T2 - Olho Vermelho I (2) Flashcards

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1
Q

Conjuntivite Alérgica?

A
Conjuntivite atópica
Dermatoconjuntivite (dermatite de contacto)
Microbioalérgica
Conjuntivite Vernal
Papilar Gigante
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Q

Conjuntivite atópica?

A

→ Mediada pela IgE.
→ Alergénios sobreponíveis aos provocam alergia no trato respiratório superior.
→ Prurido (específico que aponta para uma etiologia alérgica), hiperemia, edema, quemose, secreção aquosa ou mucoide
→ Citologia: eosinófilos.
→ Tratamento: cromoglicato dissódico 4% (inibe a desgranulação dos mastócitos)

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3
Q

Dermatoconjuntivite (dermatite de contacto)?

A

→ Hipersensibilidade retardada/tipo IV
→ Droga ou produto químico, que interage com as proteínas tecidulares → formam conjugados que atraem e ativam linfócitos T, que produzem linfoquinas mediadoras da inflamação.
→ Envolve toda a conjuntiva e pele ocular.
→ Pode ocorrer 5-10 dias a vários anos após a exposição
→ Tratamento: suspender o agente

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4
Q

Microbioalérgica?

A

→ Toxicidade por alergia
→ Causada pelas proteínas de destruição celular
→ Agente mais frequente: Staphylococcus ou BK/M.tuberculosis
→ Hipersensibilidade do tipo IV
→ Não há história prévia de alergia, mas a infeção crónica é necessária para a sensibilização
→ Infiltrados justalímbicos (ou micro-abcessos marginais límbicos; típicos) invadem a córnea

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5
Q

Conjuntivite Vernal?

A

→ Bilateral, aparecimento na Primavera e Verão e remissão no Outono/Inverno.
→ Mais frequente entre os 6 e 14 anos (normalmente após os 12 anos, regride)
→ É o tipo de conjuntivite alérgica mais frequente
→ Papilas gigantes, em “pedra de calçada” (erosão e sofrimento atroz).
→ Nódulos de Horner-Tantras (eosinófilos), observados com a lâmpada de fenda
→ Hipersensibilidade mediada pela IgE (tipo I).
→ Tratamento: corticoides, cromoglicato e ciclosporina 2% (tratamento sintomático)

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6
Q

Papilar Gigante?

A

→ Típica de quem usa lentes de contacto.
→ Semelhante à vernal, mas consequência do uso de contactos de lentes de contacto e olhos artificiais.
→ 5% dos utilizadores de lentes de moles (hidrófilas) e 1% dos utilizadores de lentes duras.
→ Hipersensibilidade do tipo I e tipo IV
→ Tratamento: remoção da lente, cromoglicato dissódico 4% e corticoides

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7
Q

Esclera?

A

Dá consistência e rigidez ao globo ocular, porque é a camada externa do globo ocular e é rígida.
É praticamente avascular.
Geralmente é branca (quando vermelha pode ser uma esclerite).

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8
Q

Constituição da Esclera?

A

→ Episclera: colagénio, fibroblastos, glicosaminoglicanos e melanócitos (mais externa)
→ Estroma: colagénio, glicosaminoglicanos e alguns fibroblastos
→ Lâmina interna: colagénio e melanócitos

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9
Q

Alterações da Cor da Esclera?

A

→ Azul (difuso) –> Osteogénese imperfeita (esclera muito fina: vêem-se os vasos da coróide)

→ Amarela –> Icterícia/bilirrubina (esclera e não a conjuntiva)

→ Amarelo-acastanhada –> Ocronose (Défice enzimático)

→ Castanha escura –> Melanoma/nevo

→ Azul (focal) –> Estafiloma anterior (grave, risco de rutura do globo ocular)

→ Castanho (limbo) –> Melanose adquirida (a melanose ocular pode ser importante vigiar)

→ Prata (cinzento) –> Melanose congénita/Nevo de Otta

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10
Q

Alterações da Espessura da Esclera?

A
Espessura Diminuída
→ Microftalmia (<15mm) (olho muito pequeno, incompatível com a visão)
→ Miopia axial
→ Ceratoglobo
→ Osteogénese Imperfeita

Espessura Aumentada
→ Nanoftalmos (a diferença com microftalmos é que o olho tem visão normal)
→ Atrofia do olho (mau prognóstico)

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11
Q

Inflamação da Esclera?

A

O diagnóstico é complexo: exclusivo do oftalmologista.
Importante: Esclerite (doença sistémica) é diferente de episclerite (doença local).
- Nódulo fixo: Esclerite
- Nódulo móvel: Episclerite

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12
Q

Episclerite?

A

→ Difusa
→ Nodular (muitas vezes associada a herpes, botão hiperémico): episclerite muito localizada (zona vermelha no olho relativamente normal)

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13
Q

Importância do diagnóstico diferencial com fenilefrina (vasoconstritor)?

A

→ Fica branca na episclerite e conjuntivite (os vasos inflamados são mais superficiais; estão acessíveis a fenilefrina → contraem, ficando cor branca)
→ Permanece vermelha na esclerite (a inflamação é maior, associada a um processo sistémico, e não causa vasoconstrição nos vasos suficiente para a cor ficar branca)

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14
Q

Esclerite Anterior?

A

Hiperémia localizada à conjuntiva bulbar, os fundos de saco são brancos.
→ Difusa
→ Nodular
→ Necrotizante
À inspeção é parecida com uveíte, mas a uveíte tem hiperémia predominantemente na conjuntiva palpebral

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15
Q

Esclerite Posterior?

A

Não é visualizável; está voltada para a órbita.
→ Proptose/exoftalmia
→ Descolamento da retina exsudativo
→ Alterações da mobilidade ocular (olho branco, com dor orbitária)
→ Edema macular e papiledema
→ Espessamento da esclera (TAC ou ecografia)

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16
Q

Escleromalácia perfurante?

A

→ A esclerite posterior pode evoluir para escleromalácia perfurante, onde há diminuição da espessura da esclera
→ Elevado risco de rutura, por perfuração espontânea da esclera em vários locais (perde não só visão, mas todo o olho)
→ Sem tratamento, daí a necessidade de cuidados imediatos perante uma esclerite (para evitar a progressão para escleromalácia perfurante)

17
Q

Work-up da esclerite: importante eliminar a hipótese de doença sistémica?

A
→ Velocidade de sedimentação
→ Leucograma
→ Análise da urina
→ VDRL/FTA-ABS
→ Anticorpos anti-nucleares
→ Anticorpos anti-neutrófilos
→ Rx do tórax e Rx dos seios perinasais
→ Ecografia
→ TAC
18
Q

Tratamento da Esclerite?

A

Não tratada pode levar à cegueira total.

Não necrotizante (ligeira/moderada):
→ Prednisolona 60-100 mg; AINEs via oral;
→ Os corticoides locais deverão ser cautelosamente usados na esclerite

Necrotizante (grave):
→ Prednisolona; Ciclofosfamida; Ciclosporina A

Infeciosa (tratamento da doença primária):
→ Sífilis: penicilina
→ Tuberculose: antituberculosos
→ Pseudomonas: aminoglicosídeos (gentamicina)
→ Herpes: aciclovir
→ Acanthamoeba: neomicina