Incontinência Urinária Flashcards

1
Q

A incontinência urinária é definida como a perda involuntária de qualquer volume de urina. Ela pode ser classificada de acordo com seus mecanismos fisiopatológicos e suas manifestações clínicas.

As 5 principais variações são:

A

1. Incontinência urinária aos esforços (IUE): perda involuntária de urina associada a qualquer esforço físico, sendo os mais comuns o riso e a tosse.

2. Incontinência urinária de urgência (IUU): perda involuntária de urina acompanhada ou precedida imediatamente por uma sensação de necessidade iminente de urinar.

3. Incontinência urinária mista (IUM): perda urinária em que tanto o componente de esforço quanto o de urgência estão associados.

4. Bexiga hiperativa: é um quadro associado a sintomas de urgência urinária, podendo haver, ou não, um quadro de incontinência associado; as principais manifestações são o aumento de frequência urinária e a noctúria (aumento de micções durante à noite).

5. Hiperatividade do detrusor: quando a incontinência urinária de urgência é demonstrada em um teste urodinâmico pela presença de contrações involuntárias do detrusor, recebe esse nome. Em algumas provas, pode aparecer a nomenclatura mais antiga: instabilidade do detrusor.

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2
Q

Qual é o principal fator de risco para a ocorrência de incontinência urinária?

A

sexo feminino

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3
Q

Os principais fatores de risco para incontinência urinária são:

A
  1. SEXO FEMININO
  2. OBESIDADE
  3. IDADE
  4. GESTAÇÃO
  5. PARTO VAGINAL
  6. MENOPAUSA
  7. HISTERECTOMIA
  8. TABAGISMO
  9. TOSSE CRÔNICA
  10. CONSTIPAÇÃO
  11. RISCO OCUPACIONAL
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4
Q

FISIOLOGIA DO ENCHIMENTO VESICAL:

A

Durante a fase de enchimento vesical, é necessário que haja relaxamento do músculo detrusor da bexiga para aumentar a complacência e permitir o acúmulo de maior quantidade de urina. Além disso, o complexo esfincteriano, formado pela uretra e pelos músculos levantadores do ânus, deve aumentar o tônus a fim de manter o sistema fechado. O sistema nervoso simpático é o que predomina nessa fase, pela ação da norepinefrina e da epinefrina.

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5
Q

FISIOLOGIA DO ESVAZIAMENTO VESICAL:

A

O aumento do volume de urina na bexiga promove distensão crescente da parede vesical, que passa a enviar sinais aferentes e promover ativação do sistema parassimpático. O sistema parassimpático ativo inibe o simpático, reduzindo o tônus no colo vesical. A ação da acetilcolina sobre os receptores muscarínicos e nicotínicos, presentes no fundo vesical, promove a contração do músculo detrusor e, na uretra, o relaxamento do trato de saída.

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6
Q

Apesar de o diagnóstico de INCONTINÊNCIA URINÁRIA não depender de exames complementares na maior parte das vezes, alguns exames podem auxiliar na investigação das incontinências.

TODA INVESTIGAÇÃO DE INCONTINÊNCIA URINÁRIA DEVE AFASTAR INFECÇÃO URINÁRIA ANTES DE PROCEDER COM INVESTIGAÇÕES COMPLEMENTARES, LOGO, SEMPRE SOLICITAR

A

EAS E UROCULTURA

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7
Q

É o exame complementar mais cobrado pelas provas de Residência.

A

ESTUDO URODINÂMICO

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8
Q

É a parte inicial do ESTUDO URODINÂMICO, em que se pede para que a paciente esvazie a bexiga em um receptor e o fluxo miccional é avaliado; pico de fluxo menor que 15 mL/s indica disfunção miccional.

A

Urofluxometria

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9
Q

É a segunda parte dodo ESTUDO URODINÂMICO, em que insere-se um cateter na vagina ou no reto, a fim de avaliar a pressão abdominal e um cateter vesical a fim de avaliar a pressão vesical. Então procede-se o enchimento da bexiga com solução salina e em determinadas capacidades volumétricas, solicita-se que a paciente faça manobras de Valsalva. Nessa parte do exame, são avaliadas as contrações involuntárias do detrusor e a pressão de perda urinárias aos esforços; a compreensão dessa fase do exame é a mais exigida pelas provas de residência.

A

Cistometria

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10
Q

As principais indicações do ESTUDO URODINÂMICO são:

A
  1. Falha de tratamento conservador prévio
  2. Avaliação antes da realização de tratamento cirúrgico
  3. Sintomatologia mista.
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11
Q

A respeito do ESTUDO URODINÂMICO, nessa fase é aonde se insere um cateter na vagina ou no reto, a fim de avaliar a pressão abdominal, e um cateter vesical, a fim de avaliar a pressão vesical. Então, procede-se o enchimento da bexiga com solução salina e, em determinadas capacidades volumétricas, solicita-se que a paciente faça manobras de Valsalva. Nessa parte do exame, são avaliadas as contrações involuntárias do detrusor e a pressão de perda urinárias aos esforços;

A

UROFLUXOMETRIA

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12
Q

No ESTUDO URODINÂMICO, quando há perda urinária com a manobra de Valsalva, deve-se avaliar a chamada pressão de perda (pressão intravesical, que leva à perda de urina).

  1. Se a pressão for inferior a 60 cmH2O sugere-se:
  2. Se a pressão de perda for superior a 90 cmH2O, sugere-se:
A
  1. Se a pressão for inferior a 60 cmH2O sugere-se: um defeito esfincteriano intrínseco;
  2. Se a pressão de perda for superior a 90 cmH2O, sugere-se: hipermobilidade do colo vesical.
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13
Q

No ESTUDO URODINÂMICO, a diferença entre a pressão abdominal e a pressão intravesical
é a chamada de:

A

pressão do detrusor

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14
Q

CONCLUSÕES DO ESTUDO URODINÂMICO

  1. Presença de contrações não inibidas do detrusor =
  2. Avaliação de pressão de perda aos esforços:

2.1. < 60 cmH2O:

2.2. > 90 cmH2O:

A
  1. Presença de contrações não inibidas do detrusor = hiperatividade do detrusor.
  2. Avaliação de pressão de perda aos esforços:

2.1. < 60 cmH2O: deficiência esfincteriana intrínseca.

2.2. > 90 cmH2O: hipermobilidade do colo vesical

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15
Q

SOBRE O TRATAMENTO da INCONTINÊNCIA URINÁRIA DE ESFORÇO (IUE), divide-se em clínico e cirúrgico. Nos últimos anos, o tratamento conservador vem ganhando mais espaço devido à baixa taxa de efeitos colaterais. A Sociedade Internacional de Continência recomenda o tratamento conservador como primeira linha para IUE. As principais modalidades de tratamento conservador são:

A

1. mudanças comportamentais (Mudanças de hábito e treinamentos que visam reduzir as perdas)
2. fisioterapia de assoalho pélvico

Fique atento, porque algumas bancas consideram que o tratamento clínico não é uma opção, principalmente em pacientes obesas, com tosse crônica ou naquelas com pressão de perda muito baixa, pois a eficácia do tratamento conservador é menor.

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16
Q

O tratamento cirúrgico da INCONTINÊNCIA URINÁRIA AOS ESFORÇOS está indicado nos casos em que houve falha no tratamento conservador ou quando a paciente optar por essa terapêutica. Diversas técnicas cirúrgicas já foram empregadas e estudadas; todas visam reconstruir o suporte uretral que foi perdido ao longo do tempo. Ao mesmo tempo em que criam esse suporte, é fundamental que não haja complicações associadas à retenção urinária.
As técnicas principais são:

A

1. COLPOFIXAÇÃO RETROPÚBICA
2. SLINGS pubovaginal ou de uretra média
3. Preenchimento uretral

17
Q

INCONTINÊNCIA URINÁRIA DE URGÊNCIA OU BEXIGA HIPERATIVA caracteriza-se como um conjunto de sinais e sintomas associados à urgência miccional, comumente acompanhados de aumento da frequência urinária e de noctúria. Em cerca de 30% a 50% dessas pacientes também está presente a incontinência urinária (urgincontinência). O diagnóstico da bexiga hiperativa é eminentemente clínico. Apesar de a principal causa dessa síndrome ser a hiperatividade do detrusor, somente é possível chegar a esse diagnóstico a partir da realização de um estudo urodinâmico.

O tratamento conservador é a primeira linha de tratamento para a incontinência urinária de urgência, segundo a Sociedade Internacional de Continência. As opções de tratamento incluem

A

1. mudanças comportamentais (Mudanças de hábito e treinamentos que visam reduzir as perdas)
2. fisioterapia de assoalho pélvico

18
Q

O tratamento farmacológico é considerado segunda linha
de tratamento para INCONTINÊNCIA URINÁRIA DE URGÊNCIA (IUU)
. A base do tratamento está na fisiologia da micção, apresentada anteriormente, sendo a classe de medicamentosa de escolha: os medicamentos

A

Anticolinérgicos

Anti-histamínicos: Difenidramina, Pirilamina, Doxilamina, Dexclorfeniramina, Ciproeptadina, Prometazina, Hidroxizina;

Agentes antiparkinsonianos: Amantadina, Benzatropina, Biperideno;

Anticonvulsivantes: Carbamazepina;

Antipsicóticos: Clorpromazina, Olanzapina, Quetiapina, Tioridazina, Haloperidol, Levomepromazina;

Antiespasmódicos (alcaloides beladonados): Atropina, Escopolamina, Hiosciamina;

Antidepressivos cíclicos: Amitriptilina, Nortriptilina, Doxepina, Imipramina;

Miorrelaxantes: Ciclobenzaprina, Orfenadrina;

Cogumelos e plantas: Amanitamuscaria e A. pantherina, trombeteiras, Atropa beladona, Solanum americanum (erva-moura).

Substâncias utilizadas como droga de abuso no contexto de “boa noite, Cinderela”: Colírio de tropicamida.

19
Q

As principais contraindicações ao uso dos anticolinérgicos
cobradas em prova são:

A

1. glaucoma de ângulo fechado
2. arritmias cardíacas
3. doenças intestinais obstrutivas
4. lactação.

20
Q

Medicação mais recente para tratamento da INCONTINÊNCIA URINÁRIA DE URGÊNCIA, com efeito direto sobre o detrusor, atua sobre os nervos parassimpáticos, reduzindo a produção de acetilcolina

A

Agonista beta-3 adrenérgico (Mirabegron, Solifenacina)

21
Q

Classe de medicamento usado no tratamento da INCONTINÊNCIA URINÁRIA DE URGÊNCIA, com efeito positivo sobre todos os tipos de incontinência urinária (IUU e IUE), atuam diminuindo o risco de
infecção urinária na pós-menopausa:

A

Estrogênio

22
Q

Classe de medicamento usado no tratamento da INCONTINÊNCIA URINÁRIA DE URGÊNCIA, com efeito de relaxamento vesical temporário, indicado para casos refratários a outras terapias e tem efeito por 6 a 12 meses:

A

Toxina botulínica

23
Q

Classe de medicamento usado no tratamento da INCONTINÊNCIA URINÁRIA DE URGÊNCIA, com efeito alfa-adrenérgico e anticolinérgico, sendo indicado também nos casos de IUM (mista)

A

Antidepressivos tricíclicos

24
Q

A incontinência urinária mista é uma afecção em que a paciente apresenta sintomas de incontinência urinária aos esforços associados à bexiga hiperativa. Do ponto de vista clínico, não é possível firmar esse diagnóstico. É necessária a realização de um estudo urodinâmico que evidenciará, além da perda urinária aos esforços, a hiperatividade do detrusor.

É recomendado iniciar o tratamento pelo componente da
hiperatividade do detrusor, com (____)

Nos casos em que não houver resolução do quadro, deve-se, então, partir para o (____)

A

1. uso de medicamentos
2. tratamento cirúrgico do componente de esforço.

25
Q

É uma doença inflamatória crônica da bexiga que leva à urgência miccional, aumento de frequência urinária e dor pélvica, configurando um diagnóstico diferencial das incontinências urinárias.
O diagnóstico dessa patologia é de exclusão. A suspeição deve ser feita em pacientes com aumento de frequência urinária, sem horário preferencial, associado à dor pélvica, que piora à repleção vesical e melhora com o esvaziamento.

A

SÍNDROME DA BEXIGA DOLOROSA

26
Q

Dentre os tratamentos possíveis da SÍNDROME DA BEXIGA DOLOROSA, estão:

A

1. restrição dietética a alimentos que exacerbem sintomas
2. treinamento vesical
3. amitriptilina
4. cimetidina
5. gabapentina
6. instilação intravesical de heparina, anestésicos ou dimetilsulfóxido.

27
Q

São comunicações anormais entre dois epitélios de órgãos diferentes, decorrentes de processos infecciosos/ inflamatórios, trauma, malformações ou necrose. Comunicam os tratos genital e urinário.

A

Fístulas urogenitais

28
Q

Na incontinência urinária de esforço, a JUV

A

encontra-se abaixo da borda inferior da sínfise púbica

29
Q

Caracteriza-se como um conjunto de sinais e sintomas associados à urgência miccional, comumente acompanhados de aumento da frequência urinária e de noctúria. Em cerca de 30% a 50 % dessas pacientes, também está presente a incontinência urinária (urge incontinência). O diagnóstico é eminentemente clínico. Apesar de a principal causa dessa síndrome ser a hiperatividade do detrusor, somente é possível chegar a esse diagnóstico a partir da realização de um estudo urodinâmico.

A

Bexiga Hiperativa