Via Biliar: Cistos e Lesões Flashcards
Epidemiologia de cisto de vias biliares
Mulher > Homem
Asiaticos
Crianças
Causas de cisto de via biliar
Cistos congênitos
Adquiridos:
- Alterações anatômicas - Junção pancreatobiliar anormal, atresia biliar, atresia duodenal
- Pós-colecistectomia
- Ducto comum longo (>1 cm)
Clínica de cistos em via biliar
Tríade clássica: icterícia flutuante (17%), dor (70%) e massa palpável
Colangite, pancreatite
Classificação de Todani tipo I
50-85%
Cisto limitado ao trato biliar extra-hepático:
Ia – dilatação sacular acometendo porção distaldo colédoco
Ib – dilatação sacular limitada do ducto hepático comum e do colédoco
Ic – dilatação fusiforme do ducto hepático comum e do colédoco
Classificação de Todani tipo II
2%
Divertículo extra-hepático, supra-duodenal com vesícula biliar e ducto hepático comum normais
Classificação de Todani tipo III
5%
Coledococele: divertículo intraduodenal
Classificação de Todani tipo IV
25%
IVa – Dilatação fusiforme do ducto extrahepático + cistos intra-hepáticos
IVb – Multiplas dilatações da árvore biliar extra-hepática, sem alterações intra-hepáticas
Classificação de Todani tipo V
20%
Múltiplos cistos intra-hepáticos, sem alterações extra-hepáticas.
Se fibrose = Doença de Caroli
Qual o tipo histológico de câncer a partir de cistos de via biliar?
Principalmente Colangiocarcinoma
- Adenocarcinoma 85%
- Anaplásico 10%
Quais cistos da via biliar tem mais chance de malignizar?
Tipos I e IV
Tratamento de cisto de via biliar
I e IVb - Ressecção completa do cisto + derivação biliodigestiva
II - Excisão completa do cisto
III - Esfincterotomia ou destelhamento endoscópico
IVa e V - Avaliação para definir se ressecção ou até transplante hepático
Características da colangiografia da doença de Caroli
Múltiplos cistos intra-hepáticos de etiologia não obstrutiva
Acometimento universal ou segmentar
Lesão de via biliar é mais comum VLP ou aberta?
VLP 1% (mais graves) - UNICAMP tem igual incidência
Aberta 0,2%
Quais são as principais causas de lesão de via biliar na colecistectomia?
Má visualização = 97%
- Lesão térmica
- Clipagem de via biliar
- Isquemia
Falta de experiência = 3%
Clínica de lesão de via biliar pós colecistectomia
Bilioma (coleção bloqueada), coleperitônio ou drenagem pela FO
Febre, dor abdominal
Tardio -> icterícia obstrutiva/colangite
Qual o método padrão ouro para diagnóstico de lesão de via biliar?
CPRE - colangiografia
Diagnóstico de fístula de via biliar de baixo x alto débito
Baixo débito
- 200 a 500ml/24 horas
- CPRE: Extravasamento após preencher árvore biliar intraoperatório
Alto débito
- >1000ml/24h
- CPRE: Extravasamento antes do preenchimento
Classificação de Strasberg
Tipo A
- Secção: Ramos secundários do ducto hepático direito posterior ou Ductos de Luschka ou Ducto cístico
Tipo B
- Ligadura do ducto hepático D aberrante no lugar do cístico
Tipo C
- Secção do ducto hepático direito posterior aberrante
Tipo D
- Lesão lateral do ducto biliar comum
Tipo E
- Lesões circunferenciais do ducto biliar
principal
§ E1 Lesão >2cm da confluência
§ E2 Lesão <2cm da confluência
§ E3 na altura da confluência, mas preservada
§ E4 na altura da confluência, mas lesada
§ E5 lesão combinada do ducto hepático
direito aberrante com o ducto comum
Conduta para lesão de via biliar Strasberg A
• Baixo débito: apenas papilotomia ou stent
• Alto débito: papilotomia e stent
Conduta para lesão de via biliar Strasberg B
Hepaticojejunostomia ou hepatectomia do seguimento inviável
Conduta para lesão de via biliar Strasberg C
Drenagem ou biliodigestiva ou clipagem com remoção do setor hepático que evoluiu com cirrose
Conduta para lesão de via biliar Strasberg D
Diagnóstico Intra-op: Rafia + Dreno de Kehr
Diagnóstico pós-op: Papilotomia + prótese
Conduta para lesão de via biliar Strasberg E
E1 e E2: dilatação e prótese por CPRE
E3, E4 e E5: biliodigestiva
Conduta da lesão iatrogênica de via biliar identificada no intraoperatório
Colangiografia intraoperatório +
< 30%: rafia + dreno de kher
> 30%: derivação biliodigestiva
Ductos hepáticos < 3 mm = ligadura
Ductos hepáticos > 3 mm = derivação biliodigestiva
Causas de estenose benigna de vias biliares
Pancreatite crônica: compressão extrínseca
Lesões iatrogênicas: após qualquer procedimento abdominal
Pós-transplante hepático
Fatores de risco para estenose benigna de vias biliares pós tx hepático
Trombose arterial: sempre fazer doppler se suspeita de estenose
Rejeição
Complicações cirúrgicas
Tratamento de estenose benignas das vias biliares
Dilatação da estenose + stents progressivos a cada 3-4 meses