Encefalites Flashcards

1
Q

Qual achado classico da RNM da Encefalite autoimune?

A

Hipersinal cortico-subcortical em T2/FLAIR

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2
Q

Qual a clinica de Encefalite autoimune

A

Alteracoes psiquiatricas (alt comportamental) , crises convulsivas

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3
Q

Principal diag dif de Encefalite autoimune

A

Encefalite herpetica / Neurossifilis

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4
Q

Exame obrigatorio para Encefalite autoimune

A

LCR

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5
Q

Qual local alterado na encefalite autoimune

A

Hipersinal Lobo temporal medial/hipocampo

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6
Q

Quais doenças associadas a encefalites de modo geral?

A

Sempre deve ser investigado tumores, tais como pulmao, testiculo, mama, ovarios, etc

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7
Q

Quais principais anticorpos associados

A

Anti-hu (testiculos), antiMa2 (testiculos), Anti CV2 (pulmao e timo) // anti-gad65, anti-gababr5, anti-ampar, anti-nmda, anti-vgkc, anti-ophelia

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8
Q

Defina encefalite

A

A encefalite viral é um processo inflamatório que ocorre no parênquima encefálico. Tem início agudo,
determinando febre, alteração do nível de consciência, convulsões e/ou sinais focais neurológicos
associados à infecção viral

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9
Q

Epidemiologia das encefalites

A

Predomina em idosos, crianças e pacientes imunossuprimidos. A incidência mundial de encefalite viral
é desconhecida, depende da distribuição geográfica e apresenta, em geral, caráter sazonal.

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10
Q

Etiologia da encefalite

A

Os principais agentes causadores de encefalite viral em indivíduos imunocompetentes são os vírus do
grupo herpes, arbovírus e enterovírus

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11
Q

Qual principal agente/?

A

o vírus Herpes simplex (HSV) é o agente
etiológico mais comum de encefalite tratável. O citomegalovírus (CMV) e o vírus varicela-zóster (VZV)
são causa frequente de encefalite em pacientes imunossuprimidos, podendo também ocorrer em
imunocompetentes.

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12
Q

Como é o novo perfil de encefalite em paciente imunocompetentes?

A

novo perfil etiológico nas encefalites virais em pacientes imunocompetentes: a dengue como principal
causa (47%), seguida pelo HSV-1 (17,6%), CMV e enterovírus (5.8%)

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13
Q

Quadro clinico das encefalites virais

A

Em geral, além do quadro febril agudo, surge alteração do nível de
consciência, podendo evoluir de confusão mental para torpor e coma. Sinais comuns incluem paresia,
hiper-reflexia profunda e sinal de Babinski. Cefaleia, sinais neurológicos focais e convulsões ocorrem
com frequência

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14
Q

Liquor na encefalite - pressao

A

• Pressão – Normal ou aumentada nas meningoencefalites. O Herpes simplex pode induzir um quadro
de hipertensão intracraniana decorrente de cerebrite focal e edema nos lobos temporais.

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15
Q

Liquor na encefalite - citologia

A

• Citologia – A contagem de leucócitos está geralmente entre 10 e 500 células/mm
3
, com predomínio
de mononucleares. Nos casos em que ocorrem sinais predominantes de irritação meníngea, a resposta
celular pode ser mais elevada. Pleocitose leve (5 a 10 células/mm
3
) ou celularidade normal predomina
nos pacientes com evidência de doença do parênquima sem sinais de envolvimento meníngeo,
particularmente na fase inicial da doença.

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16
Q

Liquor na encefalite - bioquimica

A

• Bioquímica – A proteinorraquia encontra-se levemente aumentada (< 300 mg/dL), enquanto a
concentração de lactato e/ou glicose estão normais. A glicorraquia pode eventualmente estar diminuída
nos casos de infecção pelos vírus da caxumba, CMV e HSV.

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17
Q

Liquor na encefalite - metodos imunologicos

A

• Métodos imunológicos – Nos primeiros 7 a 10 dias após a infecção do SNC observa-se ausência de
resposta imune intratecal. Em seguida surge síntese intratecal de anticorpos totais e específicos, com ou
sem disfunção de barreira hematoliquórica. Cerca de 50% dos casos desenvolvem índice de IgG
elevado e/ou banda oligoclonal indicando síntese intratecal de anticorpos. Esta pode persistir durante
anos. A demonstração da síntese intratecal de anticorpo específico apresenta relevância diagnóstica nos
casos de infecções virais do SNC, tais como sarampo, rubéola, HSV, VZV, CMV, HTLV-I e vírus JC.

18
Q

Liquor na encefalite - isolamento viral

A

• Isolamento viral – A técnica é realizada através da cultura de células, inoculação em animais e uso de
ovos embrionados. Seu valor diagnóstico é limitado, considerando a demora no resultado (7 a 15 dias).
Com as técnicas de isolamento viral e sorologia, a etiologia específica tem sido verificada em apenas
cerca de 50% dos pacientes com encefalite aguda

19
Q

Liquor na encefalite - deteccao direta dos antigenos ou particulas virais

A

• Detecção direta de antígenos ou partículas virais – A técnica de reação em cadeia da polimerase
(PCR) apresenta resultado rápido, sensível e específico para o diagnóstico precoce das infecções virais
do SNC, sendo o método de escolha nas encefalites por HSV, VZV e enterovírus (EV), dentre outros. O
PCR tem limitado o uso da biópsia cerebral e a identificação viral através de cultura. A dificuldade na
determinação da acurácia do PCR no LCR está relacionada à falta de um padrão-ouro comparativo. A
quantificação viral representa método promissor para acompanhamento terapêutico e prognóstico das
infecções virais do SNC.

20
Q

Qual melhor exame de imagem

A

A ressonância magnética (RM) apresenta melhor sensibilidade e representa método de
imagem de escolha para o diagnóstico das encefalites

21
Q

Qual achado na TC ou RM?

A

A TC e/ou RM do

encéfalo podem revelar edema difuso, captação de contraste cortical e subcortical e lesão focal.

22
Q

Qual o tratamento para encefalite viral

A

O tratamento com aciclovir necessita ser iniciado o mais breve possível nos casos suspeitos de
encefalite por HSV-1, HSV-2 e VZV, considerando a elevada morbidade e mortalidade que ocorrem
nestas situações. A dose recomendada consiste em 10mg/kg de 8/8 horas, por via intravenosa (IV)
durante 14 a 21 dias. Ganciclovir e foscarnet IV são drogas de escolha no tratamento da encefalite por
CMV.
A biópsia cerebral pode ainda ser recomendada nos casos de piora clínica em que o agente
etiológico não tenha sido definido

23
Q

Quais a distribuicao de encefalite herpetica tipo 1 e 2?

A

O Herpes simplex tipo 1 (HSV-1) é responsável por 90% dos casos de encefalite herpética em adultos e
crianças com idade superior a 2 anos. Os casos restantes decorrem da infecção pelo HSV-2,
encontrado principalmente em imunodeprimidos e em neonatos

24
Q

Qual epidemiologia da encefalite herpetica

A

Não há predominância sazonal, por
área geográfica ou sexo. Ocorre em indivíduos imunocompetentes, sendo a maioria dos casos
resultado de reativação de infecção endógena adquirida no passado

25
Qual a fisiopatologia da encefalite herpetica
O vírus atinge o SNC por via neural, ainda não esclarecido se por via trigeminal ou olfatória. O neurotropismo viral envolve os neurônios da glia, ocasionando necrose hemorrágica principalmente nos lobos temporais.
26
Qual o quadro clinico de encefalite herpetica
A encefalite por HSV caracteriza-se por febre, convulsões, distúrbio da consciência e de comportamento. Predominam sinais focais, por vezes acompanhados de sinais meníngeos. O quadro é em geral, grave, com taxa de mortalidade atingindo 70%.
27
Como é dado diag laboratorial de encefalite herpetica
O diagnóstico definitivo baseia-se na demonstração de antígenos virais no tecido cerebral, isolamento viral ou amplificação do DNA do HSV no LCR, por técnica de PCR
28
Sobre cultura e biopsia na encefalite herpetica
A cultura de vírus para HSV no LCR e a biópsia cerebral com isolamento viral usada previamente como padrão-ouro para diagnóstico, não são mais consideradas como procedimentos de rotina
29
Qual padrao ouro para diagnostico de encefalite herpetica
O uso do PCR representa o padrão-ouro para o diagnóstico de encefalite por HSV
30
A melhor estratégia para o | diagnóstico e monitoração do tratamento da encefalite herpética
Consiste no uso combinado do PCR no | LCR e avaliação da síntese intratecal de anticorpo anti-HSV.
31
Qual alteracoes da RM da encefalite herpetica
A RM revela edema, caracterizado pela presença de sinal hiperintenso nos lobos frontais e temporais em T2 e FLAIR (Figuras. 84.1 e 84.2), captação de contraste sugestivo da quebra da barreira hematoencefálica, efeito de massa e hemorragia
32
Clinica de encefalite por virus varicela zoster
É o agente etiológico da varicela, e, após infecção primária, permanece latente nos nervos cranianos e gânglios das raízes dorsais, sendo reativado nos estados de imunossupressão (AIDS, transplante, câncer, uso de imunossupressores) e nos idosos, causando zoster. . Na varicela ocorre um exantema generalizado, enquanto no herpes-zóster, o exantema é restrito a um ou mais dermátomos sensitivos. As manifestações neurológicas da infecção pelo VZV incluem quadros de neuralgia pós-herpética, paralisia de nervos cranianos, mielite, encefalite, ventriculite e meningite. A encefalite pelo VZV representa a forma mais frequente de envolvimento do SNC, acometendo pequenos ou grandes vasos cerebrais. O exantema cutâneo prévio ou concomitante, quando presente, é um indicio para o diagnóstico.
33
Diagnóstico laboratorial de encefalite por virus varicela zoster
Diagnóstico laboratorial A sorologia pode representar a única abordagem possível para o diagnóstico de doença neurológica, embora não seja o método de escolha
34
Liquor de encefalite por virus varicela zoster
O exame do LCR mostra pleocitose linfocítica com variação de 0 a 2.000 células/mm 3 , em geral inferior a 100 células/mm 3 . A síntese intratecal de anticorpos para VZV ocorre após cinco dias do iníciodos sintomas neurológicos.
35
Melhor estrategia para diagnostico de encefalite por varicela zoster
Como para o diagnóstico de encefalite por HSV, a identificação do DNA viral por PCR no LCR e avaliação da produção intratecal de anticorpos contra o VZV, combinados, representam a melhor estratégia.
36
Encefalite por citomegalovirus
A infecção pelo CMV na população adulta ocorre com elevada prevalência (> 60%). Raramente ocasiona doença em imunocompetentes. Após infecção primária permanece latente no organismo (provavelmente nas células sanguíneas). As manifestações mais frequentes incluem a retinite (85% dos casos) e doenças gastrointestinais (15% dos casos), como esofagite, colite e gastrite. O acometimento do sistema nervoso ocorre em menos de 1% dos casos: encefalite, mielite, neuropatia e síndrome de Guillain-Barré.
37
Qual a clinica da encefalite por CMV
A encefalite causada por CMV caracteriza-se pela instalação subaguda (durante semanas) de desorientação, confusão mental, sonolência, déficits focais e convulsões. Ocorre principalmente em pacientes com AIDS ou outras formas de imunossupressão.
38
Diag laboratorial de encefalite por CMV
Anticorpo IgM específico para CMV ocorre em cerca de 93 a 100% dos adultos durante a infecção primária, e em cerca de 40% durante a reativação. Essa resposta pode estar ausente nos pacientes imunodeprimidos
39
Qual metodo de escolha para diag laboratorial de encefalite por CMV em imunocompometidos
A presença de DNA CMV no LCR é indício de risco aumentado de morte em pacientes com AIDS. Este método é considerado de escolha para diagnóstico laboratorial de infecções pelo CMV no SNC em pacientes imunocomprometidos, principalmente em situações de ausência de isolamento viral pela cultura e detecção de antígenos.
40
Quais alteracoes na RM da encefalite por CMV
A RM revela diminuição de sinal nas imagens pesadas em T1 e aumento de sinal em T2, car5acterísticas das lesões da substância branca, esparsas ou confluentes. Ocorre captação de contraste em superfície ependimal quando há envolvimento das regiões subependimárias.
41
Como dar diagnostico de dengue no SNC
As provas da invasão viral consistem na demonstração do vírus no LCR, antígenos virais no SNC e produção intratecal de anticorpos específicos em pacientes com enfermidades neurológicas associadas à dengue.
42
Qual quadro clinico de encefalite por dengue
Cerca de 1 a 5% dos casos de dengue evoluem com manifestações neurológicas: encefalopatia/encefalite, meningite, mielite, encefalomielite disseminada aguda (ADEM), síndrome de Guillain-Barré (SGB)/Miller Fisher, neuromielite óptica (NOM), polineuropatia, mononeuropatia facial e ulnar e hemorragia cerebromeníngea. Dentre os distúrbios neurológicos associados à dengue, a encefalite é o mais frequente