Hepato: Cirrose Flashcards

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1
Q

CIRROSE HEPÁTICA

Definição

A
  • Doença hepática crônica avançada
  • É o estágio terminal de todas as doenças hepatocelulares
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Q

Funções do fígado

A

O fígado tem como grande função regular a homeostase e faz isso através de:

  • Depuração de toxinas
  • Metabolismo glicídico e lipídico
  • Produção de proteínas (Albumina, proteínas do complemento, fatores de coagulação)
  • Metabolização da bilirrubina indireta → direta
  • Formação da bile
  • Armazenamento de ferro e cobre
  • Função antitóxica (remoção de drogas e excesso de hormônios)
  • Ativação da proteína D
  • Síntese do colesterol
  • Conversão de amônia em uréia
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Q

Consequências imediatas de lesão hepática aguda

A
  • Encefalopatia hepática → Pelo acumulo de amônia
  • Diminuição drástica das proteínas que possuem pequeno tempo de meia vida → Como o Fator VII, causando distúrbio da coagulação
  • Hipotensão causada pela passagem de microrganismos produtores de óxido nítrico
  • Hipoglicêmica pela ausência de gliconeogênese e glicogenólise
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4
Q

Células estreladas (de Ito)

A
  • Localizadas no espaço de Disse (Entre as lâminas de hepatócitos e os sinusóides),
  • Em condições normais armazenam vitamina A
  • Quando ocorre dano aos hepatócitos se transformam em fibroblastos e produzem colágeno, formando um escudo de proteção para que o hepatócito possa se regenerar
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5
Q

Fisiopatologia da cirosse hepática

A

A depender da intensidade e da frequencia de lesão hepática, as células estreladas se diferenciam em fibroblasto e podem produzir muito tecido fibroso ao redos dos hepatócitos lesados (nódulos de regeneração - diminuição da funcionalidade hepática)

Há também, deposição de tecido fibrótico nos sinusóides hepáticos, deixando-os rígidos e dificultando a entrada do sangue através da veia porta (hipertensão portal)

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6
Q

Manifestações da cirrose hepática

A
  • Encefalopatia hepática → Acúmulo de amônia
  • Hipotensão → Aumento do óxido nítrico
  • Hipertensão pulmonar → Substâncias vasoativas chegam ao pulmão, e fecham os vasos ou dilatam os vasos → síndrome hepatopulmonar.
  • Acúmulo de estrogênio → ginecomastia, eritema palmar, telangiectasias.
  • Diminuição da testosterona → diminui libido, diminuição de massa muscular, atrofia testicular, disfunção erétil.
  • Destúrbio da coagulação → principalmente pela diminuição do fator VII. E da absorção da vitamina K.
  • Hiperbilirrubinemia
  • Problemas absortivos → Não forma bile, não absorção das vitaminas lipossolúveis, A, D, E, K.
  • Falta da vitamina D → osteopenia e osteoporose na evolução da doença
  • Ascite
  • Infecções → maior facilidade de patógenos adetrarem a circulação → Globulinas podem estar normias ou até levemente aumentada
  • Varizes de esôfago
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7
Q

Varizes esofágicas

A

Na hipertensão portal, o sangue não consegue passar todo pelo fígado pra ser depurado → há o uso de vasos colaterais para levar-lo à veia cava → plexo esofágico (varizes esofágicas), plexo hemorroidário (varizes retais), veias abdominais anteriores (cabeça de medusa)

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8
Q

Ascite cirrótica

A

Os mecanismos são complexos e não completamente compreendidos.

3 fatores principais:

  • Hipertensão portal → Leva ao grande extravasamento do líquido filtrado do sangue
  • Diminuição da pressão coloidosmótica (ou oncótica) → a redução de albumina torna mais “fácil” o extravasamento do plasma que está sendo “empurrado” pelo aumento na pressão do sistema porta.
  • Retenção de sódio e água pelos rins → a hipotensão que pode ocorrer pela dilatação de alguns vasos (pelo aumento da pressão e/ou excesso de NO) levam o rim a ativar o SRAA, retenso mais Na e água e piorando a ascite
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9
Q

Etiologias

A
  • ​Alcoólica (principal)
  • Viral (hepatites)
  • Metabólica
  • Induzida por toxinas e fármacos
  • Autoimune
  • Biliar
  • Obstrução do fluxo venoso hepático
  • Criptogênica (idiopática)
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10
Q

Quadro clínico

A
  • Sintomas iniciais inespecíficos
  • Alterações na função hepática e/ou citopenias
  • Perda de peso
  • Astenias
  • Déficits neurológicos de concentração e da memória
  • Alteração do ciclo menstrual e da libido
  • Ginecomastia
  • Icterícia
  • Ascite
  • Esplenomegalia
  • Telangiectasia
  • Spiders/aranhas vasculares
  • Eritema palmar
  • Flapping
  • Hálito hepático
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11
Q

Diagnóstico

A
  • Aspectos clínicos e laboratoriais
  • Biópsia (risco de sangramentos e complicações)
  • Elastografia – método menos invasivo de maior sensibilidade e especificidade (evidencia o nível de fibrose hepática)

Marcadores da função hepática

  • Albumina
  • Proteínas totais e frações
  • TP, TTPA
  • Bilirrubina total e frações
  • FA
  • GGT (gama-glutamil transferase)

Marcadores de lesão hepática

  • ALT (TGP)
  • AST (TGO)
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12
Q

Classificação Funcional

Escala de Child Pugh

A
  • Baseada em critérios clínicos e laboratoriais
  • Determina a gravidade de cada caso
  • Regra mnemônica BEATA
    • B - Bilirrubina
    • E - Encefalopatia
    • A - Albumina
    • T - Tempo de protrombina
    • A - Ascite
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13
Q

Fase Compensada

A
  • Sobrevida média de 10 anos
  • Muitas vezes não tem sintomas ou queixas específicas.
  • Fadiga, perda de peso, perda da massa muscular; com o passar do tempo pode ter anormalidades mais exuberantes.
  • Nessa fase não há ascite, no máximo há varizes
  • Geralmente paciente é GRAU A de Child Pugh
  • Mortalidade 1% ao ano, se houver varizes esofágicas 5% ao ano
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14
Q

Fase Descompensada

A
  • Ascite
  • Varizes são mais calibrosas e podem até sangrar
  • A sobrevida média é de 1 ano e meio.
  • O sangramento de varizes muda radicalmente a mortalidade ao ano, passa de 50% ao ano
  • Geralmente paciente é GRAU C de Child Pugh
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15
Q

Escala para transplante de fígado

MELD (Model for End-stage liver Disease)

A

Avalia o prognóstico para priorizar o paciente da lista de espera

Regra mnemônica BIC

  • B - Bilirrubina
  • I - INR ou RNI
  • C - Creatinina
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16
Q

Tríade portal

A
  • Ramo da artéria hepática
  • Ducto hepático
  • Ramo da veia porta
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17
Q

Síndrome de Zieve

A

Tipo de anemia característica da cirrose alcoólica

Hemácias espiculadas e acantócitos

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18
Q

Causas cirrose

HEMOCROMATOSE

(Diagnóstico e tratamento)

A

Diagnóstico:

  • Encontrar o excesso de ferro no corpo. Olhar o transporte dela pelo corpo → saturação de transferrina estará elevada (> 40 - 45%)
  • Ferritina pode confundir, pois se eleva em outras situações
  • Pesquisar mutação C282Y (caro, complexo)
  • Considerar biópsia de fígado (possíveis efeitos adversos)

Tratamento:

  • Sangria periodicamente
  • Quelante de ferro ajuda pouco
  • O impacto do tratamento nas minifestações articulares é pequeno
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19
Q

Causas cirrose

Hepatite alcoólica

(Sintomas, fisiopatologia)

A

Sintomas similares a uma hepatite viral

  • febre
  • Dor abdominal hipocôndrio direito
  • Elevação de transaminases, bilirrubinas,
  • Icterícia

+ o consumo excessivo e crônico de álcool

O organismo utiliza o álcool como fonte de energia e deixa de metabolizar glicose e lípidios, ocorrendo um acúmulo de ácidos graxos no fígado. Caso o acúmulo seja muito intenso, ocorre dano celular e inflamação. A destruição acentuada de hapatócitos eventualmente culmina em cirrose.

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20
Q

Causas cirrose

Hepatite alcoólica

(Diagnóstico, tratamento)

A

Diagnóstico:

  • História clinica
  • Sorologias para afastar etiologia viral
  • Elevação mais pronunciada de AST/TGO em detrimento da ALT/TGP, 2-3x
  • Habitualmente leucocitose com aumento de neutrófilo (15-17 mil)

Tratamento

  • Corticoide quando agressão importante (indicação de acordo com o IFD, índice de função discriminante, baseado no coagulograma e bilirrubina)
  • Evitar ingestão de álcool.
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21
Q

Causas cirrose

ESTEATOSE HEPÁTICA NÃO ALCOÓLICA (NASH)

(Fisiopatologia, diagnóstico e tratamento)

A

Esteatose relacionada a síndrome metabólica e DM 2.

Resistência à insulina, diminuição de glicose dentro da célula. O corpo libera gordura, mas o ácido graxo não é metabolizado, porque a mitocôndria não metaboliza ácido graxo sem insulina baixa e um pouco de glucagon. Causando, assim, acúmulo de radicais livres, que destroem hepatócitos.

Diagnóstico

  • Maioria dos pacientes assintomáticos
  • Alguns pacientes têm desconforto no quadrante direito superior, fadiga e/ou mal-estar
  • Sinais de hipertensão portal e cirrose podem ocorrer e podem ser as primeiras manifestações
  • Excluir alcoolismo (com base na história corroborada) e hepatite B e C (com testes sorológicos) e fazer biópsia do fígado.

Tratamento:

  • Modificação do estilo de vida (diminuir a resistência à insulina ⇒ Perda de peso
  • Pioglitazona (a metformina não mostrou muitos benefícios)
  • Vitamina E (diminui estresse oxidativo)
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22
Q

CIRROSE BILIAR PRIMÁRIA

(Fisiopatologia, anticorpo característico e tratamento)

A

Doença autoimune

Agressão na parede dos canalículos biliares → Inflamação → extravasamento de bile para o hepatócito → agressão que pode culminar com cirrose

Diagnótico

  • Colesterol alto (também extravasa bile para o sangue, 800, 1000, 2000),
  • xantelasma (acúmulo de bile na pele)
  • Pode vir junto com outras doenças autoimunes

Anticorpo clássico: anti-mitocôndria.

Tratamento: Ácido ursodesoxicólico (inibe a síntese de colesterol no fígado e estimula a síntese de ácidos biliares, restabelecendo o equilíbrio entre eles)

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23
Q

Causas cirrose

HEMOCROMATOSE

(conceito, fisiopatologia)

A

Distúrbio genético ou adquirido, que leva ao acúmulo de ferro em diversas células e tecidos

  • Causa primária: Hereditária
  • Causas secundárias: Hemotransfusões de repetição, anemias hemolíticas crônicas

O excesso do ferro no organismo, seja pela mutação C282Y (que desrregula a ferroportina permitindo absorção de ferro em excesso), por receber muito ferro em transfusões, ou ainda por muita hemólise, causa acúmulo hepático do elemento que se alterna entre os estados férrico e ferroso, gerando radicais livres, destruindo hepatócitos e células de outros tecidos nos quais ele também pode se acumular (pâncreas, coração, articulação)

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24
Q

Causas cirrose

HEMOCROMATOSE

(Manifestações)

A
  • Cirrose hepática
  • Hipogonadismo (depósito de ferro na hipófise, hipopituitarismo)
  • Escurecimento da pele
  • Manifestações articulares (osteoartrite, artrose)
  • Arritmias
  • DM (afeta a parte endócrina do pâncreas)
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25
Q

Causas de cirrose

DOENÇA DE WILSON

(Conceito e manifestações)

A

Acúmulo de cobre no corpo, devido a um defeito genético que interfere na excreção do cobre pelas células (naõ formação do complexo ceruloplasmina pelo ATP7B). O cobre na célula oxida e reduz diversas vezes produzindo radicais livres que podem destruir hepatócitos

Manifestações

  • Manifestação clássica: cirrose com alteração na Cuca.
  • Alterações neuropsiquiátricas (tremores, demência, psicose)
  • Anel de Kayser-Fleischer
  • Pode ocorrer doença renal (agressão ao sistema tubular proximal)
  • Pode ocorrer anemia hemolítica
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26
Q

Causas de cirrose

DOENÇA DE WILSON

(Diagnóstico e tratamento)

A

Diagnóstico:

  • Não tem como dosar o cobre sérico, porque a dosagem é feita junto com a ceruloplasmina
  • Dosar a ceruloplasmina sérica. Níveis reduzidos podem fazer pensar na doença de Wilson
  • Dosagem de cobre na urina. Dependendo dos níveis pensa-se na doença de Wilson

Tratamento:

  • Quelantes do cobre: Penicilamina, Sais de zinco, Trientina.
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27
Q

ASCITE

A

Acúmulo anormal de líquido seroso na cavidade peritoneal, geralmente associada à doença hepática crônica

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28
Q

Composição do líquido ascítico

A

Semelhante à do plasma ou mais diluído

29
Q

Principal complicação do cirrótico

A

Ascite (30%)

30
Q

GASA

(Gradiente de albumina soro-ascite)

A

Indicador acurado de hipertensão portal ≥ 1.1 g/dL⇒ hipertensão portal

GASA = albumina sérica - albumina do líquido ascítico

31
Q

Principais causas de ascite associadas a hipertenção portal

A
  • Doenças hepáticas (cirrose, hepatites graves e metástases hepáticas maciças)
  • Cardiopatias
  • Síndrome de Budd-Chiari e doença veno-oclusiva
  • Mixedema
32
Q

Principais causas de ascite não relacionadas à hipertensão portal

A
  • Carcinomatose peritoneal
  • Inflamação do peritônio
  • Diminuição da pressão oncótica
  • Extravasamento do líquido para o peritônio
33
Q

Principais causas de ascite

A
  • Cirrose hepática 80%
  • Carcinomatose peritoneal
  • Insuficiência Cardíaca
  • Tuberculose peritoneal
  • Relacionadas à hipertensão portal, ao peritônio, à retenção de líquidos ou ao extravasamento de líquidos no peritônio
34
Q

Aspectos clínicos da ascite

A
  • Aumento do volume abdominal
  • Empachamento pós-prandial
  • Dispneia
  • Sinais de macicez móvel, semicírculo de Skoda e sinal do piparote
  • Paracentese diagnóstica (sempre fazer para conhecer o tipo de líquido do paciente)
  • Realizada em todos os casos novos de ascite e nos pacientes com descompensação
35
Q

Paracentese Diagnóstica na ascite

A

A maioria desses exames devem ser solicitados de acordo com a suspeita, porém os exames para possibilitar o cálculo do GASA e a cultura e Gram devem sempre ser feitas)

  • Citologia total e diferencial
  • Proteínas totais e albumina
  • Glicose
  • HDl/DHL ® Desidrogenase láctica
  • Amilase
  • Bilirrubina
  • Albumina (para o GASA)
  • Adenosina deaminase (ADA ® principalmente na suspeita de TB)
  • Bacteriologia com Gram
  • Cultura com antibiograma
  • Pesquisa de células neoplásicas
  • Pesquisa de micobactérias
36
Q

Tratamento ascite

A
  • Balança negativo de sódio ► Dieta hipossódica
  • Restrição de água livre se Na sérico < 120 mEq/L
  • Diuréticos
    • Poupadores de potássio (antagonistas da aldosterona)
    • Espironolactona 100 mg/d, pela manhã (dose máxima 400 mg/d)
    • Associação com diuréticos de alça (para evitar o acúmulo de potássio da espironolactona ⇒ proporção de 40 mg de furosemida para 100 mg de espironolactona)
37
Q

Ascite refratária⇒

A
  • Ausência de resposta aos diuréticos ou complicações com o uso desses
  • Paracentese de alívio
    • Paracentese > 5L ⇒ reposição de albumina 8g por litro retirado (litro excedente dos 5L iniciais)
  • Descompressão portal com TIPS
38
Q

Quanto de albumina deve ser reposto ao retirar mais de 5L de líquido ascítico de um paciente?

A

8g de albumina por litro retirado

(excedente dos 5L iniciais)

39
Q

PERITONITE BACTERIANA ESPONTÂNEA (PBE)

A

Infecção do líquido ascítico (LA) previamente estéril sem perfuração de vísceras e sem contaminação direta

40
Q

Causa PBE

A
  • Translocação de bactérias intestinais
  • LA com pouco conteúdo proteico e baixo poder bactericida e de opsonização
41
Q

Paciente de alto risco para PBE

A

baixos níveis de proteínas do LA

42
Q

Mortalidade PBE

A
  • Alta (60%)
  • Recidiva de 70% em 1 ano
43
Q

Diagnóstico PBE

A
  • Dor abdominal e febre/piora clínica dos cirróticos
  • Paciente cirrótico que repentinamente começa a piorar sempre tem que afastar infecção
44
Q

3 principais infecções do cirrótico

A

PNE, ITU e PBE

45
Q

Paracentese PBE

A
  • Diagnóstica
  • Contagem de polimorfonucleares do LA ≥ 250 células/mL
  • Cultura positiva em 50 a 90% dos casos
  • Etiologia mais comuns: E. coli, pneumococo e Klebsiella
46
Q

PBE clássica

A

Clínica + aumento do número de neutrófilos (polimorfos > 250) + cultura monobacteriana positiva

47
Q

Bacteriascite

A

Isolamento bacteriana no líquido ascitico sem aumento de neutrófilos ⇒ talvez foi só contaminação na coleta

48
Q

Ascite neutrocítica de cultura negativa

A

polimorfor > 250, mas a cultura não é positiva ⇒ tratar como PBE

49
Q

Peritonite bacteriana secundaria

A

Peritonite não espontânea → perfuração de viscera, ruptura de abcesso.

  • Grande consumo de glicose
  • Cultura polimicrobiana
  • Neutrófilos > 250
50
Q

Tratamento PBE

A
  • Cefalosposrina de 3ª geração
    • Ceftriaxona 1g, 12/12 horas
    • Cefotaxima 2g, 8/8 horas
    • 5 dias
  • Infusão de albumina intravenosa
    • 1,5 g/kg no 1º dia do diagnóstico
    • 1g no 3º dia

Sempre associar os dois!

51
Q

Profilaxia PBE

A
  • Se PBE prévia (alta recidiva)
  • Se proteínas totais do LA (líquido ascítico) < 1g/dL
  • Se descompensação hepática → HDA
  • NORFLOXACINO 400 mg por dia VO
52
Q

ENCEFALOPATIA HEPÁTICA

A
  • Alterações neuropsíquicas, como deficits de memória e atenção
  • Alteração intelectual
  • Alteração da personalidade
  • Alteração no nível de consciência, variando da sonolência ao coma
  • Alterações motoras (tremores musculares)
  • Deficiência de depuração de toxinas e metabólitos
  • Coma
53
Q

Patogênese encefalopatia hepática

A

Pacientes com insuficiência hepática ou shunt portossistêmico (sangue não é filtrado)

  • Acúmulo de amônia
  • Presença de falsos neurotransmissores
  • Sinergismos de neurotoxinas (falência do fígado em metabolizar as substâncias tóxicas para o SNC)
  • Alteração do metabolismo cerebral
  • Desvio do sangue portal para o sistema cava, sem passar pelo fígado (encefalopatia portossistêmica)
54
Q

Classificação de WEST HAVEN

Encefalopatia hepática

A

Estágio I ao IV

Avalia:

  • Consciência
  • Função intelectual
  • Comportamento
  • Anormalidades neuro-musculares

Sendo que

  • Estagio I: Apatia, inquietude, ansiedade, tremores
  • Estágio IV: Coma
55
Q

Fatores precipitantes da EH

A
  • Aumento na produção, absorção ou chegada no cérebro da amônia
  • Drogas
  • Trombose (de veia hepática ou veia porta)
  • Desidratação
  • Shunt portossistêmico (espontâneo ou cirúrgico)
  • Carcinoma hepatocelular primário
56
Q

Diagnóstico EH

A
  • Avaliação geral do doente e busca de fatores que precipitaram a encefalopatia
  • Teste laboratoriais de rotina
  • Afastar infecções: realizar paracentese diagnóstica
  • Afastar lesões estruturais do SNC (se suspeita – exame de imagem)
57
Q

Tratamento HE

A

Dieta: NORMOPROTEICA

Lactulose

  • Dissacarídio, inabisorvível, produz substâncias redutoras que diminuem o ph intracolônico, transformando amônia em amônio que não ultrapassa a barreira hematoencefálica

Antibióticos orais

  • Inibição da produção de amônia ou de neurotoxinas por bactérias intestinais
  • Metronidazol 250-500 mg 8/8h
  • Rifaximina 55 mg 12/12h
58
Q

SÍNDROME HEPATORRENAL

A

Falência renal sem lesões aparentes nos rins em pacientes com hepatopatias graves

59
Q

Fisiopatologia Síndrome hepato-renal

A

Hipertesão renal → Aumento do NO → vasodilatação esplenica → underfilling arterial (menor RVP, hipotensão) → Ativação do SRAA e aumento do ADH → vasoconstricção renal → síndrome hepato-renal

60
Q

Síndrome hepato-renal Tipo 1

A

Lesão renal rapidamente progressiva

61
Q

Síndrome hepato-renal Tipo 2

A

Lenta deterioração da função renal (semanas a meses)

62
Q

Diagnóstico e tratamento Sd hepatorrenal

A
  • Sódio urinário baixo
  • Não há resposta à suspensão de diuréticos e à reposição volêmica vigorosa
  • Diagnóstico diferencial de IRA pré-renal
  • Correção da hipovolemia
  • Infusão de albumina
  • Utilização de análogos de somatostatina e vasoconstritores esplâcnicos
63
Q

Principais complicações da cirrose

A
  • Ascite
  • Síndrome hepatorrenal
  • PBE
  • Encefalopatia hepática (EH)
  • HDA
  • Insuficiência hepática
64
Q

Como se caracteriza histologicamente a cirrose?

A

Nódulos de regeneração rodeados por septos fibróticos densos e extinção parenquimatosa, gerando uma distorção pronunciada da arquitetura vascular hepática

65
Q

Valor do sódio urinário na cirrose

A

< 1% (pré-renal)

66
Q

Valor da albumina considerada no Child Pug

A
  • 1 ponto de > 3,5 g/dL
  • 2 pontos se 3,5 - 3 g/dL
  • 3 pontos se menor que 3g/dL

(referência albumina: 3,5 -4,8 g/dL)

67
Q

Das etiologias de GASA < 1.1 qual tem proteína no líquido peritoneal < 2,5?

A

Ascite nefrogênica

68
Q

Como se define ascite diurético resistente?

A

Na urinário < 78 + ausência de perda de peso

69
Q

Tríade Sd Hepatopulmonar

A
  • Cirrose
  • Platipneia (dyspnea that is relieved when lying down, and worsens when sitting or standing. The opposite of orthopnea)
  • Ortodeóxia (oximetria cai > 5% e/ou a paO2 > 4 mmHg ao ficar de pé)