18 - Complicações em anestesia 1/2 (conceitos gerais) Flashcards
ME1: Complicações em anestesia
Define Complicação anestésica?
Evolução desfavorável do paciente ocorrida no perioperatório, que esteja relacionada à anestesia.
ME1: Complicações em anestesia
Define Hipotensão intraoperatória?
Queda > 25% na PAM do paciente em relação ao valor pré-operatório.
Para jovens, considerar > 30%;
Para idosos, considerar > 20%.
ME1: Complicações em anestesia
Riscos da hipotensão intraoperatória prolongada? (5)
- IAM/isquemia cardíaca;
- AVC isquêmico;
- Lesão renal;
- Neuropatia óptica isquêmica;
- Isquemia de medula.
ME1: Complicações em anestesia
V ou F?
Pacientes portadores de hipertensão arterial sistêmica são menos propensos a desenvolver hipotensão intraoperatória.
Falso.
Pacientes portadores de hipertensão arterial sistêmica são MAIS propensos a desenvolver hipotensão intraoperatória.
ME1: Complicações em anestesia
V ou F?
Uso de inibidores da ECA ou antagonistas do receptor de angiotensina II no dia da cirurgia tem sido associado a maior risco de hipotensão intraoperatória que não responde de forma adequada a hidratação e vasopressores.
Verdadeiro.
ME1: Complicações em anestesia
V ou F?
Em pacientes que não toleram hipotensão arterial, recomenda-se suspender anti-hipertensivos das classes iECA ou ARA2 de 24 a 48 horas antes da cirurgia.
Falso.
Em pacientes que não toleram hipotensão arterial, recomenda-se suspender anti-hipertensivos das classes iECA ou ARA2 de 12 a 24 HORAS ANTES da cirurgia.
ME1: Complicações em anestesia
V ou F?
Na presença de hipotensão intensa e/ou arritmias, as medidas de pressão arterial não invasiva podem tornar-se menos confiáveis.
Verdadeiro.
ME1: Complicações em anestesia
Em cirurgias eletivas, caso o paciente apresente pressão arterial ≥ 180x110 mmHg no pré-operatório, a conduta anestésica deve ser…
adiar a cirurgia até que a pressão arterial esteja controlada com valores < 180x110 mmHg.
ME1: Complicações em anestesia
Limite superior de pressão arterial no pré-operatório para liberar a realização de cirurgia eletiva?
< 180x110 mmHg.
ME1: Complicações em anestesia
V ou F?
Anti-hipertensivos e/ou ansiolíticos podem ser realizados a fim de manter adequado controle pressórico em pacientes que se mostrem hipertensos no perioperatório.
Verdadeiro.
ME1: Complicações em anestesia
Tríade de Cushing (3)
- Hipertensão;
- Bradicardia;
- Arritmia respiratória.
Sinais que tendem a ocorrer em caso de hipertensão intracraniana.
ME1: Complicações em anestesia
V ou F?
No intraoperatório, uma das causas de hipertensão pode ser plano anestésico inadequado.
Verdadeiro.
ME1: Complicações em anestesia
Diagnósticos diferenciais em caso de hipertensão arterial no pós-operatório? (4)
- Dor;
- Ansiedade/agitação;
- Bloqueio neuromuscular residual;
- Retenção urinária.
ME1: Complicações em anestesia
V ou F?
Em casos selecionados, a otimização pré-operatória da hemoglobina pode reduzir as necessidades transfusionais no perioperatório.
Verdadeiro.
ME1: Complicações em anestesia
Choque hemorrágico classe I
Perda sanguínea?
< 15%.
ME1: Complicações em anestesia
Choque hemorrágico classe II
Perda sanguínea?
15 a 30%
ME1: Complicações em anestesia
Choque hemorrágico classe III
Perda sanguínea?
30 a 40%.
ME1: Complicações em anestesia
Choque hemorrágico classe IV
Perda sanguínea?
> 40%.
ME1: Complicações em anestesia
Volume sanguíneo de criança? (ml/kg)
80 ml/kg.
ME1: Complicações em anestesia
Volume sanguíneo de adulto? (ml/kg)
70 ml/kg.
ME1: Complicações em anestesia
Volume sanguíneo de idoso? (ml/kg)
60 ml/kg.
ME1: Complicações em anestesia
Alvo de Hb em paciente hemodinamicamente estável, sem evidências de hipóxia tecidual, sem sangramento ativo e sem comorbidades?
≥ 7 g/dL.
ME1: Complicações em anestesia
Alvo mínimo de Hb em paciente com sangramento ativo substancial?
> 8 g/dL.
ME1: Complicações em anestesia
Situações que possuem alvos de Hb aumentados? (3)
- Sepse/choque séptico;
- Isquemia miocárdica/IAM;
- AVC isquêmico.
ME1: Complicações em anestesia
V ou F?
Pacientes com doenças graves podem apresentar alvos mais elevados de Hb durante transfusões para correção de anemia e/ou hemorragia.
Verdadeiro.
ME1: Complicações em anestesia
Pico de incidência de isquemia miocárdica no pós-operatório?
Primeiras 72 horas de pós-operatório.
ME1: Complicações em anestesia
V ou F?
Troponina I é altamente sensível e específica para lesão miocárdica.
Verdadeiro.
ME1: Complicações em anestesia
Latência para aumento da Troponina I após lesão miocárdica?
3 a 6 horas.
ME1: Complicações em anestesia
V ou F?
Dor e tremores no pós-operatório são fatores de risco para ocorrência de isquemia miocárdica.
Verdadeiro.
ME1: Complicações em anestesia
V ou F?
Anemia no pós-operatório é fator de risco para ocorrência de isquemia miocárdica.
Verdadeiro.
ME1: Complicações em anestesia
IAM tipo 2
Infarto agudo do miocárdio causado pelo desbalanço entre oferta e demanda de oxigênio para o músculo cardíaco.
(oferta < demanda)
ME1: Complicações em anestesia
IAM tipo 2
Etiologias? (5)
- Anemia/hemorragia;
- Hipotensão/choque;
- Hipertensão grave;
- Aumento do trabalho cardíaco;
- Espasmo coronário.
ME1: Complicações em anestesia
Principais variáveis que afetam o trabalho cardíaco? (2)
- Cronotropismo;
- Inotropismo.
ME1: Complicações em anestesia
IAM tipo 2
Tratamento?
Tratar as alterações que levaram ao desbalanço entre oferta e consumo de oxigênio para o músculo cardíaco.
ME1: Complicações em anestesia
V ou F?
Fibrilação atrial está relacionada a maior incidência de AVC, IAM, insuficiência cardíaca, arritmias ventriculares e lesão renal.
Verdadeiro.
ME1: Complicações em anestesia
V ou F?
Apesar de D-dímero possuir alta sensibilidade para tromboembolismo venoso, ele apresenta baixa especificidade no perioperatório.
Verdadeiro.
ME1: Complicações em anestesia
No perioperatório, o exame D-dímero apresenta ………… (baixa/alta) sensibilidade e ………. (baixa/alta) especificidade para tromboembolismo venoso.
Alta; baixa.
ME1: Complicações em anestesia
Define Hipertensão pulmonar?
Pressão média da artéria pulmonar ≥ 25 mmHg.
(PAPm ≥ 25 mmHg)
ME1: Complicações em anestesia
Etiologias mais comuns de hipertensão pulmonar aguda no perioperatório? (3)
- TEP;
- Embolia gordurosa;
- Embolia por líquido amniótico.
ME1: Complicações em anestesia
Embolia gasosa sintomática surge a partir de um volume de gás embolizado…
≥ 0,5 ml/kg.
ME1: Complicações em anestesia
Embolia gasosa fatal surge a partir de um volume de gás embolizado…
≥ 5 ml/kg.
ME1: Complicações em anestesia
V ou F?
Em caso de embolia aérea, as bolhas de ar expandem-se rapidamente quando expostas ao Óxido Nitroso.
Verdadeiro.
ME1: Complicações em anestesia
Sinal na ausculta que surge em caso de embolia gasosa de grande volume?
“Roda de moinho”.
ME1: Complicações em anestesia
Risco de embolia gasosa em caso de forame oval patente?
Embolia paradoxal.
ME1: Complicações em anestesia
Define Embolia paradoxal?
Transposição de um êmbolo originário da circulação sistêmica venosa para a arterial através de um alteração cardíaca, mais comumente o forame oval patente (FOP).
ME1: Complicações em anestesia
V ou F?
Cerca de 20 a 30% da população apresenta forame oval patente.
Verdadeiro.
ME1: Complicações em anestesia
Embolia paradoxal
Quadro clínico? (3)
- AVC (acidente vascular cerebral);
- IAM (infarto agudo do miocárdio);
- OAA (oclusão arterial aguda).
ME1: Complicações em anestesia
V ou F?
Embolia gasosa paradoxal pode manifestar-se mais comumente como acidente vascular cerebral, podendo cursar com alterações de nível de consciência, convulsões e déficits focais transitórios ou permanentes.
Verdadeiro.
ME1: Complicações em anestesia
Embolia gasosa
Melhor exame para diagnóstico?
Ecocardiograma transesofágico.
ME1: Complicações em anestesia
Embolia gasosa
Tratamento? (6)
- Notificar imediatamente a equipe cirúrgica sobre a embolia aérea;
- Identificar e cobrir o local de entrada ar ou inundá-lo com cristaloide;
- Realizar a compressão das veias jugulares para diminuir a embolia (em neurocirurgias);
- Suporte hemodinâmico com vasopressores e inotrópicos se hipotensão;
- Instituir FiO2 = 100% de imediato;
- Posicionar o paciente em DLE (decúbito lateral esquerdo) a fim de facilitar a aspiração das bolhas de ar do átrio direito por cateter venoso central.
ME1: Complicações em anestesia
V ou F?
Em caso de alteração anatômica significativa das vias aéreas, mesmo que a intenção seja garantir a segurança do paciente, o acesso cirúrgico à via aérea não deve ser a primeira escolha.
Falso.
Em caso de alteração anatômica significativa das vias aéreas, A FIM DE GARANTIR a segurança do paciente, o acesso cirúrgico à via aérea PODE EVENTUALMENTE ser a primeira escolha.
ME1: Complicações em anestesia
V ou F?
Em caso de alteração anatômica significativa das vias aéreas, mesmo que a intenção seja garantir a segurança do paciente, o acesso cirúrgico à via aérea não deve ser a primeira escolha.
Falso.
Em caso de alteração anatômica significativa das vias aéreas, A FIM DE garantir a segurança do paciente, o acesso cirúrgico à via aérea PODE EVENTUALMENTE ser a primeira escolha.
ME1: Complicações em anestesia
Primeira escolha de via aérea cirúrgica em situação de emergência?
Cricotireoidostomia.
(percutânea ou cirúrgica)
ME1: Complicações em anestesia
V ou F?
Em caso de aspiração pulmonar de conteúdo gástrico, a gravidade da pneumonite por aspiração correlaciona-se com o volume e com a acidez do aspirado.
Verdadeiro.
ME1: Complicações em anestesia
Momento mais comum de ocorrência de aspiração pulmonar no perioperatório?
Indução anestésica.
ME1: Complicações em anestesia
V ou F?
Pacientes considerados de “estômago cheio” são a população de maior risco para aspiração pulmonar no perioperatório.
Verdadeiro.
ME1: Complicações em anestesia
Medida mais eficaz para prevenção de aspiração pulmonar no perioperatório?
Jejum pré-operatório adequado.
ME1: Complicações em anestesia
V ou F?
Na ausência de contraindicações, sondagem gástrica deve ser utilizada para reduzir o volume gástrico residual antes da indução anestésica em pacientes com abdômen agudo.
Verdadeiro.
ME1: Complicações em anestesia
V ou F?
Em casos de cefalodeclive por períodos prolongados no intraoperatório, atenção deve ser dada à possibilidade de edema das vias aéreas no momento da extubação.
Verdadeiro.
ME1: Complicações em anestesia
V ou F?
Edema das vias aéreas ao final da cirurgia não deve ser motivo para postergar a extubação do paciente até que haja sua regressão.
Falso.
Edema das vias aéreas ao final da cirurgia PODE ser motivo para postergar a extubação do paciente até que haja sua regressão.
ME1: Complicações em anestesia
V ou F?
Edema pulmonar por pressão negativa pode ocorrer após obstrução sustentada da via aérea na recuperação da anestesia.
Verdadeiro.
ME1: Complicações em anestesia
Edema pulmonar por pressão negativa
Causas mais comuns no perioperatório? (2)
- Laringoespasmo;
- Oclusão de tubo traqueal pela mordedura do paciente.