AVCs Flashcards

1
Q

Defina AIT

A

AIT é definido como uma perda focal aguda da função cerebral ou monocular e da qual se considera
ser causada por um fluxo sanguíneo cerebral ou ocular insuficiente, resultando em trombose arterial,
baixo fluxo ou embolia, associado a doença cardíaca, arterial ou hematológica

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2
Q

Qual a clinica das sindromes lacunares?

A

As síndromes lacunares típicas nesses pacientes incluem síndromes
motoras ou sensitivas puras, hemiparesia/hemiataxia, disartria associada a clumsy-hand, que traduzem
a topografia das pequenas lesões isquêmicas (< 15 mm) no território dominante das pequenas artérias
perfurantes, mais comumente, na região da cápsula interna, tálamo e ponte, sem comprometimento
cortical.

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3
Q

Qual a origem classica do embolica cardiaca como causa de avci

A

O AVCI associado à embolia de origem cardíaca é reconhecido, frequentemente, em pacientes com
quadro clínico de início súbito, geralmente cortical, comprometendo a circulação anterior, especialmente
a artéria cerebral média, ou a circulação posterior na região do topo da artéria basilar

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4
Q

Quais subtipos de avci

A
Aterotrombose ou aterosclerose de grandes artérias
Lacuna ou infarto de pequenas artérias
Embolia cardíaca
Causas pouco frequentes
Origem indeterminada ou criptogênico
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5
Q

O que é a classificacao de TOAST

A

A classificação TOAST é a que
até então melhor definiu os grandes subtipos de AVC isquêmico: aterosclerótico de grandes artérias,
doença de pequenas artérias, cardioembólico, causas pouco frequentes e indeterminado.

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6
Q

Como sao divididas as sindromes isquemicas cerebrais

A

As síndromes isquêmicas cerebrais podem ser divididas em síndromes da circulação anterior,
quando a isquemia ocorre na artéria carótida interna (ACI) ou seus ramos, e síndromes da circulação
posterior, quando acomete as artérias cerebrais posteriores, vertebrais, basilar ou seus ramos

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7
Q

Cite associacoes de sintomas com vasos nao provaveis

A

• Considerar sintomas isolados para localizar a lesão isquêmica. A vertigem, por exemplo, sinal clássico
de isquemia na circulação posterior, pode ocorrer na lesão do córtex vestibular, que é irrigado pela
artéria cerebral média (ACM).
• Obstruções hemodinamicamente significativas da ACI, por sua vez, podem ocasionar sintomas
clássicos vertebrobasilares devido ao efeito do “roubo carotideovertebrobasilar”.
• Isquemias bilaterais em território carotídeo podem mimetizar AVC de circulação posterior.
• Quando o território carotídeo é suprido por circulação colateral, através da artéria comunicante
posterior (ACoP), êmbolos provenientes do sistema vertebrobasilar podem ocasionar isquemia em
território carotídeo.
• Infarto no território da artéria cerebral posterior (ACP) pode simular clínica de artéria cerebral média
pelo acometimento do ramo posterior da cápsula interna, ou de fibras motoras do tronco cerebral.
• Em pacientes com padrão fetal de circulação cerebral, na qual a ACP se origina da ACI, isquemias noterritório posterior podem ser secundárias a doença carotídea.

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8
Q

Como diferencias segmento A1 de A2 na arteria cerebral anterior

A

Esse segmento
arterial, que se inicia na origem e termina no encontro com a ACoA, é denominado segmento A1 ou
proximal. Após a ACoA denominamos segmento A2 ou pós-comunicanteç

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9
Q

Como é a etiologia do AVC em arteria cerebral anterior?

A

Esse segmento
arterial, que se inicia na origem e termina no encontro com a ACoA, é denominado segmento A1 ou
proximal. Após a ACoA denominamos segmento A2 ou pós-comunicante

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10
Q

Qual a clinica do AVC de arteria cerebrel anterior?

A

Alteração de força ocorre em quase todos os pacientes. Classicamente, a paresia envolve os membros
inferiores, embora acometimento faciobraquial já tenha sido descrito
Alterações de sensibilidade ocorrem em cerca de 50% dos pacientes, sempre associada a
hemiparesia e com a mesma distribuição desta no corpo.

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11
Q

Quais principais fatores de risco para AVC de arteria coroidea anterior

A

A
maioria dos pequenos infartos da AChA é provavelmente secundária a doenças de pequenos vasos,
tendo a hipertensão arterial como principal fator de risco isolado. Já as grandes isquemias no território
desse vaso têm como etiologia mais comum a doença de grandes artérias e a cardioembolia.

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12
Q

Qual a clinica da avc de coroidea anterior?

A

A tríade hemiplegia, hemianestesia e hemianopsia, descrita em 1925 por Foix, foi considerada a
apresentação clássica do infarto da AChA por um período. Com a tomografia computadorizada (TC), o
seu espectro clínico foi ampliado. Redução da força muscular está quase sempre presente e acomete
geralmente a face, o braço e a perna contralaterais, com intensidade imprevisível.

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13
Q

Qual a clinica de Infartos completos da ACM

A

• Infartos completos da ACM
São infartos graves, caracterizados por hemiplegia acometendo face, braço e perna, com
hemianestesia e hemianopsia homônima contralaterais à lesão, além de desvio da cabeça e do olhar
conjugado para o lado da isquemia. Afasia global estará presente nas lesões do hemisfério esquerdo,
enquanto que heminegligência e distúrbio visuoespacial ocorrerão na do direit

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14
Q

Quais achados clinicos dos infartos lacunares

A

Os achados clínicos são estereotipados, podendo ser chamados de síndromes lacunares clássicas.
Estas síndromes compreendem o comprometimento motor puro envolvendo face, braço e perna, a
alteração sensitiva pura, sintomas sensitivomotores, hemiparesia associada a ataxia e disartria
associada a mão desajeitada.

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15
Q

Quais o tipo de infarto mais comum de arteria cerebrel media? qual a clinica?

A

Infarto pequeno
É o tipo mais comum (72%). Tende a ser redondo ou oval, com diâmetro máximo de 1,5 cm. A
hipertensão e o diabetes são fatores de risco comuns, enquanto doença carotídea está raramente
associada. Sendo assim, podemos sugerir que esse tipo de isquemia está relacionado com a doença
de pequenos vasos.
O déficit neurológico encontrado é compatível com as síndromes lacunares, podendo apresentar-se
com alteração sensitivomotora, hemiparesia faciobraquiocrural ou parcial, ou hemiparesia-ataxia. Cabe
lembrar que com frequência esses infartos são silenciosos, sendo identificados acidentalmente.

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16
Q

Principal causa de infarte de cerebrel posterior

A

Etiologia embólica está presente em 70% dos casos, sendo principalmente de fonte cardíaca ou
arterial. A estenose da ACP ocorre em apenas 10% dos pacientes. Na maioria dos casos (86%) ocorre
envolvimento do território da artéria calcarina

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17
Q

Qual a clinica de infarto de cerebrel posterior

A

Praticamente todos os pacientes (90%-97%) têm sintomas visuais, referindo perda de metade do
campo visual, o que pode ser a única alteração apresentada. Alucinações na região do hemicampo
visual comprometido são comuns.

18
Q

Cefaleia sugere avc de qual arteria

A

Cefaleia está presente em metade dos pacientes e sugere infarto dessa artéria - cerebral posterior

19
Q

Quais sao os territorios do talamo e suas frequencias de sofretem avc

A

. Infartos inferolaterais são os mais

comuns (45%), seguidos dos paramedianos (35%), polar (12,5%) e coroidal posterior (7,5%)

20
Q

Qual a clinica mais comum de infarto talamico inferolateral

A

A apresentação clínica mais comum é a alteração sensitiva pura. Esse déficit pode acometer todo o
dimídio contralateral, mas também pode ser parcial, com distribuição quiro-oral, quiropodo-oral ou
padrão pseudorradicular.

21
Q

Qual a clinica mais comum de infarto talamico paramediano

A

A síndrome clínica clássica apresentada por esses pacientes com infarto unilateral é caracterizada
por perda aguda ou rebaixamento da consciência, geralmente transitória, frequentemente seguida por
distúrbio neuropsicológico, com limitação da mirada superior do olhar, com poucas anormalidades
motoras ou sensitivas.

22
Q

Qual a clinica mais comum de infarto talamico polar?

A

As alterações clínicas são principalmente
neuropsicológicas. Infartos no hemisfério esquerdo estão associados aos mesmos distúrbios de afasia
vistos nas afasias subcorticais em geral, enquanto os do direito causam heminegligência e alteração do
processamento visuoespacial. Em alguns poucos casos, lesão unilateral esquerda, e mais
frequentemente bilateral, podem cursar com amnésia aguda como principal sintoma.

23
Q

Qual a clinica mais comum de infarto talamico coroidal posterior

A

Os três seguintes sintomas neurológicos são os achados mais importantes do infarto dessa região:
disfunção visual, incluindo quadrantopsia superior ou inferior, ou, mais tipicamente, sectoranopsia
horizontal, hemissíndrome sensitivomotora e alterações neuropsicológicas.

24
Q

Como é dividido o infarto bulbar

A

Pode ser dividido em síndromes medial, lateral e na combinação das duas (infarto hemibulbar).

25
Q

Etiologia e frequencia de infarto bulbar

A

Também chamado de síndrome de Wallenberg, é um dos infartos de tronco mais comuns e
corresponde a 2% dos infartos. É causado principalmente por oclusão da AV e/ou da ACPI. Geralmente
essa oclusão resulta de aterosclerose, mas dissecção da AV pode ser uma causa importante em
pacientes jovens.

26
Q

Clinica de infarto bulbar latearl

A

A síndrome de Horner (ptose palpebral, miose, enoftalmia e anidrose na hemiface) ipsilateral pelo
acometimento das fibras simpáticas pode ser vista em 95% dos pacientes, geralmente de forma
incompleta.

27
Q

Qual a etiologia, frequencia e clinica do infarto bulbar medial

A

Etiologia e frequência
A síndrome de Dejérine é rara, aparecendo em um de 28 casos de infarto bulbar em um estudo. A
causa da isquemia é geralmente aterotrombose da AV ou da artéria espinal anterior.
Apresentação clínica
Hemiparesia contralateral (raramente ipsilateral) e hemi-hipoestesia poupando a face são os sintomas
mais comuns. Paresia lingual ipsilateral, ou movimentos desajeitados da língua, podem ocasionalmente
ser observados.

28
Q

Qual a clinica do infarto hemibulbar

A

inclui todos os sintomas da síndrome de Wallenberg associados a hemiparesia
contralateral. A síndrome clínica clássica da lesão desse território é uma combinação dos sintomas dos
infartos bulbar lateral e medial

29
Q

Etiologia e frequencia do infarto pontino

A

O infarto pontino corresponde a 15% dos infartos da circulação posterior. Doenças dos ramos da AB
são a causa mais comum (44%) e se associam a extensos infartos ventrais, com sintomas graves.

30
Q

Etiologia, frequencia e clinica de infarto do mesencefalo

A

Etiologia e frequência
Esse tipo corresponde a 8% dos infartos da circulação posterior. Doença da AV (27%), cardioembolia
(23%) e doença de pequenos vasos (23%) foram causas igualmente comuns em um estudo.
Apresentação clínica
A maioria dos infartos se localiza na porção do meio do mesencéfalo e se caracteriza por envolvimento
do núcleo (ptose palpebral bilateral, paresia do reto superior bilateral ou midríase bilateral) ou do nervo
oculomotor (estrabismo divergente, ptose palpebral e midríase), associado ou não a hemiparesia.

31
Q

Qual a clinica de infarto no territorio de ACPI do cerebelo?

A

Quando o bulbo é lesado, a síndrome de Wallenberg típica pode estar presente. Infartos de todo o
território ou da porção medial desse manifestam-se com vertigem rotatória, náuseas e vômitos.
Pacientes apresentam sinais de lesão cerebelar, com ataxia de tronco e leve dismetria em membros
ipsilaterais. Por outro lado, pacientes com infarto no território lateral da ACPI apresentam ataxia
cerebelar envolvendo principalmente os membros, sem ataxia de tronco. Infarto cerebelar mimetizando
neuronite vestibular, apresentando apenas vertigem, é mais comum do que se pensava. O território
mais acometido é o ramo medial dessa artéria.

32
Q

Qual a clinica de Infarto no território da ACAI

A

A maioria dos pacientes tem envolvimento de nervos cranianos (V, VII ou VIII). Síndrome de Horner ou
comprometimento da sensibilidade dolorosa e temperatura contralateral indicam lesão pontina lateral.
Vertigem e disartria podem ocorrer em infartos da ACAI que poupam a ponte.

33
Q

Qual a clinica de Infarto no território da ACS

A

Muitos pacientes têm o envolvimento de outros territórios e podem-se apresentar com a síndrome dotopo da basilar, com síndrome talâmica, alteração de comportamento, comprometimento de campo
visual, distúrbios do movimento ocular e hemi ou tetraparesia. Nos infartos cerebelares isolados a
apresentação inclui disartria cerebelar, instabilidade ou vertigem, nistagmo e ataxia de tronco ou
membro

34
Q

Etiologia e clinica de Infarto em zona de fronteira arterial

A

O infarto pode ocorrer na região de transição entre dois territórios arteriais. A maioria dos casos
acomete a circulação anterior, embora também possa ocorrer no cerebelo, tálamo e tronco encefálico.
O território mais comumente afetado por esse tipo de infarto é a zona de fronteira entra as artérias
cerebral média e anterior (infarto de fronteira anterior), e entre a cerebral média e a cerebral posterior
(infarto de fronteira posterior)

35
Q

Cite duas escalas utilizadam no avc?

A
escalas que avaliam o déficit neurológico (escala de AVC do National Institutes of Health ou NIHSS) e a
incapacidade funcional (escalas de Rankin modificada e índice de Barthel)
36
Q

Defina escala de NIHSS

A

A
pontuação na NIHSS varia de zero (sem evidência de déficit neurológico mensurável pela escala) a 42
(paciente em coma e irresponsivo). Essa escala pode ser aplicada rapidamente (5 a 8 minutos) no
contexto do tratamento de pacientes com AVC agudo.

37
Q

Cite uma limitacao da escala do NIHSS

A

A escala do NIH tem algumas limitações significativas. Dos 42 possíveis pontos na NIHSS, 7 pontos
são direta ou indiretamente relacionados com a linguagem (2 para orientação, 2 para comandos, 3
para afasia) e somente 2 pontos se relacionam com negligência. Logo, a pontuação na escala tende a
ser 6-8 pontos menor em lesões no hemisfério direito, quando em comparação com lesões de mesma
extensão no hemisfério esquerdo. Assim, a pontuação mínima indicativa de lesão extensa é 20, para
hemisfério esquerdo, e 15, para o direito. Além disso, a escala é menos sensível para detectar e
estratificar gravidade de eventos de circulação posterior

38
Q

Quais escalas mais usadas para avaliar incapacidade funcional no avc?

A

Dentre as escalas clínicas para determinar a extensão da incapacidade funcional, da limitação para
realização de atividades da vida diária e da capacidade de viver independentemente, as duas mais
utilizadas atualmente nos ensaios clínicos são a escala de Rankin modificada e o índice de Barthel.

39
Q

Defina escala de Rankin

A

A escala de Rankin modificada (ERm) é um instrumento de mensuração da incapacidade que tem
sido amplamente utilizado na avaliação da recuperação neurológica e como desfecho primário em
ensaios clínicos para o tratamento do AVC. E

40
Q

Relembre a escala rankin

A

Escala de Rankin modificada
Grau 0 – Sem sintomas
Grau 1 – Nenhuma incapacidade significante, com capacidade para desempenhar todas asatividades de vida diária
Grau 2 – Incapacidade leve, incapaz de realizar algumas atividade prévias de atividades de
vida diária, mas com capacidade de cuidar de suas próprias atividades sem assistência
Grau 3 – Incapacidade moderada, requerendo alguma ajuda, mas com capacidade de
caminhar sem assistência
Grau 4 – Incapacidade moderadamente severa, incapacidade de caminhar e para atender
à própria necessidade do corpo sem assistência
Grau 5 – Incapacidade severa, confinado ao leito, incontinente e requerendo cuidados e
atenção de enfermagem constant

41
Q

Quais limitacoes da escala de rankin

A

A principal deficiência da escala reside na sua susceptibilidade ao efeito negativo de outras
comorbidades (doença cardiovascular, diabetes, artrite, cirurgia etc.) e de fatores socioeconômicos.
Além disso, a escala agrupa na mesma pontuação um grupo extremamente heterogêneo de pacientes,
que podem ter sintomas leves ou acentuados, desde que não debilitantes.

42
Q

O que é indice de Barthel

A

O índice de Barthel (IB) é uma escala de incapacidade funcional que mensura 10 aspectos básicos da
atividade diária relacionados com mobilidade e cuidados pessoais: alimentação, higiene pessoal,
controle dos esfíncteres vesical e intestinal, independência no banheiro, transferência da cadeira,
marcha e capacidade para subir escadas. O escore normal é de 100 (máximo). Quanto menor o
escore, maior o grau de dependência para atividades da vida diária.