Neoplasias do Osso Temporal Flashcards
Qual a incidência das neoplasias do Osso Temporal?
São tumores bem raros (1,2 a cada 100 mil).
Qual faixa etária predominam?
Acomete mais idosos (60-70 anos) e do sexo masculino.
Qual o quadro clínico?
- Dor intensa de otites externas e médias, que não respondem ao tratamento clínico local ou sistêmico habitual.
- Sangramento associado à otorreia, otorréia fétida ou com tecido necrótico e exposição óssea ou cartilagínea.
Qual o principal diagnóstico diferencial?
Diagnóstico diferencial com otite externa maligna (necrotizante). Granulação ou pólipo em paciente com suspeita de otite externa necrotizante em conduto externo, sempre BIOPSIAR! Pode ser CEC! Dica importantíssima. Se pavilhão e concha, pensar em CBC.
Quais são os principais tipos histológicos de tumores do osso temporal?
- CEC (mais agressivo, geralmente em CAE. Pior quanto mais proximal / medial for no CAE).
- CBC (atinge principalmente pele do pavilhão ou da concha, podendo ter aspecto ulcerado ou nodular. Se tratado precocemente tem baixa recorrência. Se recorrência, paciente evolui com óbito em 1 ano. A cirurgia deve ser AGRESSIVA para retirada de todo o tumor e margens).
- Adenocarcinoma e Carcinoma adenoide cístico (somados não compreendem mais que 2% das amostras, entretanto são mais agressivos e com grande incidência de metástases).
- Rabdomiossarcoma (mais comum na infância, raro e originário da região do mesênquima = etiologia indefinida.Tipos histológicos: embrionário, alveolar e pleomórfico (eventualmente, botrioide – variante polipoide do embrionário). O Embrionário e Botrioide tem baixa malignidade. O alveolar tem alta malignidade e pior prognóstico. Quadro é de tumor polipoide no CAE, otorragia, OM e paralisia de NC. Prognóstico ruim se: atividade mitótica elevada, Indiferenciação celular e Invasão de vasos sanguíneos).
- Melanoma (biópsias direcionadas, podendo ser melanótico ou amelanótico).
Qual o nome do estadiamento para CEC do conduto auditivo externo?
Estadiamento de Pittsburgh
Como decorar o estadiamento?
Qual a cirurgia indicada?
TEMPORALECTOMIA (remoção do osso temporal comprometido pelo tumor e estruturas adjacentes para margens de segurança. Artéria carótida interna, a veia jugular e nervos cranianos devem ser separados e isolados. Tentar preservar com teste de oclusão da ACI).
Como é feito o controle pós-operatório?
De 3-3 meses no 1° ano e 6-6 meses no 2° ano. Anual nos subsequentes.
Quais as possíveis complicações das neoplasias de osso tempora?
Fístulas liquóricas, meningites, infecções da ferida operatória, necrose dos retalhos ou enxertos de pele, acidentes vasculares cerebrais, paralisias de nervos cranianos, aspirações de secreção para os pulmões e pneumonias.