Dermato: Psoríase Flashcards
Psoríase
Doença inflamatória crônica de acometimento sistêmico com foco em pele, unhas, articulações
- Crônica, de caráter recidivante
- Benigna, porém causa impacto psicológico
- Artrite psoriásica pode acometer o paciente juntamente com as manifestações cutâneas
- Prevalência 2% no mundo
- Incidência igual entre mulheres e homens
Pico da incidência
- Acomete qualquer idade
- Dois picos:
- 20-30
- 50-60
Psoríase
Fisiopatologia
A combinações de fatores genéticos (história familiar importante) + gatilhos ambientais (trauma, infecção, medicamentos, estresse) estão associadas com a gênese da doença.
A genética (HLA) e os fatores imunológicos levam a inflamação e hiper proliferação epidérmica
O paciente tem inflamação crônica
Como explicar o maior risco cardiovascular em pacientes com psoríase?
Esses pacientes são inflamados cronicamente
A inflamação crônica (com a alta de IFN – gama e TNF – alfa) levam a um quadro de síndrome metabólica, podendo causar nesses pacientes maior risco cardiovascular (Maior chance de AVE, IAM).
Fenômeno de Koebner / Resposta isomórfica
- Trauma em região de pele sã desencadeia, nesta, o surgimento de lesões do mesmo tipo das encontradas em outro local do corpo.
- Ocorre em quadros de: psoríase, vitiligo e líquen plano.
Qual a principal infecção tida como gatilho na psoríase?
Faringite bacteriana por estreptococo
Porém qualquer infecção pode agir como gatilho
Medicamentos associados com a deflagração de psoríase
- Lítio
- Alguns anti-hipertensivos como betabloqueadores, Losartana, Enalapril
- Alguns anti depressivos como a Bupropiona
Fatores associados com a ptiríase
- Trauma
- Infecção
- Medicamentos
- Estresse: muito comum na prática os pacientes relatarem piora das lesões em momentos de estresse
- Gestação: altera o curso da doença (pode melhorar ou piorar o quadro)
- Bebida alcoólica
- Tabagismo
- Obesidade
- Tudo isso já leva a orientações gerais para o paciente: Não coçar as lesões (para não provocar trauma), parar de beber, de fumar, emagrecer.
Quadro clínico clássico
- Pápulas/placas eritematosas bem delimitadas com escamas (brancas ou prateadas) grossas, aderidas a lesão
- Formato irregular, circular ou oval
- Localização: Couro cabeludo, joelhos, cotovelos, região lombossacral, mãoes/pés, genitália
- Pode gerar pústulas, geralmente apresentação de difícil diagnóstico
Psoríase em placa
- Forma clássica
- Placas eritematosas descamativas bem delimitadas que costumam acometer áreas extensoras
- Unhas, geralmente são acometidas em todas as formas de psoríase
- Pitting pode ocorrer (buraquinhos nas unhas), e manchas de óleo por descolamento ungeal
- Alguns pacientes referem prurido, se presente tratar para que o paciente não coçe e traumatize a área causando o fenômeno de Koebner
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Psoríase invertida
- Ao invés da lesão estar localizada nas superfícies extensoras, está nas áreas de dobra.
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Psoríase gutata
- Acomete todo o corpo, geralmente secundária a infecção por Streptococcus
- Pequenas lesões eritemo-descamativas
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Psoríase pustulosa ou de Von Zunbusc
- Febre, adinamia, inapetência
- Muitas pápulas e pústulas
- Localizadas:
- Palmoplantar
- Periunguel (acrofermatite contínua de Hallopeau): pode acorrer perda de todas as unhas no paciente
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Psoríase eritrodérmica
- Pode acontecer em qualquer forma de psoríase
- Eritema + descamação + quadro sistêmico acometendo 90% ou mais do indivíduo
- Desencadeante mais comum para a evolução eritrodérmica é o uso de: corticoide sistêmico
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Psoríase artropática
- 75% depois do acometimento da pele, 15% simultâneo, 10% antes
- Artrite soronegativa
- Pode se apresentar como:
- oligoartrite assimétrica
- artrite interfalangiana distal
- artropatia mutilante
- poliartrite simétrica
- espondiloartrite
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Formas clínicas psoríase
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Eritrodermia
Eritema descamativo inflamatório qua acomete mais de 90% da pele do paciente
- Essa síndrome pode ser causada por:
- Exarcebação de diversas doenças de pele (como psoríase, dermatite de contato, dermatite seborréica, líquen plano, pitiríase rosea)
- Efeito adverso de medicações como penicilina ou fenitoína.
Acometimento articular muito comum na psoríase
Interfalangiana distar
Diagnóstico
-
Curetagem metódica de Brocq: escarificação da lesão para retirada das escamas
- Sinal da vela: estratificação e soltura das escamas, elas vão se soltando de forma lamelar, uma por uma.
- Sinal do orvalho sangrante ou sinal Auspitz: evidencia pequenos pontos hemorrágicos logo após a soltura das escamas.
- Biópsia da lesão: hiperceratose, paraceratose, hipogranulosa e papilomatose.
- Quadros sistêmicos: Hemograma, VHS, PCR
- Se Gutata: ASLO (tem um aumento)
Diagnóstico diferencial
- Dermatite seborreica
- Líquen plano hipertrófico
- Dermatofitoses
- Pênfigo foliáceo
- Outros
Tratamento
Terapia tópica
Quando está indicada, medicamentos.
Indicações
- Acometimento menor que 20% da superfície corpórea
- Boa qualidade de vida
- Ausência de artrite
Medicações
- Corticoide tópico
- Drogas antiproliferativos (calciprotriol)
- Ceratolíticos (ureia, ácido salicílico)
Tratamento
Terapia sistêmica
Indicação e medicações
Indicações
- Acometimento maior que 20% da superfície corpórea
- Boa qualidade de ruim
- Presença de artrite
Medicações
- Fototerapia (PUVA: psoralênicos VO + exposição a raios UVA)
- Retinoides (acitetrin)
Predinisona é o fármaco de escolha no tratamento sistêmico da psoríase.
V ou F?
Prednisona NÃO deve ser usada na psoríase
Falso
- Além da possível eritrodermia, o uso prolongado gera vários efeitos adversos e psoríase é uma doença crônica.
A psoríase artropática deve ser tratada com ….
METOTREXATO ou IMUNOBIOLÓGICOS
- Imunossuppressores
- metotrexato, ciclosporina
- Imunobiológicos
- Anti-TNF: Infliximabe, etanercepte, adalimumabe
- Anti IL12 e IL23: ustequinumabe