Infecções gestacionais Flashcards

1
Q

Risco de transmissão vertical com base no tempo de infecção da sífilis

A

Quanto mais recente a infecção, maior o risco de TV, pela maior parasitemia.

Sífilis primária = 100% de TV // Sífilis secundária = 90% de TV.

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2
Q

Risco de transmissão vertical com base na idade gestacional

A

Quanto maior a idade gestacional, maior o risco de transmissão vertical.

Maior vascularização da placenta.

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3
Q

Definição de sífilis latente

A

Doença sem manifestações clínicas, mas confirmada por testes sorológicos, estando na fase de latência entre a sífilis primária e a secundária ou entre a secundária e a terciária.

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4
Q

A sífilis latente de tempo indeterminado é tratada como sífilis latente ______ (recente/tardia).

A

Tardia - para não subtratar!

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5
Q

Tratamento com base na classificação da sífilis (2)

A
  • Sífilis primária, secundária ou latente recente (< 1 ano):
    2.400.000 UI IM dose única
  • Sífilis terciária, latente tardia ou indeterminada (>1 ano):
    2.400.000 UI IM 1x/semana em 3 semanas (dose total de 7.200.000 UI).
    Se 10+ dias de intervalo entre as doses = reiniciar tratamento com as 3 doses

Penicilina benzatina, 1.200.000 UI em cada nádega

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6
Q

Tratamento da sífilis no parceiro

A
  • Sorologia negativa:
    Considerar falso negativo ou janela imunológica
    2.400.000 UI IM dose única.
  • Sorologia positiva:
    Considerar o estágio da doença ou, se assintomático, latente indeterminada
    2.400.000 UI IM 1x/sem por 3 sem

Penicilina benzatina, 1.200.000 UI em cada nádega

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7
Q

SÍFILIS

Acompanhamento do tratamento e critérios para tratamento adequado

A
  • Acompanhamento:
    VDRL mensal até o parto e trimestral até 12 meses pós-parto (3-6-9-12)
  • Critérios de tratamento adequado:
    Início >= 30d antes do parto
    Penicilina benzatina
    Esquema terapêutico adequado conforme estágio da doença
    Queda de 2 diluições em 3 meses ou 4 diluições em 6 meses
    Negativação ou manutenção de títulos baixos (=< 1/4)

[VDRL >= 1/8 é alto e não é considerado cicatriz sorológica]

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8
Q

O teste de avidez de IgG é solicitado apenas até 16 semanas, não sendo necessário após essa idade gestacional

Verdadeiro ou falso

A

Verdadeiro!
Uma avidez alta indica infecção há > 16 semanas, porém se a idade gestacional for maior, ainda há possibilidade de ter ocorrido durante a gestação, devendo ser tratada e investigada infecção fetal.

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9
Q

TOXO

Cuidado no tratamento da toxoplasmose gestacional e conduta se alteração de exames

A

Pirimetamina apresenta alto risco de aplasia de medula materna e fetal:
- HMG 15/15d (mãe)
- Doppler ACM 15/15d (feto)

Se alteração = suspender esquema tríplice e retornar apenas com espiramicina

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10
Q

A maioria dos casos de transmissão vertical de herpes ocorre em mães __________ (sintomáticas/assintomáticas).

A

Assintomáticas!

Pessoas assintomáticas também transmitem a doença (briga conjugal).

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11
Q

Tratamento do herpes na gestação (2)

A

1. Aciclovir 400mg 3 vezes ao dia por 7-10 dias.
2. Aciclovir 400mg 3 vezes ao dia a partir de 36 semanas até o parto.

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12
Q

Conduta se primoinfecção herpética no terceiro trimestre (2)

A

1. Aciclovir a partir de 28 semanas até o parto.
2. Cesárea eletiva.

Maior risco de TV na primoinfecção!

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13
Q

Conduta se parto de urgência em gestante com herpes (2)

A

1. Aciclovir EV na gestante durante o parto.
2. Aciclovir no RN.

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14
Q

RASTREAMENTO

Rastreamento de toxoplasmose, HIV, sífilis, hepB e hepC na gestação

A
  • Toxoplasmose:
    Primeira consulta
    Sorologia IgM e IgG
    Se suscetível = repetir a cada 1-3 meses
  • HIV:
    Primeira consulta + 28 sem + TR no parto
    ELISA ou TR
    Se ELISA+ > imunoensaio ou western blot
    Se TR1+ > TR2 (diferente do TR1)
  • Sífilis:
    Primeira consulta + 28 sem + TR no parto
    Treponêmico +/- VDRL (nunca apenas VDRL)
  • HepB:
    Primeira consulta > se negativo = vacina e NÃO REPETE
    HbsAg
  • HepC:
    Primeira consulta + 28 sem
    Anti-HCV
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15
Q

HIV

Esquema terapêutico, momento de introdução da TARV e cuidado a ser tomado antes do tratamento

A
  • Esquema:
    Tenofovir + lamivudina + dolutegravir
  • Introdução:
    Após 12 sem - dolutegravir têm contraindicação relativa no primeiro trimestre (poucos casos de DFTN)
    Se já utilizava antes = manter durante a gestação (mesmo o dolutegravir)
  • Cuidado:
    Sempre realizar genotipagem antes de introduzir TARV, mas não aguardar o resultado para iniciar tratamento
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16
Q

HIV

Exames laboratoriais de rotina pela TARV, infecções ativamente investigadas e especificidades sobre vacinação na gestação com HIV

A
  • Laboratoriais:
    HMG 15/15d
    Funcão renal 15/15d
    Função hepática 15/15d
  • Infecções:
    TB ativa (sintomas) ou latente (PPD)
    CMV
    HTLV
    Gonococo
  • Vacinação:
    Recomendação da Pneumocócica além das habituais
    Evitar vacinação se CD4 < 200 OU infecção oportunista ativa
17
Q

HIV

Momentos de realização de CV e objetivo

A
  • Ao diagnóstico:
    Valor de base
  • 4 sem após introdução/modificação de TARV:
    Avaliar resposta terapêutica
  • 34 sem:
    Decidir via de parto e profilaxia intraparto
18
Q

HIV

Conduta no RN filho de mãe com HIV

A
  • Condutas para todos:
    Banho em água corrente imediatamente após o parto
    Contraindicação à amamentação (inibir com cabergolina 2 cps 0,5 mg dose única em até 24h após o parto)
  • Conduta se RN baixo risco:
    AZT xarope por 28 dias
    [baixo risco = iniciou TARV na primeira metade da gestação + boa adesão terapêutiva + CV indetectável com 34 sem]
  • Conduta se RN alto risco:
    Se >= 37 sem = AZT xarope + lamivudina + raltegravir por 28 dias
    Se 34-36 sem = AZT xarope + lamivudina + nevirapina por 28 dias
    Se < 34 sem = AZT xarope por 28 dias (igual RN baixo risco)
19
Q

HEP B

Etapas da profilaxia de TV

A
  • Tenofovir materno:
    28 sem até 30 dias após o parto
    Indicações: HbeAg+ / HBV-DNA > 200.000 UI = 1.000.000 cópias / ALT > 2 LSN
  • Vacina hepatite B (0,5 mL):
    Até 12h
    Indicações: todos os RNs (independente se mãe com HepB)
  • Imunoglobulina humana anti-hepatite B (0,5 mL):
    Até 7 dias
    Indicações: todos os RNs filhos de mãe com hepB (independente de replicação ou CV)
  • Banho com água corrente
    Imediatamente após o parto
20
Q

HEP C

Considerações de hepatite C na gestação: rastreamento, tratamento e cuidados com o RN

A
  • Rastreamento:
    Primeira consulta + 28 sem
    Anti-HCV (sorologia)
    [Janela de oportunidade para diagnóstico]
  • Tratamento:
    O tratamento é contraindicado na gestação pela teratogenicidade
    ~ Previsão futura: possibilidade de permitir tratamento durante a gestação, pela piora dos desfechos materno-fetais, se CV > 7-9 milhões
  • RN:
    Realizar anti-HCV aos 18 meses
21
Q

SÍFILIS

Quantidade de exames necessária para tratar sífilis na gestação e tratamento do parceiro

A
  • Quantidade:
    Tratar mesmo com apenas 1 exame reagente (o segundo deve ser solicitado, mas não se aguarda o resultado para iniciar o tratamento)
  • Parceiro:
    Investigar com VDRL e treponêmico
    Se negativo = 1 dose de penicilina benzatina
    Se positivo = tratar conforme estágio da doença
    Na prática, como sempre vai receber pelo menos 1 dose, essa já é feita antes mesmo do resultado dos exames laboratoriais
22
Q

COVID19

Conduta nos casos de gestante com covid19 e riscos da infecção para o feto

A
  • Casos leves:
    Tratamento domiciliar com sintomáticos
    Oseltamivir (apenas nas primeiras 48h)
  • Casos moderados (febre persistente, taquipneia, hipoxemia):
    Internação em enfermaria
    Oseltamivir (apenas nas primeiras 48h)
    ATB, heparina e corticoide
  • Casos graves (SRAG):
    Internação em UTI
    Oseltamivir (apenas nas primeiras 48h)
    ATB, heparina e corticoide
  • Riscos ao feto:
    Não há descrição de infecção fetal com repercussões, mas há risco de RCIU e parto prematuro
23
Q

ITU

Indicações de antibioticoprofilaxia, periodicidade de URC para ITU de repetição, esquemas utilizados e ATB contraindicado na gestação

A
  • Indicações:
    2+ cistite / bacteriúria na gestação
    1 pielonefrite
  • Periodicidade:
    URC mensal
  • Esquemas:
    Nitrofurantoína 100 mg/d
    Cefalexina 500 mg/d
    A partir de 36 sem = cefalexina (Nitrofurantoína tem risco de kernicterus)
    Fazer até 6 sem após o parto (tempo de duração da imunossupressão gestacional)
  • ATB contraindicado:
    Quinolona
24
Q

TOXO

Principal sequela neonatal das cepas sul-americanas

A

Cegueira congênita - cepa com alta afinidade pela retina

25
Q

SÍFILIS

Conduta se manutenção de títulos altos após tratamento ou se reascensão dos titulos

A
  • Manutenção de títulos altos (>= 1/8)
    Considerar falha terapêutica = pode ocorrer em 4% dos casos, sobretudo com títulos iniciais elevados (1/128+)
    Se não houver queda mesmo após retratamento = investigar neurossífilis com LCR
  • Reascensão:
    Investigar re-exposição: se houver, retratar (como infecção recente)
    Se não houver = investigar neurossífilis com LCR
26
Q

HIV

Investigação de infecção no RN e resultados possíveis quanto ao momento da infecção

A
  • CV ao nascimento + 1m + 2m + 6m
  • Sorologia ao nascimento + 18m

CV positiva ao nascimento = intrauterina
CV ao nascimento negativa, mas positiva em 1m = intraparto
CV ao nascimento e 1m negativas, mas positiva em 2m = pós-natal (provavelmente aleitamento)

27
Q

SÍFILIS

Intervalo entre as doses no tratamento de sífilis tardia

A

Ideal: 7 dias

Máximo: 9 dias

10+ dias = REINICIAR o tratamento!