OSTEOMIELITE E ARTRITE SÉPTICA Flashcards
Ostemiolite
Definição
- Inflamação do osso causada por infecção.
Osteomielite
Classificação (tempo)
- Aguda: < 2 semanas;
- subaguda: 2 semanas-3 meses;
- crônica: > 3 meses
Osteomielite
Vias de contaminação
- Hematogênica (meio mais clássico)
- Contiguidade;
- Inoculação direta.
Ostemiolite subaguda
Achado na ressonância
Abscesso de brodie
Osteomielite
Fase em que geralmente ocorre sequestro ósseo
Crônica
Osteomielite
Agentes etiológicos maios comuns
- S. Aureus (mais comum);
- Kingella kingae;
- Estreptococo do grupo B
Ostemiolite
Em que local do osso longo a bactéria se instala e se prolifera?
Metáfise
Ostemiolite
Fisiopatologia (disseminação hematogênica)
Bactéria alcança a metáfise
Processo inflamatório -> pressão aumenta -> aporte sanguíneo reduz -> isquemia -> necrose tecidual
Ostemiolite: V ou F
O antibiótico chega ao abscesso intraósseo.
Falso!
- Não chegam. É necessário drenagem.
Osteomielite
Descreva o processo fisiopatológico desde o abscesso intraósseo até a fistulização
Pus invade canais de Havers e Volmann -> espaço superiosteal -> rompimento do periósteo -> drenagem para as partes moles -> formação de fístula
Osteomielite
Exemplo de infecções por via direta (3)
- Ferimentos perfurantes;
- Fraturas expostas;
- Punções ósseas.
Osteomielite
Defina a infecção por contiguidade
- Bactéria invade osso a partir de uma infecção de estruturas vizinhas (ex: celulite)
Osteomielite aguda hematogênica
Diagnóstico
- Sinais sistêmicos de infecção (febre, calafrios, prostração, mal-estar..) + dor + flogismo na região metafisária de ossos longos
Suspeita de osteomielite
Exames a serem solicitados (4)
- Hemograma;
- VHS;
- Proteína C-reativa;
- radiografia simples
Osteomielite
A febre é mais comum em ____(crianças/adultos).
- Crianças
Osteomielite
Descreve a dor típica
- Dor à palpação sobre a região metafisária de ossos longos.
Osteomielite
Exame adequado para monitorar o curso do tratamento da osteomielite
Proteína C-reativa
Osteomielite : V ou F
É fundamental coletar amostras para hemocultura.
Verdadeiro.
Osteomielite
Achados da radiografia na fase aguda (5)
- densificação de partes moles;
- osteoporose;
- áreas líticas destrutivas;
- reação periosteal;
- alargamento da fise;
- destruição no núcleo de ossificação
Osteomielite
Descreva os achados na radiografia da fase subaguda (2)
- Área lítica com margens escleróticas (abscesso brodie);
- pouca reação periosteal
Osteomielite
Descreva os achados na radiografia da fase crônica (4)
- Invólucro;
- sequestro;
- cloaca (rompimento da cortical);
- esclerose, destruição e perda óssea.
Ostemiolite
Exame com alta sensibilidade para o diagnóstico
- Cintilografia óssea
Osteomielite crônica
Bom exame para detectar sequestro ósseo
TC
Osteomielite aguda
Melhor exame diagnóstico
RM
Osteomielite
Tratamento
- Antibioticoterapia empírica;
- antibioticoterapia direcionada;
- tratamento cirúrgico
Osteomielite aguda
Tratamento imediato
- reposição volêmica com cristalóides;
- analgesia adequada;
- posicionamento confortável do membro;
- início da antibioticoterapia
Osteomielite
Antibioticoterapia empírica
- Ciprofloxacino + clindamicina.
Osteomielite
Quando o tratamento cirúrgico deve ser considerado?
Osteomielite
Conduta diante de ausência da diminuição da proteína C-reativa
- Nova drenagem e/ou troca da antibioticoterapia.
Osteomielite
Conduta diante de ausência de melhora em 48h
Drenagem cirúrgica
Artrite séptica/infecciosa
Principais causas (2)
- S. Aureus;
- N. Gonorrhoeae
Articulações passíveis de infecção
Conduta
- aspiração do líquido sinovial.
Líquido sinovial
Contagem normal de células
< 180 células
Líquido sinovial
Característica das infecções bacterianas agudas
média de 100.000/ul com >90% de neutrófilos
Artrites inflamatórias induzidas por cristais, reumatoides e não infecciosas
Contagem no líquido sinovial
< 30.000-50.000 células/ul
Artrite bacteriana aguda
Fisiopatologia
Bactéria penetram na articulação
- proliferações sinoviais -> formação de pannus sobre a cartilagem
Artrite bacteriana aguda
Via mais comum de disseminação
- Hematogênica.
Artrite bacteriana aguda
Patógeno mais comum em adultos
- S. Aureus
Artrite bacteriana aguda
Patógeno comum após implantação de próteses articulares ou realização de artroscopia
- Estafilococos coagulase-negativos.
Artrite bacteriana não gonocócica
Clínica
comprometimento de uma única articulação: joelho
Artrite bacteriana não gonocócica
Articulações mais afetadas diante de inoculação direta ou mordedura
mãos e pés
Artrite bacteriana não gonocócica
Caráter do acometimento em pacientes com artrite reumatoide
- Infecção poliarticular
Artrite bacteriana não gonocócica
Sítios mais afetados em usuários de drogas (3)
- coluna vertebral;
- articulações sacroilíacas;
- articulações esternoclaviculares
Artrite bacteriana não gonocócica
Manifestação habitual (5)
- dor moderada a intensa ao redor da articulação;
- derrame;
- espasmo muscular;
- limitação do movimento;
- febre entre 38,3-38,9
Artrite bacteriana não gonocócica
Achados laboratoriais (3)
- Leucocitose com desvio à esquerda;
- elevação VSH e PCR
Artrite bacteriana não gonocócica
Achados na radiografia
- edema dos tecidos moles;
- alargamento do espaço articular;
- deslocamento dos planos teciduais pela cápsula distendida.
Artrite bacteriana não gonocócica
Diagnóstico
- cultura do líquido sinovial
Artrite bacteriana não gonocócica
Tratamento
Atb empírica + drenagem da articulação
- ceftriaxona ou cefotaxima;
- vancomicina: diante de cocos gram-positivos
Artrite bacteriana não gonocócica
Tratamento caso S. Aureus
- cefazolina;
- oxacilina;
- nafcilina
Artrite bacteriana não gonocócica
Conduta diante de usuário de drogas + presença de P. Aeruginosa
- Aminoglicosídeo
ou
- cefalosporina 3ª geração
Artrite bacteriana não gonocócica
Conduta definitiva diante de estafilococos
- cefazolina, oxacilina, naficilina ou vancomicina por 4 semanas.
Artrite bacteriana não gonocócica
Conduta diante de estreptocócicas e pneumocócica devidas a micro-organismos sensíveis à penicilina
- Penicilina G por 2 semanas
Artrite bacteriana não gonocócica
Conduta diante de H.influenzae e cepas de streptococcus pneumoniae resistentes à penicilina
cefotaxima ou ceftriaxona por 2 semanas
Artrite bacteriana não gonocócica
Conduta diante de infecções entéricas gram-negativas
- cefalosporina de 2ª ou 3ª geração por via IV ou fluoroquinolona
Artrite gonocócica
Patógeno comum
N. Gonorrhoeae
Artrite gonocócica - infecção gonocócica disseminada
Manifestação mais comum
- Síndrome de febre, calafrios, erupção cutânea e sintomas articulares.
Infecção gonocócica disseminada
Caracterize o exame físico
- pápulas que progridem para pústulas;
- artrite e tenossinovite migratórias dos joelhos, mãos, punhos, pés e tornozelos
Artrite gonocócica verdadeira
Caracterize o acometimento articular
- única articulação acometida: joelho, quadril, tornozelo ou punho
Artrite gonocócica
Tratamento para cobertura de micro-organismos resistentes à penicilina
Ceftriaxona + ciclo de 7 dias com fluoroquinolona (caso regressão bem-definida)
Artrite gonocócica
Tratamento para micro-organismos sensíveis à penicilina
- Amoxicilina
Artrite gonocócica
Tratamento da coinfecção por clamídia
- Adição de azitromicina ao esquema
Artrite por espiroqueta - Doença de Lyme
Patógeno comum
- Borrelia burgdorferi.
Artrite por espiroqueta - Doença de Lyme
Padrão inicial de acometimento
- artralgias e mialgias intermitentes
Artrite por espiroqueta - Doença de Lyme
Diagnóstico
- Testes sorológicos para anticorpos IgG
Artrite por espiroqueta - Doença de Lyme
Tratamento
- Doxiciclina;
ou
- amoxicilina
ou
- Ceftriaxona
Artrite por espiroqueta - Doença de Lyme
Tratamento diante de refratariedade à antibioticoterapia
- anti-inflamatórios.
ou
- sinovectomia
Artrite sinifilítica
Caracteriza as manifestações na sífilis congênita precoce
- tumefação periarticular;
- articulação de clutton
Artrite sinfilitica
Características do acometimento na sífilis secundária (4)
- artrite simétrica de joelhos e tornozelos;
- sacroileíte;
- pleocitose mononuclear e neutrofílica mista do líquido sinovial;
- terapia com penicilina
Artrite micobacteriana - artrite tuberculosa
Manifestação mais comum
- Monoartrite granulomatosa crônica.
Artrite tuberculosa
Articulações mais afetadas (3)
Grandes articulações
- quadril;
- joelho;
- tornozelo
Artrite tuberculosa
Característica da aspiração da articulação afetada
Líquido com contagem celular de 20.000, com cerca de 50% de neutrófilos
Artrite tuberculosa
Tratamento
- Tratamento base da tuberculose pulmonar.
Artrite fúngica
Os fungos são causa ____ (comum/incomum) de artrite monoarticular crônica.
- Incomum.
Artrite fúngica- infecção por candida
Caracterize o acometimento
- Única articulação (joelho, quadril ou ombro)
Artrite fúngica
Característica do líquido sinovial
10.000–40.000 células/ul
Artrite fúngica
Tratamento
- drenagem + lavado da articulação + administração sistêmica de antifúngico
Artrite viral
Caracterize a artralgia após parotidite da caxumba
Poliartrite monoarticular ou migratória autolimitada
Artrite viral
Patógenos associados
- vírgulas da rubéola;
- parvovírus B19;
- Zika;
- Chikungunya;
- coriomeningite linfocítica (artrite simétrica de mãos e punhos*;
- HIV
Artrite parasitária
Caracteriza o acometimento da filária dracunculus medinensis
Lesões articulares destrutivas nas extremidades inferiores
Artrite reativa ou pós-infecciosa - poliartrite reativa
Acometimento predisponente (2)
- uretrite não gonocócica;
- infecções entéricas
Artrite reativa
Defina o acometimento articular e quadro clínico
- oligoartrite assimétrica dolorosa;
- pés, tornozelos, joelhos;
- lombalgia;
- evidência de sacroileíte
Artrite reativa
Tratamento sintomático
- AINES
Infecções em próteses
Tratamento
- cirurgia e altas doses de antibióticos parenterais