CA de colo de útero Flashcards
Epidemiologia do CA de colo de útero
Países em desenvolvimento (África, sudeste asiático e América Latina)
Primeira causa de morte por CA na região Norte
Incidência de CA de colo de útero como indicador de saúde
Traduz o menor acesso a um sistema de saúde organizado - CA de fácil rastreamento
Problemas do rastreamento em < 25 anos (2)
1. Lesões de alto grau são raras e, quando ocorrem, evoluem muito rapidamente.
2. Lesões de baixo grau são frequentes, sendo que poucas evoluiriam para câncer, e seu tratamento aumenta o risco para a prole (prematuridade/baixo peso e morte perinatal).
Conduta diante de sangramento ativo por lesão sugestiva de CA de colo de útero (2)
1. Reposição volêmica.
2. Tamponamento vaginal - estancar o sangramento de forma momentânea para permitir o diagnóstico da lesão e o tratamento definitivo.
Clínica do CA de colo de útero (2)
1. Assintomático.
2. Sinusorragia (estágios avançados, com lesão vegetante friável).
CA de colo de útero estadio IA é doença microscópica (microinvasor), sendo diagnosticada por histopatológico. Se for lesão macroscópica, já é pelo menos estadio IB.
Verdadeiro ou falso
Verdadeiro!
IB1 = até 2 cm // IB2 = 2-4 cm // IB3 = >4 cm
Conduta diante de ASCUS (5)
1. Repetir em 12 meses (25-30a) ou em 6 meses (> 30a).
1.1 Se positivo => colposcopia.
1.2 Se negativo => repetir em 12 meses (25-30a) ou em 6 meses (> 30a).
1.2.1 Se positivo => colposcopia.
1.2.2 Se negativo => rastreamento normal (trienal).
(É preciso 2 positivos para indicar colposcopia e 2 negativos para retornar à rotina trienal!)
Pré-requisitos para encerrar o rastreamento com CCO aos 64 anos (2)
1. Últimos 2 exames negativos nos últimos 5 anos.
2. Sem histórico de lesão neoplásica.
Conduta se paciente sair do rastreamento normal e demorar mais de 3 anos para realizar nova CCO
Realizar a CCO no momento e repetir em 1 ano, mesmo se negativa!
Mais do que tratamento de NIC II e III, a conização é essencial para avaliação anatomopatológica e estadiamento da lesão neoplásica (avaliar invasão)
Verdadeiro ou falso
Verdadeiro!
Mesmo que a paciente já precise fazer histerectomia (p.ex. por prolapso uterino), é preciso sempre realizar conização antes, pois pode haver área de carcinoma microinvasor, sendo necessário realizar, além da histerectomia, a ressecção dos paramétrios, do terço superior da vagina e dos linfonodos pélvicos (cirurgia de Wertheim-Meigs)
AGC
Conduta diante de atipia de células glandulares
- Colposcopia com avaliação de canal endocervical
- Se > 35a ou SUA: USGTV para avaliação endometrial
Fatores de risco para CA de colo de útero (5)
- Múltiplos parceiros
- Sexo desprotegido
- Tabagismo
- Multiparidade (exposição da JEC)
- ACO (exposição da JEC)
Características de risco para CA de colo a partir da infecção pelo HPV (2)
- HPV de alto risco oncogênico (16, 18, 31, 33, 42, 45)
- Infecção persistente
Conduta para paciente > 64 anos sem 2 exames negativos entre 60-65 anos
Realizar 2 CCO com intervalo de 1-3 anos e, se negativas, suspender o rastreamento
Rastreamento com DNA-HPV (2)
- Entre 30-64 anos
- Intervalo de 5 anos
Conduta se DNA-HPV positivo (2)
CCO OU genotipagem para 16 e 18
Conduta se genotipagem positiva para 16 ou 18
Colposcopia
Outra conduta para resultado de ASC-US é solicitar ________
HPV-DNA:
- se negativo, rastreamento normal
- se positivo, colposcopia
O teste molecular HPV-DNA identifica apenas os vírus de ______ risco oncogênico
Alto risco oncogênico
Sinais patognomônicos de CA de colo à colposcopia
- Alteração anatômica
- Vasos na superfície
(Indicam ruptura da membrana basal)
Em breve, uma nova vacina contra o HPV estará disponível, a qual protegerá contra 9 tipos diferentes
Verdadeiro ou falso
Verdadeiro (vacina nonavalente)
Substrato histopatológico para o maior risco de CA se atipia presente em epitélio glandular em relação ao escamoso
O epitélio glandular tem apenas uma camada, enquanto o escamoso é estratificado, de modo que a lesão invade a membrana basal mais rapidamente
Causas de morte por CA de colo de útero (4)
- IRA pós-renal
- Sepse de foco urinário
- Sangramento via vaginal
- Caquexia
Clínica do CA de colo de útero (3)
- Assintomático
- Fases avançadas:
- Sangramento (sinusorragia > espontâneo)
- Leucorreia (água de carne, fétida)
Exames complementares necessários no estadiamento do CA do colo de útero (4)
- Radiografia de tórax
- TC de abdome
- RNM de pelve
- Cistoscopia/retossigmoidoscopia (se suspeita de invasão)
Avaliação de linfonodos abdominais no CA de colo de útero (2)
- Se ressecável = cirurgia
- Se irresecável = TC ou USG
HIV
Alteração do rastreio de CA colo uterino
- Início:
Assim que iniciar atividade sexual - Periodicidade:
2 primeiros com 6m
Se normais: a cada 1a - Conduta:
Frente a qualquer alteração (até mesmo ASCUS e LSIL): colposcopia
TRATAMENTO
Condutas alternativas se paciente com desejo gestacional
- 1A1: conização
- 1A2 e 1B1: traquelectomia + linfadenectomia
GESTAÇÃO
Conduta se lesão pré-neoplásica e câncer na gestação
- Pré-neoplásica: NÃO trata durante a gestação, aguarda o pós-parto
- Câncer: cesárea eletiva com incisão corporal
CONE
Acompanhamento após conização
- Margens livres ou comprometidas por NIC 1:
CCO 6/6m no primeiro ano (colposcopia a critério) - centro de referência
CCO 1x/ano por mais 4a (colposcopia a critério) - rede básica
Rotina trienal após - Margens comprometidas por NIC 2/3:
CCO + colposcopia 6/6m nos primeiros dois anos - centro de referência
CCO + colposcopia 1x/ano por mais 3a - rede básica
Rotina trienal após
CONE
Conduta subsequente se biópsia com resultado de NIC I, II, III ou carcinoma microinvasor (IA - até 5 mm)
- NIC I e II:
Acompanhamento por 2 anos (NIC II em > 25a pode ser tratado)
Destruição se lesão persistente - NIC III:
Conização -> diagnóstica (área de invasão) +/- terapêutica) - Carcinoma micro invasor (IA1 ou IA2):
Conização -> diagnóstica (área de invasão) +/- terapêutica)
NÃO partir direto para histerectomia!!!
CIRURGIA
Ponto chave do estadiamento a partir do qual não há mais possibilidade de tratamento cirúrgico
Invasão do paramétrio (toque retal alterado) -> estadio IIB