PARKINSONISMO Flashcards

1
Q

QUAIS SÃO AS 6 ANORMALIDADES CLÍNICAS PRESENTES NO PARKINSONISMO/SÍNDROME PARKINSONIANA:

A

-tremor em repouso, rigidez, bradicinesia-hipocinesia, postura flexionada, abolição dos reflexos posturais e fenômeno de congelamento.

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2
Q

COMO SE DÁ O DIAGNÓSTICO CLÍNICO DE PARKINSONISMO:

A

-deve haver ao menos 2 dessas manifestações clínicas e uma deve ser tremor em repouso ou bradicinesia.

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3
Q

DIVISÃO DO PARKINSONISMO (5) EM RELAÇÃO AS CAUSAS:

A

-primárias, secundárias/sintomáticas, síndromes Parkinson-plus, várias doenças heredodegenerativas nas quais o parkinsonismo é uma das manifestações clínicas e parkinsonismo com deficiência de enzimas envolvidas na síntese dos neurotransmissores.

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4
Q

QUAL É A PATOLOGIA BIOQUÍMICA NO PARKINSONISMO?

A

-redução da neurotransmissão dopaminérgica nos núcleos da base. A degeneração do sistema dopaminérgico nigroestriatal acarreta perda acentuada do teor de dopamina estriatal. Em algumas delas, há degeneração estriatal com destruição dos receptores de dopamina. bloqueio dos receptores de dopamina ou pelo esgotamento das reservas deste neurotransmissor.

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5
Q

QUAL A CONSEQUENCIA DA REDUÇÃO DE ATIVIDADE DOPAMINÉRGICA ESTRIATAL?

A

-causa ativação anormal do núcleo subtalâmico e (GPi), que é o núcleo eferente predominante dos NB.

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6
Q

PATOLOGIA BREVE E BÁSICA DO PARKINSONISMO:

A

-degeneração dos neurônios do TE que contêm neuromelanina, especialmente dos neurônios que contêm dopamina da camada ventral da parte compacta da substância negra e dos neurônios que contêm ne do locus cerúleo.

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7
Q
A
  • alguns dos neurônios sobreviventes destes núcleos têm inclusões proteináceas citoplasmáticas eosinofílicas conhecidas como corpúsculos de Lewis – a marca patológica característica da doença. Os neurônios dopaminérgicos da substância negra projetam-se ao neostriado (via nigroestriatal). Quando surgem os primeiros sintomas, a substância negra já perdeu cerca de 60% dos seus neurônios dopaminérgicos e a concentração de dopamina estriatal é cerca de 80% menor que o normal. Os corpúsculos de Lewy encontrados ocasionalmente ao exame neuropatológico de pacientes sem sinais ou sintomas da DP parecem representar os casos pré-sintomáticos, que por fim teriam desenvolvido manifestações clínicas desta doença. Os corpúsculos de Lewy e os neuritos de Lewy (agregados intra-axonais) contêm a proteína α-sinucleína e estão presentes na DP e na demência com corpúsculos de Lewy, que está associada à patologia cortical ampla e difusa. Outras sinucleinopatias incluem a atrofia sistêmica múltipla (ASM) com inclusões nos oligodendrócitos que contêm α-sinucleína e algumas formas de neurodegeneração com acumulação cerebral de ferro (NACF), que apresentam esferoides axonais com deposição de α-sinucleína.

A coloração dos corpúsculos e neuritos de Lewy com anticorpos dirigidos contra a α-sinucleína indica que a agregação deste composto ocorra primeiramente no aparelho olfatório e no tronco encefálico caudal, especialmente no núcleo motor dorsal do vago no bulbo, mesmo nos casos em que não há acometimento da parte compacta da substância negra ou sintomas clínicos da DP. Braak sugeriu um sistema de estadiamento da patologia da DP e propôs a hipótese de que a patologia relacionada com os corpúsculos de Lewy espalhe-se progressivamente em direção rostral até o tronco encefálico e depois para o telencéfalo e o córtex cerebral (Figura 83.1). Entretanto, a patologia de Lewy não se correlaciona com a destruição ou a perda de função celular real e existem muitos casos que não coadunam com o padrão de progressão sugerido por essa teoria. Os neurônios suscetíveis contendo neuritos de Lewy pertencem à classe dos neurônios de projeção com axônios desproporcionalmente longos, finos e pouco mielinizados ou não mielinizados.

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8
Q

QUADRO CLÍNICO DA DOENÇA DE PARKINSON:

A

-pacientes com DP têm 2 grupos de sintomatologia: as manifestações motoras e as não motoras. Constipação intestinal, depressão, transtorno comportamental do sono REM e redução da capacidade olfativa (hipo ou anosmia) são exemplos de sintomas não motores iniciais da DP. Com o quadro da DP já estabelecido, é comum perceber acentuada seborreia na face e nos cabelos. Alguns pacientes têm pronunciada sudorese ou hipotensão postural nas fases avançadas da doença, em decorrência de sua tristeza. A Figura 1 mostra a evolução dos sintomas, nas diferentes fases da DP.1,6,7

Atualmente, está bem estabelecido que os sintomas não motores causam comprometimento significativo da qualidade vida e devem ser adequadamente reconhecidos e tratados. A depressão pode ocorrer em até 70% dos casos e em qualquer fase da doença, mas está diretamente relacionada ao grau de acometimento motor. Transtornos cognitivos, como distúrbios visuoespaciais, de atenção e função executiva, são comuns mesmo nas fases iniciais da doença. Com 5 ou mais anos de evolução da doença, há substancial aumento no risco de desenvolvimento de um quadro demencial propriamente dito. Nessa fase, são comuns problemas com memória operacional e de fixação, prejuízo das funções executivas, aparecimento de distúrbios do comportamento, alucinações e delírios. A demência pode acometer até 50% dos pacientes com mais de 10 anos de doença.6,7

As manifestações motoras clássicas da DP são tremor de repouso, rigidez muscular, bradicinesia e modificações de postura e equilíbrio, que são os sinais cardinais de parkinsonismo. A bradicinesia é um sinal imprescindível para o diagnóstico de DP; já o comprometimento dos reflexos posturais não deve ser encontrado nas fases iniciais. Alguns pacientes têm predomínio de tremor (forma tremulante), outros têm mais comprometimento axial rígido acinético. A apresentação clínica é muito variável, e não há consenso neste tipo de classificação. Na maioria das vezes, os sintomas começam de modo unilateral e, com o tempo, adicionam-se manifestações contralaterais. Durante toda a evolução, porém, a assimetria costuma ser frequente na doença.1,6

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9
Q

DIFERENÇA BÁSICA ENTRE PARKINSON E PARKINSONISMO?

A
  • parkinsonismo ocorre lesão c/ comprometimento da substancia negra comprometendo produção de dopamina;
  • doença de parkinson se dá pela produção baixa de dopamina. Mas mesmo com tratamento o paciente tem evolução (PQ?????).
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10
Q
A
  • A descoberta, feita no começo do século XX por Lewy, de corpúsculos de inclusão citoplasmática eosinofílicos nos neurônios da substância inominada estabeleceu um marco anatomopatológico para o diagnóstico da DP. Nas alterações patológicas típicas, além dos corpúsculos citoplasmáticos neuronais denominados corpos de Lewy (CL), encontram-se perda neuronal e gliose em diversas áreas do encéfalo, mas especialmente na pars compacta da substância negra (pcSN) do mesencéfalo. O neurônio mesencefálico degenerado é o que dá origem à via nigroestriatal da substância negra, projetando-se para neurônios do putâmen e do globo pálido. A via nigroestriatal é mediada pelo neurotransmissor dopamina, cuja deficiência no estriado é a base fisiopatológica para os sintomas motores clássicos da DP. Estima-se que, quando ocorre o aparecimento dos principais sintomas motores clássicos, já houve perda de 60 a 80% dos neurônios dopaminérgicos da pcSN.1

Os neurônios que entram em processo de degeneração provavelmente passam inicialmente por um processo de produção de CL. Não se sabe se o CL é uma tentativa de impedir o processo degenerativo ou se a formação do CL é o fator desencadeante da morte neuronal. O CL é constituído de diferentes proteínas, mas já foi demonstrado que há ubiquitina, uma enzima citoplasmática fundamental, e alfassinucleína, uma proteína ainda sem papel definido.1,6

Estudos clínico-patológicos em pacientes com DP demonstraram que CL aparecem precocemente na região do núcleo olfatório anterior e no núcleo dorsal motor do vago e do glossofaríngeo no bulbo. Essas alterações ascendem através da ponte até atingir o mesencéfalo, ocasião em que, possivelmente, se iniciam os sintomas motores clássicos. Com o passar do tempo, as alterações continuam a ascender até atingirem o córtex cerebral. Essas novas evidências ajudam a explicar o aparecimento de sintomas, como modificações de personalidade, constipação intestinal e anosmia, que até pouco tempo eram considerados fatores de risco para a DP. O envolvimento cortical tardio pode explicar a demência da fase avançada e a falta de resposta dessas manifestações tardias à levodopa.

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11
Q

O QUE É O PARKINSONISMO SECUNDÁRIO?

A
  • O parkinsonismo secundário nada mais é as síndromes parkinsonianas provocadas por agentes causais conhecidos.
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12
Q

PARKINSONISMO PLUS: DEFINIÇÃO?

A

-grupo de doenças neurodegenerativas de caráter progressivo que cursam com parkinsonismo somados a outras manifestações neurológicas. Se assemelham à DP idiopática, mas que habitualmente não respondem bem à terapêutica repositora de dopamina.
-portanto, a presença de parkinsonismo com baixa resposta a levodopa combinado a sintomas precoces de comprometimento cognitivo, incoordenação motora, alteração dos movimentos oculares, comprometimento autonômico, distonia, disfunção bulbar.

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13
Q

PRINCIPAIS DOENÇAS DO GRUPO PARKINSONISMO PLUS:

A

1-Paralisia supranuclear progressiva (PSP).
2-Atrofia de múltiplos sistemas (AMS).
3-Degeneração corticobasal (DCB).
4-Demência com corpos de Lewy (DCL).

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14
Q

PATOLOGIA SIMPLIFICADA DA DOENÇA DE PARKINSON SEGUNDO MED. INTERNA DO CECIL:

A

-aspectos da DP se deve à perda de dopamina no corpo estriado secundária à perda/degeneração (perda celular, gliose, deposição anormal de alfassinucleína agregada como corpúsculos de Lewy e neuritos de Lewy) de neurônios dopaminérgicos pigmentados na SubNc do mesencéfalo. Cerca de 60% desses neurônios dopaminérgicos terão se degenerado antes que os aspectos clínicos da doença se desenvolvam.

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15
Q
A

-alterações patológicas são evidentes em outros núcleos do tronco encefálico, regiões corticais e neurônios autônomos periféricos. Foi sugerido que a doença de Parkinson começa no te inferior e no sist. olfatório, onde causa perda precoce do sentido do olfato e só mais tarde envolve a substância negra.

é provável que as alterações neurodegenerativas extranigrais seja responsáveis por sintomas que não responde à reposição de dopamina e que se tornam cada vez mais problemáticos à medida que a doença progride.

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16
Q
A

-Mecanismos, estresse oxidativo, disfunção mitocondrial e a neuroinflamação, todos eles demonstraram ter participação na neurodegeneração. A transmissão de uma célula para outra de uma forma da alfassinucleína pode induzir o mau dobramento e a agregação da proteína normal em uma “modelagem permissiva”. Dados epidemiológicos e experimentais sugerem que o adrenorreceptor beta-2 regula o gene da alfassinucleína e que agonistas do receptor podem proteger contra o desenvolvimento da doença de Parkinson.6

17
Q

MANIFESTAÇÃO MOTORA - TREMOR: COMO MELHORA E PIORA? E COMO ELE SE APRESENTA?

A

-O clássico “tremor de repouso” da doença de Parkinson tem aspectos clínicos característicos. Em geral, o tremor se apresenta com o membro em repouso completo e tipicamente diminui quando ele se move. O tremor de repouso é geralmente acentuado por estresse (ex: pedir paciente p/ efetuar cálculos mentais).

18
Q

RIGIDEZ

A

A rigidez é uma forma de tônus muscular aumentado mais bem observada em movimentos passivos lentos. Ela pode ser caracterizada como “roda dentada”, quando o tremor se mostrar superposto, ou como “rigidez em cano de chumbo”, quando não o for. A rigidez é “ativada” ou acentuada no exame quando se solicita ao paciente para mover o membro oposto àquele analisado. Os pacientes podem se queixar de dureza, mas a rigidez geralmente não é incapacitante.

19
Q

ACINESIA/BRADICINESIA

A

Acinesia ou bradicinesia abrange vários distúrbios de movimento, incluindo lentidão, amplitude reduzida, fadiga e interrupções em movimento contínuo. Esse aspecto do parkinsonismo interfere em todas as atividades voluntárias e responde por muitos dos aspectos bem conhecidos da doença: falta de expressão facial com piscar reduzido (hipomimia ou fácies em máscara – o “olhar reptiliano”), fala suave e monótona (hipofonia), deglutição prejudicada resultando em salivação excessiva (sialorreia), escrita manual com letras menores (micrografia), balanço do braço reduzido durante o andar, passos curtos e marcha arrastada, dificuldade em se levantar de uma cadeira baixa e problemas para se virar na cama. A parada em movimento contínuo (“bloqueio motor”) pode interferir em várias atividades, mas é mais bem apreciada como congelamento da marcha (Vídeo 381.2). A bradicinesia é evidente na inspeção e induzida testando-se movimentos rápidos repetitivos e alternantes: toque das teclas rapidamente em um teclado com os dedos da mão alternados por um minuto, abertura e fechamento do punho, pronação e supinação do punho, movimentos repetitivos com os calcanhares e os dedos dos pés.

20
Q

TRATAMENTO

A

-levodopa é base do tratamento da DP, pois atua diretamente sobre a deficiência dopaminérgica. Embora seja a medicação mais eficaz para o controle dos sintomas motores, não é desprovida de efeitos adversos, tanto em curto quanto em longo prazo.

21
Q

VIAS METABÓLICAS DA LEVADOPA:

A

A levodopa é uma droga que, sob a ação da dopa-descarboxilase, é convertida em dopamina. As principais vias metabólicas da levodopa são mostradas na Figura 4.