Esôfago: DRGE/Barret/Hérnia de Hiato Flashcards

1
Q

Qual a fisiopatologia da DRGE?

A

Relaxamento transitório do EEI (>10s)

Hipotonia do EEI (<10 mmHg)

Alterações anatômicas da TEG (Hérnia de Hiato)

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2
Q

A hipotonia do EEI é encontrada na maioria dos pacientes com DRGE?

A

Não (principal causa é o relaxamento transitório)

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3
Q

Quais os valores normais de pressão do EEI?

A

10 - 30 mmHg

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4
Q

Verdadeiro ou Falso:

H. pylori está relacionado com DRGE?

A

Falso

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5
Q

Fatores que influenciam na gravidade da DRGE (2)

A

Tempo de exposição e pH

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6
Q

Verdadeiro ou Falso

Quanto mais grave a DRGE, mais sintomas

A

Falso

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7
Q

Quais são os sintomas típicos e atípicos da DRGE?

A

Típicos:
- Pirose
- Regurgitação

Atípicos:
- Globus, dor torácica, disfagia
- Broncoespasmo, asma, tosse crônica, pneumonia de repetição, bronquiesctasia
- Rouquidão, pigarro, laringite, otalgia
- Halitose, hipersalivação, desgaste do esmalte dentário

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8
Q

Quais são os sinais de alarme de DRGE?

A

Perda de peso
Disfagia
Vômitos
Massa palpável
Icterícia
Hematêmese
Câncer TGI alto em parente de primeiro grau
> 40 anos
Refratário ao tratamento

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9
Q

Como é feito o diagnóstico de DRGE?

A

Sem sinais de alarme + sintomas típicos (2x/sem por 4 sem) = clínico

Com sinais de alarme = EDA (excluir CA)

Sem sintomas típicos ou sem achados confirmatórios na EDA = pHmetria

Padrão ouro: ImpedânciopHmetria

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10
Q

Achados confirmatórios de DRGE na EDA

A

Esofagite C ou D de Los Angeles
Estenose péptica
Esôfago de Barrett longo (>3 cm)
Úlcera (acomete muscular)

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11
Q

Esofagite A e B confirmam refluxo?

A

Não

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12
Q

Classificação de Los Angeles para esofagite?

A

GRAU A: Presença de uma ou mais erosões, menores que 5mm de comprimento.

GRAU B: Presença de pelo menos uma erosão maior que 5 mm, mas não confluente ás pregas mucosas adjacentes.

GRAU C: Presença de pelo menos uma erosão confluente entre pregas mucosas, mas não circunferencial.

GRAU D: Presença de erosões que envolvem pelo menos 75% da circunferência do lúmen.

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13
Q

Classificação de Savary-Miller de esofagite?

A

Grau I
Erosão única, ovalada ou linear, com ou sem exsudato fibrinoso, localizada em uma única prega longitudinal

Grau II
Erosões lineares, com ou sem exsudato, situadas em mais que uma prega longitudinal, com ou sem confluência

Grau III
Erosões confluentes que adquirem aspecto circular, ocupando toda a circunferência, com exsudato

Grau IV
Lesões de caráter crônico: ulceras, subestenose, esôfago curto, isoladas ou associadas ás lesões observadas nos graus I, II ou III

Grau V
Esôfago de Barrett , associado ou não as lesões dos graus I a IV

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14
Q

Quais as indicações pHmetria?

A

Sintomas típicos = EDA normal

Sintomas atípicos

Refratariedade ao tratamento

Confirmar diagnóstico antes da cirurgia se não tiver EDA

Recidiva dos sintomas após cirurgia

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15
Q

Diagnóstico de Refluxo pela pHmetria?

A

pH < 4 em mais de 7% do tempo

Score Demeester > 14,7
- % tempo pH <4
- % tempo pH <4 vertical
- % tempo pH <4 supino
- n° de refluxos com pH <4
- n° de refluxos > 5 minutos
- duração do refluxo mais longo

> 80 episódios no exame
IS positivo

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16
Q

Qual método diagnóstico consegue determinar nível de ascensão do refluxo?

A

ImpedânciopHmetria

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17
Q

Indicações de ImpedânciopHmetria?

A

Paciente que não respondem a antisecretores

DRGE não diagnosticada na pHmetria

Refluxo não ácido

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18
Q

Quando solicitar manometria na DRGE?

A

Antes da cirurgia, pra excluir distúrbios motores

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19
Q

Tratamento clínico da DRGE

A

Tratamento empírico com IBP 4-8 semanas + mudanças de estilo de vida

20
Q

Quais medicamentos para DRGE evitar nas gestante?

A

IBPs - teratogênicos

21
Q

Quais as indicações de tratamento cirúrgico na DRGE?

A
  • Complicações (estenose, Barret, úlcera)
  • Piora dos sintomas após suspensão do IBP (com diagnóstico confirmado)
  • Dependente de IBP
  • Hérnia de hiato com alteração grande + DRGE sem melhora
22
Q

Quais as contraindicações de cirurgia no DRGE?

A
  • IMC > 28/30 (Aumenta PIA)
    (IMC > 35 = bypass)
  • Distúrbio motor
  • PIA aumentada (abdominoplastia…)
23
Q

Quais os parâmetros preditivos de bons resultados e maus resultados da cirurgia anti-refluxo?

A

Bom:
- Refluxo ácido (DeMesster alterado)
- Sintomas típicos
- Boa resposta com IBP

Mau:
- Sexo feminino
- Não responde a IBP
- Obesidade
- Sintomas extraesofágicos

24
Q

Qual a cirurgia para DRGE?

A

Fundoplicatura a Nissen (Toupet / Lindt / Dor inferiores?)

Liberação do fundo gástrico: ligadura das gastricas curtas
Dissecção do hiato
Hiatoplastia
Fundoplicatura total Nissen

25
Q

O que é a cirurgia de Colis-Nissen?

A

“Esôfago curto”

Gastroplastia > neoesôfago > fundoplicatura

26
Q

Quais as complicações da cirurgia antirrefluxo?

A
  1. Migração da válvula (disfagia no POI)
    - Precoce = reoperação (aumento de PIA)
    - Tardia = medidas clínicas (hiato alargado)
  2. Fundoplicatura apertada
    - Disfagia no PO
    - Reoperação ou dilatação endoscópica
  3. Hiatoplastia apertada (disfagia precoce)
    - Reoperação
  4. Desgarramento da válvula (tardio)
    - Tratamento clínico ou Renissen
27
Q

Quais as causas de disfagia precoce no pós operatório de Nissen?

A

Migração da válvula

Fundoplicatura ou válvula apertada

Erro na indicação: distúrbio motor do esôfago

28
Q

Conduta se estenose péptica sintomática e alto risco cirúrgico ou baixa expectativa de vida?

A

Dilatação endoscópica

29
Q

O que é esôfago de Barrett?

A

Substituição de epitélio escamoso do esôfago por colunar (metaplasia intestinal)

30
Q

Esôfago de Barret aumento risco de qual câncer de esôfago?

A

Adenocarcinoma

31
Q

Fatores de risco de esôfago de Barret?

A

DRGE
Obesidade Central
Genético (história familiar)
Tabagismo

32
Q

Fatores protetores de esôfago de Barrett?

A

Negros
H. pylori
Consumo moderado de vinho

33
Q

Diagnóstico de esôfago de Barrett

A

EDA: mucosa cor de salmão + biópsia

34
Q

Classificação de esôfago de Barrett

A

Classificação de PRAGA

M: extensão máxima desde TEG
C: extensão circunferencial desde a TEG

Curto: < 3 cm
Longo: > 3 cm

35
Q

Protocolo de Seattle?

A

Protocolo de biópsia no esôfago de Barrett

Biópsias regulares em 4 quadrantes a cada 1 a 2 cm + Biópsia de todas as lesões elevadas ou deprimidas

36
Q

Tratamento do esôfago de Barrett

A

IBP indefinidamente

Cirurgia:
- Refratários
- Mantém sintomas com IBP
- Piora da displasia com IBP

37
Q

Tratamento e seguimento do esôfago de Barrett de acordo com a displasia

A

EDA com biópsias (Seattle):

  • Sem displasia: 3/3 anos
  • Displasia de baixo grau: tratamento endoscópico com ablação por radiofrequência / EDA 6/6 meses
  • Displasia de Alto grau: tratamento endoscópico com ablação por radiofrequência
38
Q

Prevenir progressão do esôfago de Barrett para adenocarcinoma?

A

AAS, AINE, estatina

39
Q

Verdadeiro ou Falso

Displasia de baixo grau do esôfago de Barrett deve ser confirmado com 2 patologistas

A

Verdadeiro

40
Q

Prevalência de hérnia de hiato

A

10% da população

41
Q

Fisiopatologia da Hérnia de Hiato

A

o Alargamento/ frouxidão do hiato diafragmático

o Aumento da pressão intra-abdominal

o Encurtamento esofágico que desencadeia uma
retração do esôfago e puxa o estômago distal

42
Q

Como é feito o diagnóstico de hérnia hiatal?

A

Padrão-ouro: RX contrastado

EDA (TEG > 2 cm do pinçamento diafragmático)

43
Q

Tipos de hérnia de hiato

A

Tipo I: deslizamento (90%)
Tipo II: rolamento - paraesofágica (só estômago)
Tipo III: mista (JEG + estômago)
Tipo IV: mista (volvo gástrico ou outros órgãos)

44
Q

O que é úlcera de Cameron?

A

Lesões da mucosa gástrica em pacientes portadores de hérnia hiatal, úlcera vascular/isquêmica

45
Q

Indicações de cirurgia na hérnia hiatal (hiatoplastia + fundoplicatura)

A

DRGE
Disfagia ou empachamento
Complicações (úlcera de cameron, volvo)

46
Q

Na hérnia hiatal paraesofágica é necessário ressecção do saco herniário?

A

Sim, obrigatório