Vitalidade e sofrimento fetal Flashcards
Prevenção primária de CIUR (5)
- Alimentação adequada
- Evitar exercícios extenuantes
- Corrigir anemia
- Evitar substâncias vasoconstritoras (tabagismo, cocaína, descongestionantes)
- Controlar comorbidades (PA, glicemia)
Diferença entre RCF e PIG constitucional
RCF: começa normal e declina com o tempo (25% dos casos)
PIG constitucional: começa abaixo da linha de normalidade (75% dos casos)
Prova de Pose
Simular um trabalho de parto para avaliar se há sofrimento fetal: ocitocina EV até causar 10 contrações (3 em 10 min)
Causa de oligodrâmnio por sofrimento fetal crônico
Menor perfusão renal decorrente da centralização
Cardiotocografia categoria 1 (5)
- Linha de base entre 110-160 bpm
- Variabilidade moderada (6-25)
- Ausência de DIP 2 ou 3 desfavorável
- +/- acelerações transitórias
- +/- DIP 1
Parâmetros normais, pode ou não ter aceleração, a única desaceleração permitida é a precoce (DIP 1)
Cardiotocografia categoria 3 (4)
Variabilidade diminuída ou ausente + 1 dos seguintes:
- DIP 2 ou 3 recorrente
- Bradicardia
Padrão sinusoidal
Aceleração transitória (2)
< 32 sem: aumento de 10 bpm por mais de 10s e menos de 2min
> 32 sem: aumento de 15 bpm por mais de 15s e menos de 2min
DIP 3 (variável) (3)
- Sem relação temporal com a contração uterina
- Desaceleração abrupta (< 30s)
- Comumente apresenta ”ombros” (aceleração antes e depois)
Prova de Pose: resultado positivo
DIP 2 em > 30% das contrações
Conduta diante de cardiotocografia intraparto alterada (5)
- Mudança para DLE
- Oxigenoterapia
- Hidratação EV
- Suspender uterotônicos (ocitocina)
- Administrar uterolíticos (nifedipina)
(Avaliar necessidade de resolução da gestação)
Principal causa de sofrimento fetal intraparto
Taquissistolia iatrogênica (por misoprostol sem necessidade)
Critérios para diagnóstico de RCF (2)
- PFE P < 3%
- PFE P < 10% + alteração de Doppler umbilical
CTG ANTENATAL
Interpretações da CTG antenatal
- Feto ativo, hipoativo ou inativo
- Se hipoativo ou inativo > estímulo sonoro +/- mecânico e reavaliação
- Feto reativo, hiporreativo ou não reativo
INCOMPATIBILIDADE Rh
Rastreamento pré-natal e condutas
- Tipagem sanguínea e Coombs indireto para toda gestante na primeira consulta
- Conduta se CI negativo:
Ig anti-D 300 mg IM com 28 sem OU em qualquer evento de sensibilização (aborto, sangramento, trauma abdominal, procedimentos invasivos como amniocentese e cordocentese
Nova dose de Ig anti-D até 72h após o parto, se RN Rh+ (evitar sensibilização no parto) - Conduta se CI positivo:
Monitorizar anemia e hidropsia fetal a cada 1-3 sem (PVS ACM na dopplervelocimetria + edema e derrame no USG obstétrico)
Se anemia ou hidropsia presentes = transfusão intrauterina por cordocentese
PVS ACM = pico de velocidade sistólica da ACM
Hidropsia = edema de partes mooles + derrame cavitário
INCOMPATIBILIDADE Rh
Quanto tempo após Ig anti-D o coombs indireto fica positivo e importância prática
- Após Ig anti-D:
CI+ até 12 sem - Importância:
Se evoluir para parto ainda nesse intervalo e o RN for Rh+, a mãe deve receber novamente Ig anti-D, mesmo com CI positivo (não significa sensibilização verdadeira)
CTG
Indicação e idade gestacional permitida
- Indicação:
Gestantes de alto risco (HAC, DM prévio) - IG:
Após 28-32 sem -> momento de maturação do SN parassimpático, responsável pela variabilidade da FC fetal. Antes disso, o predomínio do SN simpático faz a FC ser elevada e pouco variável
PBF
Indicação e critérios avaliados
- Indicação:
Complementar a avaliação da vitalidade fetal diante de uma CTG ruim -> evitar indicar a resolução da gestação com base em um exame com muito falso positivo (CTG é muito sensível, mas pouco específica) - Critérios:
CTG
Movimentos respiratórios (USG)
Movimentos fetais (USG)
Tonus fetal (USG)
ILA (USG)
~ os 4 primeiros parâmetros refletem sofrimento agudo, apenas o ILA reflete sofrimento crônico
RCIU
Graus de restrição, periodicidade do Doppler e indicação de resolução
- Sem RCIU
> p3 sem alteração ao Doppler
Doppler a cada 30d - PIG:
Entre p3 e p10 com Doppler normal
Doppler a cada 15d
Resolução com 38-39 sem - G1:
< p3 OU < p10 + alteração ao Doppler
Doppler a cada 7d
Resolução com 36-37 sem - G2:
Diástole zero OU RCP >= 1 (centralização)
Doppler a cada 3d
Resolução com 34 sem -> indicação de cesarea - G3:
Diastólica reversa
Doppler a cada 1d
Resolução com 28-32 sem -> indicação de cesarea - G4:
Onda A ausente ou negativa (alteração de ducto venoso)
Resolução imediata -> indicação de cesarea
DOPPLER
Vaso avaliados e achados alterados
- Uterina:
Avaliada de rotina em gestantes de alto risco de InsPlac, a partir de 14 sem
Alterações: IP >= p95 OU manutenção de incisura protodiastólica após 24-26 sem
Significado: alto risco de pré-eclâmpsia e InsPlac - Umbilical:
Avaliada de rotina em gestantes de alto risco de InsPlac, a partir de 28 sem
Alterações: IP >= p95 OU diástole diminuída/zero/reversa
Significado: InsPlac - Cerebral média:
Alterações: IP =< p5 OU RCP >= 1 (relação cérebro-placentária = S/D cerebral média / S/D umbilical)
Significado: centralização fetal para priorização de órgãos nobres - Ducto venoso:
Alterações: onda A ausente/negativa
Significado: insuficiência cardíaca fetal
RCIU
Janelas de diagnóstico e como diferenciar PIG de RCF
- Diagnóstico:
Gestação de baixo risco: altura uterina < p10 (normal entre IG +/- 3)
Gestação de alto risco: USG - Diferenciar:
USG seriado (PIG mantem a mesma taxa de crescimento, RCF tende a ficar cada vez menor)
Doppler (alterado na RCF)
ILA (alterado na RCF)
OF
Definição, conduta legal e medica
- Definição:
Óbito em feto > 20 sem OU > 500 g - Legal:
Declaração de óbito - Médica:
Aguardar TPE por até 28 dias com coagulograma semanal
Indução do parto
Cesárea (apenas se contraindicação ao parto vaginal)
LÍQUIDO AMNIÓTICO
Classificação com base no ILA e causas
- Normal:
ILA 8-18 - Oligo:
ILA =< 5
Causas: agenesia renal, VUP, InsPlac, RMO
Conduta: acompanhamento rigoroso da vitalidade fetal, resolução com 34 sem se ILA =< 3 (oligoamnio grave) ou com 37 sem se ILA 3-5
[termo com oligoamnio = resolução!] - Poli:
ILA >= 25
Causas: diabetes, atresia de esôfago e duodeno, insuficiência cardíaca fetal (parvovirose, anemia, malformações cardíacas)
Conduta: amniodrenagem (desconforto materno e diminuir risco de TPP e atonia uterina)
OF
Conduta ambulatorial e característica da próxima gestação
- Ambulatorial:
Investigar trombofilias - Próxima gestação:
Acompanhamento no PN alto risco
LA MECONIAL
Significados e conduta
- Significados:
Sofrimento fetal
Maturação fetal - Conduta:
CTG para avaliar vitalidade fetal (diferenciar entre os dois significados)
INCOMPATIBILIDADE RH
Conduta se evento com possível aloimunização (p.ex. sangramento) em gestante que já fez anti-D
Repetir a Ig anti-D se ultima dose há > 30 dias (quantas vezes precisar)
DOPPLER
É possível haver centralização em feto com doppler umbilical normal?
Sim!
Sempre avaliar ACM, mesmo se umbilical normal
GEMELAR
Complicações clássicas de cada tipo
- Di di:
Prematuridade - Mono di:
STFF - Mono mono:
Enovelamento de cordões umbilicais
INCOMPATIBILIDADE RH
Cuidado na interpretação do Coombs Indireto
O que importante é a positividade do CI para anticorpos anti-D -> se presente, não fazer Ig e investigar anemia e hidropsia fetal
O CI positivo às custas de ACs diferentes do anti-D deve ser interpretado como resultado “negativo” e indicada Ig anti-D
RESOLUÇÃO
Condições que indicam resolução da gestação no termo (37 sem)
- Oligoâmnio
- RCIU
- RPMO
-> Feto no termo com RCIU ou oligoâmnio ou RPMO = parto!!!
CTG
Conduta se movimentação fetal excessiva que compromete a interpretação da CTG
Prosseguir avaliação de vitalidade fetal com demais exames, como PBF