CÓRTEX Flashcards
O QUE É O CÓRTEX ANATOMICAMENTE?
-É uma região de 2-5mm de substância cinzenta, localizada acima da medula cerebral, recobrindo os hemisférios/telencéfalo direito e esquerdo.
O QUE É O CÓRTEX FISIOLÓGICAMENTE?
- Uma região que contém corpos celulares de neurônios.
QUAIS OS TIPOS DE CÉLULAS QUE CONTÉM NO CÓRTEX CEREBRAL?
- (1) células piramidais, (2) células estreladas, (3) células fusiformes, (4) células horizontais de Cajal e (5) células de Martinotti.
O CÓRTEX É FORMADO POR QUANTAS CAMADAS/LÂMINAS?
- 6 camadas/lâminas.
O QUE CHEGA PREDOMINANTEMENTE NAS CAMADAS I E IV:
-receptora de informação sensitiva talâmica.
O QUE CHEGA PREDOMINANTEMENTE NAS CAMADAS III E V:
-efetuadora de projeção.
O QUE CHEGA PREDOMINANTEMENTE NAS CAMADAS I,II,III IV:
-camadas que vão fazer principalmente associação entre si.
O QUE CHEGA PREDOMINANTEMENTE NAS CAMADAS I,II,III IV:
-camadas que vão fazer principalmente associação entre si.
TODAS AS ÁREAS DO CÓRTEX APRESETAM A MESMA PROPORÇÃO DE NEURONIOS NAS CAMADAS?
-Claro que NÃO!!. O córtex motor terá uma camada III e V mais espessa, por exemplo. A mesma coisa acontecerá com as áreas sensitivas e de associação.
REGIÕES SUBCORTICAIS (NB, CORPO AMIGD, FORM. HIPOCAMPAL): QUAL SUA RELAÇÃO COM CÓRTEX?
- Modulam a capacidade cortical de processar informações sensoriais, associar a estados emocionais, armazenar como memória e iniciar ação de resposta.
ÁREAS CORTICIAS: QUANTAS SÃO? O QUE SÃO? COMO SÃO DIVIDIDAS (2)?
-São 52 áreas de broadman. São definifas como grupos neuronais relacionados a uma função específica.
- Área de projeção/primária; e área de associação.
GIRO PÓS CENTRAL: O QUE CHEGA NELE? ESTÁ ATRÁS DOQ?
-fissura central, estende horizontal ao longo do cérebro. Sinais sensoriais de todas as modalidades terminam no córtex atrás fissura central.
FUNCIONALIDADE DOS NEURONIOS DE CADA CAMADA CORTICAL:
1.O sinal sensorial aferente excita primeiro a camada neuronal IV, depois se distribui em direção à superfície do córtex e a camadas mais profundas.
2.As camadas I e II recebem sinais aferentes inespecíficos e difusos dos centros inferiores do encéfalo, os quais facilitam regiões específicas do córtex. Esses sinais controlam principalmente o nível geral de excitabilidade das respectivas regiões estimuladas.
3.Os neurônios das camadas II e III emitem axônios a porções relacionadas do córtex cerebral do lado oposto do cérebro por meio do corpo caloso.
4.Os neurônios das camadas V e VI emitem axônios para regiões profundas do sistema nervoso. Neurônios da camada V são geralmente maiores e se projetam até regiões mais distantes, como núcleos da base, tronco encefálico e medula espinhal, onde controlam a transmissão de sinais. A partir da camada VI, muitos axônios se estendem até o tálamo, fornecendo sinais do córtex cerebral que interagem e auxiliam o controle dos níveis excitatórios de sinais aferentes que chegam ao tálamo.
DIFERENÇAS ENTRE SOMATOSSENSORIAL I E II?
-I possui alto grau de localização das diferentes partes do corpo (mão, braço, dedo). A localização é pouco precisa na II (braço).
COMO É DEFINIDO O CÓRTEX PRIMÁRIO/DE PROJEÇÃO? QUANTAS EXISTE?
-regiões nas quais chegam as informações diretamente, ou saem informações.
-6 áreas (sensitivas) e 1 área (motora)
COMO É DIVIDIDO O CÓRTEX DE ASSOCIAÇÃO SECUNDÁRIA?
COMO É DIVIDIDO O CÓRTEX DE ASSOCIAÇÃO TERCIÁRIA?
CÉLULAS PIRAMIDAIS CORTICAIS:
-A maioria dos corpos celulares (cc) mede de 10-50 μm. Piramidais gigantes, (Betz), tem cc de até 120 μm, são encontradas no giro pré-central motor do lobo frontal. Ápices das piramidais são orientados para a superfície pial do córtex. A partir do ápice de cada célula, um dentrito apical espesso se estende para cima, emitindo ramos colaterais. A partir dos ângulos da base, vários dendritos basais seguem lateralmente. Cada dendrito possui numerosas espinhas dendríticas para as junções sinápticas com os axônios de outros neurônio. Axônio surge da base do cc e termina nas lâminas corticais mais profundas ou, entra na sub. branca do hemisf. cerebral.
CÉLULAS ESTRELADAS:
-denominadas tbm células granulares em virtude do seu pequeno tamanho, têm formato poligonal, e seus corpos celulares medem cerca de 8 μm de diâmetro. Essas células possuem múltiplos dendritos ramificados e um axônio relativamente curto, que termina em um neurônio adjacente.
CÉLULAS FUSIFORMES:
-têm eixo longitudinal vertical à superfície e estão concentradas + profundas. Os dendritos surgem de cada polo do corpo celular. O dendrito inferior se ramifica dentro da mesma lâmina celular, enquanto o dendrito superficial ascende para a superfície do córtex e ramifica nas lâminas superficiais. O axônio origina-se da parte inferior do corpo celular e entra na substância branca.
CÉLULAS HORIZONTAIS DE CAJAL:
-são peq. células fusiformes, encontradas nas lâminas mais superficiais do córtex. dendrito surge de cada extremidade da célula, e um axônio segue paralelamente à superfície do córtex, estabelecendo contato com os dendritos das células piramidais.
CÉLULAS DE MARTINOTTI:
-consistem em peq. células multipolares encontradas em todos os níveis do córtex. A célula possui dendritos curtos, porém o axônio se dirige para a superfície pial do córtex, onde termina em uma lâmina mais superficial, geralmente a mais superficial delas. O axônio dá origem a alguns ramos colaterais curtos em seu trajeto.
LOBO FRONTAL:
-o aspecto característico dessa área é ausência quase total das lâminas granulares e a proeminência das células nervosas piramidais. As células piramidais gigantes de Betz estão concentradas + intensamente na parte superior do giro pré-central e no lóbulo paracentral; o seu número diminui anteriormente, no giro pré-central, ou inferiormente p/ o sulco lateral. A grande maioria das fibras corticospinais e corticobulbar origina-se das células piramidais pequenas nessa área. Estima-se que o número de células de Betz presentes seja de 25-30 mil e seja responsável por apenas cerca de 3% das fibras corticospinais.
A área pré-central pode ser dividida em regiões posterior e anterior. A região posterior, que é designada como área motora, área motora primária ou área 4 de Brodmann, ocupa o giro pré-central e estende-se além da margem superior no lóbulo paracentral. A região anterior é conhecida como área pré-motora, área motora secundária ou área 6 de Brodmann e partes das áreas 8, 44 e 45. Ocupa a parte anterior do giro pré-central e as partes posteriores dos giros frontais superior, médio e inferior.
A área motora primária, quando eletricamente estimulada, produz movimentos isolados no lado oposto do corpo, bem como contração de grupos musculares envolvidos na execução de um movimento específico. Embora não ocorram movimentos ipsilaterais isolados, observa-se a ocorrência de movimentos bilaterais dos músculos extraoculares, dos músculos da parte superior da face, da língua, da mandíbula, da laringe e da faringe.
As áreas dos movimentos corporais são representadas em forma invertida no giro pré-central (Figura 8.5). Começando inferiormente e seguindo para cima encontram-se as estruturas envolvidas na deglutição e língua, mandíbula, lábios, laringe, pálpebras e sobrancelhas. A área seguinte é uma região extensa para os movimentos dos dedos das mãos, particularmente do polegar, da mão, do punho, do cotovelo, do ombro e do tronco. Os movimentos do quadril, do joelho e do tornozelo são representados nas áreas mais altas do giro pré-central; os movimentos dos dedos dos pés estão situados na face medial do hemisfério cerebral, no lóbulo paracentral. Os movimentos dos esfíncteres do ânus e da uretra também estão localizados no lóbulo paracentral. A área do córtex que controla determinado movimento é proporcional à habilidade envolvida na exceção do movimento e não está relacionada com a massa muscular que participa do movimento.
LOBO OCCIPITAL:
-A área visual primária (área 17 de Brodmann) está localizada nas paredes da parte posterior do sulco calcarino e, em certas ocasiões, estende-se ao redor do polo occipital, na face lateral do hemisfério (ver Figura 8.4). Ao exame macroscópico, pode ser reconhecida pela espessura do córtex e pela estria visual; ao exame microscópico, é visualizada como um tipo granular de córtex, com apenas algumas células piramidais presentes.
O córtex visual recebe fibras aferentes do corpo geniculado lateral. As fibras seguem inicialmente para a frente na substância branca do lobo temporal e, em seguida, voltam para o córtex visual primário no lobo occipital. O córtex visual recebe fibras da metade temporal da retina ipsilateral e da metade nasal da retina contralateral. Por conseguinte, a metade direita do campo visual é representada no córtex visual do hemisfério cerebral esquerdo e vice-versa. Observe que os quadrantes superiores da retina (campo visual inferior) seguem para a parede superior do sulco calcarino, enquanto os quadrantes inferiores da retina (campo visual superior) seguem para a parede inferior do sulco calcarino.
A mácula lútea, que é a área central da retina e a área para visão mais perfeita, é representada no córtex na parte posterior da área 17 e responde por um terço do córtex visual. Os impulsos visuais das partes periféricas da retina terminam em círculos concêntricos anteriores ao polo occipital, na parte anterior da área 17.
A área visual secundária (áreas 18 e 19 de Brodmann) circunda a área visual primária nas faces medial e lateral do hemisfério. Essa área recebe fibras aferentes da área 17 e de outras áreas corticais, bem como do tálamo. A função da área visual secundária consiste em relacionar as informações visuais recebidas pela área visual primária com experiências visuais prévias, permitindo, assim, que o indivíduo reconheça e entenda o que está vendo.
Acredita-se que o campo ocular occipital exista na área visual secundária nos seres humanos. Sua estimulação produz desvio conjugado dos olhos, particularmente para o lado oposto. Acredita-se que a função desse campo visual seja reflexa e esteja associada aos movimentos dos olhos quando acompanham um objeto. Os campos oculares occipitais de ambos os hemisférios estão conectados por vias nervosas, e acredita-se também que estejam conectados com o colículo superior. Por outro lado, o campo ocular frontal controla os movimentos de varredura voluntários do olho e não depende de estímulos visuais.