Psiquiatria Flashcards

1
Q

No que constitui o delirium?

A

Estado confusional agudo. Comprometimento agudo ou flutuante das funções psíquicas

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2
Q

Fatores de risco (predisponente) para o delirium (5)

A
  1. Idade avançada
  2. Sexo masculino
  3. Déficit cognitivo prévio
  4. Lesão neurológica (AVE, tumor)
  5. Prejuízo sensorial (audição, visão…)
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3
Q

Fatores precipitantes (desencadeantes) para delirium (7)

A
  1. Infecção
  2. Desidratação
  3. Imobilização
  4. Drogas / polifarmácia
  5. Internação
  6. Invasão
  7. Dor
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4
Q

Diagnóstico de delirium

A

CAM (confusion assessment method)
Alteração aguda ou flutuante do estado mental + déficit de atenção + pensamento desorganizado ou alteração do nível de consciência

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5
Q

Quadro clínico de delirium excetuando os que fazem parte do diagnóstico

A

Alteração do ciclo sono vigília, alucinações ou ilusões, déficit cognitivo (amnésia, linguagem)

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6
Q

Diferença entre ilusão e alucinação

A

Ilusão: percepção alterada, o estímulo existe mas é percebido de forma errada
Alucinação: vendo ou ouvindo algo que não existe

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7
Q

Tipos de delirium

A

Hiperativo, hipoativo e misto

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8
Q

Qual tipo de delirium mais comum?

A

Hipoativo

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9
Q

Tratamento do delirium

A

Tratar causa precipitante
Se agitação = antipsicótico SOS (haloperidol)

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10
Q

Existe medicamento que previne delirium. V ou F

A

Falso

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11
Q

Como evitar a recorrência do delirium?

A

Expor a luz solar, dar o óculos, o aparelho auditivo

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12
Q

Tipos de substâncias (3)

A

Depressoras, estimuladoras e perturbadoras

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13
Q

Drogas depressoras

A

Álcool, opioide, benzodiazepínico

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14
Q

Drogas estimuladoras

A

Cocaína/crack, nicotina, anfetamina

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15
Q

Drogas perturbadoras

A

Chá de cogumelo, LSD, maconha

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16
Q

Quadro clínico da intoxicação aguda por álcool

A

Euforia, perda da censura (supressão do super-ego) -> incoordenação, alteração das emoções -> rebaixamento do nível de consciência (coma)

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17
Q

Tratamento da intoxicação aguda por álcool

A

Suporte: hidratação, glicose, tiamina…
Se agitação ou agressivo: benzodiazepínico ou antipsicótico

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18
Q

Como avaliar a dependência por álcool?

A

Questionário CAGE ( >/= 2 sensibilidade em torno de 70% e especificidade 70-80%)

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19
Q

O que significa o “C” do questionário CAGE?

A

Cut down - já tentou diminuir ou parar de beber?

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20
Q

O que significa o “A” do questionário CAGE?

A

Annoyed - já se sentiu incomodado quando criticam a forma que bebe?

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21
Q

O que significa o “G” do questionário CAGE?

A

Guilty - já se sentiu culpado pela forma que bebe?

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22
Q

O que significa o “E” do questionário CAGE?

A

Eye opener - já teve que beber pela manhã para aliviar os nervos ou curar os efeitos de uma ressaca?

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23
Q

Tratamento para dependência por álcool

A
  1. Psicoterapia (grupos de ajuda, abordagem familiar, intervenção breve, considerar CAPS-AD ou NASF)
  2. Fármacos (naltrexona, acamprosato, dissulfiram, topiramato, gabapentina)
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24
Q

Quais são os fármacos de 1ª linha para tratamento da dependência por álcool?

A

NALTREXONA (costuma ser a droga de escolha. É metabolizada no fígado) e ACAMPROSATO

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25
Quais são os fármacos de 2ª linha para o tratamento de dependência por álcool?
DISSULFIRAM, topiramato, gabapentina
26
Como atua o DISSULFIRAM?
Impede a metabolização do aldeído, criando uma aversão ao álcool. O ideal é que seja prescrito para pacientes que já pararam de beber
27
Complicações do álcool (3)
Esteatohepatite, cirrose e deficiência de B1
28
Cite os transtornos amnésticos
Síndrome de Wernicke e síndrome de Korsakoff
29
Quadro clínico da síndrome de Wernicke
Quadro agudo e reversível Ataxia + confusão + ALTERAÇÃO DA MOTRICIDADE OCULAR
30
Quadro clínico da síndrome de Korsakoff
Quadro crônico e irreversível Amnésia anterógrada + CONFABULAÇÃO (inventa história para ocupar a ausência de memória)
31
A síndrome de Wernicke pode evoluir para a síndrome de Korsakoff. V ou F
Verdadeiro
32
Síndromes da abstinência alcoólica (4)
Leve, crise convulsiva, delirium tremens e alucinose alcoólica
33
Qual a primeira manifestação da síndrome leve de abstinência por álcool?
Tremor
34
Clínica do delirium tremens
Delírio, alucinações, confusão, aumento de FC/PA/temperatura (quadro psicótico + liberação adrenérgica)
35
Clínica da alucinose alcoólica
Alucinações, estabilidade dos sinais vitais
36
O que é mais comum dos pacientes com abstinência por álcool apresentar: ilusão ou alucinação?
Ilusão (zoopsias: tudo vira bicho)
37
As manifestações da abstinência são o oposto do efeito da droga. V ou F?
Verdadeiro
38
Tratamento da síndrome de abstinência por álcool
Benzodiazepínico (o paciente está agitado, é necessário deprimi-lo)
39
Clínica da intoxicação aguda por opioides
Euforia -> retardo, sonolência, MIOSE, depressão respiratória, coma, redução da FC/PA/temperatura
40
Tratamento da intoxicação aguda por opioide
Suporte + NALOXONA
41
Clínica da abstinência por opioide
Midríase, sudorese, tremor, aumento da FC/PA/temperatura
42
Tratamento da abstinência por opioide
Suporte + metadona ou naltrexona
43
Qual o sentido de fazer metadona para tratamento de abstinência por opioide?
É um opioide de meia vida longa. Substitui o opioide de ação curta, o qual o paciente fica injetando constantemente, aumentando risco de overdose
44
Clínica da intoxicação aguda por benzodiazepínicos
Retardo, sonolência, depressão dos sinais vitais
45
Tratamento da intoxicação aguda por benzodiazepínico
Suporte + FLUMAZENIL
46
Clínica da abstinência por benzodiazepínico
Tremor, palpitações, cefaleia, insônia, déficit de memória, convulsões
47
Com mais de … semanas de uso o paciente já pode ficar dependente do benzodiazepínico (com … mês de uso 4% já ficam)
8 / 1
48
Tratamento da abstinência por benzodiazepínico
Redução gradativa da dose
49
Clínica da intoxicação aguda por cocaína e crack
Irritabilidade, agitação, impulsividade sexual, aumento de FC/PA/temperatura, midríase
50
Tratamento da intoxicação aguda por crack/cocaína
Suporte
51
Qual classe farmacológica não fazer nas intoxicações agudas por crack/cocaína
Beta bloqueador (os estímulos vão pros receptores alfa, causando vasoconstrição, podendo ocasionar IAM, AVE)
52
Clínica da abstinência por crack/cocaína
Ansiedade, depressão, ideação suicida, sonolência, fadiga
53
Tratamento da abstinência por crack/cocaína
Psicoterapia
54
Clínica da intoxicação aguda e da abstinência por anfetamina
A mesma do crack/cocaína Na intoxicação há a particularidade da HIPONATREMIA (polidipsia + SIADH)
55
Como tratar a dependência por nicotina?
Psicoterapia Medicação
56
Quando indicar medicação para tratamento da dependência por nicotina?
Falha na psicoterapia >/= 20 cigarros/dia Fagerströn >/= 5
57
Medicações de primeira linha para tratamento da dependência por nicotina (3)
1.Nicotina (adesivo, goma, pastilha) 2. Bupropiona 3. Vareniclina
58
Contraindicação da nicotina para tratamento de dependência
IAM nos últimos 15 dias
59
O que é necessário para iniciar nicotina como tratamento da dependência por nicotina?
Abstinência total
60
O que é a bupropiona?
Antidepressivo inibidor da recaptação de noradrenalina e dopamina
61
Contraindicação ao uso da bupropiona para tratamento da dependência por nicotina
História de crise epiléptica
62
Contraindicações ao uso da vareniclina
Insuficiência renal, gestantes (preço alto)
63
Drogas de segunda linha para tratamento da dependência por nicotina (2)
1. Clonidina 2. Nortriptilina
64
Clínica da intoxicação aguda por drogas perturbadoras
Alteração de percepção e do comportamento, alucinações, ilusões
65
Tratamento da intoxicação aguda por drogas perturbadoras
Suporte Se agitação = benzodiazepínicos ou antipsicóticos
66
A abstinência das drogas perturbadoras é comum. V ou F
Falso (baixo risco, varia de pessoa para pessoa)
67
Epidemiologia da esquizofrenia: Prevalência = Sexo = Idade de acometimento =
+/- 1% Não há predileção por sexo Nos homens tende a aparecer mais precocemente em torno dos 10-25 anos, e nas mulheres dos 25-35 anos
68
Sinais e sintomas pré mórbidos de esquizofrenia
Introversão (sem namoro ou amigos), isolamento, desconfiança Personalidade esquizoide: frio, isolado, introspectivo Personalidade esquizotípica: excêntrico
69
Sintomas positivos de esquizofrenia (4)
1. Alucinação: distorção senso perceptiva (escuta voz, vê coisa, tato) 2. Delírio: distorção do pensamento (paranoide, grandeza) 3. Alteração da linguagem: neologia, ecolalia 4. Outros: agitação, discurso desorganizado
70
Qual a alucinação mais comum do paciente com esquizofrenia
Escuta vozes
71
Qual o delírio mais comum do paciente com esquizofrenia?
Paranoide
72
Sintomas negativos de esquizofrenia (4)
1. Embotamento afetivo 2. Aparência desleixada 3. Perda do prazer 4. Retração social (isolamento)
73
Tipos de esquizofrenia (4)
1. Paranoide 2. Hebefrênica 3. Catatônica 4. Indiferenciada
74
Característica do tipo paranoide de esquizofrenia
Delírios (persecutório) + alucinações
75
Característica do tipo hebefrênica de esquizofrenia
Prognóstico ruim Comportamento pueril (de criança) + sintomas negativos
76
Característica do tipo catatônico de esquizofrenia
Predominam distúrbios motores (posturas bizarras, rigidez)
77
Diagnóstico de esquizofrenia
>/+ 2 dos seguintes: 1. Alucinações 2. Delírios 3. Discurso desorganizado 4. Comportamento desorganizado 5. Sintomas negativos OBS: pelo menos 1 sintoma nuclear (1, 2 ou 3) OBS: sintomas presentes por >/= 6 meses (os sintomas nucleares bastam estarem presentes por 1 mês)
78
Quais são os sintomas nucleares de esquizofrenia? (3)
Alucinações Delírios Discurso desorganizado
79
Tratamento da esquizofrenia
Antipsicóticos
80
Antipsicóticos de 1ª geração (típicos)
Haldol Clorpromazina (amplictil)
81
Antipsicóticos de 2ª geração
Risperidona Quetiapina Olanzapina Clozapina Aripiprazol
82
Como agem os antipsicóticos de 1ª geração?
Antagonistas do receptor D2 de dopamina
83
Classificação e exemplo dos antipsicóticos de 1ª geração
Alta potência/ menos sedativo - haldol Baixa potência/ mais sedativo - clorpromazina
84
Efeitos colaterais dos antipsicóticos de 1ª geração ao exercerem bloqueio dopaminérgico
Distúrbios do movimento (parkinsonismo, acatisia- não consegue ficar parado), galactorreia, amenorreia
85
Efeitos colaterais dos antipsicóticos de 1ª geração ao exercerem bloqueio histamínico
Sonolência
86
Efeitos colaterais dos antipsicóticos de 1ª geração ao exercerem bloqueio colinérgico
Boca seca, constipação
87
Efeitos colaterais dos antipsicóticos de 1ª geração ao exercerem bloqueio alfa
Hipotensão arterial
88
Como agem os antipsicóticos de 2ª geração?
Antagonistas D2 da dopamina e da serotonina
89
Quais características dos antipsicóticos de 2ª geração em relação aos de 1ª? (3)
1. Melhor perfil de tolerabilidade 2. Medicações mais caras 3. Mais eficazes para tratar sintomas negativos
90
Características da risperidona
Em doses altas tem efeito típico, melhora irritabilidade
91
Características da quetiapina
Ação antidepressiva e hipnótica
92
Características da olanzapina
Aumento peso e resistência insulínica, dislipidemia
93
Características da clozapina
Só pra refratários, pode causar agranulocitose
94
Outros transtornos psicóticos com excessão da esquizofrenia (4)
1. Transtorno delirante 2. Transtorno esquizoafetivo 3. Transtorno psicótico leve 4. Transtorno esquizofreniforme
95
Características do transtorno delirante
Ideia delirante fixa e inabalável (responde mal a antipsicótico). Diagnóstico diferencial com esquizofrenia: delírios não “bizarros”, sem alucinação, idade +/- 40 anos
96
Características do transtorno esquizoafetivo
Distúrbio do humor (mania ou depressão) + esquizofrenia (No curso da doença tem que ter esquizofrenia isolada)
97
Características do transtorno psicótico breve
Esquizofrenia que dura < 1 mês. Normalmente há trauma emocional, mais comum nas mulheres
98
Características do transtorno esquizofreniforme
Esquizofrenia que dura entre 1-6 meses