Cirurgia Pediátrica Flashcards

1
Q

Qual o período para ser realizada uma orquidopexia?

A

> 6 meses (menores tem risco cirúrgico muito elevado)
< 2 anos (limite para que complicações neoplásicas e infertilidade - mais indicado acima de 5 anos orquiectomia)
Período ideal: de 9-15 meses de idade

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2
Q

O que é criptorquidia?

A

Falha de descida do testículo para a bolsa escrotal

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3
Q

Quais os possíveis achados em um exame fisíco da queixa de um paciente com criptorquidia?

A

Palpável e retrátil: posição extraescrotal intermitente devido ao reflexo cremastérico
Ectópico: quando desce fora do canal inguinal (pode estar localizado no períneo ou na face interna da coxa)
Inguinal: descida incompleta pelo canal inguinal
Não palpável: pode estar ausente, ter localização intra-abdominal (no retroperitôneo, no trajeto dos vasos espermáticos) ou apenas um vestígio junto aos vasos gonadais (vanishing testis)

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4
Q

Qual a conduta em testículos não palpáveis ao exame físico em suspeita de criptorquidia?

A

Videolaparoscopia diagnóstica (não necessita de métodos de imagem)

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5
Q

Qual o tratamento de um testículo de localização intra-abdominal?

A

Orquipexia laparoscópica

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6
Q

Qual a conduta em caso de criptorquidia bilateral e testículos não palpáveis?

A

Solicitar cariótipo

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7
Q

Quais as anomalias congênitas lembradas pelo mnemônico VACTREL?

A
Vértebras
Anus
Coraçao
Traqueoesofágica
Renal
Limbs (membros)
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8
Q

Qual o principal tumor cervical da infância?

A

Cisto do ductotireoglosso

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9
Q

Qual a causa do cisto do ducto tireoglosso?

A

Persistência do forame cego (durante a migração da tireoide persiste esse forame cego)

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10
Q

Quais os diagnósticos diferenciais do cisto do ducto tireoglosso?

A

Higroma cístico

Cisto dermoide

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11
Q

Qual a clínica associada ao cisto do ducto tireoglosso?

A

Massa indolor, móvel à deglutição e protusão da língua

Na linha média, crescimento gradual

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12
Q

Qual a imagem mais indicada para avaliar cisto do ducto tireoglosso?

A
TC cervical com contraste
USG cervical (menos sensível)
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13
Q

Qual o tratamento do cisto do ducto tireoglosso?

A

Cirurgia de Sistrunk (resseca um pedaço da base da língua e do osso hioide)

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14
Q

Como diferenciar a onfalocele da gastroesquise?

A

Devem ser corrigidas logo após o nascimento, podem ser diagnosticadas no período pré-natal (indicação de cesárea)
Onfalocele (onfalo- umbilical/cele - “bolsa” peritôneo parietal - contém as vísceras da parede abdominal)
Malformações associadas
Gastroesquise (defeito na parede abdominal à D do umbigo, não recobertos por peritôneo parietal - eviscerado)
Mais grave pois está sem proteção, pior prognóstico
Associado à atresia intestinal

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15
Q

Qual o tratamento para onfalocele e gastroesquise?

A

Sonda nasogástrica (drenar líquido do lúmen das vísceras para elas caberem na cavidade)
Hidratação (perda de líquido pelas vísceras)
ATB - prevenir infecções
Proteger conteúdo
Cirurgia (redução, correção do defeito e fechamento)

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16
Q

Qual a epidemiologia da atresia de esôfago?

A

Herança genética

Associada à malformações (VACTREL)

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17
Q

Quais as principais características do neuroblastoma?

A
Mais comum em < 2 anos 
Massa abdominal dolorosa
80-90% apresentam calcificação 
Lesão sólida
Margens mal definidad 
Engloba os vasos sem invadir 
Metástases: osso, MO (mto comum), fígado, pulmão
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18
Q

Quais as principais caraterísticas do tumor de Wilms?

A
Idade 3-4 anos
Massa abdominal indolor
Calcificação em cerca de 10% 
Componente cístico frequente no tumor 
Margens circunscritas 
Desloca e invade os vasos 
Metástase: pulmão (muito comum), fígado e linfonodos
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19
Q

Qual a clínica do paciente com atresia de esôfago?

A

RN que apresenta sialorreia, engasgo às primeiras mamadas, distensão no estômago (se fístula traqueoesofágica presente), não progressão da SNG

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20
Q

Qual a classificação dos tipos de atresia de esôfago?

A
A (7%): somente atresia
B (2%): fístula proximal
C (86%): fístula distal
D (1%): atresia fístula proximal e distal
E (4%): Fístula em H
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21
Q

Qual a conduta imediata para o tratamento de atresia esofágica?

A

Gastrostomia de urgência

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22
Q

Qual a conduta definitiva na atresia de esôfago?

A

Anastomose primária
Se os cotos tem mais do que 2cm de distância (ou mais do que 2 corpos vertebrais) - esofagocoloplastia (o esôfago não chega um no outro)

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23
Q

Quais as semelhanças no quadro clínico de um paciente com estenose hipertrófica de piloro e atresia duodenal?

A

Em ambas o paciente chega desnutrido, desidratado e com vômitos, pois em ambas possui uma obstrução intestinal

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24
Q

Qual a faixa etária mais comum da estenose hipertrófica de piloro e atresia duodenal?

A

Estenose hipertrófica de piloro: 2ª a 8ª semana (paciente não nasce com isso, evolui com o tempo)
Atresia duodenal: congênita, sintomas desde o primeiro dia de vida

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25
Qual a diferença entre os tipos de vômitos na estenose hipertrófica de piloro e na atresia duodenal?
Estenose hipertrófica de piloro: vômitos bilioso, em jato, mais comum ter distensão Atresia duodenal: vômitos biliosos - sem distensão
26
Quais as principais alterações associadas à estenose hipertrófica de piloro e à atresia duodenal?
Estenose hipertrófica de piloro: desidratação + alcalose metabólica hipoclorêmica (paciente vômitando) Atresia duodenal: associada à outras mal formações congênitas (Sd de down)/ apresenta polidramnia no pré natal
27
Como é feito o diagnóstico de estenose hipertrófica de piloro e à atresia duodenal?
Estenose hipertrófica de piloro: Oliva palpável | Atresia duodenal: sinal da dupla bolha no RX (bolha gástrica + bolha duodenal divididas pela atresia)
28
Qual achado pode ser encontrado no USG em paciente com estenose hipertrófica de piloro?
Alongamento e espessamento do piloro
29
Qual a conduta frente ao diagnóstico de atresia duodenal?
Investigar outras malformações
30
Como é feito o tratamento frente ao diagnóstico de estenose hipertrófica de piloro?
Pilorotomia extramucosa de Fredet-Ramstedt (a submucosa e mucosa são poupadas)
31
Como é feito o tratamento da atresia duodenal?
Duodeno-duodenostomia (bypass da obstrução - evita ressecar)
32
O que é a atresia de vias biliares?
Paciente nasce bem e do nada anticorpos vão destruindo as vias biliares Vias biliares vão sendo substituídas por fibrose
33
Qual o principal diagnóstico diferencial da atresia de vias biliares?
Cisto de colédoco
34
Qual a clínica da atresia de vias biliares?
Icterícia - 2ª-3ª semana | Acolia fecal + colúria (tardios)
35
Qual o exame de imagem solicitado na suspeita de atresia das vias biliares?
USG demonstrando ausência de vias biliares e afasta outros diagnósticos
36
Como é feito o diagnóstico de atresia das vias biliares? E para que serve a biópsia?
Clínica + USG + Biópsia (avaliar o fígado do paciente, se o fígado ainda não tiver sinais de cirrose - cirurgia de Kasai, se tiver sinais de cirrose biliar secundária - transplante)
37
Qual o tratamento da atresia de vias biliares?
Cirurgia de Kasai até 8ª-10ª semana de vida | Se sinais de cirrose biliar secundária - transplante
38
Qual a principal diferença entre as hérnias diafragmática?
Hérnia de Morgagni - à direita (segmento anterolateral do diafragma) Hérnia de Bouchdalek - à esquerda (segmento posterolateral do diafragma)
39
Qual a clínica do paciente com hérnia diafragmática
Abdome escavado - intestino foi para o tórax Tórax com intestino Dispneia por hipoplasia (pulmão não se desenvolve) e compressão pulmonar Ausculta do tórax com MV diminuído e é possível ouvir peristalse
40
Qual das hérnias diafragmáticas é mais comum herniar intestino?
Hérnia de Bouchdalek, à esquerda | Pois à D tem o fígado e se for herniar na hérnia de Morgagni, hernia o fígado
41
Como é feito o diagnóstico de hérnia diafragmática?
USG pré-natal ou Rx após nascimento
42
Qual o tratamento da hérnia diafragmática?
Laparotomia oblíqua subcostal (do lado da hérnia)
43
Qual a definição de critptorquidia?
Testículo não desceu (50% direito)
44
Quando uma criptorquidia preocupa?
A partir de 9 meses
45
Quais as principais complicações associadas à criptorquidia após os 9 meses?
Risco de esterelidade | Risco de degeneração maligna (neoplásica)
46
Quais os achados da criptorquidia ao exame físico?
Palpável: retrátil, ectópico ou inguinal | Não palpável: intra-abdominal ou ausente
47
Como é feito o diagnóstico de criptorquidia?
Exame físico + laparoscopia + cariótipo
48
Como é feito o tratamento da criptorquidia com testículo palpável, retrátil?
HCG IM ou GnRH IN (acelerar a descida)
49
Qual o tratamento na criptorquidia em testículo intra-abdominal?
Orquidopexia (9-15 meses)
50
Quais são os principais diagnósticos associados à dor testicular (Escroto agudo)?
Torção testicular ou orquite
51
Quais as etiologias associadas à torção testicular e à orquite?
Torção: twist + isquemia | Orquite: infecção viral
52
Qual a clínica na torção testicular?
Dor abrupta Sinal que sugere: Phren negativo Reflexo cremastérico (ao toque retal retração testicular): negativo - pela isquemia
53
Qual a clínica na orquite?
Dor gradual Sinal que sugere: Phren positivo (melhora da dor à elevação da bolsa escrotal) - não é patognomônico Reflexo cremastérico: presente
54
Como fazer o diagnóstico diferencial entre torção e orquite testicular?
USG Doppler sem fluxo: torção USG doppler com fluxo: orquite Se não tiver doppler disponível - tratar todos como torção
55
Qual o tratamento do escroto agudo?
Realiza cirurgia, avalia o testículo: Se viável - correção da torção, orquidopexia bilateral (tempo geralmente < 6h) Se não viável - orquiectomia do lado acometido e orquidopexia contralateral Se orquite: Cultura e biópsia
56
Qual a definição de fimose?
Prepúcio sem retração manual
57
Qual a principal causa de fimose e até quando podemos esperar para realizar o tratamento cirurgico da fimose?
Idiopática | Aderências fisiológicas - até 3 anos para desfazer
58
Como é feito o diagnóstico de fimose?
Clínico + exame físico
59
Como é feito o tratamento da fimose?
Tentar inicialmente com corticoide por 6 semanas (betametasona 0,1%) - resolve 75% dos casos Postectomia (3-10 anos) - pode ser realizada logo em seguida a criança deixa as fraldas
60
Quais as indicações clássicas de postectomia?
Fimose cerrada ITU frequente Balanopostite de repetição
61
O que é a parafimose? Como tratar?
Exposição da glande em uma criança com parafimose formando um anel constrictor Redução manual imediata (gelo + analgesia ou sedação + lubrificante para redução)
62
Qual o tipo mais comum de atresia das vias biliares?
Tipo III | Obstrução do ducto comum, hepáticos, sem ductos pérvios para anastomose
63
Qual o achado macro e microscópico da atresia de vias biliares?
Macro: vesícula com muco ou totalmente atrésica Micro: proliferação de pequenos ductos, células inflamatórias e fibróticas ao redor (por biópsia)
64
Qual a clínic de atresia de vias biliares congênita?
Ictericia progressiva, acolia, colúria | Hiperbilirrubinemia direta
65
Qual o achado ultrassonográfico da atresia de vias biliares?
USG de abdome: ausência ou diminuição da vesícula/ cordão do triângulo fibroso
66
Como é o tratamento da atresia de vias biliares?
Portoenterostomia à Kasai Ideal até 2 meses Se fígado cirrótico: transplante
67
O que é a malformação adenomatosos cística?
Cistos pulmonares de diversos tamanhos de origem bronquiolar
68
Qual anomalia pode estar presente na gastrosquise?
Atresia intestinal (até 15% dos casos)
69
Qual o melhor momento para investigar obstruções decorrentes de atresia do tubo digestivo?
Entre 18-24hrs, pois nesse período o RN já eliminou boa parte do mecônio e já deglute ar, o que permite a visualização de níveis hidroaéreos
70
Quais os achados à USG em um paciente com intussuscepção intestinal?
Corte transversal: sinal do alvo (bulbo de cebola) | Corte longitudinal: sinal do pseudo-rim
71
Quais as contraindicações clássicas para o tratamento conservador (endoscópico) na invaginação (intussuscepção) intestinal?
Comprometimento hemodinâmico e/ou presença de sinais peritoneais
72
Qual a conduta imediata diante de um diagnóstico de ânus imperfurado?
Aguardar 24hrs, para durante esse tempo investigar outras mal formações: vertebrais, espinhais, em rins, sacro, coração, atresia esofagica
73
Qual a conduta posterior à avaliação geral do paciente com ânus imperfurado?
reavaliação, ivertograma (ou atualmente mais usado o USG) ânus imperfurado alto - colostomia inicialmente, seguida de anorretoplastia sagital posterior (aos 2 meses) Lesões baixas: anoplastia (sem necessidade de colostomia
74
Qual o achado na inspeção abdominal que pode sugerir enterocolite necrotizante?
Hiperemia periumbilical (sugestivo de celulite na parede abdominal)
75
Qual o tratamento inicial na enterocolite necrotizante?
Descompressão com cateter orogástrico, reanimação hidroeletrolítica, transfusão quando necessário e antibióticos de amplo espectro
76
Quais as indicações clássicas de tratamento operatório na enterocolite necrotizante?
Perfuração intestinal (absoluta) Relativas: Celulite da parede abdominal, massa abdominal palpável e alça intestinal fixa persistente radiologicamente