Dispneia Flashcards
Mulher de 32a refere episódios de dispneia e chiado no peito desde os 4a de idade, com piora durante exposição a odores fortes e poeira. Há 8 meses em uso de corticoide inalado em dose média. Queixa-se atualmente de despertares noturnos por dispneia e chiado 2x por semana e os mesmos sintomas durante o dia, 3x por semana. Nessas ocasiões usa beta agonista de ação curta inalado com melhora. Qual é a melhor conduta?
- Associar beta agonista de ação longa
Verdadeiro
Analisando a história e as queixas da pct, podemos classifica-la como portadora de asma moderada não controlada (sintomas diurnos e despertares noturnos). Como a pct ja faz uso de corticoide inalatório em dose moderada e beta agonista de curta ação para alívio dos sintomas, o próximo passo é associar um beta agonista de ação prolongada
Como é feito o tratamento da exacerbação do DPOC?
A - atb por 5-7d (escarro purulento/VNI/intubação)
B - broncodilatador inalatório de ação curta
Beta 2 agonista e/ou ipratrópio
C - corticoide sistêmico por 5d
Prednisona VO ou metilprednisolona IV
D - dar O2 em baixo fluxo (1-3 L/min) alvo Sat 88-92%
VNI: pH menor ou igual 7,35 e PaCO2 maior ou igual a 45 (acid. Respiratória)
Qual o tratamento da crise asmática?
- Alvo Sat 92-95% (crianças 94-98%)
- Beta 2 agonista de curta duração (3 doses 20/20min)
Pouca melhora ou crise grave/muito grave: associar ipratrópio - Corticoide sistêmico: iniciar na primeira ora
Na hora da alta:
- Manter corticoide VO 5-7d (crianças 3-5d)
- Iniciar ou otimizar ttm crônico
Como é feito o tratamento da asma crônica?
Etapa 1:
SOS = CTC inalatório + formoterol (BUD-FORM) OU beta2 curta + CTC inalatório (dose baixa)
Etapa 2:
Adicionar CTC inalatório (dose baixa) para uso crônico
Etapa 3:
Adicionar Beta2 de longa duração
Etapa 4:
Aumentar CTC inalatório (dose média)
Etapa 5:
Especialista
Mulher de 25a apresenta quadro de asma parcialmente controlada por parâmetros clínicos e de função pulmonar. Está em uso inalatório de budesonida 400 mcg 2x ao dia. Nega comorbidades. É eutrofica e sua ausculta pulmonar apresenta sibilos esparsos na avaliação no consultório. Sobre o tratamento da pct, é correto afirmar que:
- A adição de formoterol inalatório 2x ao dia ao tratamento atual da pct deve ser realizada para atingir controlo da asma
Verdadeiro
Pct adulto com quadro de asma PARCIALMENTE controlada em monoterapia com CTC inalatório (step 2). A conduta deve ser partir para o step 3, que consiste na associação de CTC inalatório + LABA (como o formoterol). O tratamento deve ser objetivar o CONTROLE da doença
Pct de 25a, refere astenia, febre, sudorese noturna e lacrimejamento há 2m. Há 3s sentiu dor torácica pleurítica de início súbito, seguida de tosse seca. Nega doenças prévias ou contato com tuberculose. Exame físico: lesões maculopapulares em MMSS. Teste rápido para HIV negativo, PPD negativo. TC de tórax: linfadenomegalia hilar bilateral. A principal hipótese diagnóstica é:
- Sarcoidose
Verdadeiro
Imagem de tórax extremamente sugestiva de sarcoidose: adenopatia hilar bilateral.
O pulmão é o órgão mais acometido na sarcoidose, seguido pela pele e pelos olhos. Em 70-80% das vezes existem queixas sistêmicas in específicas, como febre prolongada, astenia e sudorese noturna.
Pré-escolar de 3a acaba de ser diagnosticada com fibrose cística. Os pais da criança estão preocupados com a possibilidade da ocorrência desta doença em futuras gerações. O médico deve esclarecer que o padrão de transmissão genética da fibrose cística é:
- Autossômica recessiva
Verdadeiro
As crianças com fibrose cística apresentam síndrome disabsortiva, relacionada com o desenvolvimento de insuficiência pancreática exócrina e sintomas respiratórios crônicos. O íleo meconial é uma das manifestações mais precoces
Além da fratura de Fêmur, são causas de embolia gordurosa:
- Fratura de bacia e pancreatite aguda
Verdadeiro
Raramente ocorre após osteomielite, pancreatite aguda, anemia falciforme, lipoaspiração, by-pass cardiopulmonar e infusão parenteral de lipídios
Sobre DPOC, é correto afirmar que:
A) A espirometria é um exame complementar secundário para o diagnóstico dessa doença, considerando o elevado valor preditivo positivo do diagnóstico clínico
B) No tratamento desta doença, algumas das metas são: desacelerar a progressão da doença, aumentar a tolerância ao exercício físico e prevenir complicações, tratando-as caso ocorram
Letra B
A espirometria é essencial para o processo diagnóstico, juntamente com a presença de sintomas compatíveis (tosse crônica, dispneia é cansaço de evolução progressiva). Um VEF1/ CVF (Tiffenau) <70%, após o uso de broncodilatador, confirma o diagnóstico. Além do diagnóstico, a espirometria faz o estadiamento do pct em estágios de gravidade
Sobre fibrose cística, é INCORRETO afirmar que:
A) A colonização por Pseudomonas aeruginosa é um achado característico
B) Observa-se risco maior de cirrose biliar e hipertensão portal em relação à população-controle
C) A síndrome de má absorção pode fazer parte do quadro clínico
D) Há maior risco de DM em relação à população-controle
E) Ocorre imunodeficiência para bactérias encapsuladas
Letra E
Como é feita a classificação de controle da Asma?
A tividades limitadas?
B roncodilatador de alivio >2x/sem?
C alada da noite (sintomas noturnos)?
D ia (sintomas diurnos)?
- Controlada = 0
- Parcialmente controlada = 1-2
- Não controlada = 3-4
Escolar de 7a com crise de asma, é tratado com O2 nasal, Beta2 agonista em aerossol, a cada 20min na 1ª hora, e prednisolona oral. Apresentou resposta incompleta, mantendo FR e FC aumentadas, sibilância moderada, tiragem subcostal moderada e SatO2 de 93% em ar ambiente. Qual é a conduta?
- Manter a conduta inicial e reavaliar em 1hr
Verdadeiro
Pct de 71a, etilista e tabagista, com DPOC em tratamento irregular com broncodilatador inalatório, chega para consulta com dispneia em repouso, taquipneia, piora da tosse e escarro purulento há 3d, com agravo importante nas últimas 24hrs. Ao exame físico, apresenta uso de musculatura acessória e cianose. Na ausculta pulmonar, apresenta MV diminuido difusamente, com sibilos expiratórios. Qual a conduta adequada para essa pct?
- Iniciar o manejo no posto de saúde com O2 suplementar, ATB, broncodilatador inalatório, corticoide VO e solicitação de leito para internação hospitalar
Verdadeiro
Pct de 60a, com história de AVE isquêmico há 1m, em tratamento para neoplasia de próstata (prostatectomia há 4m), apresenta dispneia súbita e hipoxemia. Ao exame físico, estava com FR 28, PA 120x90, FC 108, SatO2 90% com O2 por óculos nasal. Sendo TEP a hipótese diagnóstica mais provável, qual deve ser o exame solicitado nesse caso para confirmar o diagnóstico?
- Angio TC pulmonar
Verdadeiro
As 5 regras do diagnóstico de TEP:
1- O d-dímero não deve ser utilizado em pcts internados
2- O d-dímero não deve ser utilizado em pct com alta probabilidade clínica de TEP. Neste grupo de pcts, um exame normal não é capaz de excluir o diagnóstico com segurança
3- A angio TC é, atualmente, o exame de escolha para o diagnóstico
4- A cintilo pulmonar é, atualmente, exame de 2ª linha, sendo útil principalmente naqueles pcts que não toleram contraste venoso
5- A arteriografia pulmonar é o exame padrão-ouro, porém é necessária em poucos casos (3ª linha)