Otorrinolaringologia Flashcards

1
Q

Quais as divisões da anatomia da orelha?

A

Orelha externa até a MT
Orelha média: ossículos
Orelha interna: canais semicirculares (porção do equilíbrio) - cóclea (porção auditiva)

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2
Q

O que é a vertigem por definição?

A

Ilusão de movimento (pessoa parada com ilusão de movimento - rotação)

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3
Q

Como funciona o sistema vestibular?

A

Dentro dos canais semicirculares (3 canais - tridimensional), a circulação da endolinfa movimenta as estruturas ciliares de acordo com o movimento da cabeça e os cílios transformam o estímulo mecânico em estímulo elétrico que por meio do 8º par leva os estímulo até o tronco e é interpretado no córtex

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4
Q

Como diferenciar uma vertigem periférica (80%) da vertigem central?

A

Vertigem periférica: aguda, súbita, intensa, limitada
- nistagmo: horizontal, unilateral, rotatório, unidirecional, inibe com a fixação visual
- zumbido: positivo
- disartria/disfasia: negativo
Vertigem central: insidiosa, crônica
- nistagmo: vertical, multidirecional, não inibe com fixação
- zumbido: negativo
-disartria/disfasia: positivo

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5
Q

Quais as principais causas de vertigem periférica e vertigem central?

A

Periféricas: Vertigem posicional, Doença de Meniere, neurite vestibular (“labirintite”)
Central: AVC, tumor, aterosclerose de artérias vertebrais - insuficiência da circulação vertebrobasilar

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6
Q

O que é a vertigem posicional paroxística benigna?

A

Doença associada a canalitíase - debris de cálcio nos canais semicirculares (canal semicircular posterior é o mais comum)
é a principal causa periférica

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7
Q

Qual a principal epidemiologia da VPPB?

A

Mulher 2-3:1

idade > 60a

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8
Q

Quais as principais causas associadas à VPPB e quais as características?

A

Trauma

Episódios rápidos (<1min), provocados por movimento da cabeça

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9
Q

Como é feito o diagnóstico de VPPB?

A

Manobra de Dix-Hallpike (Nylen-Barany)
Paciente sentado, examinador gira a cabeça 45º e desce subitamente o paciente com a cabeça inclinada para baixo e avalia por pelo menos 30s a presença de avaliações (avalia os 2 lados)

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10
Q

Como é feito o tratamento da VPPB?

A
Evitar antivertiginosos (vertix): podem gerar parkinsonismo - colinérgicos
Manobra de Epley: reposição de partículas
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11
Q

O que é a doença de Meniere?

A

Hidropsia endolinfática e distorção do labirinto (talvez a drenagem de endolinfa não seja adequada e acumula nos canais)

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12
Q

Quais os sintomas da doença de Meniere?

A

Vertigem recorrente + zumbido + hipoacusia

Pode ocorrer em pacientes mais jovens

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13
Q

Qual o tratamento para doença de Meniere?

A

Dieta hipossódica, betaistina (droga vasodilatadora, aumento da perfusão labiríntica), diurético (2ª opção), corticoide, cirurgia, reabilitação vestibular

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14
Q

O que é a neurite vestibular?

A

“Labirintite”

Lesão neural inflamatória

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15
Q

Quais os sintomas associados à neurite vestibular?

A

Crise vertiginosa - paciente com vertigem intensa, vômitos

Geralmente após IVAS

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16
Q

Qual o tratamento da neurite vestibular?

A

Sintomáticos: dimenidrato/ diazepam/clonazepam (depressão labirintica)
Corticoide
Reabilitação vestibular

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17
Q

O que é a rinite?

A

Inflamação da mucosa nasal

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18
Q

Quais os principais sintomas relacionados à rinite?

A

Rinorreia, obstrução nasal, prurido e/ou espirros

19
Q

Quais as principais características da rinite alérgica?

A

Mecanismo relacionado à hipersensibilidade tipo I
aumento de IgE com a exposição do alérgeno
Histamina

20
Q

Quais os tipos de hipersensibilidade?

A

Tipo I: mediada por IgE, liberação de mastócitos
Tipo II: anticorpo contra antígeno
Tipo III: anticorpo-imunocomplexo- ativação de complemento
Tipo IV: tardia - celular

21
Q

Quais os tipos de rinite alérgica?

A

Rinite perene: ácaro, pó domiciliar

Rinite sazonal: pólen

22
Q

Qual a clínica da rinite alérgica?

A

História de atopia: asma, eczema
Sinais: Dennie-Morgan (pregas infrapalpebral)
Saudação alérgica
Pregas transversas nasais

23
Q

Quais os achados na rinoscopia da rinite alérgica?

A

Área de edema e palidez

24
Q

Como é feita a classificação de rinite alérgica?

A

Intermitente (sintomas < 4 dias/sem ou < 4 semanas)
Persistente (sintomas ≥ 4/sem e ≥ 4 semanas de queixas)

Leve: sono e atividades normais, sem sintomas incômodos
Moderada-grave: comprometidos, incômodo, limitação das atividades diárias, prejuízo no desempenho escolar

25
Q

Como é feito o diagnóstico de rinite alérgica?

A

Essencialmente clínico
Se necessário: laboratoriais - eosinofilia, aumento de IgE
Testes alérgicos: teste cutâneo rápido (prick test), sérico (pesquisa de IgE contra determinado alérgeno)

26
Q

Como é feito o tratamento de rinite alérgica?

A

1- Não farmacológico (controle ambiental)
2- Solução salina nasal
3- Farmacológico
4- Imunoterapia específica

27
Q

Como é feito o controle ambiental para tratamento da rinite alérgica?

A
  • Quarto ventilado e ensolarado
  • Evitar tapetes, cortinas e bichos de pelúcia
  • Limpeza sem vassouras ou espanadores
  • Controle do mofo e umidade
  • Evitar animais de pelo e pena
  • Não fumar
  • Evitar produtos de forte odor
28
Q

Como é feito o tratamento farmacológico da rinite alérgica intermitente ou leve?

A

Intermitente ou leve

  • corticoide tópico (spray nasal): beclometasona, budesonida, fluticasona
  • anti-histamínicos 2ª geração: loratadina, fexofenadina - menos sedação
  • cromoglicato (< 2 anos, menos efetivo)
29
Q

Como é feito o tratamento farmacológico da rinite alérgica moderada-grave?

A
Moderada-grave
-Corticoide tópico +/- anti-histamínicos
- Outros:
Corticoide oral
Descongestionantes (pseudoefedrina - allegra D)
Antileucotrienos
30
Q

Qual o único tratamento que altera o curso da doença na rinite alérgica?

A

Imunoterapia específica

Exposição gradual, controlada aos alérgenos - realizada por profissional treinado

31
Q

Quais as indicações de realizar imunoterapia específica?

A

Pacientes não controlados com terapia farmacológica
Sensibilização comprovada por testes
Relação exposição x manifestação clínica
Extrato alergênico disponível e padronizado

32
Q

Quais são outras causas de rinite?

A

Rinite eosinofílica não-alérgica (IgE normal)
Hormonal (gravidez, menstruação, hipotireoidismo…)
Induzida por drogas
Atrófica (Klebsiella ozenae)
Sistêmica (Wegener, sarcoidose)
Idiopática

33
Q

Quais as características da rinite induzida por drogas?

A

Uso prolongado de vasoconstrictores - rebote
vasodilatadores- IECA, sildenafil
Congestão nasal, vermelhidão, friabilidade

34
Q

Como é a classificação das epistaxes?

A
Anterior
- plexo de Kiesselbach
- mais comum (>90%)
- criança/adulto jovem
- autolimitada
Posterior
- ramos posterolaterais da a. esfenopalatina
- coagulopatias
- pacientes mais velhos
- mais grave
35
Q

Como é feita a abordagem do quadro de epistaxe?

A

1) Avaliar hemodinâmica/via aérea
2) Medidas gerais
- Assoar o nariz (remover o coágulo)
- Borrifar vasoconstrictor (oximetazolina)
- Comprimir narina 10-15min (gelo local)
3) Medidas específicas
- cauterização (química - nitrato de prata, elétrica, laser)
- Tamponamento (anterior e/ou posterior)
- Embolização/Cirurgia (ligaduras)

36
Q

Como realizar o tamponamento anterior-posterior em uma epistaxe?

A

Anterior: Pinça baioneta - colocar uma gaze ou fitas específicas, colocar dentro do nariz até vedar por compressão
Posterior: com cateter de foley (insuflar na região posterior para tamponar o sangramento)

37
Q

O que é a síndrome da apneia/hipopneia obstrutiva do sono (SAHOS)?

A

Bloqueio inspiratório da via respiratória ao longo do sono
O processo está associado à hipoxemia, hiperatividade simpática e resistência à insulina (situação de amplo risco cardiovascular)

38
Q

Qual a epidemiologia mais associada à SAHOS?

A

Sexo masculino, 40-65 anos
Obesidade
Hipotireoidismo (edema), acromegalia (extremidades aumentadas), Ehler-Danlos (maior abundancia de tecido conjuntivo)

39
Q

Qual a clínica do paciente com SAHOS?

A

Roncos + sonolência diurna (sono não reparador)
HAS (pela hiperatividade simpática - causa de HAS secundária)
Associado a AVE e IAM (sendo um fator independente à hipertensão, as vezes ele não tem HAS)
Associação de manifestações associadas à resistência insulina: esteatose hepática
Depressão, déficit cognitivo

40
Q

Como é feito o diagnóstico de SAHOS?

A

Polissonografia (noite inteira padrão ouro/split night - já avalia na outra metade da noite a resposta ao CPAP)
índice de apneia-hipopneia ≥ 5 episódios/ hora de sono (assintomáticos… IAH ≥ 15)
Opção: HAST (home sleep apnea testing)

41
Q

Como é a classificação da SAHOS?

A

Leve (IAH 5-15 ep/h): oligo/assintomático
Moderada (IAH 15-30 ep/h): alteração funcional, HAS
Grave (IAH > 30 ou satO2 < 90% em 20% do sono) : sintomas francos, maior risco cardiovascular

42
Q

Como é realizado o tratamento para SAHOS?

A

Perda ponderal, atividade física, abstinência alcoólica
Leve/moderada: CPAP ou dispositivo oral
Grave: CPAP
Intolerância ou refratário: cirurgia

43
Q

O que é o teste de Rinne?

A

Exame clínico para avaliar a audição. Compara sons transmitidos pelo ar ou através da condução óssea no osso temporal, dessa maneira pode-se suspeitar rapidamente se uma pessoa tem perda auditiva condutiva.

44
Q

Como analisar um teste de Rinne?

A

Em condições normais a condução aérea é melhor do qe a óssea (CA > CO - teste de Rinne positivo)
Se existir uma perda neurossensorial, as duas conduções diminuem, mas a proporção se mantém (CA > CO). Se ouve uma perda condutiva (otite, otosclerose, cerúmen, etc) a condução óssea passa a ser maior. Nesse caso trata-se de uma hipoacusia CO > CA - teste de Rinne negativo