GLOMERULONEFRITES PRIMÁRIAS Flashcards
INFORMAÇÕES EPIDEMIOLÓGICAS E ESTUDOS ASSOCIADOS AS GLOMERULONEFRITES PRIMÁRIAS:
- As glomerulonefrites são a 3 causa de (DRC) no mundo, responsabilizando-se por cerca de 13 a 15% de todos os casos de DRC terminal, atrás apenas da nefropatia diabética e das lesões renais associadas à hipertensão arterial. as glomerulopatias perfaziam 11% das doenças renais de base que levaram o paciente à necessidade dialítica.
QUAIS AS PRINCIPIS CONSEQUÊNCIAS DE AGRESSÃO AO GLOMÉRULO? E SINAIS E SINTOMAS?
-consequências da agressão glomerular são proteinúria, hematúria, cilindrúria, queda de filtração glomerular, retenção de sódio. – —–edema, hipertensão, urina escura, uremia.
POSSÍVEIS APRESENTAÇÕES CLÍNICAS QUE DEFLAGRAM GLOMERULONEFRITE PRIMÁRIA?
-síndrome nefrítica; síndrome nefrótica e síndromes mistas (nefríticonefrótica); hematúria macroscópica; hematúria e proteinúria assintomáticas; e glomerulopatia rapidamente progressiva.
QUAL A DESCRIÇÃO DE SÍNDROME NEFRÍTICA:
-aparecimento súbito de edema, hipertensão arterial e hematúria, micro/macroscópica. A Algumas glomerulopatia manifestam-se desse modo. A clássica, pós-estrepto, por IgA, lúpica, GNMP.
SÍNDROME NEFRÓTICA: DESCRIÇÃO?
-proteinúria maciça, com tendência a edema, hipoalbuminemia e hipercolesterolemia.
FISIOPATOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO DA PROTEINÚRIA:
-endotélio é uma barreira bastante permeável, e membrana basal é uma rede c/ carga negativa (apresenta grnd quantidade de poros pequenos, e baixa densidade de poros grandes. Podócito recobre a MBG são bastante seletivos à passagem de proteínas, constituindo-se a principal barreira à passagem de proteínas. Todas essas barreiras são carga negativa, o que dificulta ainda mais a permeabilidade proteica.
Nas glomerulopatias, tem-se demonstrado que existem perda de cargas aniônicas e aumento da densidade de poros não discriminantes da MBG, o que leva ao aumento da sua permeabilidade com consequente proteinúria.3 Nas glomerulopatias em que ocorrem apenas lesão podocitária e perda de carga (glomerulonefrite por lesões mínimas), as proteínas encontradas na urina são basicamente de baixo peso molecular, como a albumina e a transferrina, considerando-se a proteinúria seletiva, enquanto naquelas em que ocorre aumento da densidade de poros não discriminantes da MBG (NM, GNMP, GESF), além de albumina e transferrina, encontram-se também proteínas de maior peso molecular, como imunoglobulinas, constituindo-se proteinúria não seletiva.
A maior parte das glomerulonefrites é mediada pelo sistema imune, quer pela deposição de imunocomplexos circulantes, quer pela reação antígeno-anticorpo in situ. Essas reações podem ativar o sistema complemento, o que, direta ou indiretamente, leva ao aumento de permeabilidade da MGB, resultando em proteinúria.
Tem-se demonstrado que, nas diferentes glomerulonefrites experimentais, existe aumento da pressão hidrostática dentro do capilar glomerular, o qual representa outro fator importante na gênese da proteinúria.
FISIOLOGIA BÁSICA DAS MEMBRANAS GLOMERULARES:
-endotélio é uma barreira bastante permeável, e membrana basal é uma rede c/ carga negativa (apresenta grnd quantidade de poros pequenos, e baixa densidade de poros grandes. Podócito recobre a MBG são bastante seletivos à passagem de proteínas, constituindo-se a principal barreira à passagem de proteínas. Todas essas barreiras são carga negativa, o que dificulta ainda mais a permeabilidade proteica.
FISIOPATOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO DA PROTEINÚRIA NAS GLOMERULOPATIAS:
-existe perda de cargas aniônicas e aumento da densidade de poros grandes da MBG, o que leva a aumento da permeabilidade e proteinúria.
-glomerulopatias com apenas lesão podocitária e perda de carga, as proteínas encontradas são de baixo peso molecular, albumina/transferrina (proteinúria seletiva).
-nas que tem aumento da densidade de poros não discriminantes da MBG, encontra também proteínas maiores, como imunoglobulinas (proteinúria não seletiva).
GÊNESA DAS PROTEINÚRIAS, ORIGINADAS PELAS GLOMERULONEFRITES:
-maior parte é mediada pelo SI, deposição de imunocomplexos, reação antígeno-anticorpo. Essas reações podem ativar o sistema complemento e lesão.
- aumento da pressão hidrostática dentro do capilar glomerular, o qual representa outro fator importante na gênese da proteinúria.
PQ PODE OCORRER HEMATÚRIA NAS GLOMERULOPATIA?
- pode ocorrer 1 reação inflamatória local com vasodilatação e passagem de hemácias para o espaço de Bowman. Essa passagem se faz pela diapedese, o que provoca intensa alteração da forma (codócitos, acantócitos e cilindros hemáticos). Lesões c/ ruptura da MBG, podem apresentar hematúria não dismórfica.
RETENÇÃO DE SÓDIO, EDEMA E HIPERTENSÃO: MECANISMO DE UNDERFILL NAS GLOMEULOPATIAS?
-edema explicado por underfill e overflow:
1)underfill se dá em síndrome nefrótica. Há perda de proteínas na e hipoalbuminemia, e diminuição da pressão oncótica do plasma. Essa diminuição leva ao extravasamento p/ interstício, com formação de edema.
retração intravascular, hipovolemia ativa sistemas de reter Na+ SRA, simpático e diminuição do fator natriurético, que agrava edema e forma ciclo vicioso. O paciente apresenta palidez cutânea, taquicardia e hipotensão postural (resultado da hipovolemia), além de hipoalbuminemia importante, frequentemente inferior a 2,5 mg/dℓ.
Baseado em estudos, mesmo pacientes c/ hipoalbuminemia, na maioria dos casos a origem do edema é ligada a maior retenção tubular de sódio provocada pela própria lesão renal.
NAS GLOMEULOPATIAS
-A filtração glomerular depende de vários fatores, entre os quais a pressão intraglomerular, a área disponível para filtração e o coeficiente de permeabilidade da MBG. existe aumento da pressão hidrostática e queda do coeficiente de ultrafiltração.
Vários fatores, como a retração dos podócitos (que ocorre em pacientes com síndrome nefrótica, independentemente do tipo histológico), a infiltração de neutrófilos, os depósitos de imunocomplexos e as proliferações endocapilares, podem ocluir as fenestrações do endotélio e diminuir a área filtrante da MBG, o que explica a queda aguda do coeficiente de permeabilidade da MBG em algumas glomerulopatias. Proliferações extracapilares observadas nas glomerulonefrites crescênticas com colapso do tufo glomerular também podem ser responsáveis pela queda aguda da filtração glomerular por diminuírem a área total disponível para filtração.
As alterações lentas e progressivas da filtração glomerular observadas em alguns pacientes portadores de diferentes glomerulopatias podem se responsabilizar pelo desenvolvimento de insuficiência renal crônica terminal e estão geralmente mais relacionadas com o grau de lesão tubulointersticial do que com as lesões glomerulares.9
-O nível de albumina sérica do paciente com síndrome nefrótica refere-se ao resultado de um balanço em que os fatores mais importantes são a intensidade e a duração da perda urinária de proteína e a capacidade de síntese hepática.
Outro fator que influencia esse balanço é o aumento do catabolismo proteico. Em condições normais, a pequena quantidade de albumina filtrada é reabsorvida pelos túbulos proximais. Quando há aumento dessa filtração, ocorre também aumento da reabsorção tubular e de seu catabolismo. O catabolismo e a perda urinária contribuem para a hipoalbuminemia.10
As alterações lipídicas encontradas na síndrome nefrótica decorrem de dois mecanismos principais. O primeiro relaciona-se diretamente com os níveis de albumina plasmática. A hipoalbuminemia é um estímulo para o aumento da síntese proteica pelo fígado, o que leva à maior síntese de lipoproteínas de baixa densidade e de muito baixa densidade.11 Como as primeiras são carreadoras de colesterol e as segundas de triglicerídios, ocorrem hipercolesterolemia e hipertrigliceridemia. O segundo mecanismo se deve à inibição da lipólise pela redução da atividade da lipase lipoproteica ou perda urinária dessa enzima, com consequente redução no catabolismo dos lipídios.12
Outra alteração metabólica encontrada nos pacientes com doenças glomerulares é a hipocalcemia. Como parte do cálcio plasmático está ligada à albumina, pode-se explicar a hipocalcemia parcialmente pela queda da concentração plasmática dessa proteína. É possível observar também queda do cálcio iônico, explicada pela perda urinária de proteínas ligadas ao metabolismo desse íon: 1,25(OH)2 colecalciferol e 24,25(OH)2 colecalciferol.
Outras complicações relativamente comuns na síndrome nefrótica, como tromboses ou infecções repetidas, decorrem, pelo menos parcialmente, da perda urinária de fatores antitrombóticos e de imunoglobulinas, respectivamente. Atenção especial deve ser prestada à trombose de veia renal em pacientes portadores de glomerulopatia membranosa, cuja prevalência pode chegar a 48% dos casos.13
RETENÇÃO DE SÓDIO, EDEMA E HIPERTENSÃO: MECANISMO DE OVERFLOW NAS GLOMEULOPATIAS?
-nefropatia s/ hipoalbuminemia, o edema é gerado por overflow (edema é imputado à retenção primária de sódio pelo rim lesado).
-O segmento tubular do rim doente que absorve +sódio, é distal e reabs patológica é ligada à hiperatividade das FDT e baixo índ. cel de GMPc. Há retenção de água, aumento da volemia, aumento da pressão hidrostática intravascular, extravasamento de líquido e edema. Os pacientes pode ter hipertensão, edema, hipervolemia e sinais de ICC.