Perda Neurossensorial Infecciosa Flashcards
Quais os principais agentes etiológicos de uma PANS pós-infecciosa?
Qual o agente mais relacionado a causa infecciosa de surdez congênita nos EUA?
- CITOMEGALOVÍRUS
Incidência de 1-2 casos para cada 100 nascidos vivos.
Sobre o CMV (congênito):
- Qual a porcentagem de casos com infecção silenciosa?
- Qual o tipo de perda que causa?
- Como fazer o diagnóstico?
- Qual o tratamento?
Incidência de infecção assintomática:
- Menos de 5% tem a doença de inclusão citomegálica (mais grave) e mais de 95% têm infecção silenciosa.
Tipo de perda:
- Perda BILATERAL, relativamente simétrica, e em geral, SEVERA. Preferencialmente em ALTAS frequências.
Formas de diagnóstico:
- Isolamento CMV na urina fresca com 2 semanas de vida.
- Detectar DNA do vírus por PCR na urina, sangue e LCR e tecidos infectados.
- IgM anti-CMV no cordão umbilical ou no sangue do bebê (não adianta pedir o materno).
Tratamento:
- Se infecção congênita e sintomática, optar por Ganciclovir (principalmente se acometimento da retina, não se sabe se tem efeito para PANS).
Sobre a Rubéola (congênita):
- Qual trimestre tem maior risco de casos graves?
- Qual o tipo de perda?
- Como fazer o diagnóstico?
- Qual o tratamento?
Época:
- Infecção materna no 1° trimestre = risco de perda auditiva, malformação cardíaca e retardo.
- Infecção no 2-3° trimestres = infecção silenciosa.
Tipo de perda auditiva:
- BILATERAL, geralmente ASSIMÉTRICA. Tem como característica importante uma POBRE DISCRIMINAÇÃO VOCAL. Pode ser progressiva.
Diagnóstico:
- Isolamento do vírus ou do RNA na urina fresca com 2 semanas de vida
- Detectar anticorpo IgM no sangue
- Aumento dos anticorpos anti-rubéola em criança não vacinada.
Tratamento:
- Não há. Prevenir infecção materna com vacinação.
Cite alguns achados histopatológicos na cóclea da infeção por CMV e Rubéola.
Sobre a Caxumba (adquirida):
- Qual é o tipo de perda?
- Como se faz diagnóstico?
- Qual o tratamento?
Tipo de perda:
- Perda rápida, UNILATERAL (80%) e profunda em frequências ALTAS. Ocorre no final da parotidite.
Diagnóstico:
- Isolamento do vírus da caxumba da saliva ou LCR ou detecção do RNA viral.
- Elevação de quatro vezes ou mais dos títulos séricos de anticorpos anticaxumba entre as amostras da fase aguda e do período de convalescença.
Tratamento:
- Sem tratamento específico. O uso de CORTICOTERAPIA pode melhorar a audição. Melhor prevenção é a com vacina.
Sobre a Caxumba (adquirida):
- Qual é o tipo de perda?
- Como se faz diagnóstico?
- Qual o tratamento?
Perda:
- PANS súbita com acometimento BILATERAL, podendo ser assimétrica. Principalmente em ALTAS frequências. A perda costuma ocorrer CONCOMITANTE AO RASH CUTÂNEO.
Lembrar que sarampo pode ter relação com otoesclerose e hidropsia endolinfática tardia.
Diagnóstico:
- Isolamento do vírus mediante cultura de secreção de orofaringe
- Detecção de RNA viral em tecido afetado do indivíduo
- Identificação dos antígenos do vírus do sarampo por coloração por imunofluorescência de células epiteliais esfoliadas obtidas de swab.
- Elevação de quatro vezes ou mais dos títulos séricos de anticorpos entre amostras da fase aguda e do período de convalescença.
Tratametno:
- Sem tratamento específico. O uso de CTC é duvidoso.
Sobre a Sífilis:
- Como é a perda nos casos congênitos?
- Como é a perda nos casos adquiridos?
- Qual o padrão da audiometria?
Congênita:
- PANS precoce = PANS profunda, bilateral e simétrica (logo ao nascimento ou até 3 anos de idade).
- PANS tardia = PANS progressiva, mas flutuante e assimétrica (dos 8 aos 20 anos).
Adquirida:
- Secundária = PA súbita, progressiva e bilateral.
- Terciária = PANS progressiva, flutuante e assimétrica. Audio com baixa discriminação, provas calóricas com resposta diminuída e teste de fístula positivo.
Audiometria na sífilis:
- Curva PLANA associada a uma BAIXA DISCRIMINAÇÃO VOCAL (ela é DESPROPORCIONAL aos limiares auditivos).
Obs: pode ter indícios de hidropsia na eletrococleografia.
Sobre a Febre Lessa (citada no tratado, mas não existe no Brasil), comente o que você sabe a respeito.
Adenovirose típica da África ocidental pela contaminação com urina de roedores. Causa febre hemorrágica e meningite asséptica. A doença é caracterizada por sinais e sintomas sistêmicos, tais como febre, fraqueza, seguidas de dor lombar, tosse e faringite. Curso com PANS moderada a grave (55dB) na fase de convalescença. Pode ser súbita.
Sobre o Herpes Zoster:
- Qual a incidência do acometimento cocleo-vestibular?
- Qual os achados da Sd. do Ramsay-hunt?
Incidência:
- Cerca de 25% dos pacientes apresentam alterações cocleares e vestibulares causadas pela migração de células inflamatórias para a orelha interna, gânglio espiral e vestibular.
Ramsay-hunt:
- Vesículas no pavilhão + PFP + perda auditiva (em 25%).
Sobre o Herpes Simples, qual o nome do gânglio que pode infectar e tornar-se latente?
Gânglio espiral. Sua relação com perda auditiva é controversa, sendo um teoria avaliada nos quadros de surdez súbita.
Qual causa do achado abaixo?
Labirintite supurativa: o agente atinge a escala timpânica, procedendo do espaço subaracnoide (meningite), do osso temporal (osteomielite) ou da orelha média (OMA). A migração de macrófagos para o espaço paralinfático, dando origem à formação de granulomas e invasão de fibroblastos e tecido cicatricial gera OSSIFICAÇÃO COCLEAR.
Sobre as Meningites bacterianas:
- Quais os principais agentes?
- Qual deles tem maior risco de perda auditiva?
- Qual a região mais susceptível da orelha interna?
- Como tratar?
- Streptococcus pneumonie > Haemophilus influenzae > Neisseria meningitidi
- O pneumococo é o que causa maior risco de surdez.
- A região mais susceptível aparentemente é a ESCALA TIMPÂNICA do giro basal da cóclea. Ocorre degeneração do órgão de Corti e do labirinto membranoso com posterior ossificação. Infecção ocorre pela janela redonda ou pode ocorrer por aqueduto coclear patente ou extensão do meato acústico interno.
- ATB dose de SNC e CORTICOTERAPIA (reduz risco de perda auditiva pelo penumococo).
No caso de perda auditiva pós-infecciosa em imunocomprometidos, quais infecções devo preocupar?
Eles podem desenvolver infecções fúngicas ou bacterianas da orelha interna por apresentarem maior suscetibilidade a otites médias.
No caso de pacientes com AIDS 49% pode apresentar PANS em ALTAS frequências. E se sintoma vestibular associado é obrigatório investigar OTOSSÍFILIS.
Algumas doenças oportunistas podem causar PANS súbita ou progressiva bilateral (criptococose).