Afecções Benignas e Malignas do COLO UTERINO Flashcards
SÃO FATORES PROGNÓSTICOS para NEO DE COLO UTERINO
- Idade: Pacientes mais jovens
- Estadiamento
- Tipos histológicos
- Grau de diferenciação
- Diâmetro do tumor
- Volume do tumor
- Comportamento do tumor
- Infiltração extensa do colo
- Invasão do corpo uterino
- Invasão da vagina
- Envolvimento parametrial
- Metástase linfonodal
- Invasão linfovascular
São FATORES DE RISCO para Afecções do COLO UTERINO
- HPV: 16 (CCE ()), 18 (Adenocarcinoma)
- Parceiros sexuais (Ca de pênis e promíscuos)
- Outras DST (sífilis, herpes, gonorreia ou clamídia)
- Deficiências de vitaminas ()
- Má higiene genital
- Desnutrição
- Coitarca precoce
- Uso de ACO
- Tabagismo
Deficiência de alfa-1-antripsina
Exposição à radiação ionizante
Número de parceiros sexuais
Baixo nível socioeconômico
Imunidade
Multiparidade
Agentes químicos
As Afecções do COLO UTERINO São alterações do processo de maturação do epitélio com diferentes graus de gravidade que, por sua vez, dependem da proporção de células imaturas atípicas, ou da espessura de epitélio acometida e do grau de discariose.
O câncer de colo uterino é uma doença de crescimento _____ e _____. É uma afecção iniciada com __________________________ que podem evoluir para uma lesão cancerosa invasora, em um prazo de ______ anos.
lento
silencioso
transformações intraepiteliais progressivas
10 a 15
As manifestações clínicas de lesões no colo uterino podem ser:
- Assintomática
- Dor e corrimento: Resultam de processos inflamatórios associados ou não à infecção secundária do tumor
- Perda sanguínea anormal:
Durante ou após o coito (sinusiorragia)
Metrorragia (pós-menopausa)
Lesões Intraepiteliais Cervicais e tumores iniciais.
Tumores em estágios mais avançados.
As estratégias de investigação dispostas no EXAME FÍSICO para Afecções do COLO UTERINO são:
Exame especular
Toque vaginal
Toque retal
As estratégias de investigação dispostas nos EXAMES COMPLEMENTARES para Afecções do COLO UTERINO são variadas.
O tripé diagnóstico das afecções do colo uterino são:
Citologia
Colposcopia
Biópsia
É o tipo histológico mais comum (80%) de NEOPLASIA DE COLO UTERINO.
Carcinoma epidermoide
Segundo tipo histológico mais comum (15%) de NEOPLASIA DE COLO UTERINO.
Adenocarcinoma
Cistos de Naboth são encontrados em paciente que previamente apresentou:
a) Disceratose.
b) Ectopia.
c) Vaginite por tricomonas.
d) NIV.
e) NIC
B
Geralmente, ocorre na região da ectopia cervical. A JEC deslocada para fora do orifício externo do colo uterino define a ectopia ou ectrópio cervical. Neste processo, as glândulas do epitélio cilíndrico são recobertas pelo epitélio metaplásico. Como resultado, sua secreção mucosa não pode escoar, e a glândula distende-se sob o epitélio, constituindo o chamado cisto de Naboth. Estes cistos podem ser de tamanho variável.
Com relação à metaplasia do colo uterino, podemos dizer que é um processo regenerativo:
I - em que o epitélio glandular ectópico reage com a acidez vaginal, com hipersecreção de muco, sendo uma lesão pré maligna, devendo ser tratada com conização.
II - em que o epitélio glandular ectópico reage com a acidez vaginal, com hipersecreção de muco, formação de células de reserva (defesa), formando células escamosas no lugar de células colunares (glandulares).
III - em que o epitélio glandular ectópico reage com a acidez vaginal, com hipersecreção de muco, sendo uma lesão pré-maligna.
Qual a alternativa correta?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e III.
e) I, II e III.
B
Qual a alternativa correta com relação ao HPV e ao câncer genital?
a) Os sorotipos 16 e 18 relacionam-se com o carcinoma espinocelular e o adenocarcinoma do colo.
b) Os sorotipos 6 e 11 relacionam-se com o câncer de vulva.
c) Os sorotipos 6 e 11 têm pouca relação com o câncer de colo.
d) O câncer vulvar não tem relação com o HPV.
e) 90% dos subtipos do HPV causam câncer genital.
C
Letra A: incorreta, pois faltou a palavra “RESPECTIVAMENTE”.
O sorotipo 16 é o mais
prevalente e o mais frequente entre os carcinomas
de células escamosas. O subtipo 18 é
o responsável por 20% dos tumores e o mais
comum entre os adenocarcinomas.
O exame realizado em primigesta com 34 semanas de gestação revelou a existência de pequenas lesões condilomatosas queratinizadas na região perineal.
Qual a conduta e a via de parto indicadas?
a) Aplicar ácido tricloroacético e via de parto por indicação obstétrica.
b) Aplicar ácido tricloroacético e via de parto por operação cesariana.
c) Aplicar podofilina e via de parto por operação cesariana.
d) Aplicar 5-fluoracil e via de parto por indicação obstétrica.
e) Prescrever imiquimode (imunomodulador) e via de parto por operação cesariana.
A
Paciente de 23 anos, gestante de 29 semanas procura o obstetra, pois está ansiosa em relação ao nascimento do bebê, pois refere que apresenta infecção pelo vírus do HPV. Qual deve ser a conduta tomada neste caso?
a) Parto normal se bolsa rota após 6 horas.
b) Cesariana quando apresentar NIC I.
c) Cesariana devido papilomatose no RN.
d) Cesariana se forem pontos de HPV em paredes vaginais.
e) Cesariana apenas por indicação obstétrica.
E
A avaliação dos paramétrios em mulheres com câncer do colo uterino faz parte do estadiamento da patologia. Qual exame que melhor avalia os paramétrios nessa doença?
a) Toque retal.
b) Histeroscopia.
c) Videolaparoscopia.
d) USG Transvaginal.
e) Toque vaginal.
A
Tipos de Tumor do Colo Uterino
Tumores exofíticos:
incluem os polipoides ou vegetantes.
Tipos de Tumor do Colo Uterino
Tumores endofíticos
incluem os tipos nodular, ulcerado ou barrel-shapped.
Em geral, os tumores (1) apresentam melhor prognóstico do que os (2)
- vegetantes
- ulcerados
Com a progressão do tumor, o colo começará a apresentar lesões que já poderão ser identificadas na colposcopia, ou até mesmo ao exame especular. Essas lesões podem evoluir de diferentes formas, a saber:
- Lesões tipo couve-flor:
- Lesões de aspecto nodular:
- Lesões tipo barrel-shaped (formato de barril)
- Ulcerações:
- crescimento com vegetações para a ectocérvice.
- as lesões tornam-se infiltrativas e endurecidas.
- as lesões podem se expandir para endocérvice.
- podem estar acompanhadas de necrose e/ou infecção, com odor desagradável característico.
Estadiamento do Câncer de Colo Uterino - FIGO
Estádio I
Carcinoma restrito ao colo uterino
Estadiamento do Câncer de Colo Uterino - FIGO
IA
A invasão do estroma é limitada à profundidade de 5 mm e extensão de 7 mm.
Estadiamento do Câncer de Colo Uterino - FIGO
IA1
CONDUTA:
IA1 – Invasão até 3 mm em profundidade e
extensão até 7 mm.
OBS.: O diagnóstico dos estádios Ia1 e Ia2
deve se basear no exame microscópico do
tecido removido, de preferência um cone, que
deve incluir toda a lesão.
CD:
- Se há desejo de engravidar: Conização.
- Não há desejo de engravidar: Histerectomia tipo I.
Estadiamento do Câncer de Colo Uterino - FIGO
IA2 –
CONDUTA:
IA2 - Invasão entre 3 a 5 mm de profundidade e extensão até 7 mm. Envolvimento do espaço vascular ou linfático não altera o estadiamento.
OBS.: O diagnóstico dos estádios Ia1 e Ia2 deve se basear no exame microscópico do tecido removido, de preferência um cone, que deve incluir toda a lesão.
CD:
- Se há desejo de engravidar: Traquelectomia radical + linfadenectomia pélvica.
- Não há desejo de engravidar: Histerectomia tipo II com dissecção de linfonodos pélvicos.
Estadiamento do Câncer de Colo Uterino - FIGO
IB –
Tumor clinicamente visível limitado ao colo ou tumores pré-clínicos maiores do que o estádio IA.
Estadiamento do Câncer de Colo Uterino - FIGO
IB1 –
CONDUTA:
Lesões até 4 cm
CD:
> 5 mm de invasão e < 2 cm:
- Se há desejo de engravidar: Traquelectomia radical + linfadenectomia pélvica.
- Não há desejo de engravidar: Histerectomia tipo III com dissecção de linfonodos pélvicos.
5 mm de invasão e > 2 cm: Histerectomia radical tipo III com linfadenectomia pélvica.
Estadiamento do Câncer de Colo Uterino - FIGO
IB2 –
CONDUTA:
Lesões maiores de 4 cm
CD: Histerectomia tipo III com linfadenectomia pélvica e aórtica lateral
OU
Quimiorradioterapia primária.
Estadiamento do Câncer de Colo Uterino - FIGO
Estádio II –
O carcinoma estende-se além do
colo, mas não há extensão para a parede, ou seja, o carcinoma acomete a vagina, mas não o terço inferior.
Estadiamento do Câncer de Colo Uterino - FIGO
II A –
CONDUTA 2A1 E 2A2:
Invasão da vagina, sem atingir seu
terço inferior, e ausência de comprometimento
parametrial.
CD 2A1 E 2A2:
Histerectomia tipo III com linfadenectomia pélvica e aórtica lateral
OU
Quimiorradioterapia primária.
Estadiamento do Câncer de Colo Uterino - FIGO
IIA1 –
Tumor clinicamente visível ≤ 4 cm em seu maior diâmetro
Estadiamento do Câncer de Colo Uterino - FIGO
II A2 –
Tumor clinicamente visível > 4 cm em seu maior diâmetro
Estadiamento do Câncer de Colo Uterino - FIGO
II B –
CONDUTA:
Acometimento visível do paramétrio, mas sem atingir a parede pélvica.
CD: Quimiorradioterapia primária.
Estadiamento do Câncer de Colo Uterino - FIGO
Estádio III –
CONDUTA 3A E 3B:
O carcinoma estendeu-se até
a parede pélvica. Ao exame retal, não há espaço livre de câncer entre o tumor e a parede pélvica. O tumor acomete o terço inferior da vagina. Todos os casos de hidronefrose ou rim não funcionante devem ser incluídos, desde que excluídas outras causas.
CD: Quimiorradioterapia primária.
Estadiamento do Câncer de Colo Uterino - FIGO
III A –
Extensão ao terço inferior da vagina, mas não à parede pélvica, se houver comprometimento parametrial.
Estadiamento do Câncer de Colo Uterino - FIGO
III B –
Extensão à parede pélvica ou hidronefrose ou rim não funcionante.
Estadiamento do Câncer de Colo Uterino - FIGO
Estádio IV –
O carcinoma estendeu-se além da pelve verdadeira ou há acometimento visível da mucosa da bexiga ou do reto.
Estadiamento do Câncer de Colo Uterino - FIGO
IV A –
CONDUTA:
Disseminação do tumor para órgãos adjacentes (bexiga e reto).
CD: Quimiorradioterapia primária ou exenteração primária.
Estadiamento do Câncer de Colo Uterino - FIGO
IV B –
CONDUTA:
Disseminação para órgãos distantes.
CD: Quimioterapia primária + Radioterapia
SOBRE O Tratamento do Câncer de Colo Uterino
É um tratamento apropriado para pacientes com tumores em estágio Ia1 sem invasão do espaço vascular linfático, que não desejam mais engravidar.
Histerectomia tipo I ou Histerectomia
Simples ou Histerectomia Extrafa scial:
SOBRE O Tratamento do Câncer de Colo Uterino
É um procedimento que vem se popularizando como opção de tratamento cirúrgico para mulheres em estágio Ia2 e Ib1 que desejam preservar o útero. Também é indicado nas pacientes no estádio Ia1 com invasão linfovascular que desejam preservar a fertilidade.
Traquelectomia Radical:
SOBRE O Tratamento do Câncer de Colo Uterino
São classificadas em tipos radical modificada (tipo II), radical (tipo III) e radical estendida (tipo IV e V). O quadro ao lado detalha a diferença entre as histerectomias radicais.
Histerectomia Radical:
SOBRE O Tratamento do Câncer de Colo Uterino
Existem três tipos:
* Anterior:
* Posterior:
* Total:
Anterior: inclui a remoção da bexiga, vagina, colo e útero.
Posterior: inclui a remoção do reto, vagina, colo e útero.
Total: somatório da exenteração anterior e posterior.
SOBRE O Tratamento do Câncer de Colo Uterino
É uma opção de tratamento em todos os estádios de câncer de colo uterino, exceto o IVB, com taxas de cura estimadas de 70% no estádio I, 60% no estádio II, 45% no estádio III e 18% no estádio IV.
Radioterapia Primária
SOBRE O Tratamento do Câncer de Colo Uterino
É usada para sensibilizar as células
à radioterapia, pois melhora o controle locorregional. É chamada de “radiossensibilizante”. A droga utilizada geralmente é a cisplatina,
em dose semanal, durante a radioterapia.
Quimiorradioterapia Concomitante
SOBRE O Tratamento do Câncer de Colo Uterino
A maioria dos autores concorda que a radioterapia pós-operatória é necessária na presença de margens cirúrgicas positivas. O emprego da radioterapia em pacientes com
Radioterapia Adjuvante
SOBRE O Tratamento do Câncer de Colo Uterino
E as pacientes estádio IVB?
Neste caso, não há indicação imediata de radioterapia pélvica, pois não há intenção curativa (essas são as pacientes que apresentam metástases à distância).
Paciente de 48 anos de idade proveniente de zona rural, chegou ao Pronto-Socorro com forte sangramento vaginal com repercussão hemodinâmica e hemoglobina em 5 g/dl. Nunca havia feito exame ginecológico. Ao exame se constata um tumor extenso do colo uterino exofítico, que se estende pela vagina apenas
na porção próxima ao colo. O toque retal revela paramétrio acometido apenas à direita e rente ao útero. A biópsia realizada confirmou um carcinoma espinocelular. Qual o estadiamento e a conduta para o caso?
a) IB2 - Wertheim-Meigs.
b) IIA - Wertheim-Meigs.
c) IIA - Quimioterapia e Radioterapia.
d) IIB - Quimioterapia e Radioterapia.
D
Mulher, 42 anos, multípara, com laudo citopatológico do esfregaço cervical revelando NIC III, é submetida à colposcopia com biópsia do colo que revela carcinoma escamoso com invasão de 2 mm de profundidade e 3 mm de extensão. A conduta a ser adotada é:
a) Histerectomia total.
b) Cirurgia de Wertheim-Meigs.
c) Conização.
d) Radioterapia.
e) Quimioterapia.
C
Estadiamento do Câncer de Colo Uterino - FIGO
Estádio 0 –
CONDUTA:
Carcinoma in situ, carcinoma intraepitelial
CONDUTA: Conização (nesse caso, o cone é diagnóstico e terapêutico).
Mulher de 43 anos veio à consulta com queixa de sinusiorragia. Realizou exame ginecológico com coleta de Papanicolaou que confirmou o diagnóstico com colposcopia e biópsia de carcinoma in situ de colo uterino. A conduta indicada neste caso é:
a) Expectante com acompanhamento colpocitológico e colposcópico.
b) Conização de colo uterino.
c) Histerectomia total.
d) Histerectomia com anexectomia.
e) Cirurgia de Wertheim-Meig
B