Rastreamento CA Colo Uterino Flashcards

1
Q

O colo do útero pode ser dividido em duas partes: ectocérvice, sua porção externa, e a endocérvice, que fica no interior do canal
cervical. Essas duas partes são revestidas por diferentes tipos de tecido (figura 1). A região endocervical é constituída por epitélio colunar simples, ao passo que a ectocérvice e as paredes vaginais são recobertas por epitélio escamoso estratificado não queratinizado. O local de união entre o epitélio escamoso e glandular é chamado de

A

Junção escamocolunar (JEC).

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
2
Q

A JEC tem localização dinâmica ao longo da vida mulher. Em situações hiperestrogênicas
(ex.: gravidez, menacme, uso de anticoncepcionais), localiza-se na (1) , processo denominado de
ectopia. Já em situações de baixo nível estrogênico, como na menopausa, ela se localiza no interior do canal (2).

A
  1. ectocérvice
  2. endocervical
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
3
Q

O epitélio colunar que sofreu ectopia, sob ação do pH vaginal ácido, transforma-se em epitélio escamoso, processo chamado de

A

metaplasia escamosa

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
4
Q

A região do colo uterino em que ocorre a metaplasia escamosa é denominada de

A

zona de
transformação (ZT).

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
5
Q

ATENÇÃO

  1. JUNÇÃO ESCAMOCOLUNAR (JEC):
  2. ZONA DE TRANSFORMAÇÃO (ZT):
A
  1. JUNÇÃO ESCAMOCOLUNAR (JEC): é uma linha em que ocorre a junção entre os epitélios escamoso e glandular.
  2. ZONA DE TRANSFORMAÇÃO (ZT): é a região entre a JEC nova e a JEC antiga, em que ocorre a metaplasia escamosa.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
6
Q

É o principal fator de risco para o desenvolvimento de câncer de colo uterino.

A

INFECÇÃO PELO HPV

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
7
Q
  1. Principais tipos de HPV de baixo risco ->
  2. Principais tipos de HPV de alto risco ->
A
  1. 6 e 11.
  2. 16 e 18
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
8
Q

São exemplos de técnicas moleculares para a pesquisa do HPV a

A
  1. captura híbrida
  2. reação em cadeia da polimerase (PCR)
  3. hibridização in situ
  4. detecção de oncoproteínas E6 e E7
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
9
Q

As vacinas contra o HPV são uma forma de prevenção primária contra o câncer de colo uterino.
Existem 3 vacinas contra HPV aprovadas pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária):

A
  1. Bivalente: protege contra os tipos 16 e 18. (não é mais comercializada)
  2. Quadrivalente: protege contra os tipos 6, 11, 16 e 18.
  3. Nonavalente: protege contra os subtipos 6, 11, 16, 18, 31, 33, 45, 52 e 58
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
10
Q

INDICAÇÕES DA VACINA QUADRIVALENTE HPV (MINISTÉRIO DA SAÚDE)

MENINAS e MENINOS

A
  • 9 a 14 anos (duas doses: 0 e 6 meses);
  • 9 a 45 anos (três doses: 0, 2 e 6 meses)
    • convivendo com HIV/AIDS;
    • transplantados de órgãos sólidos;
    • em quimioterapia.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
11
Q

INDICAÇÕES DA VACINA QUADRIVALENTE HPV (MINISTÉRIO DA SAÚDE)

Vítimas de violência sexual (caso não tenha sido vacinada anteriormente)

A
  • 9 a 14 anos: duas doses (0 e 6 meses);
  • 15 a 45 anos: três doses (0, 2 e 6 meses):
  • 9 a 45 anos (imunodeprimidas): três doses (0, 2 e 6 meses):
  • convivendo com HIV/AIDS;
  • transplantados de órgãos sólidos;
  • em quimioterapia.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
12
Q

TRATAMENTO HPV
1. MÉTODOS FÍSICOS
2. MÉTODOS QUÍMICOS
3. MÉTODOS EXCISIONAIS

A

1. MÉTODOS QUÍMICOS
- ÁCIDO TRICLOROACÉTICO 70-90%
- IMIQUIMODE
- PODOFILINA
- 5-FLUOROURACIL

2. MÉTODOS FÍSICOS
- CRIOTERAPIA
- ELETROCAUTERIZAÇÃO
- VAPORIZAÇÃO COM LASER DE C02

3. MÉTODOS EXCISIONAIS: EXCISÃO COM BISTURI

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
13
Q

TRATAMENTO DO HPV

MÉTODOS QUÍMICOS
- ÁCIDO TRICLOROACÉTICO 70-90%
- IMIQUIMODE
- PODOFILINA
- 5-FLUOROURACIL

A
  1. ÁCIDO TRICLOROACÉTICO 70-90%:
    - não pode ser autoaplicado
    - máximo de 4-6 sessões
  2. IMIQUIMODE
    - máximo de 12-16 semanas
    - não pode ser usado na gravidez.
  3. PODOFILINA
    - não pode ser usado na gravidez.
  4. 5-FLUOROURACIL
    - não pode ser usado na gravidez.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
14
Q

TRATAMENTO DO HPV

MÉTODOS FÍSICOS
- CRIOTERAPIA
- ELETROCAUTERIZAÇÃO
- VAPORIZAÇÃO COM LASER DE C02

A
  1. CRIOTERAPIA
    - requer anestesia
  2. ELETROCAUTERIZAÇÃO
    - requer anestesia
    - pode causar discromia
  3. VAPORIZAÇÃO COM LASER DE C02
    - bom resultado estético
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
15
Q

Helena tem 25 anos e é transplantada renal devido à nefrite lúpica. Refere surgimento de lesões semelhantes a couve flor em toda a região vulvar há aproximadamente 6 meses. Porta colpocitologia oncótica com resultado de “lesão intraepitelial de baixo grau”. Ao exame físico, você observa que as lesões vulvares tem pequeno tamanho, mas grande quantidade e estão distribuídas em toda a vulva.

Indique duas opções de tratamento viáveis para as lesões vulvares.

A
  1. 5-FLUOROURACIL
  2. IMIQUIMODE
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
16
Q

Qual é a melhor época do ciclo para colher o preventivo?

A

período periovulatório.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
17
Q

E como fazer preventivo ginecológico nas puérperas?

A

No pós-parto, é recomendável aguardar seis a oito semanas para que o colo uterino readquira suas condições normais.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
18
Q

Qual é a conduta nas mulheres submetidas à histerectomia (histerectomizadas)?

A

mulheres submetidas à histerectomia total por lesões benignas, sem história prévia de diagnóstico ou tratamento de lesões cervicais de alto grau, podem ser excluídas do rastreamento, desde que apresentem exames anteriores normais

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
19
Q

A longa Classificação de Bethesda (2001) É FEITA DA SEGUINTE FORMA

A
  1. Normal: Dentro dos Limites da Normalidade no Material Examinado:
    • Negativo para lesão intraepitelial ou malignidade
  2. Alterações Celulares Benignas
    •  Inflamação
    •  Atrofia com inflamação
    •  Reparação
    •  Radiação
    •  Metaplasia escamosa imatura
    •  Outras (especificar)
  3. Anormalidades das Células Epiteliais Escamosas – Atipias Celulares Escamosas

3.1. Células escamosas atípicas:
 De significado indeterminado (ASC-US): células do epitélio estratificado com significado indeterminado.
 Não é possível excluir LIE-AG (ASC-H).
3.2. LIE-BG ou LSIL ou LOW-SIL ou SIL Baixo Grau:
 Lesão intraepitelial escamosa de baixo grau, que inclui HPV/displasia leve/NIC I.
3.3. LIE-AG ou HSIL ou High-SIL ou SIL Alto Grau:
 Lesão intraepitelial escamosa de alto grau, que compreende displasia moderada/grave, NIC II e NIC III e carcinoma in situ.
3.4. Com características suspeitas de invasão
 Carcinoma de células escamosas.

  1. Anormalidades das Células Epiteliais Glandulares – Atipias Celulares Glandulares

4.1.  Atípicas
 Células endocervicais Sem Outras Especificações (SOE), ou especificar nos comentários.
 Células endometriais Sem Outras Especificações (SOE), ou especificar nos comentários.
 Células glandulares Sem Outras Especificações (SOE), ou especificar nos comentários.
4.2. Atípicas
 Células endocervicais, possivelmente neoplásicas.
 Células glandulares, possivelmente neoplásicas.
4.3. Adenocarcinoma endocervical in situ
4.4. Adenocarcinoma
 Endocervical.  Extrauterino.
 Endometrial.  SOE.

  1. Outras Atipias Celulares

 Outras neoplasias malignas.
 Presença de células endometriais na pós-menopausa ou acima de 40 anos, fora do período menstrual.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
20
Q

POPULAÇÃO-ALVO E INTERVALO DE RASTREIO CA DE COLO UTERINO, na população em geral:

A

Devem ser rastreadas as mulheres sexualmente ativas com idade igual ou superior a 25 anos.

Os dois primeiros exames devem ser feitos com intervalo anual e, se negativos, o rastreamento pode ser feito a cada três anos.

* Lembre-se de que o HPV é transmitido sexualmente, logo mulheres que nunca tiveram relação sexual não necessitam ser rastreadas.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
21
Q

POPULAÇÃO-ALVO E INTERVALO DE RASTREIO CA DE COLO UTERINO, nas imunossuprimidas, o rastreamento muda:

A

Deve ser iniciado logo após o início da vida sexual. Os dois primeiros exames devem ser feitos com intervalo semestral e, se ambos
negativos, o rastreio passa a ser anual.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
22
Q

POPULAÇÃO-ALVO E INTERVALO DE RASTREIO CA DE COLO UTERINO, em pacientes HIV positivas, enquanto os níveis de CD4+ forem < 200 cel/mm³, o rastreio:

A

Deverá persistir semestral

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
23
Q

Se Exame Citopatológico mostrando Atrofia com Inflamação, a Recomendação é:

A

Seguir a rotina de rastreamento
citológico.

OBS: a estrogenioterapia deve ser feita através da via vaginal com creme de estrogênios conjugados em baixa dose (0,5 g de um aplicador

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
24
Q

SOBRE O INTERVALO LIMITE DE RASTREIO CA DE COLO UTERINO, na população em geral:

A

O rastreamento deve seguir até os 64 anos de idade e deve ser interrompido caso a paciente já tenha pelo menos 2 exames negativos consecutivos nos últimos 5 anos

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
25
Q

SOBRE O INTERVALO DE RASTREIO CA DE COLO UTERINO, em mulheres > 64 anos que nunca fizeram citologia, devem:

A

Fazer 2 exames com intervalo de 1 a 3 anos. Se ambos negativos, estão excluídas do rastreio.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
26
Q

O rastreio de CA COLO UTERINO na gestante:

A

É realizado da mesma forma que as demais mulheres.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
27
Q

O rastreio de CA COLO UTERINO nas histerectomizadas, deve ser:

A

Histerectomizadas estão excluídas do rastreio se realizaram histerectomia total (corpo e colo uterino) por doença benigna, sem história prévia de tratamento por doença pré-maligna no colo.

28
Q

CLASSIFICAÇÃO DE RICHART X NOMENCLATURA CITOLÓGICA BRASILEIRA:

A
  1. NIC 1 = LSIL/ LIEBG (LESÃO INTRAEPITELIAL DE BAIXO GRAU)
  2. NIC 2 E NIC 3 = HSIL/LIEAG (LESÃO INTRAEPITELIAL DE ALTO GRAU)
  3. CARCINOMA INVASOR = CARCINOMA INVASOR
29
Q

É uma técnica que possibilita a ampliação dos tecidos do trato genital inferior.

A

colposcopia

30
Q

COMO É FEITA A COLPOSCOPIA?

A

O ácido acético atua causando desidratação celular e coagulação das proteínas intranucleares, diminuindo a transparência do epitélio. Células em atividade mitótica irão apresentar acetobranqueamento, com intensidade proporcional à gravidade da lesão.

A solução de lugol é captada pelas células ricas em glicogênio, ficando marrom-escuro (iodo positivo). Células alteradas consomem o glicogênio, ficando com coloração mostarda. Chamamos essa área de “iodo negativa”. Anteriormente, esse teste era denominado teste de Schiller e, ainda hoje, é utilizado em provas de Residência Médica.

ESSE TESTE APRESENTA UMA INTERPRETAÇÃO ESPECÍFICA.

31
Q

INTERPRETAÇÃO DA COLPOSCOPIA:

  1. Iodo positivo ->
  2. Iodo negativo ->
A

1. Iodo positivo -> teste de Schiller negativo (cor marrom-escuro).
2. Iodo negativo -> teste de Schiller positivo (cor amarelo-mostarda).

32
Q

INTERPRETAÇÃO E CONDUTA DIANTE DE ATIPIAS CITOLÓGICAS

  1. ACHADOS MENORES:
  2. ACHADOS MAIORES:
  3. SUGESTIVO DE INVASÃO:
A

1. ACHADOS MENORES:
- EPITÉLIO ACETOBRANCO TÊNUE
- PONTILHADO FINO
- MOSAICO FINO
2. ACHADOS MAIORES:
- EPITÉLIO ACETOBRANCO DENSO
- PONTILHADO GROSSEIRO
- MOSAICO GROSSEIRO
- ORIFICIOS GLANDULARES ESPESSADOS
3. SUGESTIVO DE INVASÃO:
- VASOS ATÍPICOS
- ULCERAÇÃO
- LESÃO EXOFÍTICA
- NECROSE

33
Q

Diante de Exame Citopatológico Anormal, ASCUS (Células escamosas atípicas de significado indeterminado):

  1. < 25 anos:
  2. Entre 25 e 29 anos
  3. ≥ 30 anos
A

1. Repetir em 3 anos
2. Repetir a citologia em 12 meses
3. Repetir a citologia em 6 meses

34
Q

Diante de Exame Citopatológico Anormal,ASCUS, Não se podendo afastar lesão de alto grau (ASC-H), deve-se:

A

Encaminhar para colposcopia

35
Q

Diante de Exame Citopatológico Anormal, AGC (Células Glandulares Atípicas de significado indeterminado) deve-se:

A

Encaminhar para a colposcopia

36
Q

Diante de Exame Citopatológico Anormal, AOI (Células Atípicas de Origem Indefinida), Possivelmente não neoplásicas ou não se podendo afastar lesão de alto grau, deve-se:

A

Encaminhar para colposcopia

37
Q

Diante de Exame Citopatológico Anormal, Lesão de Baixo Grau (LSIL):

  1. < 25 anos:
  2. > /= 25 anos:
A

1. Repetir em 3 anos
2. Repetir a citologia em 6 meses

38
Q

Diante de Exame Citopatológico Anormal, Adenocarcinoma In Situ (AIS) ou invasor, deve-se:

A

Encaminhar para colposcopia

39
Q

Diante de Exame Citopatológico Anormal, Lesão de Alto Grau(HSIL), deve-se:

A

Encaminhar para colposcopia

40
Q

Diante de Exame Citopatológico Anormal, Carcinoma escamoso invasor, deve-se:

A

Encaminhar para colposcopia

41
Q

CÉLULAS ESCAMOSAS ATÍPICAS DE SIGNIFICADO INDETERMINADO, POSSIVELMENTE NÃO NEOPLÁSICAS (ASCUS) é a atipia mais frequente de todas! O “significado indeterminado” indica que não há diagnóstico firmado, seja de alteração do HPV, seja de inflamação. Logo, a conduta deve ser conservadora:

REPETIR CITOLOGIA

No entanto, o intervalo de repetição depende da faixa etária:

  1. Pacientes com < 30 anos:
  2. Pacientes com =/> 30 anos:
A
  1. Pacientes com < 30 anos: repetir citologia em 12 meses.
  2. Pacientes com =/> 30 anos: repetir citologia em seis meses.
42
Q

SE 2 RESULTADOS DE CITOLOGIA FOREM ASCUS, A CONDUTA SERÁ:

A
  1. REALIZAR COLPOSCOPIA
  2. SE COLPOSCOPIA NORMAL, REPETIR CITOLOGIA EM 6 MESES (SE > 30 ANOS) OU REPETIR CITOLOGIA EM 12 MESES (SE < 30 ANOS)
43
Q

CÉLULAS ESCAMOSAS ATÍPICAS DE SIGNIFICADO INDETERMINADO, POSSIVELMENTE NÃO NEOPLÁSICAS (ASCUS) é a atipia mais frequente de todas! Se presente em Gestante, deve-se:

A

seguir as mesmas recomendações da paciente não gestante. Caso seja encaminhada para a colposcopia, realizar biópsia
apenas na suspeita de invasão

44
Q

CÉLULAS ESCAMOSAS ATÍPICAS DE SIGNIFICADO INDETERMINADO, POSSIVELMENTE NÃO NEOPLÁSICAS (ASCUS) é a atipia mais frequente de todas! se mulheres na pós-menopausa:, deve-se:

A

Antes de repetir a citologia, é fundamental realizar estrogenioterapia tópica.

45
Q

CÉLULAS ESCAMOSAS ATÍPICAS DE SIGNIFICADO INDETERMINADO, POSSIVELMENTE NÃO NEOPLÁSICAS (ASCUS) é a atipia mais frequente de todas! Se imunossuprimidas, deve-se:

A

encaminhar para colposcopia logo no primeiro exame alterado.

46
Q

CÉLULAS ESCAMOSAS ATÍPICAS DE SIGNIFICADO INDETERMINADO, QUANDO NÃO SE PODE EXCLUIR LESÃO INTRAEPITELIAL DE ALTO GRAU (ASC-H).
Nessa atipia, como há uma maior chance de lesão de alto grau, você deve prosseguir à investigação.

Conduta: encaminhar para colposcopia.

No entanto, em situações especiais, a conduta deve ser:

  1. Mulheres até 24 anos:
  2. Gestantes:
  3. Imunossuprimidas:
  4. Mulheres na pós-menopausa:
A

1. Mulheres até 24 anos: realizar colposcopia, mas biopsiar apenas achados MAIORES.

2. Gestantes: todas serão encaminhadas para colposcopia. A biópsia só deve ser feita em caso de suspeita de invasão.

3. Imunossuprimidas: a conduta não deve ser diferente das demais.

4. Mulheres na pós-menopausa: realizar estrogenização antes da colposcopia

47
Q

CÉLULAS GLANDULARES ATÍPICAS DE SIGNIFICADO INDETERMINADO (AGC), POSSIVELMENTE NÃO NEOPLÁSICAS OU CÉLULAS GLANDULARES ATÍPICAS DE SIGNIFICADO INDETERMINADO, QUANDO NÃO SE PODE EXCLUIR LESÃO DE ALTO GRAU.
Atenção para essa atipia! Como a alteração ocorre em células glandulares, elas podem representar diversas patologias, intra ou extrauterinas. As bancas adoram cobrar as situações em que há necessidade de investigação endometrial.

Conduta: encaminhar para colposcopia.

Os 2 critérios para avaliação endometrial (através de ultrassonografia transvaginal) são:

A

1. PARA > 35 ANOS

2. INDEPENDENTE DA IDADE, SE:
- SANGRAMENTO ANORMAL
- CITOLOGIA SUGERINDO ORIGEM ENDOMETRIAL

48
Q

CÉLULAS ATÍPICAS DE ORIGEM INDEFINIDA (AOI), POSSIVELMENTE NÃO NEOPLÁSICAS, OU CÉLULAS ATÍPICAS DE ORIGEM INDEFINIDA, QUANDO NÃO SE PODE AFASTAR LESÃO DE ALTO GRAU.
Essa atipia citológica é muito incomum na prática clínica e nas provas de Residência Médica. Pense em sua investigação como sendo semelhante ao AGC:

Conduta: encaminhar para colposcopia.

Os 2 critérios para avaliação endometrial (através de ultrassonografia transvaginal) são:

A

1. PARA > 35 ANOS

2. INDEPENDENTE DA IDADE, SE:
- SANGRAMENTO ANORMAL
- CITOLOGIA SUGERINDO ORIGEM ENDOMETRIAL

49
Q

LESÃO INTRAEPITELIAL ESCAMOSA DE BAIXO GRAU (LIEBG/LSIL).
A lesão de baixo grau representa a infecção pelo HPV, com grande capacidade de regressão. Por isso, uma conduta conservadora deve tomada.

Conduta: repetir citologia em seis meses.

Se na repetição se mantiver a atipia citológica, a paciente deve realizar colposcopia.

1. SE 2 CITOLOGIAS COM LIEBG/LSIL, REALIZAR:

2. SE ESSA COLPOSCOPIA FOR NORMAL, DEVE-SE:

3. SE 2 CITOLOGIAS NEGATIVAS, DEVE-SE:

A

1. COLPOSCOPIA

2. REPETIR CITOLOGIA
- EM 6 MESES (>/= 30 ANOS),
- EM 12 MESES (< 30 ANO)

3. FAZER RASTREIO TRIENAL

50
Q

LESÃO INTRAEPITELIAL ESCAMOSA DE BAIXO GRAU (LIEBG/LSIL).
A lesão de baixo grau representa a infecção pelo HPV, com grande capacidade de regressão. Por isso, uma conduta conservadora deve tomada.

A conduta em situações especiais:

1. Mulheres até 24 anos:
2. Gestantes:
3. Mulheres na pós-menopausa:
4. Imunossuprimidas:

A

1. Mulheres até 24 anos: repetir citologia em três anos.
2. Gestantes: qualquer abordagem diagnóstica da gestante com citologia LSIL deve ser feita apenas após 3 meses do parto.
3. Mulheres na pós-menopausa: antes de repetir a citologia, é fundamental realizar estrogenioterapia tópica.
4. Imunossuprimidas: encaminhar para colposcopia logo no primeiro exame alterado

51
Q

LESÃO INTRAEPITELIAL ESCAMOSA DE ALTO GRAU (LIEAG/HSIL)
Como existem grandes chances de confirmação da lesão de alto grau na biópsia, você sempre deve encaminhar essa paciente para a
colposcopia!
Nessa atipia, o que ficar de olho?

A

Classificar os achados anormais em maiores ou menores e avaliar a visibilidade da JEC.

52
Q

LESÃO INTRAEPITELIAL ESCAMOSA DE ALTO GRAU (LIEAG/HSIL)
Como existem grandes chances de confirmação da lesão de alto grau na biópsia, você sempre deve encaminhar essa paciente para a
colposcopia!

CONDUTA EM DIFERENTES SITUAÇÕES:

1. ACHADOS MAIORES:
2. ACHADOS MENORES:
3. ACHADOS SUGESTIVOS DE INVASÃO:
4. EXAME NORMAL:

A
  1. ACHADOS MAIORES:
    - ver e tratar
    - Se ZT tipo 3, conduta: EZT (exérese) da lesão tipo 3.
  2. ACHADOS MENORES:
    - biópsia
  3. ACHADOS SUGESTIVOS DE INVASÃO:
    - biópsia
  4. EXAME NORMAL:
    - revisão da lâmina:
    - se JEC visível, citologia em 6 meses.
    - se JEC não visível, avaliar canal endocervical.
53
Q

LESÃO INTRAEPITELIAL ESCAMOSA DE ALTO GRAU (LIEAG/HSIL)
Como existem grandes chances de confirmação da lesão de alto grau na biópsia, você sempre deve encaminhar essa paciente para a
colposcopia!

Conduta em situações especiais:
1. Mulheres até 24 anos:
2. O que não pode ser feito nessa faixa etária é:

A
  1. Mulheres até 24 anos: todas vão para a colposcopia. Entretanto, nessas pacientes, a NIC II comporta-se como uma NIC I, por isso podemos adotar uma conduta mais conservadora.
  2. O que não pode ser feito nessa faixa etária é: “ver e tratar”.
54
Q

LESÃO INTRAEPITELIAL ESCAMOSA DE ALTO GRAU (LIEAG/HSIL)
Como existem grandes chances de confirmação da lesão de alto grau na biópsia, você sempre deve encaminhar essa paciente para a
colposcopia!

Em pacientes < 25 anos com e colposcopia com:
1. ACHADOS MAIORES: conduta é a biópsia. Se biópsia

  • se negativa ou NIC 1:
  • se NIC 2:
  • se NIC 3 em < 21 anos:
  • se NIC 3 entre 21-24 anos:
A
  1. Achados maiores: biópsia
    - se negativa ou NIC 1: citologia em 6 meses
    - se NIC 2: citologia + colposcopia 6/6 meses por 2 anos.
    - se NIC 3 em < 21 anos: citologia + colposcopia 6/6 meses por 2 anos.
    - se NIC 3 entre 21-24 anos: tratamento excisional ou destrutivo.
55
Q

LESÃO INTRAEPITELIAL ESCAMOSA DE ALTO GRAU (LIEAG/HSIL)
Como existem grandes chances de confirmação da lesão de alto grau na biópsia, você sempre deve encaminhar essa paciente para a
colposcopia!

Em pacientes < 25 anos com e colposcopia com:
1. ACHADOS MENORES, a conduta é

A

CITOLOGIA ANUAL POR 2 ANOS

56
Q

LESÃO INTRAEPITELIAL ESCAMOSA DE ALTO GRAU (LIEAG/HSIL)
Como existem grandes chances de confirmação da lesão de alto grau na biópsia, você sempre deve encaminhar essa paciente para a
colposcopia!

Em pacientes < 25 anos com e colposcopia com:
1. Achado NORMAL, a conduta é

A

CITOLOGIA EM 6 MESES

57
Q

LESÃO INTRAEPITELIAL ESCAMOSA DE ALTO GRAU (LIEAG/HSIL)
Como existem grandes chances de confirmação da lesão de alto grau na biópsia, você sempre deve encaminhar essa paciente para a
colposcopia!

CONDUTA EM SITUAÇÕES ESPECIAIS SE LIEAG EM < 25 ANOS:

1. GESTANTES:
2. MULHERES NA PÓS-MENOPAUSA:

A

1. GESTANTES: encaminhar para colposcopia. Lembre-se de que a biópsia só deve ser realizada em casos de suspeita de invasão.

2. MULHERES NA PÓS-MENOPAUSA: estrogenizar antes da realização da colposcopia.

58
Q

LESÃO INTRAEPITELIAL DE ALTO GRAU, NÃO PODENDO EXCLUIR
MICROINVASÃO OU CARCINOMA EPIDERMOIDE INVASOR.

  1. Nos achados maiores, achados menores ou colposcopia normal:
  2. Nos achados suspeitos de invasão:
A
  1. A paciente deve ser submetida a procedimento excisional, pois a lesão pode estar “escondida” no interior do canal endocervical
  2. A biópsia só é realizada em casos de suspeita de invasão.
59
Q

ADENOCARCINOMA IN SITU (AIS) E INVASOR
O fluxograma de investigação nessa atipia será uma somatória das investigações do AGC com a “lesão de alto grau de que não se pode excluir invasão”!

  1. Colposcopia com achados sugestivos de invasão:
  2. Colposcopia com demais achados ou normal:
  3. Avaliação endometrial, SE:
A
  1. Colposcopia com achados sugestivos de invasão: BIÓPSIA
  2. Colposcopia com demais achados ou normal: EXCISÃO CONFORME O TIPO DE ZT.
  3. Avaliação endometrial, se:
    - > 35 anos:
    - Independente da idade se sangramento uterino anormal ou anovulação crônica.
60
Q

SOBRE O TRATAMENTO DAS LESÕES DE COLO DE ÚTERO, devemos saber que o objetivo do tratamento das lesões pré-neoplásicas é impedir a progressão para o câncer de colo uterino.
A maioria das lesões de BAIXO GRAU irão regredir e as lesões de ALTO GRAU têm real chance de progressão para o câncer.

QUEM TRATAR?

A

1. Lesão intraepitelial de alto grau.

2. Histopatológico com lesão de baixo grau persistente (acima de 24 meses).

3. Discordância colpo-cito histológica, por exemplo:

Paciente com 2 citologias de alto grau, com intervalo de seis meses e colposcopia normal. Nesses casos, a lesão pode estar escondida no canal endocervical

61
Q

SOBRE O TRATAMENTO DAS LESÕES DE COLO DE ÚTERO, devemos saber que o objetivo do tratamento das lesões pré-neoplásicas é impedir a progressão para o câncer de colo uterino.
A maioria das lesões de BAIXO GRAU irão regredir e as lesões de ALTO GRAU têm real chance de progressão para o câncer.

COMO TRATAR?

A

O tratamento padrão deve ser EXCISIONAL, ou seja, retirar toda a lesão, para que você envie material para análise histológica.

O nome mais adequado é EXÉRESE DE ZONA DE TRANSFORMAÇÃO (EZT), mas você pode encontrar em sua prova como CIRURGIA DE ALTA FREQUÊNCIA (CAF) ou CONIZAÇÃO

62
Q

A conização nada mais é do que uma EZT:

A

** do tipo 3**

63
Q

ZT TIPO 1:
ZT TIPO 2:
ZT TIPO 3:

A

ZT TIPO 1: é aquela que é facilmente visível, pois é totalmente ectocervical

ZT TIPO 2: você precisa “abrir” o canal endocervical para visualizar o final da ZT.

ZT TIPO 3: mesmo que você tente abrir o canal endocervical, não consegue ver o final da ZT, pois está muito profunda.

64
Q

SEGUIMENTO PÓS-TRATAMENTO

O principal fator de risco para a doença residual ou recorrente é o relato de margens cirúrgicas comprometidas, mas a presença delas NÃO indica retratamento!

Veja como a Diretriz recomenda o seguimento das pacientes que realizaram procedimento excisional:

  1. Se margens cirúrgicas livres ou comprometidas por NIC 1:
  2. Se qualquer uma das margens for comprometida por NIC 2/3:
A

1. Se margens cirúrgicas livres ou comprometidas por NIC 1:
- Citologia dentro de 6 e 12 meses após o procedimento. A colposcopia fica a critério do serviço
- Após o primeiro ano: citologia anual, até completar cinco anos do tratamento

2. Se qualquer uma das margens for comprometida por NIC 2/3:
- Citologia + colposcopia semestralmente por 2 anos.
- Após os 2 primeiros anos: citologia anual, até completar 5 anos do tratamento.
- Após 5 anos: citologia trienal

65
Q

Mulher, 26 anos de idade, G2P2A0, usuária de DIU, vem para consulta de retorno com o resultado de colpocitologia “atipias de significado indeterminado, não sendo possível afastar lesão de alto grau”. A conduta é:

a) Submetê-la à colposcopia, pois o risco de lesão de alto grau é superior a 10%.

b) Repetir a citologia em 6 meses, pois o risco de lesão invasora do colo é menor que 0,2%.

c) Manter o rastreamento anual de rotina, pois é um achado comum em usuárias de DIU.

d) Submetê-la à conização diagnóstica e eventualmente terapêutica, devido ao alto risco de lesão invasora.

A

A

OBS; O laudo citológico corresponde ao chamado ASC-H, que descreve atipia em células escamosas de significado indeterminado em que não é possível afastar lesão de alto grau.

66
Q

Paciente de 31 anos, soropositiva, em uso de antirretrovirais, apresentou, na colpocitologia,
células escamosas com atipia de significado indeterminado quando não se pode excluir lesão intraepitelial de alto grau (ASC-H). A conduta mais adequada para o seguimento da avaliação desse caso é prescrever:

a) Conização.

b) Colposcopia.

c) Captura híbrida.

d) Colpocitologia em 6 meses.

A

B