Síndromes Ictéricas Flashcards

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1
Q

O sinal de Courvoisier no exame abdominal é característico de qual diagnóstico ou condição:

A

Tumor periampular

O sinal de Courvoisiere-Terrier consiste na presença de uma vesícula biliar distendida e indolor, palpável ou mesmo visível no exame do abd. Ela indica, até prova em contrário, a existência de Tu periampular.
As principais etiologias do tu periampular: 1)adenocarcinoma de cabeça de pâncreas; 2)colangiocarcinoma distal; 3)adenocarcinoma de duodeno; 4)adenocarcinoma da papila de Vater

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2
Q

Um pct de 25 anos recebeu o diagnóstico de linfoma e está em programação para tratamento com esquema R-CHOP. Os resultados das sorologias foram os seguintes: HBsAg -, anti-HBc +, anti-HBs -. Sobre o caso descrito, assinale a alternativa correta:

A) Deve ser solicitada a pesquisa do HBV-DNA e, caso esta seja negativa, o pct poderá realizar o tratamento proposto sem maiores preocupações quanto à hepatite

B) Se o HBV-DNA for negativo, o pct deverá realizar tratamento profilático com tenofovir ou entecavir, até um ano após o término da QT

A

Letra B

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3
Q

O uso de Imunoglobulina na hepatite B é reservado para quais pct?

A

Pessoas não vacinadas, após exposição ao vírus da hepatite B:

1- prevenção da infeção perinatal

2- vitimas de acidentes c/ material biológico + ou fortemente suspeito de HBV, sem vacinação

3- Comunicantes sexuais de casos agudos de HBV

4- Vítimas de abuso sexual

5- Imunodeprimidos após exposição de risco, mesmo que previamente vacinados

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4
Q

Em relação ao vírus da hepatite C e ao vírus da hepatite B, pode-se afirmar que:

A) O HCV apresenta menor virulência que o HBV

B) O HBV apresenta maior infectividade que o HCV

A

Letra B

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5
Q

Mulher, 30a, assintomática, realiza exame admissional para trabalhar como agente de saúde. Sorologias para hepatite B: HBsAg +, anti-HBs -, anti-HBc +, HBeAg +, anti-HBe -; AST = 32, ALT = 64. a conduta é:

A) Pesquisar e quantificar HBV-DNA e realizar biópsia hepática

B) Expectante e dosar antígeno carcinoembrionário a cada 3 meses

A

Letra A

Fatores a serem levados em conta no início do tratamento: o grau de replicação viral (além do HBeAg + nos falta quantificação da carga viral) e o grau de atividade inflamatória hepática (valor das aminotransferases, e gravidade da doença hepática avaliada por biópsia ou elastografia hepática)

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6
Q

Pct que não usa medicamentos e apresenta icterícia discreta exibe o seguinte padrão lab: hiperbilirrubinemia predominantemente direta, FA muito elevada, transaminases levemente elevadas (1,5x), albumina normal. Qual a investigação que deve ser feita para esse quadro:

A) A investigação deve ser iniciada com USG e, caso está não revele dilatação dos ductos biliares, CPER é o próximo passo, por ser mais sensível que a USG

B) Se a USG for normal, anticorpos anti-mitocôndrias (AMA) devem ser solicitados e, nesse caso, AMA + constitui indicação de biópsia hepática

A

Letra B

Se a USG estiver alterada, podemos complementar o estudo anatômico da lesão om métodos mais acurados (CPRE). Se USG normal provavelmente CPRE será normal.

Após AMA +, é necessária biópsia hepática para estadiamento e estratificação prognóstica

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7
Q

Pct de 82a, com quadro de rebaixamento do nível de consciência associado à febre e a desconforto abdominal ha 48hrs. Ao exame, ictérico +3, taquicárdico e sonolento. Dor discreta no andar sup do abd. Nega cirurgia prévia, porem relata ser portador de HAS e gota. Face ao exposto, é correto afirmar:

A) O exame de imagem a ser indicado deve ser uma colangiorressonância

B) O exame de USG pode ser único e conclusivo para orientação terapêutica

A

Letra B

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8
Q

Pct com colangite aguda grave, secundaria à colédocolitíase, que não apresenta quadro de melhora após 24hrs de atb venoso, está indicado a realização emergencial de:

A

Esfincterotomia endoscópica

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9
Q

Homem, 33a, com diagnóstico de colecistite crônica calculosa e com icterícia obstrutiva, submetido à colecistectomia. Colangiografia intraoperatória: colédoco de 2,8cm com múltiplas falhas de enchimento em seu interior sugestivas de cálculos(+ de 10 cálculos). A conduta é:

A) Coledocotomia, retirada dos cálculos e anastomose biliodigestiva

B) Exploração do colédoco, retirada dos cálculos e coledocorrafia

A

Letra A

Todo portador de colelitíase candidato à colecistectomia deve ser estratificado para risco de coledocolitíase associada antes da cirurgia.

Se durante a colangiografia observarmos (1) colédoco >2cm; (2) mais de 6 cálculos em seu interior; (3) cálculos intra-hepáticos residuais e/ou (4) coledocolitíase primária (cálculos castanhos), está indicada a derivação biliodigestiva, realizada através de coledocoduodenostomia ou coledocojejunostomia. Antes da derivação é mandatória a coledocotomia para retirada dos cálculos

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10
Q

Com relação ao Ca de pâncreas, é correto afirmar que:

A) A TC do abdome é o melhor método de imagem para o rastreamento do Ca de pâncreas

B) O tabagismo é o principal fator de risco ambiental para o desenvolvimento do Ca de pâncreas

A

Letra B

A TC é o melhor exame para diagnóstico! Para rastreamento do Ca de pâncreas, a USG endoscópica seria o melhor método

O tabagismo é o principal FR. Outros FR são: história familiar, pancreatite crônica, sexo masculino, raça negra,
Dentre outros

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11
Q

Com relação à colecistite aguda, podemos afirmar que:

A) A presença de espessamento da parede da vesícula à USG abdominal é sinal patognomônico dessa afecção

B) Em doentes idosos com condições clínicas críticas, a colecistostomia por punção percutânea é uma opção terapêutica

A

Letra B

O espessamento da parede da vesícula (4mm) é um dos achados USG, no entanto nao é patognomônico.
Quando associada à icterícia, pode ocorrer por associação à coledocolitíase ou à sindrome de Mirizzi .
A forma alitiásica (colecistite aguda alitiásica) representa 10% dos casos.

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12
Q

Pct de 65a com quadro de dor em hipocôndrio D e dorso, com náuseas e vômitos há 1 dia, foi internado com os seguintes exames: hemograma normal; TGO= 250; TGO= 180; BT= 2,3; BI= 0,3; amilase= 150; USG: múltiplos cálculos na vesícula biliar de até 0,5cm. A hipótese diagnóstica e a alteração lab adicional seriam:

A) Colédocolitíase e aumento de FA

B) Colecistite e desvio à esquerda

A

Letra A

Na colecistite não há aumento de bilirrubinas. Nesse USG não há espessamento da parede da vesícula e nem líquido próximo a vesícula (pericolecístico), descartando o quadro de colecistite

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13
Q

Pct de 34a da entrada no setor de emergência queixando-se de dor em hipocôndrio e ombro direito, associada a febre baixa e vômitos. Refere início do quadro há cerca de 24hrs. Foi solicitada USG das vias biliares, que foi sugestiva de colecistite aguda por apresentar o seguinte achado:

A) Halo hipoecoico

B) Calcificação parietal

A

Letra A

Quando há inflamação vesicular, acumula-se líquido ao redor da vesícula, o que é visto na USG como um halo hipoecoico em torno do referido órgão.
Calcificação parietal configura a “vesícula de porcelana”, nao sendo um achado compatível com nossa hipótese

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14
Q

A colangiografia por ressonância para diagnóstico de coledocolitíase pode ser feita mais rapidamente sem contraste farmacológico?

A

VERDADEIRO

O conteúdo das vias biliares, na ressonância magnética, funciona como um contraste natural que permite a visualização das vias biliares, bem como a presença de obstruções

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15
Q

Segundo o consenso de Tokyo 2018 para avaliação da gravidade da colecistite aguda, é correto afirmar:

  • Os critérios utilizados dizem respeito a sinais do exame físico, aos sinais de inflamação sistêmicos e aos sinais inflamatórios nos exames de imagem
A

CORRETO

Toquio III (grave) - colecistite + sinais de disfunção orgânica

Toquio II (moderada) - colecistite + leucocitose >18.000 e/ou massa palpável e dolorosa em QSD e/ou duração das queixas >72hrs e/ou marcada inflamação local (colecistite gangrenosa, abscesso pericolecístico, abscesso hepático, peritonite biliar, colecistite enfisematosa)

Toquio I (leve) - colecistite sem critérios para Toquio II ou III

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16
Q

Em relação ao câncer de pâncreas, é correto afirmar que:

A) A dor abdominal não é um sintoma comum

B) O emagrecimento pode ser devido à compressão duodenal

A

Letra B

Dor abdominal é comum em estágios avançados de câncer de pâncreas, o que ocorre principalmente em pacientes cujo tumor invade o plexo celíaco.
O emagrecimento desses pacientes é multifatorial: hiporexia, produção de citocinas pelo tumor, compressão duodenal, síndrome disabsortiva secundária a colestase

17
Q

Alterações que ocorrem durante a execução do pneumoperitônio na Colecistectomia videolaparoscópica, exceto:

A) Arritmias transitórias

B) Aumento da PVC

C) Aumento da frequência cardíaca

D) Aumento do pH

E) Aumento da pCO2

A

Letra D

Durante a confecção de pneumoperitônio com gás carbônico, parte dessa substância ganha a corrente sanguínea (é absorvida) e determina aumento da pCO2, além de acidose (queda do pH; D errada). O aumento da pressão intra-abd se reflete no tórax, assim, a pressão intratorácica excessiva impede a entrada de sangue nesta cavidade, o que reduz o retorno venoso e “represa” o sangue na circulação venosa central. Por conseguinte, há redução do débito cardíaco, e a tentativa de compensação é com aumento da FC. Durante cirurgia laparoscópica, são comuns arritmias cardíacas transitórias.

18
Q

NÃO é um fator para aumento do risco no desenvolvimento de colecistite aguda acalculosa:

A) Insuficiência renal crônica

B) puerpério

A

Letra A

A colecistite aguda acalculosa ocorre em 2-15% de todos os casos de colecistite aguda e geralmente se associa à condições de saúde crítica (pós-operatório, trauma, grande queimados).

19
Q

Sobre insuficiência hepática aguda, é correto afirmar;

A) Na apresentação da hepatite aguda, a diminuição dos valores das transaminases indica bom prognóstico, mesmo se os níveis de bilirrubinas e o tempo dê protrombina estiverem aumentados

B) A apresentação clínica inclui icterícia e encefalopatia hepática em pacientes sem evidência de doença hepática crônica subjacente

A

Letra B

Sabemos que a queda dos valores de transaminases nas hepatites agudas na vigência de piora da função hepática, conferem lesão hepática extensa, com perda celular importante

20
Q

Durante a realização de colecistectomia, deve-se ligar a artéria cística, que é ramo geralmente da artéria:

-Hepática direita

A

Verdadeiro

21
Q

Com relação a colecistite aguda pode-se afirmar que:

  • O empiema é caracterizado por febre intermitente, dor abdominal, massa dolorosa em HD e leucocitose
A

Verdadeiro

22
Q

A tríade: cólica biliar, icterícia obstrutiva e sangramento instestinal é fortemente sugestiva de:

A) Fístula colecistoduodenal

B) Hemobilia

A

Letra B

Triade de Philip Sandblom: hemorragia digestiva alta (melena) + dor em HD + icterícia.
Essa tríade é clássica da hemobilia, uma condição que ocorre basicamente por trauma biliar, assim como manipulação cirúrgica ou neoplasia biliar, que acaba por resultar na comunicação entre um vaso sanguíneo e a árvore biliar. O exame de escolha é a angiografia (diagnóstica e terapêutica)

23
Q

Mulher, 31a, portadora de coledocolitíase, foi submetida à CPRE + papilotomia e exploração das vias biliares, com retirada dos cálculos. Após retorno da sedação apresentou dor epigástrica intensa, sem melhora com med. EF: consciente, ictérica +2/+4, Pa= 110x75, FC= 98, FR= 20, abd plano, normotenso, dor a palpação profunda em epigástrio. O diagnóstico a ser investigado é:

A) Perfuração duodenal

B) Lesão de colédoco

A

Letra A

A CPRE complica principalmente com dor e distensão abd inespecíficas, pancreatite, sangramento digestivo e perfuração duodenal

Lesão de colédoco seria flagrada durante a CPRE - veríamos o extravasamento de contraste e coleperitônio

24
Q

Quais são as indicações para CVL para pólipos na vesícula:

A
  • Tamanho >10mm
  • Associado a colelitíase
  • idade >60 anos
  • Crescimento documentado na USG seriada
25
Q

Pct de 34a foi submetida à CVL há um dia devido à colecistopatia crônica calculosa. O intraoperatório mostrava vesícula biliar escleroatrófica, sendo realizado o procedimento com dificuldade técnica e colocado dreno na cavidade abd. No 1º dia de PO, a pct se encontrava com dor abd à palpação, dispneica, com saída de secreção biliosa pelo dreno abd, com pulso de 130bpm e PA: 70x50. Considerando essa situação hipotética, a melhor conduta é:

A) Encaminhamento para a UTI para estabilização do quadro

B) Revisão cirúrgica da cavidade para lavagem e redrenagem

A

Letra B

Um dos pontos fundamentais no manejo de pct com infecções intra-abdominais é justamente o controle do foco, que só será obtido quando for permitida a completa drenagem do fluido biliar acumulado na cavidade - ou seja, a estabilização só será obtida com a reabordagem do abdome

26
Q

Para organizar a fila de transplante hepático é levada em consideração a pontuação da escala de MELD, que leva em conta os seguintes componentes:

A
  • INR, creatinina e bilirrubina
27
Q

Quais são os parâmetros do escore de Child-Pugh?

A

PONTOS
1 2 3

Ascite - Leve Mod/grave

Bili. <2 2-3 >3

Albu. >3,5 3,5-3 <3

INR <1,7 1,7-2,3 >2,3

Encefalo. - I a II III a IV

28
Q

Qual é a Tríade de Charcot?

E qual é a pentade de Reynolds?

A

Tríade de Charcot:
- Icterícia + dor biliar + febre

Pêntade de Reynolds:
- Tríade de Charcot + hipotensão + estado confusional