Semiologia Neurológica Flashcards
Resumo da avaliacao geral em semiologia neurologica
Avaliação geral: • Estado geral (bom, regular ou mau); • Nível de consciência (lúcido ou coma); • Orientação no tempo e no espaço; • Cooperação com o exame; • Fala e linguagem. Avaliação física: • Fácies; • Biotipo; • Posição e atitude no leito; • Postura (cifose, escoliose, lordose, cifoescoliose); • Movimentos involuntários; • Marcha. Avaliação cutânea: • Pele; • Mucosas; • Fâneros (cabelos e unhas); • Enchimento capilar; • Circulação colateral; • Edema.
Disfonia ou afonia
É uma alteração do timbre da voz (rouquidão, bitonalidade, voz fanhosa). Indica um problema no órgão fonador.
Dislalia
Pequenas alterações da fala, como trocas de letras
Disritmolalia
Distúrbios no ritmo da fala (gagueira, taquilalia).
Disartria
Problemas na articulação da fala pelos músculos da fonação. Pode indicar incoordenação cerebral (voz arrastada, escandida), hipertonia no parkinsoniano (voz baixa, monótona e lenta) ou perda do controle piramidal (paralisia pseudobulbar).
Disgrafia
Perda da capacidade de escrever
Dislexia
Perda da capacidade de ler.
Disfasia ou afasia
Alterações corticais na interpretação e/ou expressão da fala. Não envolve o órgão fonador e os músculos da fonação.
Afasia sensorial (de Wernicke)
Dificuldade ou incapacidade de compreensão da linguagem escrita ou falada. Paciente apresenta fala fluente, porém inventa palavras (parafasia) e novas expressões (jargonofasia), e não consegue responder perguntas (pois não entende o que é perguntado, bem como não entende o que fala). Ocorre por lesão na área sensitiva da fala (área de Wernicke), no terço posterior do giro temporal superior do hemisfério dominante (geralmente esquerdo), sendo comum nos acidentes vasculares encefálicos (AVE) de cerebral média.
Afasia motora (de Broca)
Incapacidade de expressão da linguagem, que se dá por sons ininteligíveis e monossílabos. No entanto, compreende tudo que lhe é falado. Ocorre por lesão na área motora da linguagem (área de Broca), na região opercular e triangular posterior do giro frontal inferior. Também pode ser acometida nos AVEs de cerebral média.
Afasia de condução
O paciente compreende tudo que lhe é falado e apresenta fala fluente, porém não consegue repetir o que lhe é falado. Ocorre por lesão do opérculo parietal (fibras que ligam a área de Wernicke à área de Broca).
Fácies Parkinsoniana
Cabeça inclinada para frente e imóvel nesta posição. Olhar fixo, supercílios elevados e fronte enrugada (expressão de espanto). Causas: doença de Parkinson.
Fácies da paralisia facial periférica
Assimetria facial, impossibilidade de fechar as pálpebras, desvio da comissura labial, apagamento do sulco nasolabial. Causas: paralisia facial periférica.
Fácies miastênica (de Hutchinson)
Ptose palpebral bilateral, o que obriga o paciente a franzir a testa e levantar a cabeça. Causas: miastenia grave e outras miopatias que comprometam os músculos da pálpebra superior
Fácies etílica
Olhos avermelhados e certa ruborização da face, associada a hálito etílico, voz pastosa e sorriso meio indefinido.
Consciente
Paciente responsivo.
Sonolento
Paciente que, quando não requisitado, dorme.
Obnubilado
Paciente sonolento e desorientado.
Torporoso ou estupor
Paciente somente abre os olhos com estímulo doloroso.
Coma superficial
Paciente não abre os olhos com estímulos dolorosos, mas emite alguma resposta.
Coma profundo
Paciente sem resposta a estímulos dolorosos.
Coma com decorticação
No paciente decorticado, o antebraço é flexionado e mantido ao lado do corpo, com punho e dedos também flexionados. As pernas mantêm-se estendidas e os pés em flexão plantar. Postura propiciada pelo núcleo rubro, sugere lesão destrutiva dos tratos corticoespinhais (piramidais) no interior dos hemisférios cerebrais. Quando unilateral, é a postura hemiplégica espástica crônica (síndrome do neurônio motor superior).
Descerebração
Nessa condição, são afetados e interrompidos os tratos motores rubroespinhal e corticoespinhal — ambas vias responsáveis pela flexão de músculos, sendo que o trato rubroespinhal está associado à flexão da parte proximal dos membros superiores.
Decorticação
Nessa condição, é afetado e interrompido o trato motor corticoespinhal, responsável pela flexão dos músculos. Já o trato rubroespinhal, responsável pela flexão dos músculos do membro superior, encontra-se íntegro, apesar de ter perdido a conexão com vias ativadoras do córtex.