Epilepsia Flashcards
Qual a chance de recorrencia de crises epilepticas ?
No caso de uma primeira crise epiléptica não provocada, as chances de recorrência variam de 31%
a 56% com um tempo de acompanhamento de 2 a 5 anos. Este risco aumenta, após a segunda crise,
para 73% e, depois da terceira, para 76%. Por isso, em geral o tratamento medicamentoso é instituído
após uma segunda crise não provocada.
Qual relacao do uso de EEG e a recorrencia de crises
O eletroencefalograma (EEG) é frequentemente utilizado para avaliar o risco de recorrência de crises, e a atividade epileptiforme está associada a maior risco de recorrência.
O tratamento medicamentoso com drongas antiepilepticas impacta a evolucao da epilepsia?
O uso de DAEs após uma primeira crise reduz o risco de crises subsequentes, entretanto o
tratamento não afeta o prognóstico de controle das crises e não modifica a história natural da epilepsia.
Cite 2 tipos de epilepsia com baixa taxa de recorrencia?
Epilepsia de ausência infantil
e epilepsia focal benigna da infância com espículas centrotemporais apresentam baixa porcentagem de
recorrência
Cite 2 tipos de epilepsia com alta taxa de recorrencia?
. Por outro lado, epilepsia mioclônica juvenil e epilepsia de lobo temporal estão relacionadas
com elevada taxa de retorno das crises
Como a idade impacta a recorrencia das crises?
Um dos fatores mais consistentes para o risco de recorrência é
a idade de início das crises. Crises com início após 10-12 anos apresentam perfil desfavorável para a
retirada das DAEs
Como o tempo sem crises impacta na evolucao da doença?
Quanto maior o tempo sem crises, maior a chance de
permanecer sem crises após a interrupção da DAE. Portanto, em geral, a retirada das medicações é
considerada quando o paciente permanece por 2 anos sem crises. Os fatores de risco para recorrência
precisam ser investigados criteriosamente.
Qual melhor droga para Epilepsias focais
A partir destes estudos e com a
confirmação pela prática clínica, a carbamazepina e a fenitoína são geralmente consideradas as
melhores opções para monoterapia inicial em pacientes adultos com epilepsias focais. A lamotrigina foi
destacada como a melhor DAE em um estudo envolvendo grande quantidade de pacientes com
epilepsias focais.
Qual melhor droga para Epilepsias generalizadas
Valproato é a droga considerada mais eficaz para pacientes com crises generalizadas.
Esta medicação apresenta também uma boa eficácia para o tratamento de mioclonias e crises de
ausência. A etossuximida é classicamente avaliada como a medicação de escolha para crises de
ausência, entretanto ela não tem ação contra outros tipos de crise.
Qual melhor droga para epilepsia de ausência infantil,
Epilepsia de ausência infantil, a etossuximida é a terapia ótima inicial tanto
pelo melhor controle das crises, como pelo menor efeito adverso na atenção destas crianças
Cite medicacoes antiepilepticas e com algum efeito para tratamento de outra patologia
Depressao - lamotrigina / Disturbio bipolar - carbamazepina, lamotrigina, oxcarbazepina, valproato / migranea - valproato e topiramato / dor neuropatica - carbamazepina, gabapentina, oxcarbamazepina, pregabalina / obesidade - topiramato / mulher em idade fertil - lamotrigina / idosos - gabapentina e lamotrigina
Quais principais efeitos adversos de anticonvulsivantes?
Os principais efeitos adversos dose-dependentes ocorrem no sistema nervoso central (SNC)
(tonteiras, alterações cognitivo-comportamentais, cefaleia, ataxia, diplopia), na pele (rash cutâneo) e
relacionados com o peso. Os efeitos adversos idiossincrásicos são menos frequentes e podem não ter
relação com a dosagem da medicação, e precisam ser sempre suspeitados nos pacientes em uso de
DAEs.
Defina epilepsia refrataria
A epilepsia é considerada refratária ao
tratamento medicamentoso quando as crises não melhoram com pelo menos duas medicações em
doses apropriadas
Quando indica-se o tratamento para epilepsia
Para pacientes com epilepsia focal refratária, o tratamento cirúrgico pode ser uma opção. Pacientes
com epilepsia de lobo temporal mesial com atrofia hipocampal unilateral e exames de EEG com
atividade ipsilateral à atrofia são os principais candidatos ao tratamento cirúrgico com baixa
morbimortalidade relacionada com o procedimento e índices elevados de sucesso.