FRATURA DIAFISÁRIA DO FÊMUR NA CRIANÇA Flashcards
Fraturas diafisárias do fêmur em crianças
- Epidemiologia:
- Distribuição bimodal → 2 a 3 anos (quedas simples) e início adolescência (alta energia)
- 1,6% das fraturas na infância
- Maus tratos (< 12 meses)
- Meninos > Meninas (2,6 : 1)
- 35 a 40% apresentam lesões associadas
Fraturas diafisárias do fêmur em crianças
- Qual a tríade de Waddell?
- Fratura de fêmur
- TCE
- Lesões no tronco
Fraturas diafisárias do fêmur em crianças
- Quando começa o desenvolvimento embriológico do fêmur?
- Por volta da 4° semana de gestação → início de condensação de tecido mesenquimal
Fraturas diafisárias do fêmur em crianças
- Quando se dá a formação do fêmur?
- Por volta da 8° semana de gestação → por ossificação endocondral
Fraturas diafisárias do fêmur em crianças
- Como se dá a vascularização do fêmur (2)?
- Endosteal e periosteal (rápida recuperação)
Fraturas diafisárias do fêmur em crianças
- A escolha do tratamento depende de quais fatores? (6)
- Idade (principal)
- Traço de fratura
- Localização da fratura
- Tamanho da criança
- Peso
- Maturidade esquelética
Fraturas diafisárias do fêmur em crianças
- Qual o tratamento e os desvios aceitáveis para pacientes abaixo de 2 anos?
- Conservador
-
Abaixo de 6 meses
-
Suspensório de Pavlik para encurtamento < 1,0 cm
- Cuidados com hiperflexão do quadril → irritação do n. femoral
- Consolidação em 5 semanas
- Fratura típica → espiral proximal / flexão do fragmento proximal
- Desvios aceitáveis → 30° varo/valgo (coronal) // 30° ant./post. (sagital) // encurtamento de 15 mm
-
Suspensório de Pavlik para encurtamento < 1,0 cm
-
Acima de 6 meses
- GPP
Fraturas diafisárias do fêmur em crianças
- Qual o tratamento e os desvios aceitáveis para pacientes de 2 a 5 anos?
- Fraturas estáveis (encurtamento < 2 cm ou angulação < 30°) → gesso pelvicopodálico
- Fraturas instáveis (encurtamento > 2 cm ou angulação > 30°) → tração cutânea de 3 a 10 dias + gesso pelvipodálico posteriormente
- Se baixa energia e estável → gesso deambulador
- Fixador externo e HIM flexíveis são opções
- Desvios aceitáveis: 15° varo/valgo (coronal) // 20° ant./post. (sagital) // encurtamento de 20 mm
Fraturas diafisárias do fêmur em crianças
- Qual o tratamento e os desvios aceitáveis para pacientes de 6 a 11 anos?
- Opções variadas de tratamento
- HIM flexível é o tratamento cirúrgico predominante → < 50 kg (padrão ouro)
- Fraturas estáveis, com mínimo desvio → gesso pelvipodálico
- Fraturas instáveis → tração + gesso ou fixação interna
- Opções de fixação → placa ponte ou fixação externa
- Desvios aceitáveis: 10° varo/valgo (coronal) // 15° ant./post. (sagital) // encurtamento de 15 mm
Fraturas diafisárias do fêmur em crianças
- Qual o tratamento e os desvios aceitáveis para pacientes acima de 12 anos?
- Tratamento cirúrgico
- HIM bloqueada é o padrão ouro
- Desvios aceitáveis→ 5° varo/valgo (coronal) // 10° ant./post. (sagital) // encurtamento de 10 mm
Fraturas diafisárias do fêmur em crianças
- Como é realizada a técnica de imobilização com gesso pelvipodálico?
- Quadril em flexão de 60° a 90° e abdução de 30°
- Joelho em flexão de 90°
- Encurtamento → único fator de risco independente associado a perda de redução
- Quanto mais proximal a fratura, mais fletido o quadril deverá estar no gesso
- Tempo de imobilização → 4 a 8 sem dependendo da idade
Fraturas diafisárias do fêmur em crianças
- Quais os desvios aceitáveis de acordo com a idade?
Fraturas diafisárias do fêmur em crianças
- No tratamento, qual a relação da HIM flexível com o diâmetro do canal medular no istmo?
- 1 Haste = 40% do diâmetro do canal
- 2 Hastes = 80% do diâmetro do canal
Fraturas diafisárias do fêmur em crianças
- O que consiste o “efeito mola” no tratamento com HIM flexível?
-
É a divergência das hastes na região do ístmo
- Promove resistência a flexão
Fraturas diafisárias do fêmur em crianças
- O que promove a estabilidade rotacional no tratamento com HIM flexível?
-
A divergência metafisária
- Tanto no plano coronal, quanto no plano sagital
- Uma haste apontada para o colo e outra para o trocanter maior
Fraturas diafisárias do fêmur em crianças
- No tratamento, qual deve ser o ponto de entrada da HIM bloqueada?
-
Trocanter maior
- Deve-se evitar a entrada pelo piriforme → risco de osteonecrose da cabeça femoral
Fraturas diafisárias do fêmur em crianças
- No tratamento, qual o período para retirada da HIM flexível?
- De 6 a 12 meses
Fraturas diafisárias do fêmur em crianças
- Qual o tipo de fratura mais comum na diáfise femoral?
-
Transversa e fechada
- Mais de 50% dos casos
Fraturas diafisárias do fêmur em crianças
- Quais as principais complicações (4)?
-
Discrepância de comprimento → mais comum
-
Encurtamento → acomete crianças > 10 anos
- Manejo inadequado, consolidação viciosa, não união
-
Supercrescimento → acomete crianças de 2 a 10 anos
- Maiores graus de traumatismo, cominuição, fraturas oblíquas longas
-
Encurtamento → acomete crianças > 10 anos
-
Osteonecrose da cabeça femoral (menos comum)
- HIM anterógrada
- Deformidade angular/rotatória
- Infecção (raro)
Fraturas diafisárias do fêmur em crianças
- Qual a complicação mais comum?
-
Discrepância de comprimento
- Pode decorrer tanto de supercrescimento quanto de encurtamento