea
2. PNEUMOCISTOSE pulmonar
3. Histoplasmose disseminada
Bactéria:
4. TB extrapulmonar
Vírus:
5. CMV que não em linfonodo, baço ou fígado
6. Leucoencefalopatia multifocal progressiva (vírus JC)
Neoplasias:
7. CA cervical invasivo
8. Sarcoma de Kaposi (vascular)
9. Linfoma NH
Parasitos:
10. Neurotoxoplasmose
11. Chagas aguda
HIV:
Diagnóstico:
Em < 18 meses
Em >= 18 meses - 2 fluxogramas
Lei brasileira: 2 testes compatíveis
< 18 meses: 2 Cargas virais / PCR RNA HIV
> = 18 meses:
- Fluxograma do teste rápido:
a. Teste rápido:
+ : novo teste rápido (outro fabricante)
- : diagnóstico afastado
(se suspeita alta repetir em 30 dias)
b. Segundo Teste rápido:
+ : diagnóstico de HIV
- : fluxograma sorologia - Fluxograma sorologia / imunoensaio / ELISA:
a. Imunoensaio:
+ : solicitar carga viral
- : diagnóstico afastado
(se suspeita alta repetir em 30 dias)
b. Carga viral:
>= 5000: diagnóstico de HIV
< 5000: solicitar exame mais específico:
- WESTERN
- IMUNOBLOT
HIV:
Tratamento:
Quando? Qual o objetivo?
Padrão no Brasil
Tipos de drogas e exemplos
Efeitos adversos de TDF, DTG, EFV
Mínimo de 3 drogas
O mais precoce possível: evitar transmissão
Objetivo: manter CV indetectável
Brasil:
1. Tenofovir (TDF)
2. Lamivudina (3TC)
3. Dolutegravir (DTG)
Tipos:
1. Inibidores de Transcriptase Reversa:
a. Tenofovir
b. Lamivudina
c. Efavirenz (resistência)
d. Zidovudina (RNs)
2.Inibidores da integrase:
a. Dolutegravir (mais potente e boa penetração em SNC)
b. Raltegravir (RN alto risco >= 37 semanas)
3. Inibidores da protease:
Atazanavir + ritonavir (ATV/r)
Efeitos adversos:
TDF: nefrotoxicidade e osteopenia/osteoporose
DTG: interação com anticonvulsivantes e cefaleia
EFV (efavironha): neuropsiquiátricos e rash cutâneo
HIV:
Profilaxia pós-exposição:
Quando?
Indicação
Como?
Quando? < 72 horas (ideal <= 2 horas)
Indicação:
TR fonte: + ou alto risco de janela ou desconhecida
TR exposto: -
Como? 28 dias
1. Tenofovir (TDF)
2. Lamivudina (3TC)
3. Dolutegravir (DTG)
HIV:
Profilaxia pré-exposição:
Indicações (3)
Grupos prioritários (4)
Esquema
Proteção em … dias
Eficácia
> = 1 indicação:
1. Relação anal/vaginal sem preservativo regular < 6 meses
2. Episódios de ISTs prévios
3. Uso repetido de PEP
Grupos prioritários:
1. Homem que transa com homem
2. Parceiros sorodiscordantes
3. Transexuais
4. Profissionais do sexo
Esquema:
Tenofovir (TDF) + Entricitabina (FTC)
Proteção:
Reto em 7 dias
Vagina em 10-14 dias (20 dias)
Eficácia: 96%
HIV:
PrEP sob demanda:
Indicações (2)
Quem não pode usar? (2)
Qual o esquema?
Indicações:
< 2 relações / semana
Ato sexual planejado
Não podem utilizar:
1. Mulheres cis
2. Mulheres trans em uso de terapia estrogênica
- estradiol atrapalha ascensão dos níveis séricos
Esquema:
Tenofovir (TDF) + Entricitabina (FTC)
Primeira dose: 2 comprimidos 2-24 horas antes do ato
Segunda dose: 1 comprimido 24 horas após primeiro
Terceira dose: 1 comprimido 24 horas após segundo
Complicações do HIV:
Pneumocistose Pulmonar (PCP):
Agente
Clínica (5) /Laboratório (2)
Exame obrigatório e achados (2)
Alterações radiológicas
Isolamento fúngico (2)
Agente: Pneumocystis jirovecii (fungo)
Clínica / Laboratório:
1.DISPNEIA PROGRESSIVA AOS ESFORÇOS
2. Tosse seca
3. Febre
4. CD4 < 200
5. Associação com candidíase oral / esofágica
6. Associação com sintomas consumptivos
7. LDH > 500
Exame obrigatório:
Gasometria arterial:
1. Alcalose respiratória
2. Hipoxemia: PaO2 < 70 = corticoterapia
Raio x:
1. Infiltrado intersticial bilateral hilo para baixo
2. Poupa ápices
3. AUSÊNCIA de:
a. derrame pleural (afasta dx)
b. adenopatia hilar
Diagnóstico:
1. Escarro: coloração por prata
2. PCR:
- não diferencia colonização de doença ativa
Complicações do HIV:
Pneumocistose Pulmonar:
Tratamento (2)
Se diagnóstico simultâneo
Profilaxia primária (3)
Tratamento ao diagnóstico:
1. Bactrim em altas doses por 21 dias
VO se leve / EV se grave
2. Corticoide em dose anti-inflamatória
se PaO2 < 70
Se diagnóstico simultâneo:
Não é consenso, mas ideal aguardar 2 semanas para TARV.
Profilaxia primária (>=1): Bactrim VO doses baixas
1. CD4 < 200
2. Candidíase oral
3. Febre > 2 semanas sem dx em PVHIV
Complicações do HIV:
Tuberculose:
Manifestações conforme níveis de CD4
Quais os exames para dx? (2)
Como organizar o tratamento?
Qual a interação que pode ocorrer?
Níveis de CD4:
>=350: TB pulmonar com cavitação apical
< 350: TB pulmonar padrão miliar
< 200: TB extrapulmonar
Exames mais utilizados no diagnóstico:
1. TRM-TB
2. BAAR
Tratamento quando simultâneo o dx:
RIPE 6 meses
TARV:
- após 2 semanas do RIPE
- após 8 semanas do RIPE se acometimento de SNC
Rifampicina e Dolutegravir interagem:
2x dose de DTG enquanto Rifampicina até 15 dias após
Complicações do HIV:
Neurocriptococose:
Agente
Clínica (4)
Diagnóstico (4) e alterações LCR (4)
Tratamento (2)
Agente: C. neoformans (CD4 < 100)
Clínica:
1. Hipertensão intracraniana >
cefaleia
confusão mental
rebaixamento do sensório]
2. Febre
3. Raros sinais meníngeos
4. Paralisia de sexto par craniano (óculo motor externo)
Diagnóstico:
1. Análise do LCR:
a. pressão elevada
b. aumento da celularidade (mononucleares)
c. aumento de proteínas
d. queda da glicose
2. TINTA NANQUIM +
3. Cultura de sangue ou LCR
4.Antígeno criptocócico
Tratamento:
1. ANFOTERICINA B + FLUCITOSINA
2. Se PLCR > 25 e cefaleia: punções lombares de alívio
Complicações do HIV:
Neurotoxoplasmose:
Epidemiologia e agente
Como é a clínica?
Diagnóstico (2) e alterações compatíveis (3)
Tratamento (5) e resposta clínica esperada
Profilaxia primária (2)
E se diagnóstico simultâneo?
Epidemiologia: principal causa de lesão focal na AIDS
Agente: Toxoplasma gondii (CD4 < 100)
Clínica:
Arrastada - compressão nervosa e lesão focal
DD com AVE: temporalidade e febre
Hemiparesia / convulsão / cefaleia
Diagnóstico: clínica + TC ou RNM de crânio
1. Múltiplas lesões hipodensas
2. Edema perilesional
3. Realce ANELAR pelo contraste
Tratamento (>= 6 semanas):
1. Sulfadiazina
2.Pirimetamina
3. Ácido folínico
ou
Bactrim
- resposta clínica em 15 dias, se não: LINFOMA
+-
Corticoide para redução de edema cerebral se queda do sensório
Profilaxia primária com Bactrim 1x semana:
1. CD4 < 100
E
2. IgG + para toxo (reativa)
- descontinuar quando CD4 > 200 por >= 3 meses
SE DIAGNÓSTICO SIMULTÂNEO: TARV SIMULTÂNEA
Complicações do HIV:
Linfoma primário:
Agente etiológico
Clínica
Exames compatíveis (3)
Diagnóstico
Tratamento e sobrevida
Agente: Vírus Epstein-Barr
Clínica e imagem semelhante à neurotoxoplasmose
Indicação de tratamento para toxo
Não melhora clínica em 15 dias = investigar linfoma
São compatíveis:
1. CD4 < 50
2. PCR + para EBV no LCR (99%)
3. RNM com lesão única hipodensa com realce anelar ao contraste
Diagnóstico: histopatológico
Tratamento: RDT paliativa e sobrevida de semanas
Complicações do HIV:
Leucoencefalopatia multifocal progressiva (LEMP):
Agente
Clínica
Diagnóstico
Tratamento
Agente: vírus JC (substância branca)
Clínica: múltiplos déficits focais / motores surgindo ao longo do tempo:
mais comum: alterações visuais
segunda: déficit motor
Diagnóstico: clínica +
RNM com HIPERINTENSIDADE DE substância branca em T2
Tratamento: TARV para evitar progressão + reabilitação de déficit irreversíveis
Complicações do HIV:
Histoplasmose pulmonar:
Quadro clássico
Laboratório (2)
Diagnóstico
Tratamento (2)
Pneumonia arrastada com infiltrado nodular em paciente com CD4 < 150.
Laboratório:
1. LDH aumentado
2. Pancitopenia
Diagnóstico:
Pesquisa direta / cultura fúngica
Tratamento:
1. Anfotericina B 2 semanas
2. Itraconazol 12 meses
Complicações do HIV:
Esofagite:
Etiologias (3)
Características das lesões e tratamento
- Candidíase:
Placas esbranquiçadas / amareladas na mucosa
Tto: …azol - Herpes:
Vesículas > úlceras múltiplas e pequenas com bordos elevados e exsudato amarelado ao fundo
Tto: Aciclovir, Fanciclovir e Valaciclovir - CMV:
Úlceras longitudinais / serpiginosas em terço médio-distal do esôfago
Tto: Ganciclovir
Abcesso Hepático Piogênico:
Definição | Localização
Agentes | Principal causa
Qual a exceção?
Qual a clínica?
Diagnóstico
Tratamento
Definição: coleção purulenta no fígado causado por bactérias (DD com Amebiano).
Localização: 75% em lobo direito.
Agentes:
Polimicrobiana: gram - e anaeróbios
- E. coli
- Klebsiella pneumoniae
Principal causa: doenças das vias biliares
Exceção: S. aureus quando disseminação hematogênica.
Clínica: Tríade de Charcot
1. Febre
2. Icterícia
3. Dor em QSD
Maioria = febre de origem obscura
Diagnóstico: TC e RNM (padrão-ouro)
Tratamento: Drenagem percutânea + ATB
- anaeróbios | Gram - | estreptococo
Osteomielite:
Agentes principais (3)
Vias de disseminação
Localização principal
Diagnóstico
Posso solicitar Raio X?
Conduta obrigatória (2)
Como avaliar material ósseo? (2)
Agentes:
S. aureus
S. epidermidis (coagulase negativo)
Pseudomonas (lesão penetrante em pé)
Via de disseminação:
Hematogênica = 20%
Contiguidade = 80%
- dx mais tardio
Localização principal:
Crianças: ossos longos (hematogênica)
Adultos: coluna lombar
Diagnóstico:
Clínica (febre é incomum) + RNM
- dor local
- AUMENTO DE VHS e PCR (98%)
Posso fazer Raio X? Não, alterações surgem com 10-14 dias
Conduta obrigatória:
- Cultura de Material Ósseo
1. Desbridamento cirúrgico (padrão-ouro)
2. Punção percutânea guiada por imagem
- Hemocultura