Complicações Crônicas DM Flashcards
Consequências da Hiperglicemia crônica
A hipotese mais aceita hoje em dia é a glicosilação não enzimática irreversível dos fatores proteicos que gerarão os AGE’s. Essas moléculas irão se ligar ao colágenos do endotelio e causar um disfunção
Há também o acúmulo de sorbitol no interior das células e causa ações deletérias
☆sorbitol é formado a partir da transformação da glicose pela aldose redutase
Classificação
1)Macroangiopatia Afeta: -coração -coronárias -vasos periféricos
2) Microangiopatia
- retinopatia
- nefropatia
- neuropatia
Qual a fisiopatologia da Retinopatia Diabética não proliferativa proliferativa
1) Hiperglicemia crônica
- causa uma disfunção e fragilidade no vaso(microaneurismas)
2) Aumento da permeabilidade vascular
3) Extravasamento de material proteico e lipídico
4) Formação de exsudatos duros
- sinal clínico mais comum de se achar
5) Em casos mais graves há edema endotelial+proliferação intraluminal+agregação plaquetária
- causa obliteração cronica(isquemia) e consequente rompimento dos vasos
- deformação dos vasos-“veias em rosário”
6) Aparecimento de manchas algodonosas
- decorrem da hemorragia
Critérios de rastreio para RD
1)DM1
CRIANÇAS :
2-5 anos de doença se diagnóstico > 11a.
Após puberdade se diagnóstico na infância
-ADULTOS ==> após 5 anos de doença
2)DM2
-ao diagnóstico
3)DM + Gravidez
-antes da concepção ou 1° trimestre
Como podemos dividir as retinopatias diabéticas
Proliferativas-mais grave
Não proliferativas-mais comum
Quais os níveis de RD não proliferativa
1) Leve
- microaneurismas isolados
2) Moderado
- aumento de número de aneurismas
3) Grave
- mais de 20 hemorragias em cada um dos 4 quadrantes
- tortuosidade venosa em 2 ou mais quadrantes
- anormalidade microvasc. em mais de 1 quadr.
Qual a fisiopatologia da RD proliferativa
1) Alteração vascular
2) Isquemia difusa
3) Liberação de VEGF
4) Neovascularização
5) Formação de neovasos defeituosos
6) Ancoramento
7) Fibrose e retração do tecido neovascularizado
8) Complicações
- deslocamento de retina
- hemorragia vítrea
- glaucoma
Qual tratamento da RD
1) Não proliferativa-não há tratamento específico
2) Proliferativa-fotocoagulação a laser
3) Maculopatia diabética-anticorpos monoclonais ou fotocoagulação
*podemos usar injeção de fluocinolona
Qual a estrutura renal afetada na ND e o que ela provoca
Glomerulo
O processo que ocorre é a de uma GEFS. Existem 4 etapas do Glomeurlopatia:
1) Fase I==>Hiperfiltração glomerular
2) Fase II===>Microalbuminúria
3) Fase III==>Proteinúria
4) Fase IV==>DRC
Fases ND
1) Hipertrofia+hiperfiltração glomerular
- hiperplasia do rim e hiperfunção delel
2)Espessamento da membrana basal glomerular
3) Microalbuminúria
- expansão mesangial
4) Proteinúria
- glomeruloesclerose
5) Falencia renal
- oclusão glomerular e glomerulopatia
Exames de rastreio para ND
ALBUMINÚRIA + CREATININA
-anualmente
Critério de rastreio de ND
1)DM1
5 anos de doença
Puberdade
Doença mal controlada
2)DM2
-todos
Tratamento da ND
1)Controle glicêmico e da HAS
2) Controle da HAS
- IECA/BRA-diminuem a vasoconstrição da arteríola aferente, o que diminui a pressão intraglomerular e diminui a perda de nefrons
- iSGLT2 pode ser feito em qualquer momento
3) Controle do Colesterol
- tomar cuidado com a hipercalemia que o IECA/BRA podem causar
4)Evitar medicamentos nefrotóxicos
-Metformina com TFG < 30
*semelhante a DRC
Classificação da Neuropatia Diabética
1)Mononeuropatias
2)Radiculopatia
3)Neuropatia difusa
-Sensitivo motora
-Autonômica
Rastreio de Neuropatias
Historia e exame clínico apenas
1)História
-queixa de dor ou parestesia
2)EF
FIBRAS SOMÁTICAS FINAS:
-Discriminação térmica
-Sensibilidade dolorosa
FIBRAS SOMÁTICAS GROSSAS:
-Teste do monofilamento
-Percepção vibratória
-Reflexo aquileus
-Propiocepção
*todas em região do pé
Sinais clínicos mais comuns de Neuropatia diabética
Dor
-mais em região plantar
-local: pés e mãos (bota e luva)
-associado com fraqueza muscular (sinal tardio)
Quais os nervos mais acometidos nas mononeurites
3°, 6° e 7° nervos cranianos
Mediano
Ulnar
Tibial periferico
-início súbito mas regridem normalmente
Quais as polineuropatias autonomicas são mais comuns
Cardíaca
TGI
Periférica
TGU
Quais sinais da polineuropatia autonomica cardiaca
Taquicardia ao repouso
Intolerancia ao exercicio
Hipotensão ortostatica
☆são os sinais mais comuns
-aumenta chance de acidentes cardiovasculares(Isquemia silenciosa, arritmias e morte súbita)
Quais testes realizamos na neuropatia CV
1) Teste valsalva
- relação entre a taquicardia e a bradicardia
2)Teste da respiração profunda
-ECG durante inspiração e expiração profunda
-realizamos a razão FC inspiração/ FC expiração
☆cada inspiração ou expiração deve durar 5seg
3) Teste da hipotensão ortostática
- aferição da pressão depois de 3 min após ortostatismo
- diferença da pressão não pode exceder 20mmHg
Tratamento das Neuropatias
1) Não farmacologico
- cuidados com pés
- fisioterapia
- calçados apropriados
2) Farmacológico
1° linha - Gabapentina, duais e tricíclicos
2° linha - pregabalina, dual + anticonvulsivante
Quais medicamentos usamos para evitar doenças CV
Inibidores de ECA
Aspirina
Estatina
-Inibidores de SGLT2 podem ser usados e possuem um benefício cardíaco
Quais indicações para investigação de Doença coronariana
- Algum sinal ou historia compatível com comprometimento CV
- maior que 35 anos
- maior que 15 anos
- Hb glicada maior e persistente de 8,5%
- albuminaria
- neuropatia
- retinoaptia proliferativa
Qual o tratamento para as úlceras diabéticas
Desbridamento e antibioticoterapia se estiver infectada
-sinais de infecção: odor forte, secreção purulenta, bordas edemaceadas
Diagnóstico da Polineuropatia diabética
Deve-se descartar outras causas de polineuropatia
- doenças metabólicas
- doenças infecciosas
- inflamatórias
- nutricionais
Tipos de neuropatias
Mononeuropatia
Mononeuropatia Múltipla
Polineuropatia-mais comum==>Sd em bota ou em luva
Polirradiculoneuropatia
Órgãos mais afetados pela Disautonomia
1) Cardiovascular
- mais preocupante
- varia desde de Hipotensão Postural até a Arritmias, Infarto silenciosos e morte súbita
2) TGI
- Gastroparesia===>náuseas, vômitos, constipação
3)Disfunção eretil
Quadro clínico da Neuropatia
É um quadro muito variável. Normalmente, há alterações sensitivas:
- parestesias
- formigamento
- dor
Piora à noite
Rastreio para DAOC
Realizar o Índice Tornozelo/Braço
-caso de acima de 0,9, é sugestivo de DAOC, logo maior a chance de ocorrer Acidentes embólicos e de surgir úlceras
Critérios diagnósticos ND
1)TFG
2)Níveis de albuminúria ==> maior que 30
-urina isolada ou albumina de 24h
*necessitamos de 2-3 amostras para albuminúria
*semelhante a do DRC
Fisiopatologia Pé diabético
Neuropatia + Artropatia => Úlceras
1)ARTROPATIA
2)NEUROPATIA => Pé de Charcot
-desabamento e alteração do tônus muscular do pé afetado
Conduta Pé diabético
1) DESCARTAR ISQUEMIA
-se isquemia => revascularizar
2)INTERNAÇÃO => ATB + Cirurgia
-Cirurgia => Debridamento + Culturas
*se Gangrena Gasosa => Bundle de Sepse + Cirurgia emergencial (amputação aberta)
3)PÓS OP => ajustar calçados ou cirurgia para ajustar os calos
Indicações de Amputações
1)Falha na revascularização
2)Comprometimento irreversível
3)Infecção
4)Gangrena Gasosa/ Fasceíte Necrotizante
Agente da Fesceíte Necrotizante
Clostridium perfigens
-Bacilo anaeróbio GRAM (+)