Encefalites Flashcards
Qual achado classico da RNM da Encefalite autoimune?
Hipersinal cortico-subcortical em T2/FLAIR
Qual a clinica de Encefalite autoimune
Alteracoes psiquiatricas (alt comportamental) , crises convulsivas
Principal diag dif de Encefalite autoimune
Encefalite herpetica / Neurossifilis
Exame obrigatorio para Encefalite autoimune
LCR
Qual local alterado na encefalite autoimune
Hipersinal Lobo temporal medial/hipocampo
Quais doenças associadas a encefalites de modo geral?
Sempre deve ser investigado tumores, tais como pulmao, testiculo, mama, ovarios, etc
Quais principais anticorpos associados
Anti-hu (testiculos), antiMa2 (testiculos), Anti CV2 (pulmao e timo) // anti-gad65, anti-gababr5, anti-ampar, anti-nmda, anti-vgkc, anti-ophelia
Defina encefalite
A encefalite viral é um processo inflamatório que ocorre no parênquima encefálico. Tem início agudo,
determinando febre, alteração do nível de consciência, convulsões e/ou sinais focais neurológicos
associados à infecção viral
Epidemiologia das encefalites
Predomina em idosos, crianças e pacientes imunossuprimidos. A incidência mundial de encefalite viral
é desconhecida, depende da distribuição geográfica e apresenta, em geral, caráter sazonal.
Etiologia da encefalite
Os principais agentes causadores de encefalite viral em indivíduos imunocompetentes são os vírus do
grupo herpes, arbovírus e enterovírus
Qual principal agente/?
o vírus Herpes simplex (HSV) é o agente
etiológico mais comum de encefalite tratável. O citomegalovírus (CMV) e o vírus varicela-zóster (VZV)
são causa frequente de encefalite em pacientes imunossuprimidos, podendo também ocorrer em
imunocompetentes.
Como é o novo perfil de encefalite em paciente imunocompetentes?
novo perfil etiológico nas encefalites virais em pacientes imunocompetentes: a dengue como principal
causa (47%), seguida pelo HSV-1 (17,6%), CMV e enterovírus (5.8%)
Quadro clinico das encefalites virais
Em geral, além do quadro febril agudo, surge alteração do nível de
consciência, podendo evoluir de confusão mental para torpor e coma. Sinais comuns incluem paresia,
hiper-reflexia profunda e sinal de Babinski. Cefaleia, sinais neurológicos focais e convulsões ocorrem
com frequência
Liquor na encefalite - pressao
• Pressão – Normal ou aumentada nas meningoencefalites. O Herpes simplex pode induzir um quadro
de hipertensão intracraniana decorrente de cerebrite focal e edema nos lobos temporais.
Liquor na encefalite - citologia
• Citologia – A contagem de leucócitos está geralmente entre 10 e 500 células/mm
3
, com predomínio
de mononucleares. Nos casos em que ocorrem sinais predominantes de irritação meníngea, a resposta
celular pode ser mais elevada. Pleocitose leve (5 a 10 células/mm
3
) ou celularidade normal predomina
nos pacientes com evidência de doença do parênquima sem sinais de envolvimento meníngeo,
particularmente na fase inicial da doença.
Liquor na encefalite - bioquimica
• Bioquímica – A proteinorraquia encontra-se levemente aumentada (< 300 mg/dL), enquanto a
concentração de lactato e/ou glicose estão normais. A glicorraquia pode eventualmente estar diminuída
nos casos de infecção pelos vírus da caxumba, CMV e HSV.
Liquor na encefalite - metodos imunologicos
• Métodos imunológicos – Nos primeiros 7 a 10 dias após a infecção do SNC observa-se ausência de
resposta imune intratecal. Em seguida surge síntese intratecal de anticorpos totais e específicos, com ou
sem disfunção de barreira hematoliquórica. Cerca de 50% dos casos desenvolvem índice de IgG
elevado e/ou banda oligoclonal indicando síntese intratecal de anticorpos. Esta pode persistir durante
anos. A demonstração da síntese intratecal de anticorpo específico apresenta relevância diagnóstica nos
casos de infecções virais do SNC, tais como sarampo, rubéola, HSV, VZV, CMV, HTLV-I e vírus JC.
Liquor na encefalite - isolamento viral
• Isolamento viral – A técnica é realizada através da cultura de células, inoculação em animais e uso de
ovos embrionados. Seu valor diagnóstico é limitado, considerando a demora no resultado (7 a 15 dias).
Com as técnicas de isolamento viral e sorologia, a etiologia específica tem sido verificada em apenas
cerca de 50% dos pacientes com encefalite aguda
Liquor na encefalite - deteccao direta dos antigenos ou particulas virais
• Detecção direta de antígenos ou partículas virais – A técnica de reação em cadeia da polimerase
(PCR) apresenta resultado rápido, sensível e específico para o diagnóstico precoce das infecções virais
do SNC, sendo o método de escolha nas encefalites por HSV, VZV e enterovírus (EV), dentre outros. O
PCR tem limitado o uso da biópsia cerebral e a identificação viral através de cultura. A dificuldade na
determinação da acurácia do PCR no LCR está relacionada à falta de um padrão-ouro comparativo. A
quantificação viral representa método promissor para acompanhamento terapêutico e prognóstico das
infecções virais do SNC.
Qual melhor exame de imagem
A ressonância magnética (RM) apresenta melhor sensibilidade e representa método de
imagem de escolha para o diagnóstico das encefalites
Qual achado na TC ou RM?
A TC e/ou RM do
encéfalo podem revelar edema difuso, captação de contraste cortical e subcortical e lesão focal.
Qual o tratamento para encefalite viral
O tratamento com aciclovir necessita ser iniciado o mais breve possível nos casos suspeitos de
encefalite por HSV-1, HSV-2 e VZV, considerando a elevada morbidade e mortalidade que ocorrem
nestas situações. A dose recomendada consiste em 10mg/kg de 8/8 horas, por via intravenosa (IV)
durante 14 a 21 dias. Ganciclovir e foscarnet IV são drogas de escolha no tratamento da encefalite por
CMV.
A biópsia cerebral pode ainda ser recomendada nos casos de piora clínica em que o agente
etiológico não tenha sido definido
Quais a distribuicao de encefalite herpetica tipo 1 e 2?
O Herpes simplex tipo 1 (HSV-1) é responsável por 90% dos casos de encefalite herpética em adultos e
crianças com idade superior a 2 anos. Os casos restantes decorrem da infecção pelo HSV-2,
encontrado principalmente em imunodeprimidos e em neonatos
Qual epidemiologia da encefalite herpetica
Não há predominância sazonal, por
área geográfica ou sexo. Ocorre em indivíduos imunocompetentes, sendo a maioria dos casos
resultado de reativação de infecção endógena adquirida no passado