Hemorragia pós-parto Flashcards
Fatores de risco para HPP (8)
- Antecedente de hipotonia uterina
- Multiparidade (fibroses e cicatrizes)
- Sobredistensão (gemelaridade, polidrâmnio, macrossomia)
- Corioamnionite
- Parto prolongado ou taquitócito
- Placenta prévia
- Acretismo placentário
- Coagulopatia
Melhor parâmetro para avaliar descompensação cardiovascular por sangramento pós-parto
Índice de choque (IC) = FC / PAS
Exames laboratoriais solicitados na HPP (5)
- Globais (Hb, Ht, plaquetas)
- Tipagem sanguínea
- Coagulograma
- Fibrinogênio
- Tubo seco (teste clínico de coagulação)
Primeira conduta frente a HPP que não melhora com pacote inicial
Investigar e tratar conforme a etiologia
HPP
Diagnóstico de HPP
- Volume > 500 mL (vaginal) ou > 1000 mL (cesárea)
Pesagem de compressas sujas -
Instabilidade hemodinâmica
Índice de choque (FC/PAS) >= 0,9
> 1 já indica transfusão
> 1,4 indica transfusão maciça
HPP
Medidas iniciais independente da causa
-
MOV
Monitorização, oxigenioterapia, 2 acessos venosos calibrosos - Expansão volêmica
1000 mL de cristaloide na primeira hora -
Ácido tranexâmico
1 g (4 amp) 6/6h EV -
Ocitocina EV
5 UI bolus lento + 20-40 UI em BIC (diluído em 500 mL SF, correr a 250 mL/h) - Massagem uterina bimanual / manobra de Hamilton
HPP
Medidas complementares para HPP por atonia uterina
-
Ocitocina em dose de manutenção
20-40 UI em BIC (diluído em 500 SF, correr a 250 mL/h) - Se não melhorar = metilergometrina
0,2 mg IM + Manutenção 0,2 mg IM a cada 2-4h
Contraindicada em HAS e coronariopatia - Se não melhorar = misoprostolol
800 mcg (4 cps) via retal (ou oral) - Se não melhorar = investigar ddx
Revisão do canal de parto em busca de lacerações
Curagem/curetagem para afastar restos placentários - Se não melhorar = balão de tamponamento intrauterino
- Se não melhorar = laparotomia
Suturas hemostáticas (B-lynch), ligadura vascular, embolização ou histerectomia (último caso)
[entre um uterotônico e outro = aguardar 10 min para avaliar resultado]
HPP
Conduta após medidas iniciais
Investigação etiológica:
- Atonia uterina:
Útero amolecido e acima da cicatriz umbilical - Laceração:
Presença de laceração sangrante - Restos placentários:
Dequitação incompleta com necessidade de extração manual
Útero hipoinvoluído com colo pérvio após 14 sem - Inversão uterina:
Dor abdominal intensa + invaginação do fundo uterino + reflexo vasovagal (bradicardia!) - Rotura uterina:
Sinal da ampulheta (iminência) > bradicardia fetal ou ausência de BCF + parada abrupta das contrações com melhora inicial da dor + sinais de choque hipovolêmico (pode ser sangramento intra-abdominal, sem exteriorização) + dor escapular (irritação do diafragma) e sinal de Cullen (hemorragia retroperitoneal)
HPP
Medidas complementares para laceração, restos placentários, inversão e rotura uterina
- Laceração:
Sutura hemostática - Restos placentários:
Curagem ou Curetagem - Inversão uterina:
Uterolíticos (relaxamento muscular) = terbutalina/salbutamol, halotano, sulfato de magnésio
Manobra de Taxe - mantém a mão ou faz Hamilton até ação do uterotônico
Uterotônico (contração muscular) = ocitocina, metilergometrina, misoprostol - Rotura uterina:
Parto cesárea + rafia ou histerectomia
APÓS
Conduta após estabilização e resolução da HPP
Após 24h de estabilidade hemodinâmica, iniciar enoxaparina profilática por 7-10 d
BALÃO
Balão de Bakri improvisado e tempo de permanência
- Improvisado:
Sonda foley com preservativo amarrado no terço distal
Insufla com 400-1000 mL de SF (o mínimo pata estancar o sangramento) - Permanência:
Máximo de 24h
Remover após 12h de estabilidade