Oncologia - CA de pâncreas e fígado Flashcards

1
Q

O que é a síndrome de Trousseau?

A

Tromboflebite superficial migratória

Pode ser síndrome paraneoplásica (CA de pâncreas)

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2
Q

Qual o tipo histológico mais comum de CA de pâncreas?

A

Adenocarcinoma ductal

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3
Q

Quais os fatores de risco associados ao CA de pâncreas?

A

Idade, história familiar, tabagismo

Pode ter associação com sd de Lynch II (não tem indicação de rastreio)

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4
Q

Qual a clínica do câncer de pâncreas conforme a sua localização?

A

Cabeça: icterícia (obstrução da via biliar distal por compressão extrínseca), sinal de Courvoisier (obstrui distal, vesícula fica cheia e indolor)
Corpo/Cauda: dor abdominal + perda de peso
DM súbito (tumor ocupa as células beta, que param de funcionar bem)
Sd. de Trousseau

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5
Q

Como é feito o diagnóstico de CA de pâncreas?

A

Não pode ser realizada biópsia em órgão sólido pelo risco de disseminação de células tumorais pelo peritôneo - metástase
Diagnóstico: TC de abdome com contraste
Marcador tumoral: CA 19.9 (para acompanhamento)

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6
Q

Como pode ser feito o tratamento de CA de pâncreas?

A

Cirurgia (só cura cerca de 20%) - duodenopancreatectomia (sem necessidade de neoadjuvancia)
Só pode operar se não tiver metástase à distância e sem invasão vascular (que inviabilizem o procedimento cirúrgico - tronco celíaco e artéria mesentérica superior)
* se invadir a veia mesentérica superior, a veia porta, a veia cava… ainda tem possibilidade de cura

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7
Q

Quais são os ramos do tronco celíaco?

A

Hepática comum
a. esplênica
gástrica esquerda

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8
Q

Qual a irrigação da artéria mesentérica superior?

A

Irriga quase todo o intestino

Ela é o marco anatômico da cabeça e corpo/cauda do pâncreas

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9
Q

Quais são as cirurgias realizadas para os tumores de cabeça e de corpo/cauda do pâncreas?

A

Cabeça do pâncreas (origem embrionária igual do duodeno)
Corpo/cauda (origem embrionária igual ao baço)
Eles continuam anatomicamente e cirurgicamente ligados
Cabeça: Duodenopancreatectomia (cirurgia de Whipple)
Corpo/cauda: pancreatectomia distal + esplenectomia

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10
Q

Quais os tipos de tumores hepáticos benignos?

A

Adenoma
Hemangioma
Hiperplasia nodular focal (HNF)

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11
Q

Quais os tipos de tumores hepáticos malignos?

A

Metástases

Hepatocarcinoma

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12
Q

Qual é o tumor hepático benigno mais comum? E qual o segundo mais comum benigno?

A

Hemangioma

2º: Hiperplasia nodular focal

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13
Q

Qual o tumor hepático maligno mais comum do fígado?

A

Metástases

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14
Q

Como interpretar uma TC dinâmica trifásica?

A

TC trifásica
- ver como é a captação arterial do contraste
* sem contraste: aorta vazia
sem contraste no tumor: hipocaptante (ainda não passou o contraste)
*Tumor com contraste:
- captação periférica do contraste
* fase portal: centrípeto

  • ver se tem wash out
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15
Q

O que é o wash out?

A

Tumores hipervascularizados, quanto maior o potencial maligno, tem mais capacidade de captar na fase arterial o contraste e de lavar ele na fase portal

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16
Q

Quais as principais características do hemangioma hepático? Qual a conduta?

A
Idade: mulher jovem
Associação: Kasabach-Merrit
Complicação: benigno
Fase arterial: captação arterial periférica centrípeta (primeiro na periferia, depois para o centro)
Wash out: não
Fígado: normal
Conduta: conservador
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17
Q

Quais as principais características da hiperplasia nodular focal hepática? Qual a conduta?

A
Idade: mulher jovem
Associação: -
Complicação: benigno
Fase arterial: cicatriz hipertrófica central (lesão em estrela)
Wash out: pode ter (não é comum)
Fígado: normal
Conduta: conservador
18
Q

Quais as principais características do adenoma hepático? Qual a conduta?

A

Idade: mulher adulta
Associação: uso de hormônios (ACO, anabolizantes)
Complicação: pode complicar por ruptura de algum vaso (hipervascularizado) ou pode sofrer transformação maligna
Fase arterial: hipercaptação arterial (rápida captação)
Wash out: sim
Fígado: normal
Conduta: > 5cm -> cirurgia - risco de transformação maligna
≤5cm: interromper ACO

19
Q

O que é a síndrome de Kasabach-Merrit?

A

Comum no hemangioma hepático

Tríade: coagulopatia de consumo, plaquetopenia e tumor hepático

20
Q

Como diferenciar pela TC o adenoma hepático do hepatocarcinoma?

A

Apesar de ambos terem hipercaptação arterial e wash out, mas no adenoma hepático o fígado está normal e no hepatocarcinoma com frequência o fígado pode apresentar cirrose

21
Q

Como diferenciar a captação periférica do contraste do hemangioma de uma hipercaptação arterial do adenoma que apresenta em seu centro necrose?

A

Observar a fase arterial e em seguida a portal:
No hemangioma: contraste continua sendo captado centripetamente
No adenoma: wash out

22
Q

Como diferenciar na TC metástase hepática de hepatocarcinoma?

A

Metástase não capta contraste (múltiplos nódulos hipocaptantes)
* exceção: metástases hipercaptantes
Rim, Mama, Melanoma
O que capta são tumores primários do fígados

23
Q

Qual o tratamento de metástase hepática?

A

Paliativo

*exceção: tumor colorretal (tira o tumor de cólon e retira as metástases - Metastasectomia)

24
Q

Quais as indicações de metastasectomia?

A

Somente se localizada em um ou poucos segmentos hepáticos

25
Q

Quais os fatores de risco para hepatocarcinoma?

A
Cirrose
Hepatite B (a B pode pular a fase de cirrose)
26
Q

Qual a clínica do hepatocarcinoma?

A

Dor no HCD associada a emagrecimento e hepatomegalia (cirrose geralmente tem fígado pequeno, se fígado palpável - chance de ter tumor)

27
Q

Como pode ser feito o diagnóstico de hepatocarcinoma?

A

TC dinâmica (hipercaptação arterial + wash out + cirrose)
Alfafetoproteína > 400 (não é mais necessária para fechar o dx, pois a TC melhorou, tem a possibilidade de associar RNM) - é usada tb para acompanhamento

28
Q

Como é realizado o tratamento de tumor hepático?

A

Avaliar a função hepática (CHILD)
Ressecável (child A) - hepatectomia
- não: avaliar transplante

29
Q

Como avaliar indicação de transplante hepático?

A
Critérios de Milão
Lesão única  < 5 cm
até 3 lesões < 3 cm
- sim: transplante
- não: paliação
30
Q

Como pode ser feita a paliação no CHC?

A

Sorafenib
Ablação
Quimioembolização

31
Q

Qual a tríade clássica do tumor/síndrome carcinoide?

A

Flush cutâneo + diarreia + lesão orovalvar

32
Q

O que é um tumor carcinoide?

A

Pertence ao grupo dos tumores neuroendócrinos, de histologia bem diferenciada e crescimento indolente que raramente um paciente chega a apresentar a síndrome carcinoide (presente em tumores que secretam substâncias bioativas como a serotonina)

33
Q

Como explicar a diarreia presente na síndrome carcinoide?

A

A serotonina induz a secreção e inibe a absorção intestinal, além de estimular a motilidade gastrointestinal. Em geral serão vários episódios diários de fezes aquosas, explosivas e sem sangue

34
Q

Como explicar as lesões orovalvares na síndrome carcinoide?

A

O coração direito é mais acometido, pois durante a passagem do sangue pelo pulmão há inativação das substâncias tóxicas, enquanto nos tumores pulmonares vemos predomínio das lesões valvares em coração esquerdo.

35
Q

Quando indicar a terapia neoadjuvante com QT e RT no CA de cabeça de pâncreas?

A

Tumores com contato com a veia mesentérica superior maior que 180 graus ou contato com a artéria mesentérica superior menor que 180 graus
Nessas situações, se houver resposta à neoadjuvância está indicado o tratamento cirúrgico

36
Q

Qual a classificação de Bismuth-Corlette para colangiocarcinoma hilar (Tumor de Klatskin)?

A

Tipo I - só acomete o hepático comum
Tipo II - hepático comum + a bifurcação para os hepáticos
Tipo IIIa: hepático comum + bifurcação + hepático direito
Tipo IIIb: hepático comum + bifurcação + hepático esquerdo
Tipo IV: hepático comum + bifurcação + hepáticos direito e esquerdo

37
Q

Quais os critérios de irressecabilidade no tumor de Klatskin?

A

Metástase à distância
Acometimento bilateral do ducto hepático até seus ramos secundários
Metástase intra-hepática bilobar
Envolvimento bilateral da artéria hepática
Encarceramento da veia porta
Atrofia de um lobo hepático com encarceramento bilateral da artéria hepática
Atrofia de um lobo hepático com encarceramento contralateral da veia porta ou acometimento de seus ramos biliares contralaterais

38
Q

Quais os tipos de tratamento do colangiocarcinoma conforme a classificação de Bismuth?

A

Tipo I e II: resseção em bloco dos ductos biliares extra-hepáticos + colecistectomia + linfadenectomia regional + hepaticojejunostomia em Y de roux
Tipo III e IV: idem os tipos I e II + lobectomia hepática com ressecção e reconstrução de veia porta e/ou artéria hepática

39
Q

Quais são os critérios de Barcelona para diagnóstico de CHC em cirróticos?

A

Tumores > ou igual a 2cm em 2 exames de imagem diferentes (TC, USG, RM)
OU
1 exame de imagem + AFP > 400ng/ml

40
Q

Para tratamento de metástase hepática qual a principal indicação à ressecção cirúrgica?

A

Volume do fígado residual seja > 60%