CAD e EHH Flashcards
Qual a fisiopatologia da cetoacidose diabética?
A deficiência absoluta de insulina faz com que o corpo aumente a produção de hormônios hiperglicemiantes (glucagon, catecolaminas, cortisol…) e também há a lipólise com a finalidade de produzir corpos cetônicos para “abastecer o cérebro”.
Qual a fisiopatologia do estado hiperglicêmico hiperosmolar?
Ocorre uma descompensação de glicemia em um diabético a partir da intensa produção de glicose pelos hormônios hiperglicemiantes. No entanto, diferentemente da CAD, não há a produção de corpos cetônicos, haja vista que ainda há alguma insulina, ou seja, o cérebro não necessita dos corpos cetônicos porque ainda pode ser abastecido por glicose.
O que causa a cetoacidose diabética e o estado hiperglicêmico hiperosmolar?
Diversas causas podem descompensar o paciente:
- Infecções
- Má adesão terapêutica (não uso de insulina, hipoglicemiantes…)
- AVC
- Medicações (corticoide, etc)
A qual tipo de DM a CAD é mais comum?
DM1 (deficiência absolua de insulina)
A qual tipo de DM o EHH é mais comum?
DM2
Qual a faixa etária mais acometida pela cetoacidose diabética e pelo estado hiperglicêmico hiperosmolar?
- CAD: < 40 anos
- EHH: > 40 anos
Quais os sintomas da cetoacidose diabética?
- Desidratação leve/moderada
- Taquipneia (tentativa de compensar a acidose) / respiração de Kussmaul
- Dor abdominal e vômitos (pela acidose)
Quais os sintomas do estado hiperglicêmico hiperosmolar?
- Desidratação intensa
- Alteração do nível de consciência (em virtude da desidratação)
- Cefaleia, turvação visual…
Como se dá a velocidade de instalação do quadro de cetoacidose diabética e estado hiperglicêmico hiperosmolar?
CAD: rápida
EHH: lenta
Como fazer o diagnóstico de cetoacidose diabética?
Através do laboratório:
- Glicemia >250
- pH <7,3
- Bicarbonato < 18
- Cetonúria
Como fazer o diagnóstico de estado hiperglicêmico hiperosmolar?
Através do laboratório:
- Glicemia > 600
- pH normal
- Osmolaridade > 320
Qual a fórmula para o cálculo de osmolaridade sanguínea?
Por que há desidratação nas emergências hiperglicêmicas?
O excesso de glicose no sangue aumenta a osmolaridade, puxando água para os vasos e eliminando através da urina.
Quais exames pedir para um paciente com uma emergência hiperglicêmica? (7)
- Hemograma
- Na
- K
- Glicemia
- EAS (buscar cetonúria)
- RX tórax (busca de infecções)
- Gasometria (buscar o pH)
Descreva a 1° conduta terapêutica frente a um paciente com uma emergência hiperglicêmica (dar detalhes)
Hidratação vigorosa:
- 1000ml SF 0,9% a cada hora até a melhora dos sintomas ou resultado do sódio plasmático.
Qual a conduta após sair o resultado do sódio plasmático em um paciente com uma emergência hiperglicêmica? (dar detalhes)
Depende do resultado do sódio corrigido:
Na corrigido < 135: 250 - 500ml/h SF 0,9% ou ringer lactato
Na corrigido > 135: 250 - 500ml/h solução hipotônica 0,45% (1/2 SF 0,9% + 1/2 AD)
OBS: para calcular o sódio corrigido, pode-se utilizar uma calculadora ou entender que a cada 100 de glicemia acima do normal, o sódio verdadeiro é na verdade aquele do exame + 2.
Após manter a hdiratação de acordo com o sódio corrigido em um paciente com emergência hiperglicêmica, qual o próximo passo do tratamento? (dar detalhes)
Fazer a reposição do potássio:
- K < 3,3: 1 AMP KCl 19% + 500ml SF 0,9% em 1 hora e NÃO INICIAR INSULINOTERAPIA
- K 3,3 - 5,2: 1/2 AMP KCl 19% + 500ml SF 0,9% em 1 hora e INICIAR A INSULINOTERAPIA
- K > 5,2: apenas INICIAR A INSULINOTERAPIA
PS: lembrar sempre que o potássio precisa ser infundido lentamente em no mínimo 1 hora para evitar arritmias
Descreva como fazer a insulinoterapia em um paciente com uma emergência hiperglicêmica.
Somente quando sair o resultado do K e este for entre 3,4 e 5,2:
- 100ml SF 0,9% + 100 UI insulina regular: fazer 0,1 UI/kg/h em BIC
Exemplo: paciente de 70kg, fazer 7ml/h
Quando a glicemia estiver < 250:
- Reduzir a BIC para 0,05 UI/kg/h e adicionar 125 - 250ml SG5% na hidratação do paciente para evitar a hipoglicemia
Quando e como tratar a acidose produzida por uma cetoacidose diabética?
Somente se o pH estiver ≤ 6,9:
50-100 ml bicarbonato 8,4% + 200 - 400 ml AD IV em 1 hora
Quando dar alta para um paciente com emergência hiperglicêmica?
Apenas quando:
- Assintomático
- pH > 7,3
- Bic > 18
- Glicemia < 250
- Osmolaridade < 320
- Correção do fator desencadeante (paciente muitas vezes é internado para tal)
O que receitar para um paciente após uma emergência hiperglicêmica?
Insulinoterapia na alta:
- 0,5 - 0,7 UI/kg/dia (divir 50% em NPH e 50% em insulina regular)
- Fazer NPH 12/12h e insulina regular 30 minutos antes das refeições (café, almoço e jantar)
De quanto em quanto tempo checar a glicemia de um paciente com uma emergência hiperglicêmica?
1/1h