Síndromes diarreicas e disabsortivas Flashcards

1
Q

De forma geral, quando prescrever ATB na disenteria (sangue nas fezes)?

A

MEG associado a febre alta, imunossuprimidos, infecção comprovada por Giardia ou Entamoeba, portadores de anemia falciforme, ou se apresentar sinais de bacteremia

Azitro é a primeira opção (ESPGHAN)

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2
Q

GECA pode cursar com neutrofilia?

A

Sim, portanto leucocitose com neutrofilia isoladamente não indica ATB

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3
Q

Existe indicação de tratar com ATB todas as disenterias?

A

Não

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4
Q

Investigação de DC (Doença celíaca): quais os próximos passos a partir de um anti-transGLUTaminase IgA positivo

A

Anti-transGLUTaminase IgA positivo = EDA
Anti-transGLUTaminase IgA positivo > 10x LSN = possibilidade de realizar dx apenas sorológico (para isso, solicitar anti-endomísio)

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5
Q

A doença SEISlíaca tem relação com o HLA DQ___ e DQ___

A

DQ2 e DQ8

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6
Q

Quando a bx duodenal é dispensável para fechar o dx de doença celíaca?

A

Quando o antitransglutaminase é > 10x LSN e o anti-endomísio IgA é positivo

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7
Q

Investigação de DC (doença celíaca): quando é o melhor momento para sorologias e bx duodenal?

A

Ainda na vigência de dieta com glúten, para evitar falsos negativos

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8
Q

“Hipotrofia da musculatura glútea” + sintomas gastrintestinais = _______

A

Doença celíaca

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9
Q

Vantagens do Zn em quadros de diarreia aguda

A

Reduz a duração do quadro e diminui os riscos de recidiva

*** para países em desenvolvimento

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10
Q

Dieta isenta de lactose para síndromes diarreias: quando indicar?

A

Para casos de diarreia persistente (> 2 semanas)

Processo inflamatório gerado pela diarreia aguda pode levar a um quadro de comprometimento do epitélio intestinal

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11
Q

Sinais de alarme (6) de dor abdominal na criança

A

Perda de peso
Sangramento
Disfagia
Febre
Dor localizada
Vômitos de repetição

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12
Q

pH fecal < 5,5 é característico de qual tipo de diarreia

A

Diarreia osmótica (um subtipo de diarreia osmótica é a diarreia por deficiência de lactase, comum em quadros pós-GECA com destruição da vilosidade em que fica a lactase)

Essas fezes ácidas podem inclusive levar a um quadro de dermatite. Essa característica ácida justifica-se pela presença de substâncias redutoras nas fezes

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13
Q

Diarreia que geralmente cessa durante o jejum, o rotavírus é um importante agente etiológico e tem pH ácido

A

Osmótica (a destruição dos enterócitos reduz a área de absorção disponível). Ao interromper a alimentação, diminui a presença do soluto que causa a diarreia osmótica

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14
Q

Qual o subtipo de diarreia: alta frequência, baixo volume, pus, muco, leucócitos

A

Inflamatória/Invasiva, geralmente associada a Shigella, Salmonella e algumas cepas de E. coli

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15
Q

TCC: três principais alimentos deflagradores de uma reação de hipersensibilidade ao glúten (doença celíaca)

A

Trigo, centeio e cevada

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16
Q

Características clínicas do paciente com desidratação grave

A

Comatoso, paciente dos “MUITOS”, não bebe água = Plano C

Critérios avaliados: olho, choro, boca, sede, PPP prega, pulso, perfusão

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17
Q

Plano C: fase rápida/expansão segundo MS 2023

A

Lembra do macete:
Expansão em > 1 ano = 3h
Expansão em < 1 ano = 6h

Algumas fontes ainda mantém o uso de 20ml/kg

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18
Q

Plano C: fase rápida/expansão segundo MS 2023

A

Lembra do macete:
Expansão em > 1 ano = 3h
Expansão em < 1 ano = 6h

Algumas fontes ainda mantém o uso de 20ml/kg

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19
Q

Plano C: qual a proporção SG e SF na terapia de manutenção

A
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20
Q

Paciente com distensão abdominal, esteatorreia, anemia, emagrecimento. Lembrar de _________

A

Doença celíaca

Obs.: Normalmente é uma anemia ferropriva que não responde à reposição de ferro VO

Obs.: A fibrose cística também causa esteatorreia, desnutrição e emagrecimento, porém esse paciente também vai ter um quadro respiratório associado (ex.: infecções respiratórias de repetição, tosse secretiva constante)

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21
Q

Doença celíaca: local de maior acometimento da dermatite herpertiforme

A

Regiões extensoras. É uma importante manifestação extraintestinal da doença celíaca e faz dx diferencial com dermatite atópica

22
Q

Doença celíaca: achados da bx de duodeno

A

Hipotrofia de vilosidade, linfócitos na mucosa, hipertrofia de criptas

23
Q

Diarreia crônica e esteatorreia: dois importantes dx diferenciais

A

Doença celíaca e fibrose cística

24
Q

Paciente submetido a plano B, mantendo mesmo quadro clínico da avaliação inicial. Conduta?

A

Se ficar igual/não resolveu = SNG e manter plano B (por gastróclise)

Se melhorou vai para plano A e se piorou vai para plano C

25
Q

Doença celíaca: só dosar anticorpos na vigência de _____________

A

Dieta com glúten

26
Q

Em que situação a bx de duodeno não é necessária para fechar dx de Doença Celíaca

A

Se anti-TG IgA > 10x LSN solicitar antiendomísio IgA, que se também vier positivo é possível fazer o dx de doença celíaca sem a bx

27
Q

Plano B de reidratação

A

No hospital: SRO VO, 50-100ml/kg em 4-6h, na prática prescreve 75ml/kg

Se não resolveu, passar SNG e continuar o plano B por gastróclise. Se melhorou vai pra casa com plano A e se piorou vai para o plano C

28
Q

Enteropatia perdedora de proteínas (EPP): cite os dois grandes grupos etiológicos desse dx sindrômico

A

Causas linfáticas (linfangiectasia intestinal primária por dilatação e ectasia dos vasos linfáticos do TGI) ou lesões da mucosa (DII, ulcerativas ou não ulcerativas, e dentre as não ulcerativas as causas alérgicas são uma das entidades mais prevalentes)

Importante afastar síndrome nefrótica, já que paciente cursa com hipoalbuminemia, edema e desnutrição, além de diarreia crônica

29
Q

Criança com suspeita de APLV em uso de fórmula. Conduta?

A

Fórmula extensamente hidrolisada

A fórmula parcialmente hidrolisada ainda pode causar sinais e sintomas dependendo do quão grave for a alergia da paciente

30
Q

Criança com diarreia persistente e melhora do estado geral, sem febre ou desidratação. Conduta

A

Diminuição da oferta de lactose

31
Q

Diarreia aguda: indicação e dose do zinco

A

Para < 5 anos por 10-14 dias. Dose para > 6m é de 20mg/dia e para < 6m é de 10mg/dia

Objetivo: diminuir a duração e recorrência dos episódios diarreicos nos três meses subsequentes. Também tem papel imunomodulador

32
Q

3 fases do plano C

A

Rápida/expansão
Manutenção
Reposição

33
Q

Substância normalmente usada no teste das doenças disabsortivas por normalmente ser absorvida pelo intestino delgado

A

Xilose

34
Q

Paciente de 4 anos, Sd. de Down, com distensão abdominal e anti-transglutaminase IgA fortemente reagente. Já pode fechar dx de celíaca e iniciar dieta com restrição de glúten?

A

NÃO. É preciso confirmar o dx com uma EDA + bx de duodeno

35
Q

Fisiopatologia da linfangiectasia intestinal

A

Ectasia dos vasos intestinais, podendo evoluir para ruptura e consequente enteropatia exsudativa. Há disabsorção de nutrientes como proteínas, causando hipoalbuminemia e hipogamaglobulinemia, além de edema

36
Q

Diarreia crônica: definição

A

Duração > 4 semanas

37
Q

Sinais de alerta para diarreia crônica de causa orgânica

A
38
Q

Dosagem de alfa-1 antitripsina fecal é útil para diagnóstico da

A

Enteropatia perdedora de proteínas, síndrome que resulta em inflamação severa da mucosa intestinal com aumento de permeabilidade, levando a um quadro disabsortivo importante

39
Q

Diarreia funcional - definição

A

Pode se iniciar após introdução alimentar aos 6m de vida e é definida por 4 ou mais evacuações volumosas e indolores por dia. Fezes podem conter muco e restos alimentares. Resolução espontânea entre 4-5 anos de idade

40
Q

Diarreia funcional - manejo

A

Orientação alimentar para evitar a hipermotilidade gástrica, reduzindo consumo de carboidratos osmoticamente ativos

41
Q

Para o diagnóstico de ____________, jamais esquecer de se indagar

1) E se meu paciente tiver deficiência de IgA?
2) Meu paciente está comendo glúten? (se paciente não estiver comendo glúten, paciente pode estar bem/compensado, o que poderia inviabilizar o diagnóstico)

A

Doença celíaca

42
Q

Paciente que iniciou quadro de diarreia crônica após introdução de alimentação complementar, com déficit no ganho ponderal e sinais de comprometimento sistêmico (palidez, apatia, hipotrofia glútea) pensar em ______________

A

Doença celíaca, que se deve ao glúten que antes da alimentação complementar não era ingerido por crianças

43
Q

SHU típica

A

Anemia hemolítica (com coombs negativo, pois a hemólise resulta de uma lesão mecânica e não autoimune), plaquetopenia e IRA

44
Q

SHU - Fisiopatologia

A

SHU é classicamente desencadeada por uma disenteria aguda causada por uma cepa específica da E. coli, a qual produz uma toxina Shiga-Like (ST-1 e ST-2) responsável por causar dano endotelial e ativação do FVW, levando a formação de trombos na microvasculatura. Quando a hemácia colide com esse obstáculo (o trombo na microvasculatura), ocorre a chamada hemólise microangiopática (uma hemólise mecânica, nada tem a ver com mecanismos autoimunes)

Essa agregação de trombos na microvasculatura também justifica o achado laboratorial de plaquetopenia

Um dos principais locais da trombose intravascular são os tufos glomerulares, o que justifica o quadro de IRA pela baixa taxa de filtração glomerular

45
Q

Agente etiológico da SHU

A

E. coli

46
Q

Doença celíaca: aveia contém glúten?

A

Não, mas pode estar contaminada com glúten

47
Q

Características de diarreia secretora

A

Ocorre a produção de alguma toxina que estimula uma secreção ativa de solutos e líquidos dentro do lúmen. Como é uma secreção ativa, não há redução dos episódios diarreicos com o jejum como ocorre na diarreia osmótica

Geralmente é uma diarreia bem profusa

Ex.: Cólera e infecção por E. coli

48
Q

Em pacientes internados, qual importante critério avaliado no grau de desidratação?

A

Perda de peso

49
Q

SHU - Tríade clássica

A

Anemia hemolítica multifatorial
Lesão de órgãos-alvo (rim, SNC)
Plaquetopenia

50
Q

SHU típica

A
  • Infecção prévia por E. coli produtora de Shiga-toxina (essa toxina produz lesão de endotélio, desencadeando agregação plaquetária)
  • Evidência na história de diarreia, habitualmente sanguinolenta OU exposição a alimentos contaminados
  • Tríade clássica da SHU com coombs direto negativo
51
Q

SHU pneumocócica: o que difere em relação à SHU típica?

A

Geralmente a SHU ocorre na vigência da prórpira infecção por pneumococo. E como o pneumococo tem alta capacidade de ativação de mecanismos autoimunes, normalmente na SHU pneumocócica haverá tríade clássica da SHU com coombs direto POSITIVO em 90% dos casos (mas mantém o componente mecânico como principal causador de hemólise)

Conduta: requer antibioticoterapia além do suporte