Sangramento uterino anormal Flashcards

1
Q

A menstruação normal é definida como:

● Frequência:
● Regularidade:
● Duração:
● Volume:

A

● Frequência – de 24 a 38 dias;

● Regularidade – variação ≤ 7 a 9 dias. (Mulheres < 25 anos e na perimenopausa podem apresentar variações de até 20 dias.)

● Duração – ≤ 8 dias. Até oito dias. A duração da menstruação é o número de dias em que a mulher fica menstruada em um ciclo menstrual.

● Volume – ≤ 80 ml. A definição clínica pode ser subjetiva, considerando um volume que não interfere na qualidade de vida da mulher. A definição objetiva considera como normal o volume ≤ 80 ml por ciclo

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2
Q

O sangramento uterino anormal (SUA) é a variação da menstruação normal na frequência, regularidade, duração ou volume e pode ser classificado em:

* Sangramento uterino anormal agudo:

* Sangramento uterino anormal crônico:

A

* Sangramento uterino anormal agudo: é o episódio de sangramento uterino na mulher em idade reprodutiva, que não está grávida, em quantidade suficiente para que seja necessária uma intervenção para interromper a perda sanguínea.

* Sangramento uterino anormal crônico: é o SUA que está ocorrendo há pelo menos 6 meses.

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3
Q

VARIAÇÕES DO CICLO MENSTRUAL

Termos e Definições

Menorragia:

Hipermenorreia:

Hipomenorreia:

Metrorragia:

Oligomenorreia:

Polimenorreia:

Amenorreia:

A

Menorragia: Menstruação excessiva, com fluxo aumentado (> 80 ml)

Hipermenorreia: Menstruação prolongada (> 8 dias)

Hipomenorreia: Menstruação < 3 dias ou < 5 ml

Metrorragia: Sangramento contínuo, não relacionado ao ciclo menstrual

Oligomenorreia: Menstruações com intervalos superiores a 38 dias

Polimenorreia: Menstruação com intervalos inferiores a 24 dias

Amenorreia: Ausência de menstruação por 3 meses ou ciclos irregulares por 6 meses

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4
Q

A FIGO classificou as etiologias do sangramento uterino anormal das mulheres em idade reprodutiva não grávidas de acordo com o mnemônico PALM-COEIN:

Em relação ao Sangramento uterino anormal, quais as suas 2 principais subdivisões?

A
  1. Estruturais
  2. Não estruturais
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5
Q

O grupo PALM representa as patologias estruturais, que podem ser diagnosticadas por meio de exames de imagem ou estudo anatomopatológico. O grupo COEIN representa as patologias não estruturais, que não se mostram nos exames de imagem.

PALM:

COEIN:

A

PALM:
- Pólipo
- Adenomiose
- Leiomioma
- Malignidade e hiperplasia

COEIN:
- Coagulopatia
- Disfunção Ovulatória
- Disfunção Endometrial
- Iatrogênica
- “Não classificada de outra forma”

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6
Q

Cite as 4 principais causas estruturais de Sangramento uterino anormal?

A

Pólipo
Adenomioma
Leiomioma
Malignidade

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7
Q

Cite as 5 principais causas não estruturais de Sangramento uterino anormal?

A

Coagulopatia
Ovulatória
Endometriais
Iatrogênica
Não classificadas

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8
Q

Qual a principal causa de Sangramento uterino anormal para a faixa etária neonatal? Qual principal conduta?

A

Privaçação estrogênica materna
Conduta: observação clínica.

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9
Q

Quais as 2 principais causas de Sangramento uterino anormal para a infância? O que afastar principalmente?

A
  1. Corpo estranho
  2. Infecção inespecífica
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10
Q

Na infância, o que afastar principalmente numa situação de Sangramento uterino anormal ?

A

Abuso sexual
Trauma
Neoplasia

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11
Q

Nos primeiros anos após a menarca, é bastante frequente a irregularidade menstrual devido (1). A segunda causa mais frequente de SUA desde a menarca são (2)

A

(1). À imaturidade do eixo HHO e os ciclos anovulatórios

(2). As coagulopatias, principalmente a síndrome de von Willebrand.

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12
Q

Quais as 5 principais causas de Sangramento uterino anormal para a adolescência?

A
  1. Disfuncional (anovulatória)
  2. Imaturidade do eixo Hipotálamo-hipófise-ovariano (até 2 anos)
  3. Gestação
  4. Infecção
  5. Coagulopatia
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13
Q

Nas mulheres entre 20 e 40 anos o eixo já está amadurecido e as menstruações costumam ser regulares. Nessa idade as causas mais comuns de sangramento uterino anormal são:

A

Causas as estruturais

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14
Q

Quais as 4 principais causas de Sangramento uterino anormal para a vida adulta?

A
  1. Disfuncional (anovulatória)
  2. Anormalidade da gestação
  3. Infecções
  4. Neoplasias
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15
Q

Próximo à menopausa, a causa mais frequente de SUA são

A

Os ciclos anovulatórios devido à proximidade do esgotamento folicular dos ovários.

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16
Q

Quais as 4 principais causas de Sangramento uterino anormal para a pós-menopausa?

A
  1. Atrofia (30%)
  2. Terapia hormonal (30%)
  3. Câncer de endométrio
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17
Q

Após a menopausa, são mais comuns as causas (1), e a causa mais frequente de sangramento
pós-menopausa é a (2)

A

(1) endometriais
(2) atrofia endometrial.

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18
Q

Menina, 3 dias de vida, alimentação exclusiva seio materno, trazida à consulta por sangramento vaginal discreto. Ao exame, mínima quantidade de sangue no introito vaginal, sem lesões visíveis. Qual a possível causa e qual a conduta?

A
  1. Privação hormonal
  2. Observação clínica
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19
Q

Adolescente 12 anos, em consulta por estar menstruando há 40-50 dias, fluxo durando 9 dias. Nos 4 primeiros, elimina coágulos e precisa de 4 absorventes/dia. Menarca há 15 meses. Nega atividade sexual. Ao exame: descorada ++/4+, hímen íntegro, com saída de coágulos ao esforço (tosse). Qual diagnóstico?

A

Sangramento uterino disfuncional

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20
Q

São tumores epiteliais que podem ser localizados na cavidade endometrial ou no canal cervical. Sua prevalência é em cerca de 20% a 30% dos casos de sangramento uterino anormal, sendo mais comuns perto da menopausa. A principal manifestação clínica é a menorragia ou a metrorragia, e ao ultrassom costumam mostrar-se como nódulos hiperecogênicos

A

Pólipos

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21
Q

Quais os 5 principais exames diante de suspeita de SUA ?

A

1. BHCG
2. USGTV
3. Histeroscopia
4. Hemograma
5. Coagulograma

O primeiro exame que deve ser solicitado é o Beta HCG, e o primeiro exame de imagem que deve ser solicitado é o ultrassom.

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22
Q

É a presença de tecido endometrial entremeado no miométrio. O diagnóstico definitivo é feito por meio do estudo anatomopatológico do útero (proveniente de histerectomia). Entretanto, é possível fazer o diagnóstico presumido por meio da história, exame físico e exames de imagem (ultrassonografia e ressonância magnética) da paciente. Os principais sintomas são o aumento do fluxo menstrual e a dismenorreia (cólica menstrual). Acomete principalmente as mulheres na perimenopausa

A

Adenomiose

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23
Q

É o aumento do fluxo menstrual associado ao achado ultrassonográfico de perda da junção miométrio endométrio, se referindo a:

A

Adenomiose

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24
Q

Quais os 2 exames de imagem úteis diante da suspeita de Adenomiose? Qual o diagnóstico definitivo?

A

USGTV (miométrio heterogêneo)
RNM (zona juncional mioendometrial > 12mm)
Definitivo: Histopatológico

25
Quais os 2 tratamentos alternativos para Adenomiose? E o definitivo?
Alternativos: DIU progesterona e Ablação endometrial Definitivo: Histerectomia
26
São neoplasias benignas do músculo liso do útero (miométrio). Podem ser **submucosos, intramurais ou subserosos**. Pode apresentar-se no exame físico com a presença de um **útero aumentado de consistência fibroelástica e contornos bocelados.** O **ultrassom** é o exame de imagem mais comumente utilizado para confirmar essa hipótese diagnóstica, e costumam mostrar-se como **nódulos hipoecogênicos.**
**Leiomiomas**
27
São exames complementares no diagnóstico de Miomas
USGTV Histeroscopia RNM
28
É o melhor exame para visualização e mensuração de leiomiomas:
RNM de pelve
29
Exame que só está indicado se a USGTV revelar abaulamento da cavidade uterina
Histeroscopia
30
Os miomas apresentam origem
Monoclonal
31
Quais os 3 subtipos histológicos de mioma?
Subseroso Intramural Submucoso
32
Mulher com miomatose uterina, apresenta como sintoma mais comum:
Menorragia
33
Qual subtipo de mioma que, geralmente, não justifica sangramento e quais sangram?
**Não:** Subseroso **Sim:** Intramural e Submucoso
34
O diagnóstico de certeza dos Leiomiomas é feito com
**Exame Histopatológico**
35
A degeneração mais frequente dos miomas é a
Hialina
36
Na gravidez, a degeneração mais frequente dos miomas é a
Rubra
37
Pacientes sintomáticas com miomas volumosos e múltiplos, não pediculados, não degenerados e que desejam preservar o útero, têm indicação de
EMBOLIZAÇÃO DA ARTÉRIA UTERINA
38
Qual o tratamento diante de mioma assintomático?
Expectante/ não tratar
39
Qual tratamento de Mioma com sintomas intensos em nulípara?
Miomectomia
40
Qual tratamento de Mioma com sintomas leves/moderados?
Expectante/ clínico
41
Qual tratamento de Mioma com sintomas intensos em multíparas?
Histerectomia. OBS: se Submucoso, pode tentar Miomectomia -> Histerectomia.
42
O mioma pode degenerar em 3 tipos distintos:
1. Hialina (+ comum) 2. Rubra/ Necrose asséptica (dor na gestação) 3. Sarcomatosa (rara)
43
Diante de um mioma que tem seu crescimento presente mesmo após a menopausa, qual a principal possibilidade de degeneração? Qual a conduta?
Sarcomatosa Cirurgia
44
Qual principal diagnóstico diferencial de um paciente que curse com sangramento associado a dismenorreia secundária?
Adenomiose (glândula no meio do miométrio)
45
Podem ocorrer em qualquer idade, **sendo mais frequentes nas mulheres perto da menopausa e após a menopausa.** Por isso, nesses casos, sempre devemos pensar em avaliar o endométrio.
**Malignidade e Hiperplasia**
46
São **distúrbios da hemostasia** que podem se manifestar clinicamente por meio de SUA. Podem ser encontradas em cerca de 20% das mulheres com SUA, principalmente adolescentes, sendo a mais frequente a doença de von Willebrand. Devemos suspeitar quando a paciente refere **sangramento aumentado desde o início da menarca**, outros episódios de hemorragia (em cirurgias, parto ou tratamento dentário), hematomas frequentes de causa desconhecida (a paciente não sabe referir onde bateu), episódios de epistaxe ou sangramento gengival frequente e antecedente familiar positivo.
**Coagulopatia**
47
As pacientes **adolescentes com von Willebrand (coagulopatia)** apresentam sangramento menstrual intenso desde a
**menarca**
48
As pacientes **adolescentes com anovulação** costumam ter
**ciclos irregulares.**
49
1. Ocorrem quando a mulher não está ovulando ou ovula esporadicamente. São mais comuns nos extremos da vida reprodutiva, logo após a menarca e pouco antes da menopausa. Durante o menacme, a causa mais frequente é a síndrome dos ovários policísticos, já que é a doença endócrina mais frequente nesse período, afetando cerca de 10% das mulheres. 2. O sintoma mais frequente dessa condição é:
1. **Distúrbios ovulatórios** 2. **irregularidade menstrual**
50
Entre as **causas iatrogênicas** (“causadas pelo médico”) de SUA, as mais comuns são:
**1. Anticoncepcionais (estrogênios e progestágenos) e andrógenos;** **2. Análogos do GnRH, os inibidores da aromatase, os SERMs (agonistas parciais do estrogênio-tamoxifeno) e os SPRMs (agonistas parciais da progesterona - ulipristal);** **3. Anticoagulantes;** **4. Agonistas e antagonistas dopaminérgicos;** **5. Uso de DIU de cobre ou SIU de levonorgestrel.**
51
Todas as **Causas Não Classificadas** de sangramento uterino anormal que não se encaixam nas outras categorias podem ser colocadas aqui, logo podemos chamar essa categoria de “resto”. São causas bastante raras. Essa categoria inclui:
**1. Malformação arteriovenosa uterina** **2. Hipertrofia miometrial** **3. Malformações müllerianas** **4. Istmocele secundária a uma cesárea**
52
Na avaliação dos quadros de sangramento uterino anormal, você deve fazer três perguntas iniciais para guiar seu raciocínio clínico:
**1- Esse sangramento vem do útero mesmo?** **2- Essa paciente está grávida?** **3- Qual é a idade da paciente?**
53
**INDICAÇÕES DE AVALIAÇÃO ENDOMETRIAL NO SUA EM > 45 anos**
1. Espessamento endometrial 2. Mulheres com fatores de risco para câncer de endométrio 3. História de exposição estrogênica sem oposição da progesterona 4. Dúvida no diagnóstico 5. Idade entre 35 e 45 anos 6. Sem melhora com o tratamento medicamentoso 7. Suspeita de sangramento anovulatório
54
**INDICAÇÃO DE AVALIAÇÃO ENDOMETRIAL NO SUA EM < 35 anos**
Estimulação estrogênica prolongada
55
**TRATAMENTO DO SUA DE ACORDO COM A ETIOLOGIA** 1. Pólipo: 2. Adenomiose: 3. Leiomioma: 4. Malignidade: 5. Coagulopatia: 6. Ovulatório: 7. Endometrial: 8. Iatrogênico: 9. Não classificado:
**1. Pólipo:** Ressecção cirúrgica **2. Adenomiose:** Histerectomia ou adenomiomectomia/tratamento clínico **3. Leiomioma:** Miomectomia ou histerectomia/tratamento clínico **4. Malignidade**: Cirurgia – tratamento adjuvante/altas doses de progestágenos/paliativo **5. Coagulopatia:** Ácido tranexâmico **6. Ovulatório**: Modificação do estilo de vida/cabergolina, (hiperprolactinemia)/levotiroxina (hipotireoidismo) **7. Endometrial**: Terapia específica/antibioticoterapia **8. Iatrogênico:** Suspender o fator causal **9. Não classificado:** Embolização para malformação arteriovenosa
56
**OPÇÕES DE TRATAMENTO CLÍNICO NO SUA**
- Anticoncepcional combinado - SIU levonorgestrel - Progestágenos (altas doses) - Anti-inflamatórios - Antifibrinolíticos
57
O que devemos levar em consideração para decidir o tratamento do sangramento uterino anormal:
**- Causa do SUA;** **- Intensidade do sangramento (estabilidade hemodinâmica);** **- Desejo de gravidez/prole constituída;** **- Risco de tromboembolismo.**
58
É o tratamento cirúrgico definitivo (e “radical”) para o sangramento uterino anormal.
**Histerectomia**
59
São opções de tratamentos cirúrgicos minimamente invasivos para as pacientes com SUA e com prole constituída, pois ambos são contraindicados para as pacientes que desejam engravidar no futuro
**- Ablação endometrial** **- Embolização das artérias uterinas**