TCE e TRM Flashcards

1
Q

Definição de TCE e principais causas

A

O TCE resulta de qualquer lesão que cause disfunção cerebral devido a uma força externa.
Principais causas: acidentes de trânsito, quedas e violência

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2
Q

Como é feita e quais são as classificações do TCE:

A

São classificados de acordo com os valores da ECG (glasgow)

TCE leve: 15,14 ou 13
TCE moderado: 9-12
TCE grave : 3-8

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3
Q

Lesão Primária x Lesão Secundária:

A

Lesão Primária: lesão direta, ocorre no momento do impacto resultando em lesões mecânicas como contusões, fraturar e hematomas.

Lesão Secundária: lesão indireta, causada por processos como isquemia cerebral, edema cerebral e aumento da pressão intracraniana (PIC), agravando a lesão primária. Principais fatores:

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4
Q

Qual o cálculo da pressão de perfusão cerebral (PPC) e quais os valores adequados para garantir a perfusão cerebral

A

PPC = PAM - PIC

PPC normal: entre 60-70 mmHg

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5
Q

Como é calculado a PAM e quais os valores de normalidade para garantir boa perfusão dos tecidos

A

PAM = pressão sistólica + 2x P diastólica , tudo dividido por 3
Valor normal: de 70 a 105 mmHg
Situação de TCE: manter entre 85-90

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6
Q

Quando é considerada hipertensão intracraniana?

A

Quando a PIC está acima de 20mmHg

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7
Q

O que diz a Doutrina de Monro-Kellie?

A

-O crânio é formado por 3 componentes principais: cérebro, sangue e líquor. Um aumento no volume de qualquer um desses componentes dever ser compensado pela redução de outro ou a PIC aumenta.

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8
Q

Quais os tipos de fraturas cranianas?

A

Fratura linear
Fratura Exposta
Fratura com afundamento
Fratura de base de crânio

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9
Q

Sinais físicos indicativos de lesão de crânio:

A
  • Sinal do Guaxinim (equimose periorbital)
    -Sinal de Battle (equimose retroauricular)
    -Sinal do duplo halo (perda de líquor pelo nariz ou orelha) –> otoliquorréia ou rinoliquorreia
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10
Q

Caracterize o hematoma epidural:

A

-Causado pela ruptura de vaso arterial, geralmente artéria meníngea
-Hematoma em formato de lente biconvexa, hiperdensa
-Clínica: intervalo lúcido, midríase e desvio ocular
-Tratamento: craniotomia imediata para aliviar a pressão

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11
Q

Caracterize o hematoma subdural:

A

-Ruptura de vasos venosos, geralmente de veias pontes que saem da região cortical e vão em direção aos seios venosos
-Hematoma em formato de crescente (semilunar)
-Clínica: deterioração progressiva, cefaleia e sinais neurológicos
-Tratamento: cirurgia emergente em hematomas volumosos ou com desvio de linha média >5mm

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12
Q

Caracterize hemorragia subaracnoide:

A

-Ruptura de vasos sanguíneos no espaço subaracnoideo
-Clínica: cefaleia súbita, náusesas, vômitos, fotofobia e fraqueza de nuca
-Diagnósitico: TC de crânios mostra sangue no espaço subaracnoideo
-Tratamento: controle rigoroso da PA e prevenção de ressangramento

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13
Q

Caracterize Lesão Axonal Difusa (LAD):

A

-Acontece por movimentos rotacionais resultante da aceleração/desaceleração brusca que causa lesões axonais generalizadas.
- Interrupção dos neurônios - danos neurológicos difusos
-Clínica: rebaixamento do nível de consciência sem intervalo lúcido
-TC de crânio inocente (pouco ou nenhum sinal), RM é mais sensível
-Prognóstico: Pacientes com LAD permanecem frequentemente em coma por longos períodos

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14
Q

Caracterize Contusão Cerebral:

A

-Lesão focal do parênquima cerebral, com áreas de necrose, inchaço e hemorragia
-Localizados em lobos frontais e temporais devido ao chicoteamento
-Tratamento: monitoramento rigoroso e intervenção cirúrgica se houver aumento significativo da PIC

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15
Q

Qual é o objetivo da oxigenação e ventilação em pacientes com TCE?

A

Manter a oxigenação adequada (SpO2 > 90%) e evitar hipóxia, que pode agravar a lesão cerebral.

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16
Q

Quando é indicada a ventilação mecânica em TCE?

A

Em pacientes com Glasgow Coma Scale (GCS) < 8 ou risco de distúrbios respiratórios.

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17
Q

Qual é a função da hiperventilação em casos de TCE?

A

É utilizada temporariamente em crises hipertensivas intracranianas, mas não deve ser prolongada para evitar vasoconstrição cerebral e isquemia.

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18
Q

Qual a meta de Pressão Arterial Média (PAM) em pacientes com TCE?

A

Manter a PAM entre 85-90 mmHg para garantir perfusão cerebral adequada.

19
Q

Quais intervenções são realizadas para tratar a hipotensão sistêmica?

A

Reposição volêmica e uso de agentes vasoativos.

20
Q

Como é feita a avaliação neurológica em pacientes com TCE?

A

Através da Escala de Coma de Glasgow (GCS), que avalia abertura ocular, resposta verbal e resposta motora.

21
Q

Quando a Tomografia Computadorizada (TC) é indicada em TCE?

A

GCS < 13 após trauma, sinais neurológicos focais, história de perda de consciência > 5 minutos, sinais de fratura craniana ou suspeita de lesão intracraniana.

22
Q

Qual é o objetivo do manejo cirúrgico em TCE?

A

Reduzir a pressão intracraniana e prevenir lesões secundárias, com craniotomia sendo a intervenção mais comum.

23
Q

Quais são as medidas iniciais para controle da hipertensão intracraniana?

A

Elevar a cabeceira a 30 graus, controle de CO2 pela ventilação mecânica e uso de diuréticos osmóticos como manitol.

24
Q

Como é monitorada a pressão intracraniana (PIC) em cuidados intensivos?

A

Monitorização contínua do PIC utilizando uma sonda ventricular ou parenquimatosa.

25
Q

Qual é o objetivo da hipotermia terapêutica no manejo do TCE?

A

Reduzir o metabolismo cerebral e a pressão intracraniana, prevenindo lesões secundárias.

26
Q

Qual o papel dos diuréticos osmóticos como manitol no TCE?

A

Reduzir a PIC ao criar um gradiente osmótico que puxa fluidos do cérebro para a circulação sanguínea.

27
Q

Qual é a recomendação sobre o uso de corticoides em pacientes com TCE?

A

Não utilizar corticoides, pois não demonstraram benefício e estão associados a aumento da mortalidade.

28
Q

Quais fatores de risco estão associados a desfechos ruins em TCE?

A

GCS < 8, idade avançada, lesões associadas e hipotensão persistente.

29
Q

Por que a reabilitação é importante após um TCE?

A

É essencial para melhorar a qualidade de vida e envolve uma equipe multidisciplinar.

30
Q

Quais são as recomendações finais para o manejo do TCE?

A

Avaliação e manejo precoce são cruciais para reduzir mortalidade e melhorar desfechos, com monitoramento neurológico, controle da PIC e intervenções cirúrgicas oportunas.

31
Q

Quais os erros comuns no manejo do TCE?

A

-Hiperventilação prolongada ( causa vasoconstrição cerebral e isquemia)
-Não monitoramento da PIC
-Falha em corrigir hipotensão

32
Q

Quais são as causas comuns de trauma raquimedular?

A

cidentes automobilísticos, armas de fogo, quedas de altura e mergulho em água rasa.

33
Q

Quem é potencialmente portador de lesão de coluna cervical?

A

Todo politraumatizado, especialmente aqueles com alteração do nível de consciência e traumatismos acima da clavícula

34
Q

Quais avaliações devem ser feitas na avaliação de trauma raquimedular?

A

Exame físico completo bilateral, incluindo a avaliação de sensibilidade térmica, dolorosa e tátil.

35
Q

Quais são os critérios para imobilização em casos suspeitos de lesão raquimedular?

A

Dor ou rigidez, presença de déficit neurológico, alteração do nível de consciência, uso de drogas ou intoxicação, e mecanismo de trauma suspeito.

36
Q

Quais achados sugerem lesão medular em pacientes inconscientes?

A

Arreflexia flácida, respiração diafragmática, incapacidade de estender o braço, hipotensão com bradicardia, ausência de resposta dolorosa e priaprismo.

37
Q

O que é choque neurogênico?

A

É causado pela lesão das vias eferentes do sistema simpático, levando a vasodilatação e bradicardia, resultando em hipotensão.

38
Q

O que é choque medular?

A

Uma condição neurológica que ocorre logo após a lesão da medula espinhal, caracterizada por flacidez e perda dos reflexos

39
Q

Quais exames radiológicos são indicados para avaliar lesões raquimedulares?

A

Radiografias AP e lateral da coluna cervical, RX transoral (C2), tomografia computadorizada (TC) e ressonância magnética (RM).

40
Q

Qual é o tratamento clínico para trauma raquimedular?

A

Imobilização e tratamento medicamentoso.

41
Q

Qual é o tratamento cirúrgico para trauma raquimedular?

A

Descompressão e fixação da coluna.

42
Q

Qual é a dose recomendada de metilprednisolona para trauma raquimedular?

A

30 mg/kg do peso corporal em “bolus” dentro de 3 a 8 horas após a lesão, seguido de 5,4 mg/kg/h nas próximas 48 horas

43
Q

Quais outros medicamentos podem ser utilizados no tratamento do TRM além da metilprednisolona?

A

Gangliosídeo (300 mg inicial e 100 mg/dia por 56 dias após metilprednisolona), mesilato de tirilazade e naloxona.

44
Q

Qual é a importância do tratamento precoce no trauma raquimedular?

A

O tratamento precoce pode melhorar a recuperação neurológica e prevenir complicações a longo prazo.