Hepato-bilio Flashcards
Fatores predisponente de colecistolitiase:
4Fs
1. Mulher (female)
2. 40 anos (forty)
3. Obesas (fat)
4. Idade fértil (fertile) -> multipara e gestante
Tipos de cálculo biliar?
- Puro (colesterol)
- Mistos
- Puros - pigmentares (rádio-opacos)
Maioria com colesterol em sua composição
Colesterol precipita e forma cálculos
Melhor exame para investigar colelitiase ?
USG
Como o ducto colédoco se forma?
Ducto cístico + ducto hepático comum (ducto hepático D + E)
O ducto colédoco e o ducto pancreático se encontram na …
Ampola (com esfíncter que controla a saída da bile para o duodeno)
Termos:
- Colecistolitíase =
- Colelitíase =
Colecistolitíase = cálculo na vesícula biliar
Colelitíase = presença de cálculo na via biliar
O mais comum é cálculo na vesícula, por isso em muitos casos acabamos falando colelitíase como sinônimo de cálculo na vesícula, mais o mais correto é falar Colecistolitíase
Termos
1. Colecistopatia
2. Colecistite
Colecistopatia = patologia da vesícula biliar
Colescistite = obstrução e inflamação da vesícula
Termos:
1. Coledocolitíase
2. Colangite
Coledocolitiase = cálculo está no colédoco
Colangite = condição que cursa com obstrução das vias biliares e infecção
Doença das vias biliares
Tríade de Charcot:
- Febre com calafrios
- Icterícia
- Dor abdominal
Tríade colangite
Composição trígono de Calot:
- Leito hepatico
- Ducto cístico
- Ducto hepático comum
Hipertensão portal
Gradiente de pressão normal do sistema porta:
< 5mmHg
Gradiente de pressão do sistema porta considerado risco para varizes de esôfago:
- Com varizes, mas sem sangramento: 10-12mmHg
- Com varizes + sangramento: > 12 mmHg
A partir de 5 mmHg: HIPERTENSÃO PORTAL
Causas de hipertensão portal pré hepática?
- Trombose da veia porta
- Trombose da veia esplênica
Temos obstrução da veia porta antes dela entrar no fígado
Causas hepáticas de de hipertensão portal?
- Esquistossomose (pré sinusoidal)
- Cirrose (pós sinusoidal)
Causas de hipertensão portal pós hepática?
- Síndrome de Budd Chiari
- Insuficiência cardíaca
Quando consideramos recidiva do sangramento de uma varizes esofágicas?
Episódio de HDA até 30 dias do primeiro episódio
A profilaxia secundária de sangramento por varizes de esôfago é feita com qual medicamento?
Beta-bloqueador (ex: propanolol): manter FC entre 60bpm
Medidas emergenciais tomadas se recidiva de sangramento de uma varizes de esôfago:
Balão esofágico: compressão das veias
- Deve ficar por máximo 24h
- Apenas feito para tirar paciente da urgência/emergência
Se > 24h –> risco de isquemia
Quais são os dois tipos de cirurgia no tratamento de HDA por varizes esofágicas?
- Derivativas: tiramos o fluxo do sistema porta para o sistema cava
- Desconectivas: interrupção do fluxo para as varizes
Varizes esôfago
Vantagens e desvantagens de uma cirurgia derivativa:
- Vantagem: menor risco de recidiva e menor risco de trombose da veia porta (em comparação as cirurgias desconectivas)
- Desvantagem: risco de encefalopatia
Varizes esôfago
Vantagens e desvantagens de uma cirurgia desconectiva:
- Vantagem: não temos risco de encefalopatia
- Desvantagem: maior risco de recidiva, não indicado em pacientes com hipertensão porta e maior risco de trombose da veia porta
Tratamento cirúrgico das varizes esofágicas secundárias a cirrose (3):
Quando indcar cada um deles
- TIPS (derivativo): feito na emergência em paciente com perspectiva de transplante hepático
- Derivação porto cava (derivativo): feito na emergência em paciente sem perspectiva de transplante hepático
- Warren (derivativa - rouba menos fluxo): em pacientes cmo cirrose fora da emergência
TIPS: como se fosse porto cava minimamente invasivo
Anastomose porto-cava: melhores resultado a longo prazo, quando comparado com a tips
Warren: demora 48h para exercer seu efeito. É uma derivação esplenorrenal distal
Tratamento cirúrgico das varizes de esôfago secundária a esquistossomose (2)?
Diferenças entre elas (TVP e encefalopatias)
- DAPE (desvascularização esofagogástrica associada à esplenectomia): maior risco de gerar trombose da veia porta e menos risco de encefalatopatia
- Warren (derivativa): menos risco de gerar trombose e maior risco de encefalopatia
Maioria dos pacientes com HDA secundária a varizes esofágica … (necessita/não necessita) de tratamento cirurgico
não necessita
Etiologias mais comuns da cirrose (3):
- Álcool
- Viral (vírus B e C)
- NASH (doença gordurosa não alcóolica)
Outras causas:
- Induzida por fármacos (ex: metotrexate, isoniazida, metildopa…)
- Autoimune
- Metabólicas (ex: doença de Wilson)
- Biliares
- Budd-chiari
Clínica cirrose hepática:
- Assintomático (40% - principalmente em fases iniciais)
- Sintomáticos: varizes esôfago, varizes gástricas, HDA, ascite (hipoalbunemia), equimoses, edema mmii, prurido, icterícia, osteoporose, astenia, anorexia…
Quadro descompensado: ascite, peritonite bacteriana espontânea, encefalopatia hepática
Diagnóstico cirrose?
- Alterações persistentes da função hepática
- Biópsia hepática
- Clínica
Na cirrose hepática temos a elevação de bilirrubina direta ou indireta ou ambas?
Ambas: problema na excreção e na conjugação da bilirrubina
A primeira que sofre alterações: bilirrubina direta (conjugada)
Como ocorre a excreção do cobre no organismo?
Através da bile
O que é a doença de Wilson?
- Doença autossômica recessiva - mutação gene ATP7B
- Falha da excreção de cobre na bile, gerando acúmulo do metal no interior do hepatócito e falha na sua incorporação à ceruloplasmina (proteína que faz com que cobre seja acrescido à bile)
Enzima hepática mais relacionada com a cirrose?
AST ou ALT
AST
“Sirrose”
Enzima hepática mais relacionada com a cirrose?
AST ou ALT
AST
AST: “Sirrose”
Qual marcador tumoral que deve ser pesquisado em paciente com cirrose?
Alfa fetoproteína: é o marcador tumoral de hepatocarcinoma (complicação de cirrose hepática)
Insuficiência hepática
Porque temos plaquetopenia em pacientes com cirrose?
- Diminuição da síntese de trombopoetinas: menor estímulo à síntese de plaquetas
- Destruição pelo baço aumentada
Hemorragia por varizes de esôfago
Fatores de risco para sangramento (HDA):
- Calibre das varizes
- Presença de manchas vermelhas (=red signs)
- Grau de disfunção hepática (Child-Pugh): classificação C
Se tem 2 ou + fatores: indicar profilaxia primária ou secundária
O que é avaliado no Child-Pugh?
Avaliação da função hepática
Critérios analisados no Child-Pugh:
- Bilirrubina
- Albumina
- Tempo de protrombina
- Ascite
- Encefalopatia
Pontuação na escala de Chil-Pugh:
Child A = 5-6 pontos
Child B = 7-9 pontos
Child C = 10-15 pontos
Quais enzimas hepáticas se elevam em caso de icterícia colestática?
Gama-GT e Fosfatase Alcalina
São enzimas canaliculares
Classificação de Bismuth:
Tipo I: tumores mais de 2cm da confluência dos ductos hepáticos
Tipo II: tumores menos de 2cm da confluência dos ductos hepáticos
Tipo IIIa: tumores que envolvem ducto hepático comum + ducto hepático da D
Tipo IIIB: tumores que envolvem ducto hepático comum + ducto hepático da E
Tipo IV: tumores que envolvem a confluência e se estendem para o ducto hepático direito e esquerdo
A classificação de Bismuth-Corlett foi elaborada para diferenciar anatomicamente a localização dos tumores extra-hepáticos
Tumor da via biliar mais comum de todos? Tipo histológico mais frequente?
- Câncer de vesícula biliar
- Adenocarcinoma
Fatores de risco Ca de vesícula biliar?
- Cálculo biliar acima de 3cm
- Vesicula biliar em porcelana (processo inflamatório crônico - causa calcificações)
- Junção anômala da vesícula biliar
- Cisto de colédoco
- Pólipo de vias biliares
Melhor exame de imagem no diagnóstico de Ca de vesícula biliar?
Ressonância magnética
Valor de GASA (gradiente soro ascítico) que determina que uma ascite é causada por hipertensão portal:
GASA > 1,1
Causas de trombose da veia esplênica:
- Ca de cauda e corpo de pâncreas
- Pancreatite crônica
Doença das vias biliares
Complicação de uma CPRE:
- Sangramento
- Pancreatite
- Perfuração duodeno (janela posterior)
Doença das vias biliares
Pêntade de Reynolds:
- Icterícia
- Febre com calfrio
- Dor abdominal
- Alteração do nível de consciência
- Hipotensão
Tríade de charcot + hipotensão + alteração do nível de consciência
Doença das vias biliares
Quais estruturas compõem o trígono de Calot? Qual a importância da identificação desse espaço anotômico em uma colecistectomia?
- Leito hepático, ducto cístico e ducto hepático comum
- Espaço por onde passa a artéria cística (responsável pela irrigação da vesícula): deve ser ligada na cirurgia
Doença das vias biliares
Tipos de cálculos ? (3)
doença calculosa biliar
- Amarelo (colesterol): mais comum
- Preto (bilirrubinato de cálcio)
- Castanho (bilirrubinato de cálcio)
1 e 2 se formam na vesícula biliar; 3 se forma no colédoco
Doeça das vias biliares
Fatores de risco para a formação de cálculos amarelos?
- Sexo feminino
- Idade avançada
- Obesidade
- Emagrecimento rápido
- Doenças ileais (Crohn, ressecção)
Doença das vias biliares
Os cálculos que se formam no colédoco são os do tipo … (preto/castanho/amarelo)
castanho
Doença das vias biliares
Clínica da colelitíase:
- Assintomático (85%)
- Cólica biliar (15%): “dor que vai melhorando” (< 6 horas geralmente)
Doança das vias biliares
Exame padrão ouro na colelitíase?
USG
Achados: vesícula (com líquido hipoecoico) + imagem hiperecoicas associado com sombra acústica (cálculo)
Doença das vias biliares
Indicações de cirurgia em pacientes com colelitíase?
- Sintomáticos
- Complicações prévias (pancreatite, colecistite…)
- Risco de câncer*
- cirurgia bariátria e transplante cardíaco (indicações relativa)
Risco de câncer:
* Se > 3cm (> 2,5)
* Pólipo de risco (> 1cm, > 60 anos, pólipo + cálculo)
* Vesícula em porcelana (calcificação da parede da vasícula)
* Anomalia congênita (ex: veíscula duplicada)
* Anemia hemolítica: estimula formação de cálculo preto
* Risco elevado de pancreatite aguda (microcálculos)
Doença das vias biliares
A formação de cálculo … (preto/castanho/amarelo) se correlaciona com anemia hemolítica
preto
Doença das vias biliares
Clínica da colecistite aguda?
- Dor que não melhora
- Sinal de Murphy
- Febre
Doença das vias biliares
Diangóstico colecistite aguda:
Exame mais utilizado na prática e Exame padrão ouro
Mais usado? USG (vemos parede espessada > 3mm)
Padrão ouro? Cintilografia biliar (ausência de contraste na via biliar)
Doença das vias biliares
Tratamento colecistite? (2)
- Padrão ouro: Colecistectomia VLP
- Se paciente não tolera a cirurgia: Colecistostomia percutânea
Doença das via biliares
No tratamento da colecistite aguda, o ideal é realizar a colecistectomia VLP em até …, esse procedimento é seguro até …
- 72 horas
- 7 dias
Doença das vias biliares:
Classificação de Tokyo colecistite aguda:
Grau I (leve): ausência de critérios para moderada e grave
Grau II (moderada): sem disfunção orgânica + algum dos achados (leucocitose > 18000, massa palpável e dolorosa QSD, evolução com mais de 72h)
Grau III (grave): com disfunção orgânica
Doença das vias biliares
Colecistite aguda alitiásica: qual o perfil de paciente?
Geralmente ocorre em pacientes graves, jejum, NPT
Se eu não me alimento, não estimulo a contração da vesícula, ocorre como se fosse uma obstrução funcional —> favorece distensão e inflamação
Doença das vias biliares
Síndrome de Mirizzi:
É a compressão do ducto hepático comum por um cálculo impactado no infundíbulo ou ducto cístico (compressão extrínseca)
Doença das vias biliares
Síndrome de Mirizzi: clínica e diagnóstico
Clínica: colecistite + icterícia
Diagnóstico: Intraoperatório ou CPRE
Doença das via biliares
Classificação de Csendes:
Síndrome de Mirizzi
Tipo I: sem fístula
Tipo II: fístula que pega até 1/3 do diâmetro do ducto hepático comum
Tipo III: fístula que pega até 2/3 do diâmetro do ducto hepático comum
Tipo IV: fístula pega toda a circunferência
Doença das vias biliares
Clínica coledocolitíase:
- Assintomático
- Icterícia flutante
Doença das vias biliares
A icterícia é característica da … (colelitíase / colecistite aguda / coledocolitíase)
coledocolitíase
Geralmente é icterícia flutuante
Doença das vias biliares
Diagnóstico coledocolitíase: (3)
melhores exames para confirmar diagnóstico
Colangio RM: fazemos na suspeita de coledocolitíase, faz diagnóstico mas não trata
CPRE: fazemos na certeza coledocolitíase (por ser muito invasivo)
Colangiografia intra operatória: na suspeita durante a cirurgia de colelitíase
Doença das vias biliares
Tratamento coledocolitíase (3):
Descoberta antes da CVL: CPRE
Descoberta durante a CVL: exploração da via biliar
Intra-hepático ou coledocolitíase primária: anastomose biliodigestiva
Coledocolitíase: sempre tratar, mesmo se assintomático, por conta do risco de colangite
Doença das vias biliares
Tratamento da colangite aguda: não grave e grave
Não grave: ATB + drenagem eletiva das vias biliares
Grave: ATB + drenagem imediata das vias biliares