Icterícia secundária a condições não litiásicas Flashcards

1
Q

Paciente submetida à colecistectomia eletiva cursando com icterícia, colúria e acolia fecal, um mês após a cirurgia. O que pode indicar?

A
  • Coledocolitíase residual por migração de cálculo da vesícula para a via biliar (+ comum)
  • Lesão iatrogênica da via biliar.
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2
Q

Qual exame padrão-ouro para investigação de coledocolitíase?

A

Colangioressonância: sem riscos

CPRE: diagnóstico e terapêutico; invasivo –> complicações: pancreatite, sangramento, perfuração duodenal e colangite

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3
Q

Anti-mitocondria é indicativo de qual doença?

A

Cirrose biliar primária (= colangite biliar primária)

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4
Q

O que é o íleo biliar? Onde mais comum de acontecer?

A
  • É a obstrução do intestino delgado devido à presença de um ou mais cálculos biliares grandes –> eles entram no intestino por meio de uma fístula colecistoduodenal
  • Mais comum: íleo terminal (próximo à válvula ileocecal)
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5
Q

Em pacientes que possuem reconstrução em Y de Roux é possível realizar CPRE?

A

NÃO, visto que a papila duodenal é inacessível ao endoscópico da CPRE

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6
Q

Quais são os critérios de Tokyo para colecistite?

A

GRAU I (leve):
- Colecistite aguda em um paciente saudável, sem disfunção orgânica e alterações inflamatórias leves na vesícula biliar

GRAU II (moderada):
- Aumento de leucócitos (>18mil)
- Massa macia palpável no quadrante superior direito
- Duração do quadro > 72 horas
- Inflamação local marcada (colecistite gangrenosa, abscesso pericolecístico, abscesso hepático, peritonite biliar, colecistite enfisematosa)

GRAU III (grave): associada à disfunção (está indicado colecistostomia percutânea):
- Cardiovascular: hipotensão que requer tratamento com dopamina ou noradrenalina
- Neurológica: diminuição do nível de consciência
- Hematológica: plaqueta < 100 mil
- Hepática: RNI > 1,5
- Renal: oligúria ou creatinina > 2
- Respiratória: relação PaO 2 / FiO 2 <300

ICTERÍCIA NÃO É CRITÉRIO PARA DIAGNÓSTICO DE COLECISTITE AGUDA

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7
Q

Indicações de colecistectomia em pacientes com colelitíase e assintomáticos:

A
  • Anemia falciforme
  • Vesícula em porcelana
  • Cálculo > 25 mm (>2,5cm)
  • Microcálculos (pelo risco aumentado de pancreatite biliar)
  • Paciente que será submetido a transplante
  • Presença de cálculo associado à pólipo de vesícula biliar
  • História familiar de ca de vesícula
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8
Q

A artéria cística é ramo de qual artéria?

A

Artéria hepática DIREITA

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9
Q

Quais artérias irrigam o ducto colédoco e do ducto hepático comum?

A
  • Artéria cística
  • Artéria hepática direita
  • Artéria pancreaticoduodenal superior posterior e artéria gastroduodenal
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10
Q

Quais os limites do TRIÂNGULO DE CALOT?

A
  • Limite lateral: ducto cístico;
  • Limite medial: ducto hepático comum;
  • Limite cranial: borda inferior hepática (margem livre do lobo hepático direito)
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11
Q

Quais os sintomas de íleo biliar? Como se dá o diagnóstico de íleo biliar?

A

Sintomas:
- Obstrução intestinal alta
- Dor abdominal
- Distensão
- Vômitos que podem ser biliosos ou fecalóides

Diagnóstico: imagem –> Tríade de Rigler no RX:
- Sinais de obstrução intestinal alta (distensão de alças, níveis hidroaéreos, “empilhamento de moedas”);
- Pneumobilia (aerobilia= ar em vias biliares) –
- Cálculo biliar ectópico

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12
Q

Qual a duração da cólica biliar? E da colecistite?

A

Colelitiase (cólica biliar): <6 horas, após ingesta de alimentos gordurosos e melhora com uso de analgésicos

Colecistite: > 6 horas

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13
Q

O que indica o Sinal de Courvoisier-Terrier ?

A

Vesícula biliar palpável e indolor em um paciente ictérico

Sugere neoplasia periampular que cursa com obstrução da via biliar distal.

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14
Q

Qual a conduta frente a um caso de coledocolitíase associado a colecistite?

A

Retirada dos cálculos por CPRE seguida de colecistectomia na mesma internação

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15
Q

Qual mecanismo na doença de Chron faz com que pacientes portadores dessa doença estejam mais propensos a terem cálculos biliares?

A

Redução de ácidos biliares

OBS: A ressecção ileocecal, devido ao Chron, pode levar a uma diminuição da reabsorção de ácidos biliares, já que o íleo é o principal local de sua absorção. A redução na concentração de ácidos biliares na bile pode promover a precipitação de colesterol, levando à formação de cálculos de colesterol.

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16
Q

Qual o principal agente associado a colecistite enfisematosa?

A

Clostridium

17
Q

Qual a indicação de CPRE?

A

Em casos de coledocolitíase e/ou colangite aguda.

18
Q

ausência de icterícia, juntamente com a elevação das aminotransferases e da fosfatase alcalina, sugere um distúrbio no fluxo biliar, mais do que uma lesão hepática direta. Este quadro é sugestivo de colestase gestacional.

A colestase gestacional é uma condição que geralmente ocorre no segundo ou terceiro trimestre da gravidez. Caracteriza-se por prurido, frequentemente intenso e perturbador, e alterações nas enzimas hepáticas, especialmente a elevação das aminotransferases e da fosfatase alcalina, sem evidência de icterícia. A patogênese da colestase gestacional não é completamente compreendida, mas acredita-se que esteja relacionada a fatores hormonais e genéticos que afetam o fluxo biliar.

Os critérios diagnósticos para colestase gestacional incluem o início do prurido no segundo ou terceiro trimestre da gravidez, ausência de outra doença hepática e normalização das alterações hepáticas após o parto. O diagnóstico é essencialmente clínico, apoiado por exames laboratoriais que mostram elevação das enzimas hepáticas.

os sintomas e as alterações bioquímicas se resolvam completamente após o parto

A
19
Q

O que é a síndrome de Mirizzi?

A

Obstrução do ducto hepático comum causada por compressão extrínseca de um cálculo impactado no ducto cístico ou no infundíbulo da vesícula biliar.

Clínica:
Icterícia, febre e dor abdominal no hipocôndrio

TTO:
Colecistecomia

20
Q

O que é a colangite biliar primária?

A

= Cirrose biliar primária

Comum em mulheres de meia idade

Anticorpos antimitocôndria

Doença crônica e progressiva que afeta as vias biliares intra-hepáticas

Tem-se destruição dos ductos biliares, levando a um quadro de colestase, prurido, fadiga, icterícia e dor abdominal.

21
Q

Quando é indicado ATB?

A

Em casos de colangite aguda com:
- Febre, leucocitose, aumento do PCR –> nesses casos também deve haver drenagem da via biliar (por CPRE)

OBS: Colecistite e colelitiase NÃO tem indicação de ARB

22
Q

O que é a técnica de Torek?

A

É uma colecistectomia parcial

Vesícula seccionada transversalmente e a mucosa remanescente fica aderida ao leito hepático é cauterizada

Indicação: presença de intenso processo inflamatório que dificulta a identificação segura d via biliar

23
Q

Até quanto tempo após uma colecistectomia pode haver um quadro de coledocolitíase secundária?

A

No máximo até dois anos da cirurgia.

24
Q

O que é a Tríade de Charcot ?

A

Dor abdominal
Febre
Icterícia

Presente em colangite aguda NÃO supurativa

25
Q

O que é a Pentade de Reynolds?

A

Dor abdominal
Febre
Icterícia
Alteração do nível de consciência
Hipotensão

Presente em colangite aguda supurativa