FRATURA DOS CÔNDILOS LATERAL E MEDIAL NA CRIANÇA Flashcards
Fratura dos côndilos
- Qual a ordem de surgimento dos núcleos de ossificação do cotovelo?
- 1° - 2 anos → Capítulo (côndilo lateral)
- 2° - 4 anos → Cabeça do rádio
- 3° - 6 anos → Epicôndilo medial
- 4° - 8 anos → Tróclea (côndilo medial)
- 5° - 10 anos → Olécrano
- 6° - 10 anos → Epicôndilo lateral
Região lateral surge primeiro
Região medial e olécrano surgem em seguida
BIZU: CRMTROLA 2-4-6-8-10-10
Fratura dos côndilos
- Qual a ordem de fechamento dos núcleos de ossificação do cotovelo?
- 1° - 15 anos → Olécrano
- 2° - 16 anos → RAdio
- 3° - 17 anos → Lateral + côndilos (capítulo + tróclea)
- 4° - 18 anos → Medial (epicôndilo)
BIZU → ORAL Medial 15-16-17-18
Fratura dos côndilos
-
V ou F:
- As fraturas do côndilo lateral são as mais comuns e as que acometem pacientes mais jovens.
- Verdadeiro
Fratura dos côndilos
- Qual o último núcleo de ossificação do cotovelo a se fundir?
- Epicôndilo medial (de 14 a 17 anos)
Fratura dos côndilos
-
V ou F:
- A tróclea (côndilo medial) e o olécrano possuem centro de ossificação multicêntrico.
- Verdadeiro
É importante saber para não confundir com fraturas. Daí a importância de solicitar RX contralateral
Fratura dos côndilos
- Epidemiologia:
-
86% das fraturas do cotovelo são no úmero distal
- 1° Supracondiliana - 55% a 75%
- 2° Côndilo lateral + cabeça do rádio
- 4° Epicôndilo medial
Fraturas dos côndilo lateral
- Epidemiologia:
- 2° fratura mais comum do úmero distal
- Pico de 4 a 6 anos (pacientes mais jovens)
- Fratura isolada
Fraturas dos côndilo lateral
- Qual o padrão das fraturas com mecanismo de trauma “PULL ON”?
- Ocorre o impacto da cabeça do rádio com o côndilo lateral → fratura cisalhante → atravessa o núcleo de ossificação do capítulo
- Trauma direto com o cotovelo em flexão ao solo
- Menos comum
Fraturas dos côndilo lateral
- Qual o padrão das fraturas com mecanismo de trauma “PULL OFF”?
Mecanismo de trauma mais comum
- Ocorre avulsão do côndilo lateral provocada pela musculatura extensora que se insere no fragmento
- Não atravessa o núcleo de ossificação do capítulo
- Carga axial (extensão do cotovelo)
- Varo (adução)
- Supinação
Fraturas dos côndilo lateral
- Mecanismo de trauma PULL OFF - quais as estruturas responsáveis pela avulsão do fragmento (2 músculos e 1 ligamento)?
- Extensor radial curto do carpo (ERCC)
- Extensor radial longo do carpo (ERLC)
- Ligamento colateral lateral (LCL)
Fraturas dos côndilo lateral
- Quais as principais classificações (4)?
- Milch
- Jakob - Weiss
- Song
- AO
Fraturas dos côndilo lateral
- Como é dividida a classificação de Milch (2)?
-
Tipo I → a linha de fratura cursa lateralmente à tróclea e pelo sulco capítulo-troclear
-
Passa pelo centro de ossificação do capítulo
- Correspondente a SH IV
- Pouco comum
-
Passa pelo centro de ossificação do capítulo
-
Tipo II → a linha de fratura estende-se até o ápice da tróclea
-
Passa entre o centro de ossificação do capítulo e da tróclea
- Correspondente a SH II
- Mais frequente (95%)
-
Passa entre o centro de ossificação do capítulo e da tróclea
Bizu: Milch II → mais interno na articulação
Fraturas dos côndilo lateral
- Características da classificação de Milch tipo I (Salter Harris IV):
- Estável
- Incomum (5%)
Fraturas dos côndilo lateral
- Características da classificação Milch tipo II (Salter Harris II):
- Instável (por conta da avulsão)
- Comum (95%)
Fraturas dos côndilo lateral
- Como é dividida a classificação de Jakob - Weiss (3)?
Baseada em estágios
É importante porque dita o tratamento
- Tipo I → sem desvio (abertura < 2 mm)
- Tipo II → desviada e não rodada // anel cartilaginoso intacto
- Tipo III → desviada e rodada (abertura > 4 mm) // anel cartilaginoso rompido
Fraturas dos côndilo lateral
- Como é dividida a classificação de Song (5 estágios):
Se baseia na estabilidade das fraturas
- Estágio 1 → estável // < 2 mm de desvio, com linha de fratura limitada na metáfise
- Estágio 2 → risco indeterminado de desvio // < 2 mm de desvio
- Estágio 3 → instável // < 2 mm de desvio, com linha de fratura de lateral para medial
- Estágio 4 → instável // > 2 mm de desvio, sem rotação do fragmento
- Estágio 5 → instável // > 2 mm de desvio, com rotação do fragmento
Fraturas dos côndilo lateral
- Incidências radiográficas:
- AP
- Perfil
-
Oblíqua
- Avalia melhor o afastamento de fraturas na região posterolateral
Fraturas dos côndilo lateral
- Tratamento:
Baseado na classificação de Jakob - Weiss
-
Jakob - Weiss Tipo I (sem desvio)
- Conservador → gesso axilopalmar
-
Jakob - Weiss Tipo II (desviada e não rodada)
- Cirúrgico → tentativa de redução fechada e fixação percutânea
-
Jakob - Weiss Tipo III (desviada e rodada)
- Cirúrgico → RAFI
Fraturas dos côndilo lateral
- No caso de fraturas Jakob II, como realizar a redução incruenta?
- Extensão do cotovelo
- Supinação
- Varo
- Extensão do punho
Após a redução é necessário a realização de artrografia para controle
Fraturas dos côndilo lateral
- Qual cuidado deve-se ter na RAFI e qual a principal complicação?
- Deve-se ter cuidado na dissecção posterior, haja vista que a vascularização do côndilo medial (tróclea) vem da região posterior
- A principal complicação é a osteonecrose
Fraturas dos côndilo lateral
- Quais as complicações do tratamento?
- Osteonecrose do tipo A → rabo de peixe
-
Deformidades angulares
- Varo (mais comum)
- Pseudovaro
- Valgo
- Valgo progressivo
Fraturas dos côndilo lateral
- Complicações - quais os principais tipos de osteonecrose (2) e suas características?
-
Tipo A (“rabo de peixe”)
- Acomete a parte mais medial do núcleo de ossificação - tróclea incompleta
- Mais comum
- Menor dano vascular
- Ponta afiada
-
Tipo B
- Acomete todo o núcleo de ossificação da tróclea
- Menos comum
- Maior dano vascular
- Ponta curva
- Deformidade importante em varo
Fraturas dos côndilo lateral
- Complicações do tratamento - quais os principais tipos de deformidade angular (4)?
-
Varo
- Mais comum
- Consequência da consolidação viciosa + alteração do crescimento
-
Valgo
- Menos comum
- Consequência da consolidação viciosa + alteração do crescimento
-
Valgo progressivo
- Relacionada a fratura do côndilo lateral sem consolidação (pseudoartrose) e pode evoluir com lesão tardia do n. ulnar
-
Pseudovaro
- Formação de osteófito lateral
Fraturas dos côndilo lateral
- Qual a complicação mais comum?
-
Varo
- Consequência da consolidação viciosa (falha de redução) + alteração do crescimento
Fraturas dos côndilo medial
- Epidemiologia:
- Rara
- Acometem pacientes mais velhos (8-14 anos)
- Corresponde a 1% das fraturas do cotovelo
Fraturas dos côndilo medial
- Mecanismo de trauma:
- Oposto ao mecanismo das fraturas do côndilo lateral
- Carga axial (extensão do cotovelo)
- Valgo (nas de côndilo lateral é varo)
- Os flexores fazem a avulsão do côndilo medial
Mecanismo igual ao das fraturas do rádio proximal, epicôndilo medial e luxação do cotovelo
Fraturas dos côndilo medial
- Quais as principais classificações (2)?
- Milch
- Kilfoyle
Fraturas dos côndilo medial
- Como é dividida a classificação de Milch (2)?
-
Tipo I → a linha de fratura passa pelo ápice da tróclea
- Correspondente a SH II
-
Tipo II → a linha de fratura passa pelo sulco capitulo-troclear
- Correspondente a SH IV
Bizu: Milch II → mais interno na articulação
Fraturas dos côndilo medial
- Como é dividida a classificação de Kilfoyle (3)?
- Tipo I → incompleta
- Tipo II → completa sem desvio
- Tipo III → completa com desvio
Fraturas dos côndilo medial
- Tratamento:
Baseado na classificação de Milch e de Kilfoyle
-
Milch Tipo I e II
- Conservador → gesso axilopalmar
-
Kilfoyle Tipo III
- Cirúrgico
Fraturas dos côndilo medial
- Quais as complicações do tratamento (2)?
- Osteonecrose do tipo B (mais grave)
-
Deformidades angulares
- Cúbito varo (mais comum)
Fraturas dos côndilo medial
- Complicações de tratamento - qual o tipo de osteonecrose mais apresentando?
-
Tipo B
- Acomete todo o núcleo de ossificação da tróclea
- Menos comum
- Maior dano vascular
- Ponta curva
- Deformidade importante