Apendicite Flashcards
1
Q
Quadro clínico da apendicite?
A
- Dor abdominal inicialmnete em epigástrio ou mesogástrio
- Anorexia e nauseas
- Dor em FID aproximadamente 12h após inicio dos sintomas
- Constipação (mais frequente) OU Diarréia
- Vômitos
- Febre
2
Q
Variações do quadro clínico típico?
A
- Quando apendice proximo a bexiga
- Sintomas urinário
- Hematúria microscopica
- Quando apêndice pélvico
- Toque retal doloroso
- Exame ginecológico doloroso
3
Q
Quadro clínico quando apêndice perfurado?
A
- Perfuração bloqueada (abscesso periapendicular):
- Oligossintomático
- Desconforto em FID
- Massa palpável
- Perfuração para o peritônio livre:
- Dor difusa e intensa
- Abdome em tábua
- Febre alta
- Sepse
4
Q
Sinais importantes na apendicite?
A
-
Blumberg:
- Descompressão dolorosa indicando irritação peritoneal.
-
Rovsing:
- Dor na fossa ilíaca direita quando se comprime a fossa ilíaca esquerda.
-
Lapinsky:
- Dor à compressão da fossa ilíaca direita enquanto o paciente eleva o membro inferior esticado.
-
Lenander :
- Diferencial das temperaturas axilar e retal maior do que um grau (isto é, a temperatura retal encontra-se mais elevada do que comumente é, quando comparada com a axilar).
-
Sinal do psoas:
- Dor à extensão da coxa direita seguida de sua abdução, com o paciente deitado sobre o seu lado esquerdo.
-
Sinal do obturador:
- Dor em região hipogástrica ao realizar a rotação interna e passiva da coxa direita flexionada com o paciente em decúbito dorsal.
-
Sinal de Dunphy:
- Dor na fossa ilíaca direita que piora com a tosse.
5
Q
Exames laboratoriais na apendicite aguda?
A
- leucocitose moderada (10.000 a 15.000 células/mm3) com neutrofilia e desvio à esquerda, presente em 75% dos casos.
- Contagens superiores a 20.000 células se relacionam a gangrena e perfuração.
- Sedimentoscopia eventualmente se encontra alterada, nos casos em que o apêndice localiza–se próximo ao ureter ou à bexiga, ocorrendo hematúria e/ou piúria, mas sem bacteriúria
6
Q
Rx na apendicite aguda?
A
- Somente em 10% a 15% dos casos de apendicite aguda, o exame pode identificar imagem compatível com fecalito calcificado em FID.
- A radiografia simples pode ser útil na exclusão de algumas condições como litíase urinária por cálculo ureteral, obstrução intestinal de delgado e úlcera perfurada; todavia estas desordens raramente são confundidas com apendicite aguda.
7
Q
USG na apendicite aguda?
A
- Exame bastante útil em pacientes com diagnóstico duvidoso de apendicite aguda
- Útil para a avaliação de afecções ginecológicas e detecção de coleções anexiais ou mesmo líquido fora de alça.
- Os critérios sonográficos incluem:
- Apêndice não compressível (compressão exercida pelo transdutor) com 7 mm ou mais de diâmetro anteroposterior;
- Presença de apendicolito;
- Interrupção da ecogenicidade da submucosa;
- Massa ou líquido periapendicular;
- Imagem em alvo é altamente sugestiva de apendicite aguda
8
Q
TC na apendicite aguda?
A
- É o método de maior acurácia diagnóstica na apendicite aguda.
- Os achados sugestivos incluem:
- Inflamação periapendicular (abscesso, coleção líquida, edema, fleimão),
- Espessamento do apêndice,
- Distensão do órgão, com diâmetro anteroposterior maior do que 7 mm.
- Fecalitos podem ser identificados em até 50% dos casos.
- Recomendado somente em casos duvidosos.
9
Q
Videolaparoscopia diagnóstica na apendicite aguda?
A
- Diagnóstico incerto a despeito da USG e TC
10
Q
Diagnóstico diferencial da apendicite aguda?
A
- Linfadenite mesentérica
- DIP
- Ruptura de folículo ovariano
- Cisto ovariano torcido
- Gastroenterite aguda
- Prenhez ectópica
- Ileíte da doença de Crohn
- Diverticulite a direita
- Pielonefrite e Litíase renal
11
Q
Tratamento da apendicite aguda?
A
- CIRURGIA
- Quadros não complicados:
- Hidratação leve
- ATB profilático durante indução anestésica
- Apendicite perfurada:
- Hidratação vigorosa
- ATB terapêutico até paciente ficar afebril no pós-operatório
12
Q
Tratamento da apendicite abscedada
A
- Abscessos > 4-6 cm OU febre alta:
- Drenagem guiada por método de imagem
- Abscessos menores OU Fleimão:
- ATB terapêutico por pelo menos 1-2 semanas
- Apendicectomia 6 semanas após a resolução do quadro inicial
13
Q
Quais as indicações de uma apendicectomia incidental?
A
- Laparotomia realizada para esclarecimento de um abdome agudo.
- Mulheres com dor pélvica crônica caso elas se submetam a um procedimento cirúrgico diagnóstico ou terapêutico para alguma outra condição.
- Casos de intussuscepção intestinal
- Pacientes com doença de Crohn que se submetem à laparotomia
- Sempre que uma videolaparoscopia estiver indicada para diagnóstico de sintomas abdominais
14
Q
Como se estabelece o Escore de Alvarado?
A
- 0-3 pontos - diagnóstico improvável: avaliar outras causas
- 4-6 pontos - diagnóstico provável: observação por 12h e/ou TC. (Se escore se mantiver o mesmo, indica-se a cirurgia)
- ≥ 7 pontos - diagnóstico muito provável: apendicectomia
15
Q
Qual conduta num apendicite de apresentação tardia (> 48h)?
A
- Se TC evidenciando abscesso:
- Drenagem guiada por TC + ATB + colonoscopia com 4-6 semanas para afastar qualquer outro possível diagnóstico (colite e neoplasia) + apendicectomia de intervalo após 6-8 semanas
- Se TC evidenciando fleimão ou pequena quantidade de líquido:
- ATB + colono após 4-6 semanas + apendicectomia de intervalo após 6-8 semanas