ABDOME AGUDO INFLAMATÓRIO Flashcards

1
Q

O que é abdome agudo?

A

É uma dor abdominal súbita, intensa e não traumática, geralmente com evolução inferior a 24 horas. Pode ser causada por distúrbios intra-abdominais que exigem diagnóstico e tratamento rápidos.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
2
Q

Como é a avaliação do abdome agudo?

A

A história clínica e o exame físico ajudam a sugerir uma causa provável, permitindo um diagnóstico diferencial e orientando os exames iniciais.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
3
Q

Quais são os tipos principais de abdome agudo?

A

Inflamatório
Obstrutivo
Perfurativo
Hemorrágico
Isquêmico/Vascular

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
4
Q

Qual a epidemiologia da apendicite aguda?

A

É a causa mais comum de abdome agudo e uma das principais indicações de cirurgia abdominal de urgência, com incidência maior na segunda e terceira décadas de vida.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
5
Q

Qual é a anatomia do apêndice?

A

O apêndice tem comprimento médio de 9 cm e é irrigado pela artéria apendicular, um ramo da artéria ileocólica. A posição mais comum é retrocecal (60%).

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
6
Q

Como ocorre a apendicite (fisiopatologia)?

A

A obstrução do lúmen do apêndice aumenta a pressão intraluminal, levando à inflamação, isquemia, necrose e, possivelmente, perfuração e abscesso.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
7
Q

Quais são as causas da apendicite?

A

As causas incluem fecalitos, hiperplasia linfoide, neoplasias, infecções, cálculos, entre outros. O fecalito é a causa mais comum, responsável por 50-80% dos casos.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
8
Q

Quais são os sinais e sintomas típicos da apendicite?

A

Dor epigástrica ou periumbilical que migra para o quadrante inferior direito, febre baixa (<38°C), anorexia e vômitos após o início da dor.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
9
Q

Quais são os principais sinais clínicos para o diagnóstico de apendicite?

A

Sinal de Blumberg: dor à descompressão brusca no ponto de McBurney.
Sinal de Rovsing: dor no quadrante inferior direito com palpação do lado esquerdo.
Sinal do Psoas e Sinal do Obturador: dor à movimentação de músculos próximos ao apêndice.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
10
Q

Como é feito o diagnóstico da apendicite aguda?

A

É predominantemente clínico. Em casos duvidosos, com evolução arrastada ou atípicos, podem ser usados exames de imagem como ultrassonografia (sensibilidade de 78-83%) ou tomografia abdominal (sensibilidade e especificidade de até 100%).

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
11
Q

Quais são os achados de imagem típicos na apendicite?

A

Ultrassonografia: apêndice aumentado e imóvel (>6-7 mm), espessamento da parede e borramento da gordura periapendicular.
Tomografia: apêndice com diâmetro ≥7 mm, espessamento da parede e borramento da gordura ao redor. A presença de líquido ou ar periapendicular sugere perfuração.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
12
Q

Qual é o tratamento da apendicite aguda?

A

A apendicectomia laparoscópica é o padrão ouro atual para o tratamento da apendicite.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
13
Q

O que é colecistite?

A

A colecistite é uma síndrome caracterizada por dor no quadrante superior direito do abdome, febre e leucocitose, associada à inflamação da vesícula biliar. É mais frequentemente causada por cálculos biliares (90%) e pode ser constante, levando a um processo inflamatório.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
14
Q

Qual é a complicação mais comum da colelitíase?

A

A complicação mais comum é a colecistite aguda, que ocorre após episódios de cólica biliar.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
15
Q

Quais são os fatores de risco para desenvolver colelitíase?

A

Os principais fatores incluem sexo feminino, idade, obesidade, gravidez, fatores genéticos, diabetes, e condições como rápida perda de peso e nutrição parenteral.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
16
Q

Como se desenvolve a colecistite aguda?

A

A colecistite começa com a obstrução do lúmen da vesícula, aumento de pressão intraluminal e inflamação. Pode progredir para isquemia, necrose e, eventualmente, perfuração, causando abscesso ou peritonite.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
17
Q

Quais são os sintomas clássicos da colecistite aguda?

A

Dor constante no quadrante superior direito do abdome, que pode irradiar para o ombro ou escápula direita, acompanhada de febre, náuseas, vômitos e anorexia.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
18
Q

Qual é o sinal físico mais importante da colecistite?

A

O sinal de Murphy, que é a dor intensa no quadrante superior direito ao pressionar a vesícula biliar durante a inspiração.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
19
Q

Quais exames laboratoriais são indicativos de colecistite?

A

A leucocitose com desvio à esquerda e elevação da PCR. Alterações leves nas enzimas hepáticas, bilirrubinas e amilase também podem estar presentes.

20
Q

Qual exame de imagem é o mais recomendado para diagnóstico inicial?

A

A ultrassonografia é a escolha inicial, pois detecta cálculos biliares, espessamento da parede da vesícula e outros sinais de inflamação com alta sensibilidade.

21
Q

Qual exame é o padrão-ouro para colecistite quando a ultrassonografia não é conclusiva?

A

A cintilografia é o exame padrão-ouro quando a ultrassonografia é duvidosa.

22
Q

Quais são as principais complicações da colecistite aguda?

A

Complicações incluem colecistite gangrenosa, perfuração, abscesso hepático, colecistite enfisematosa (associada ao Clostridium), pancreatite e íleo biliar.

23
Q

Qual é o tratamento indicado para colecistite aguda?

A

O tratamento inclui analgesia, antibioticoterapia de amplo espectro (contra bactérias Gram-negativas , Gram-positivas e anaeróbias ), e colecistectomia videolaparoscópica para remover a vesícula inflamada.

Opções de atb:
Ceftriaxona + Metronidazol
Ciprofloxacino + Metronidazol
Ampicilina - Sulbactam

24
Q

O que é colangite aguda?

A

É uma infecção e inflamação do trato biliar, geralmente causada por uma obstrução que leva a febre, icterícia e dor abdominal.

25
Q

Qual é a principal causa da colangite aguda?

A

É causada principalmente pela ascensão de bactérias do duodeno, especialmente em casos de obstrução biliar, que podem incluir cálculos biliares, estenoses e até malignidades.

26
Q

Como é feito o diagnóstico de colangite aguda?

A

O diagnóstico requer um exame de imagem que mostre dilatação da via biliar, podendo incluir:

Ultrassonografia: identifica dilatação e cálculos, mas tem limitação para colédoco distal.
Tomografia Computadorizada: identifica estenoses e dilatações, útil em casos de complicações.
Colangiorressonância: exame com alta precisão para identificar a causa da obstrução.
CPRE: além de diagnóstico, permite drenagem e retirada de cálculos, sendo o exame padrão-ouro.

27
Q

Como é feito o tratamento da colangite aguda?

A

O tratamento inclui:

Medidas de suporte
Antibioticoterapia endovenosa: abrangendo Gram-negativos, Gram-positivos e anaeróbios.
Drenagem biliar:
CPRE: é o método preferido para drenagem e tratamento.
Drenagem cirúrgica: indicada se CPRE não for possível ou eficaz.

28
Q

O que é pancreatite aguda?

A

É uma inflamação súbita do pâncreas, que pode envolver tecidos ao redor e até outros órgãos.

29
Q

Quais são as principais causas de pancreatite aguda?

A

As causas incluem:

Litíase biliar (40%)
Consumo de álcool (30-35%)
Hipertrigliceridemia (>1000 mg/dL)
Medicamentos (como metronidazol e tetraciclinas) e traumas.

30
Q

Como é feito o diagnóstico de pancreatite aguda?

A

O diagnóstico requer dois dos três critérios:

Dor abdominal característica (quadrante superior e náuseas/vômitos).
Elevação de amilase ou lipase acima de 3 vezes o normal.
Exames de imagem com achados típicos.

31
Q

Qual o papel da ultrassonografia na pancreatite aguda?

A

É obrigatória na admissão do paciente para determinar a etiologia, como a presença de cálculos biliares.

32
Q

Quando a tomografia é indicada na pancreatite aguda?

A

A tomografia é indicada para casos de dúvida diagnóstica ou suspeita de complicações, e idealmente deve ser realizada após 72 horas do início dos sintomas.

33
Q

Como é feito o tratamento da pancreatite aguda?

A

O tratamento inclui:

Ressuscitação volêmica: rápida, nas primeiras 12 a 24 horas.
Controle da dor: frequentemente com opióides.
Manejo dietético: jejum inicialmente, com reintrodução conforme a melhora clínica

34
Q

Antibióticos são sempre indicados para pancreatite aguda?

A

Não. Eles são indicados apenas se houver febre persistente, deterioração clínica ou presença de coleção pancreática com gás (indicando infecção).

35
Q

Quais são as complicações da pancreatite aguda?

A

As principais complicações incluem pseudocisto pancreático, coleções necróticas e sepse em casos mais graves.

36
Q

O que é diverticulite aguda?

A

A diverticulite aguda é uma inflamação de um divertículo, geralmente associada à microperfuração.

37
Q

Qual a prevalência da diverticulose e como ela se relaciona com a diverticulite?

A

A prevalência de diverticulose aumenta com a idade, variando de menos de 20% aos 40 anos para 60% a 80% após os 80 anos. Entre 4% a 15% dos pacientes com diverticulose desenvolvem diverticulite, com a incidência aumentando com a idade.

38
Q

Quais são os fatores de risco para o desenvolvimento de diverticulite?

A

Os principais fatores de risco incluem:

Alta ingestão de carne vermelha e baixa ingestão de fibras;
Falta de atividade física;
Obesidade;
Tabagismo.

39
Q

Quais fatores aumentam o risco de doença diverticular?

A

A doença diverticular é favorecida por:

Aumento da pressão intraluminal;
Alterações na motilidade intestinal;
Modificações na estrutura colônica;
Dieta pobre em fibras.

40
Q

Qual é a causa subjacente da diverticulite?

A

A diverticulite ocorre devido a uma perfuração microscópica ou macroscópica de um divertículo, causada por inflamação e necrose focal. Em muitos casos, essa perfuração é bloqueada por gordura pericólica e mesentérica, o que pode resultar em um abscesso localizado. Em casos mais graves, a perfuração pode levar à peritonite difusa.

41
Q

Quais são as manifestações clínicas da diverticulite aguda?

A

Os sintomas variam de acordo com a gravidade da inflamação e a presença de complicações. Os principais sintomas incluem:

Dor abdominal, especialmente no quadrante inferior esquerdo;
Náuseas e vômitos;
Febre;
Alterações no hábito intestinal (constipação ou diarreia).
No exame físico, pode-se palpar uma massa dolorosa no quadrante inferior esquerdo, e sinais de peritonite, como defesa muscular e dor à descompressão, podem estar presentes.

42
Q

Quais exames complementares são indicados para o diagnóstico de diverticulite aguda?

A

Exames laboratoriais: Leucocitose e aumento da PCR são comuns. A leucocitúria pode ocorrer devido à proximidade do cólon sigmoide com a bexiga.
Tomografia Computadorizada (TC): É o exame de escolha, com sensibilidade de 94% e especificidade de 99% para o diagnóstico de diverticulite aguda. Os achados incluem espessamento da parede intestinal, aumento da densidade de tecidos moles na gordura pericolônica, presença de divertículos e complicações, como abscessos e pneumoperitônio.
Colonoscopia: Não é indicada durante a fase aguda, pois há risco de perfuração. A colonoscopia é realizada após a resolução dos sintomas, geralmente de seis a oito semanas após, para excluir malignidade associada.

43
Q

Como é feita a classificação da diverticulite aguda?

A

A classificação é baseada na gravidade da inflamação e das complicações presentes, incluindo os estágios de Hinchey para avaliar a necessidade de intervenções mais invasivas.

44
Q

Qual é o tratamento para a diverticulite aguda não complicada?

A

Para casos não complicados, o tratamento é ambulatorial e inclui:

Antibióticos via oral;
Medicamentos sintomáticos;
Dieta sem resíduos.
Se houver falha no tratamento, o paciente deve ser internado para antibioticoterapia endovenosa e realização de nova TC para avaliar complicações.

45
Q
A