DTA Flashcards

1
Q

Os vômitos presentes nas intoxicações possivelmente estão associados a uma ação das toxinas sobre o sistema nervoso central.

A

“Intoxicações – são provocadas pela ingestão de toxinas formadas em decorrência da intensa proliferação do micro-organismo patogênico no alimento (diferente da toxinfecção, o microrganismo produz essa toxina ainda no alimento). Os mecanismos de ação dessas toxinas em humanos não estão bem esclarecidos. Observações em animais sugerem alterações na permeabilidade vascular e inibição da absorção de água e sódio levando às diarreias. Os vômitos possivelmente estão associados a uma ação das toxinas sobre o sistema nervoso central. Exemplos clássicos deste processo são as intoxicações causadas por Staphylococcus aureus, Bacillus cereus (cepa emética) e Clostridium botulinum”.

A resposta correta é:
CERTO

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2
Q

De forma geral, quatro principais filos colonizam o trato gastrointestinal humano e representam 98% da microbiota intestinal: Bacteroidetes, Firmicutes, Proteobacteria e Actinobacteria.

A

Sua resposta está correta.
R: Certo

“Nos adultos, a flora entérica é regular ao longo do tempo quando a dieta e o ambiente se mantêm relativamente constantes. Existem aproximadamente 1.800 gêneros, compostos por aproximadamente 16.000 espécies na microbiota do intestino humano. Cerca de 80% da microbiota é específica de cada indivíduo. De forma geral, quatro principais filos colonizam o trato gastrointestinal humano e representam 98% da microbiota intestinal: Bacteroidetes, Firmicutes, Proteobacteria e Actinobacteria. O gênero dominante é o Bacteroides (1011UFC/g), o qual inclui bactérias Gramnegativas, estritamente anaeróbias. A microflora intestinal também contém bastonetes Gram-positivos, não formadores de endósporos, estritamente anaeróbios. Existem muitos outros gêneros de organismos presentes, incluindo Bifidobacterium, Lactobacillus e Clostridium. Cocos Gram-positivos são importantes no trato intestinal do ponto de vista numérico e incluem Peptostreptococcus e Enterococcus. Os bastonetes Gram-negativos e facultativos, tais como Proteus, Klebsiella e E. coli, se apresentam em quantidades muito menores que Bacteroides”.

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3
Q

Com relação às toxinas, sabe-se que algumas são termolábeis (lábil = instável; inativadas pelo calor), como a toxina do botulismo e outras são termoestáveis (não são inativadas pelo calor), como as toxinas produzidas pelo Staphylococcus aureus e o Bacillus cereus.

A

“Algumas bactérias possuem características diferenciais, como o Clostridium perfringens, que desenvolve formas esporuladas que são resistentes a altas temperaturas, mas inativadas pelo frio. Com relação às toxinas, sabe-se que algumas são termolábeis (lábil = instável; inativadas pelo calor), como a toxina do botulismo e outras são termoestáveis (não são inativadas pelo calor), como as toxinas produzidas pelo ***Staphylococcus aureus e o Bacillus cereus”.

A resposta correta é:
CERTO

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4
Q

A estrutura do intestino delgado maximiza a área disponível para absorção de nutrientes. A superfície da mucosa é convoluta, dobrada e coberta por projeções similares a dedos, chamadas vilosidades, que são, por sua vez, cobertas com células de absorção.

A

Digestão e Absorção: degradação dos alimentos em moléculas passíveis de absorção e captação de nutrientes, eletrólitos e água. A estrutura do intestino delgado maximiza a área disponível para absorção. A superfície da mucosa é convoluta, dobrada e coberta por projeções similares a dedos, chamadas vilosidades, que são, por sua vez, cobertas com células de absorção. A área de superfície efetiva das células mucoides é ainda aumentada pelas microvilosidades que ocorrem na membrana luminal do enterócito. A borda do enterócito é similar a cerdas de uma escova e contém várias enzimas, incluindo vários dissacarídeos, como maltase, isomaltase, sucrase e lactase. Estas estão envolvidas na digestão e absorção de carboidratos. Enzimas pancreáticas, as quais incluem tripsina, quimotripsina, carboxipeptidase, amilase, lipases, ribonuclease, desoxirribonuclease, colagenase e elastase ajudam na digestão. Além dessas, sais biliares secretados pelo fígado ajudam na absorção de gorduras. Os tecidos sob as células epiteliais contêm capilares sanguíneos que absorvem monossacarídeos e aminoácidos e capilares linfáticos para absorção de ácidos graxos e glicerol. O intestino delgado é onde ocorre mais de 80% da absorção. Os níveis de enzimas nas células mucoides são afetados pela atividade bacteriana, e a deficiência em lactose é um bom indicador de colonização do intestino delgado por bactérias patogênicas. Interações entre as membranas celulares e o conteúdo luminal são facilitadas pelo glicocálix, uma complexa camada mucoide que recobre os enterócitos”.

A resposta correta é:
CERTO

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5
Q

Infecções são causadas pela ingestão de micro-organismos patogênicos, denominados invasivos, com capacidade de penetrar e invadir tecidos, originando quadro clínico característico como as infecções por Clostridium botulinum.

A

O C. botulinum é causador de uma intoxicação.

“Infecções – são causadas pela ingestão de micro-organismos patogênicos, denominados invasivos, com capacidade de penetrar e invadir tecidos, originando quadro clínico característico como as infecções por Salmonella spp, Shigella spp, Yersinia enterocolitica e Campylobacter jejuni”.

A resposta correta é:
ERRADO

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6
Q

S. bongori, S. enterica subsp. salamae, S. enterica subsp. arizonae, S. enterica subsp. diarizonae, S. enterica subsp. houtenae e S. enterica subsp. indica são geralmente encontradas em poiquilotérmicos (incluindo répteis, anfíbios e peixes) e no meio ambiente

A

C

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7
Q

O tratamento térmico de alimentos enlatados de baixa acidez a 121 ºC, por 3 minutos ou equivalente não é suficiente para eliminar os endósporos de Clostridium botulinum.

A

O tratamento térmico de alimentos enlatados de baixa acidez a 121 ºC, por 3 minutos ou equivalente eliminará os endósporos de Clostridium botulinum.

Conforme Stephen J. Forsythe em seu livro Microbiologia da Segurança dos Alimentos:

4.3 Patógenos de origem alimentar: bactérias

4.3.9 Cl. botulinum

O tratamento térmico de alimentos enlatados de baixa acidez a 121 ºC, por 3 minutos ou equivalente eliminará os endósporos de Cl. botulinum.

A resposta correta é ‘Falso’.

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8
Q

A L. monocytogenes é resistente a diversas condições ambientais e pode se multiplicar em temperaturas tão baixas quanto 3 ºC.

A

C

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9
Q

Salmonella é um gênero da família Enterobacteriaceae. São Gram-negativas, anaeróbias facultativas, não formam endósporos e têm forma de bastonetes curtos. A maioria das espécies é móvel, com flagelos peritríquos; S. Gallinarum e S. Pullorum não são móveis.

A

A Salmonella é uma causa importante de doenças de origem alimentar no mundo todo e uma causa significativa de morbidade, mortalidade e perdas econômicas. A salmonelose é considerada uma das doenças de origem alimentar relatadas mundialmente com mais frequência. Salmonella é um gênero da família Enterobacteriaceae. São Gram-negativas, anaeróbias facultativas, não formam endósporos e têm forma de bastonetes curtos (1 a 2 μm). A maioria das espécies é móvel, com flagelos peritríquos; S. Gallinarum e S. Pullorum não são móveis.

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10
Q

Com relação às toxinas, sabe-se que algumas são termolábeis (lábil = instável; inativadas pelo calor), como a toxina do Staphylococcus aureus e o Bacillus cereus e outras são termoestáveis (não são inativadas pelo calor), como as toxinas do botulismo.

A

R: Errado

A assertiva inverteu os conceitos.

“Algumas bactérias possuem características diferenciais, como o Clostridium perfringens, que desenvolve formas esporuladas que são resistentes a altas temperaturas, mas inativadas pelo frio. Com relação às toxinas, sabe-se que algumas são termolábeis (lábil = instável; inativadas pelo calor), como a toxina do botulismo e outras são termoestáveis (não são inativadas pelo calor), como as toxinas produzidas pelo Staphylococcus aureus e o Bacillus cereus”.

A resposta correta é:
ERRADO

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11
Q

Cerca de 80% da microbiota intestinal é específica de cada indivíduo.

A

R: Certo

“Nos adultos, a flora entérica é regular ao longo do tempo quando a dieta e o ambiente se mantêm relativamente constantes. Existem aproximadamente 1.800 gêneros, compostos por aproximadamente 16.000 espécies na microbiota do intestino humano. Cerca de 80% da microbiota é específica de cada indivíduo. De forma geral, quatro principais filos colonizam o trato gastrointestinal humano e representam 98% da microbiota intestinal: Bacteroidetes, Firmicutes, Proteobacteria e Actinobacteria. O gênero dominante é o Bacteroides (1011UFC/g), o qual inclui bactérias Gramnegativas, estritamente anaeróbias. A microflora intestinal também contém bastonetes Gram-positivos, não formadores de endósporos, estritamente anaeróbios. Existem muitos outros gêneros de organismos presentes, incluindo Bifidobacterium, Lactobacillus e Clostridium. Cocos Gram-positivos são importantes no trato intestinal do ponto de vista numérico e incluem Peptostreptococcus e Enterococcus. Os bastonetes Gram-negativos e facultativos, tais como Proteus, Klebsiella e E. coli, se apresentam em quantidades muito menores que Bacteroides”.

A resposta correta é:
CERTO

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12
Q

As infecções por Clostridium perfringens e Bacillus cereus (cepa emética) são exemplos clássicos de toxinfecções.

A

R: Errado

A cepa emética do B. cereus se enquadra como uma intoxicação.

“Toxinfecções – são causadas por micro-organismos toxigênicos (que produzem toxinas), cujo quadro clínico é provocado por toxinas liberadas quando estes se multiplicam, esporulam ou sofrem lise na luz intestinal. Essas toxinas atuam nos mecanismos de secreção/absorção da mucosa do intestino. As infecções por Escherichia coli enterotoxigênica, Vibrio cholerae, Vibrio parahaemolyticus, Clostridium perfringens e Bacillus cereus (cepa diarreica) são exemplos clássicos”.

A resposta correta é:
ERRADO

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13
Q

Em relação às DTAs, possuem maior importância no grupo etário de menores de 5 anos, em decorrência da elevada mortalidade por vômito nesse grupo, como também nos imunodeprimidos e idosos.

A

R: Errado

A elevada mortalidade nesse grupo é devido à diarreia.

“Morbidade, mortalidade e letalidade – presume-se que as DTAs apresentem alta morbidade, e mortalidade e letalidade baixas, dependendo das condições do paciente, do agente etiológico envolvido e do acesso aos serviços de saúde. Possuem maior importância no grupo etário de menores de 5 anos, em decorrência da elevada mortalidade por diarreia nesse grupo, como também nos imunodeprimidos e idosos”.

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14
Q

O pH do meio digestivo muda de condições de extrema alcalinidade no pró-ventrículo até a acidez no duodeno.

A

R: Errado

A assertiva inverteu a alcalinidade e a acidez.

“A imunidade inata é o mecanismo de defesa inicial do hospedeiro contra microorganismos no trato intestinal. Os mecanismos inespecíficos se relacionam com a estrutura e funcionamento próprio do aparelho digestivo, como:

*Barreiras físicas: estrutura do tubo digestivo, presença de muco e motilidade permanente. O muco age como uma barreira, prevenindo a passagem de compostos de alto peso molecular para os enterócitos, na camada epitelial e para manter as Imunoglobulinas A (IgA) perto do epitélio. A presença de uma capa de muco secretada no epitélio representa um obstáculo que impede o ataque de enzimas proteolíticas e a adesão microbiana.

*Condições físico-químicas: a função digestiva necessita de condições diversas. O pH do meio digestivo muda de condições de extrema acidez no pró-ventrículo até a alcalinidade no duodeno. Se um antígeno sobrevive à degradação físico-química no lúmen intestinal, ainda deve ultrapassar outros obstáculos. O peristaltismo mantém os antígenos em movimento, diminuindo o tempo de contato e a possível adesão ao epitélio.

*A presença de agentes tensoativos (bile) e de enzimas diversas fazem do meio ambiente do aparelho digestivo um lugar difícil para muitos dos agentes infecciosos”.

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15
Q

As infecções por Escherichia coli enterotoxigênica e Vibrio cholerae são exemplos clássicos de toxinfecções.

A

R: Certo

“Toxinfecções – são causadas por micro-organismos toxigênicos (que produzem toxinas), cujo quadro clínico é provocado por toxinas liberadas quando estes se multiplicam, esporulam ou sofrem lise na luz intestinal. Essas toxinas atuam nos mecanismos de secreção/absorção da mucosa do intestino. As infecções por Escherichia coli enterotoxigênica, Vibrio cholerae, Vibrio parahaemolyticus, Clostridium perfringens e Bacillus cereus (cepa diarreica) são exemplos clássicos”.

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16
Q

Atualmente, considera-se possível o risco de infecção pelo consumo de carne bovina que apresente a encefalopatia espongiforme bovina (EEB), que no homem se apresenta como a síndrome de Creutzfeld-Jacobs, caracterizada como uma encefalopatia degenerativa espongiforme, progressiva e fatal.

A

R: Errado

Cuidado! A DTA oriunda do consumo de carne bovina com o príon é a variante da síndrome de Creutzfeld-Jacobs, visto que a síndrome propriamente dita é uma alteração espontânea degenerativa dos humanos e não está correlacionada ao consumo de carne de ruminantes infectada com os príons.

“Algumas patologias foram recentemente associadas a príons, partículas proteicas com poder infectante, que podem também ser transmitidas por alimentos derivados de animais contaminados. Atualmente, considera-se possível o risco de infecção pelo consumo de carne bovina que apresente a encefalopatia espongiforme bovina (EEB), que no homem se apresenta como uma variante da síndrome de Creutzfeld-Jacobs, caracterizada como uma encefalopatia degenerativa espongiforme, progressiva e fatal”.

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17
Q

Algumas bactérias possuem características diferenciais, como o Clostridium perfringens, que desenvolve formas esporuladas que são resistentes ao frio, mas inativadas pelas altas temperaturas.

A assertiva inverteu os conceitos.

“Algumas bactérias possuem características diferenciais, como o Clostridium perfringens, que desenvolve formas esporuladas que são resistentes a altas temperaturas, mas inativadas pelo frio. Com relação às toxinas, sabe-se que algumas são termolábeis (lábil = instável; inativadas pelo calor), como a toxina do botulismo e outras são termoestáveis (não são inativadas pelo calor), como as toxinas produzidas pelo Staphylococcus aureus e o Bacillus cereus”.

A resposta correta é:
ERRADO

A

“Algumas bactérias possuem características diferenciais, como o Clostridium perfringens, que desenvolve formas esporuladas que são resistentes a altas temperaturas, mas inativadas pelo frio. Com relação às toxinas, sabe-se que algumas são termolábeis (lábil = instável; inativadas pelo calor), como a toxina do botulismo e outras são termoestáveis (não são inativadas pelo calor), como as toxinas produzidas pelo Staphylococcus aureus e o Bacillus cereus”.

A resposta correta é:
ERRADO

18
Q

Pequenos volumes de líquidos ingeridos, menores que 100 mL, podem passar pelo estômago sem sofrer a ação das enzimas ácidas do estômago, pois o esfincter pilórico não é estimulado a contrair.

A

R: Errado

São menores de 50mL.

19
Q

Os vômitos possivelmente estão associados a uma ação das toxinas sobre o sistema nervoso central.

A

C

20
Q

As espécies de Vibrio são frequentemente isoladas em arroz e outros alimentos ricos em carboidratos, havendo esporadicamente casos associadas com peixes e frutos do mar.

A

FALSO

As espécies de Vibrio são frequentemente isoladas de águas de estuários e são, portanto, associadas com peixes e vários frutos do mar.

21
Q

A E. coli O157:H7 difere da maioria das outras cepas de E. coli já que sua temperatura ótima de multiplicação de 44 ºC, fermenta o sorbitol e produz a β-glicuronidase.

A

FALSO

A E. coli O157:H7 difere da maioria das outras cepas de E. coli já que se multiplica pouco ou não se multiplica a 44 ºC, não fermenta o sorbitol e não produz a β-glicuronidase. É importante salientar que existem outros sorovares de E. coli que são produtores de verocitotoxinas (Agbodaze, 1999).

22
Q

O Clostridium perfringens causa dois tipos bem diferentes de doenças alimentares devido à produção de uma ou mais toxinas. O organismo pode produzir mais de 13 toxinas diferentes, e cada cepa produz um ou mais grupos específicos dessas toxinas.

A

O Clostridium perfringens pode produzir mais de 13 toxinas diferentes, mas cada cepa somente produz um grupo específico.

23
Q

Campylobacter jejuni, C. coli e C. lari são em geral conhecidas como Campylobacter termófilos, pois se multiplicam em temperaturas mais altas do que os outros tipos de Campylobacter.

A

certo

4.3.1 Campylobacter jejuni, C. coli e C. lari

Já foram descritas 16 espécies, com seis subespécies e dois biovares. Casos de doenças alimentares são causados sobretudo por C. jejuni, responsável pela maioria dos surtos (89 a 93%), e C. coli (7 a 10%) (Tam et al., 2003). Também o C. upsaliensis e o C. lari ocasionalmente estão envolvidos em surtos alimentares. Isso pode ocorrer em parte devido à ineficiência dos métodos de isolamento, já que o uso de métodos de filtragem tem revelado que C. upsaliensis está associado com doenças em humanos em maior frequência do que tem sido reconhecido. Essas espécies são em geral conhecidas como Campylobacter termófilos, pois se multiplicam em temperaturas mais altas do que os outros tipos de Campylobacter.

24
Q

Há uma tendência geral ao aumento do uso de coliformes como indicadores da possível presença de patógenos entéricos.

A

4.2 Micro-organismos indicadores

4.2.2 Enterobacteriaceae

As Enterobacteriaceae abrangem muitos gêneros, incluindo aqueles que fermentam lactose (p. ex., E. coli) e os que não a fermentam (p. ex., Salmonella). Portanto, o uso de ágar bile vermelho-violeta com glicose é recomendado para as enterobactérias, enquanto o ágar bile vermelho-violeta com lactose é mais adequado para coliformes. Há uma tendência geral à descontinuação do uso de coliformes (4.2.1) como indicadores da possível presença de patógenos entéricos em favor do uso das enterobactérias. Isso ocorre em parte devido à facilidade de detecção das Enterobacteriaceae. Água contaminada com material fecal pode conter uma variedade de patógenos, incluindo V. cholera, S. Typhi, outros sorovares de Salmonella, Shigella dysenteriae, Campylobacter jejuni, cepas patogênicas de E. coli e o protozoário Giardia lamblia.

25
Q

Em relação à Salmonella, o período de incubação antes da doença é de cerca de 4 a 12 horas. A enfermidade costuma ser autolimitada e persiste durante 2 a 3 dias.

A

falso

Em relação à Salmonella, o período de incubação antes da doença é de cerca de 12 a 36 horas. A enfermidade costuma ser autolimitada e persiste durante 4 a 7 dias.

Conforme Stephen J. Forsythe em seu livro Microbiologia da Segurança dos Alimentos:

4.3 Patógenos de origem alimentar: bactérias

4.3.2 Salmonella spp.

O período de incubação antes da doença é de cerca de 12 a 36 horas. A enfermidade costuma ser autolimitada e persiste durante 4 a 7 dias (Tab. 1.18). A pessoa infectada excretará grandes quantidades de Salmonella pelas fezes durante o período da doença (em média por cinco semanas). O número de salmonelas nas fezes decresce, porém podem persistir por até três meses, sendo que aproximadamente 1% dos casos se tornam portadores crônicos. Crianças excretam até 106 ou 107 salmonelas/g nas fezes durante o período de convalescência. Algumas vezes ocorrerão infecções sistêmicas, com frequência devido a S. Dublin e S. Cholerasuis, as quais podem requerer tratamento com reposição de fluidos e eletrólitos.

26
Q

A diarreia característica das infecções por E. coli enteropatogênica (EPEC) ocorre exclusivamente pela perda das microvilosidades, diminuindo a habilidade de absorção.

A

errado

A diarreia característica das infecções por EPEC ocorre devido ao efluxo induzido de íons de cloreto em resultado da ativação da proteína quinase C. A perda das microvilosidades também contribui, já que diminui a habilidade de absorção.

Conforme Stephen J. Forsythe em seu livro Microbiologia da Segurança dos Alimentos:

4.3 Patógenos de origem alimentar: bactérias

4.3.3 E. coli patogênicas

A diarreia característica das infecções por EPEC ocorre devido ao efluxo induzido de íons de cloreto em resultado da ativação da proteína quinase C. A perda das microvilosidades também contribui, já que diminui a habilidade de absorção (Figs. 4.2 e 4.3). O sistema de secreção do Tipo III é utilizado para evitar o engolfamento pela célula hospedeira e bloquear a fagocitose, permitindo que a bactéria permaneça aderida à superfície dessa célula.

27
Q

O principal sintoma apresentado na infecção pelo V. vulnificus é diarreia profusa com sangue nas fezes.

A

correto

28
Q

A Salmonella possui uma estrutura complexa de lipopolissacarídeos (LPS), a qual origina o antígeno H. O número de repetições de unidades e a composição de açúcar variam de modo considerável no LPS da Salmonella e são de vital importância no que se refere aos estudos epidemiológicos.

A

errado

LPS origina ANTÍGENO O

A Salmonella possui uma estrutura complexa de lipopolissacarídeos (LPS) (Figs. 2.2 e 2.3; Mansfield e Forsythe, 2001), a qual ORIGINA O ANTÍGENO O. O número de repetições de unidades e a composição de açúcar variam de modo considerável no LPS da Salmonella e são de vital importância no que se refere aos estudos epidemiológicos. Os açúcares são antigênicos e, portanto, podem ser utilizados imunologicamente para identificar isolados de Salmonella. É a identificação do sorovar dessa bactéria isolada que auxilia os estudos epidemiológicos, possibilitando o rastreamento do vetor causador das infecções. Caracterizações posteriores são necessárias em estudos epidemiológicos e incluem perfis bioquímicos e fagotipificação.

29
Q

O Clostridium perfringens é um bastonete anaeróbio, Gram-positivo, formador de endósporos.

A

4.3 Patógenos de origem alimentar: bactérias

4.3.8 Clostridium perfringens

O Clostridium perfringens é um bastonete anaeróbio, Gram-positivo, formador de endósporos. Anaeróbio significa que o organismo é incapaz de se multiplicar na presença de oxigênio livre.

30
Q

No intestino delgado, o Vibrio cholerae invade os enterócitos e produz uma enterotoxina, a toxina da cólera, que age nas células epiteliais causando necrose no intestino.

A

ERRADO

O V. cholera ADERE À SUPERFÍCIE MUCOIDE devido a adesinas associadas à célula e PRODUZ UMA EXOTOXINA, toxina da cólera, que age nas células mucoides do intestino.

Conforme Stephen J. Forsythe em seu livro Microbiologia da Segurança dos Alimentos:

4.3 Patógenos de origem alimentar: bactérias

4.3.11 Vibrio cholerae, V. parahaemolyticus e V. vulnificus

No intestino delgado, o V. cholera adere à superfície mucoide devido a adesinas associadas à célula e produz uma exotoxina, toxina da cólera, que age nas células mucoides do intestino. A toxina tem um tamanho de 84 kDa e é composta de uma subunidade A1 (21 kDa) e uma subunidade A2 (7 kDa) ligadas covalentemente a cinco subunidades B (10 kDa cada). A subunidade B liga-se a um receptor gangliosídeo nas células mucoides, e a subunidade A entra na célula, ativando a adenilato ciclase e assim aumentado a concentração de cAMP (Fig. 2.7).

31
Q
A

FALSO

Existe uma notável sazonalidade nas enterites causadas por Campylobacter, com picos de incidência nos meses de verão.

Conforme Stephen J. Forsythe em seu livro Microbiologia da Segurança dos Alimentos:

4.2 Micro-organismos indicadores

4.3 Patógenos de origem alimentar: bactérias

4.3.1 Campylobacter jejuni, C. coli e C. lari

Conforme já mencionado, esse micro-organismo não se multiplica em temperatura ambiente (a temperatura mínima para que isso ocorra é de 30°C, Tab. 2.8). Portanto, C. jejuni e C. coli não se multiplicam em alimentos refrigerados, entretanto podem sobreviver em tais condições. Essa pode ser a razão pela qual casos de gastrenterites causadas por Campylobacter ultrapassam as causadas por Salmonella em muitos países. Existe uma notável sazonalidade nas enterites causadas por Campylobacter, com picos de incidência nos meses de verão (Fig. 1.3). A incidência de infecções por Campylobacter tem diminuido em alguns países. A Figura 1.4 mostra dados relativos a um período de 20 anos (1986 a 2005) para Inglaterra e País de Gales.

32
Q

A flora intestinal humana adulta é composta sobretudo por bactérias estritamente anaeróbias.

A

VERDADEIRO

Conforme já foi mencionado, a flora intestinal adulta é composta sobretudo por bactérias estritamente anaeróbias. As espécies bacterianas dominantes pertencem aos filos Cytophaga-Flavobacterium-Bacteroides (23%; Gram-negativos) e Firmicutes (64%; Gram-positivos com baixa percentagem de GC). As proteobactérias (incluindo Enterobacteriaceae) são minoria (cerca de 8%).

33
Q

O isolamento de qualquer espécie de Vibrio a partir de alimentos cozidos não indica necessariamente práticas de higiene inapropriadas, já que o micro-organismo é muito resistente ao calor.

A

O isolamento de qualquer espécie de Vibrio a partir de alimentos cozidos indica práticas de higiene inapropriadas, já que o micro-organismo é destruído rapidamente pelo calor.

Conforme Stephen J. Forsythe em seu livro Microbiologia da Segurança dos Alimentos:

4.3 Patógenos de origem alimentar: bactérias

4.3.11 Vibrio cholerae, V. parahaemolyticus e V. vulnificus

O isolamento de qualquer espécie de Vibrio a partir de alimentos cozidos indica práticas de higiene inapropriadas, já que o micro-organismo é destruído rapidamente pelo calor.

34
Q

A flora intestinal adulta é um ecossistema complexo, sendo dominada por anaeróbios restritos.

A

verdadeiro

35
Q

O Bacillus cereus produz toxinas eméticas durante a multiplicação no intestino delgado humano, enquanto as toxinas diarreicas são pré-formadas no alimento.

A

falso

O Bacillus cereus produz toxinas diarreicas durante a multiplicação no intestino delgado humano, enquanto as toxinas eméticas são pré-formadas no alimento.

36
Q

A E. coli entero-hemorrágica (EHEC) causa diarreia aquosa, com aparência similar à água de arroz, e produz febres baixas. Comumente conhecida como causadora da diarreia dos viajantes.

A

falso

A E. coli enterotoxigênica (ETEC), comumente conhecida como causadora da diarreia dos viajantes, causa diarreia aquosa, com aparência similar à água de arroz, e produz febres baixas.

37
Q

Incidentes notificados envolvendo Clostridium perfringens têm sido relacionados com graves distúrbios neurológicos, como a síndrome de Guillain-Barré (GBS).

A

errado

Incidentes notificados envolvendo Campylobacter têm sido relacionados com graves distúrbios neurológicos, como a síndrome de Guillain-Barré (GBS) e a síndrome de Miller-Fischer.

Conforme Stephen J. Forsythe em seu livro Microbiologia da Segurança dos Alimentos:

4.2 Micro-organismos indicadores

4.3 Patógenos de origem alimentar: bactérias

4.3.1 Campylobacter jejuni, C. coli e C. lari

Em uma perspectiva global, os Campylobacter são a maior causa de gastrenterites bacterianas em humanos, totalizando até 400 a 500 milhões de casos no mundo em cada ano. Os Campylobacter foram a princípio reconhecidos como patógenos animais, sendo considerados como patógenos humanos há apenas 15 ou 20 anos (Butzler et al., 1973; Humphrey et al., 2007; Skirrow, 1977). Atualmente, os incidentes notificados envolvendo Campylobacter são mais frequentes do que quaisquer outros patógenos, e têm sido relacionados com graves distúrbios neurológicos, como a síndrome de Guillain-Barré (GBS) e a síndrome de Miller-Fischer. Estima-se que infectem 1% da população do Oeste Europeu.

A resposta correta é ‘Falso’.

38
Q

As cepas de E. coli EIEC causam uma doença que é muito distinta, em relação aos sintomas, da disenteria provocada pela Shigella spp. No entanto, as EIEC produzem shigatoxina, o que pode explicar a presença da síndrome hemolítica urêmica como uma complicação da disenteria causada pela EIEC.

A

errado

As cepas de EIEC causam uma doença que é indistinguível, em relação aos sintomas, da disenteria provocada pela Shigella spp. As EIEC não produzem shigatoxina, o que pode explicar a ausência da síndrome hemolítica urêmica como uma complicação da disenteria causada pela EIEC.

Conforme Stephen J. Forsythe em seu livro Microbiologia da Segurança dos Alimentos:

4.3 Patógenos de origem alimentar: bactérias

4.3.3 E. coli patogênicas

As cepas de EIEC causam uma doença que é indistinguível, em relação aos sintomas, da disenteria provocada pela Shigella spp. As cepas de EIEC invadem de forma ativa as células do colo e se espalham em direção lateral para as células adjacentes (Fig. 4.11). As fases da invasão e o espalhamento de célula a célula parecem ser praticamente idênticos aos da Shigella spp. No entanto, as EIEC não produzem shigatoxina, o que pode explicar a ausência da síndrome hemolítica urêmica como uma complicação da disenteria causada pela EIEC.

39
Q

Os enterococos são, algumas vezes, utilizados como indicadores de água contaminada com fezes.

A

certo

4.2.3 Enterococos

Os enterococos incluem duas espécies encontradas nos intestinos de humanos e de animais: Ent. faecalis e Enterococcus faecium. O primeiro é associado, sobretudo, com o trato intestinal humano, enquanto o segundo é encontrado em ambos, humanos e animais. Os enterococos são, algumas vezes, utilizados como indicadores de água contaminada com fezes. A vantagem de testar para enterococos é que estes morrem de forma mais lenta do que E. coli, e, portanto, reduzem o risco de resultados falso-negativos. Infelizmente, são encontrados em ambientes fecais com mais frequência do que a E. coli; por isso, sua presença pode ser prova não conclusiva de contaminação fecal. É possível que eles sejam um melhor indicador de qualidade higiênica em alimentos, uma vez que são mais resistentes à secagem do que os coliformes. Isso é especialmente verdade para produtos secos e congelados, além de alimentos que recebem tratamento térmico moderado. Entretanto, essa resistência pode comprometer-lhes o valor como organismo indicador, já que sua presença no alimento acarreta consequências mínimas se os patógenos tiverem sido eliminados durante o processamento.

A contagem de enterococos costuma envolver o uso de azida de sódio, acetato de tálio ou antibióticos como agentes seletivos, além de incubação em temperaturas elevadas (45 oC). Alguns meios de cultura incluem cloreto de trifenil tetrazólio que leva a formação de colônias vermelhas, aumentando assim a detecção visual das colônias de enterococos.

40
Q

A síndrome de Guillain-Barré (GBS) é um distúrbio autoimune do sistema nervoso periférico, caracterizada por fraqueza normalmente simétrica, que se desenvolve em um período de muitos dias. Em geral, os sintomas gastrintestinais ocorrem de 1 a 3 semanas antes dos sintomas neurológicos.

A

certo

Conforme Stephen J. Forsythe em seu livro Microbiologia da Segurança dos Alimentos:

4.3 Patógenos de origem alimentar: bactérias

4.3.1 Campylobacter jejuni, C. coli e C. lari

A GBS é um distúrbio autoimune do sistema nervoso periférico, caracterizada por fraqueza normalmente simétrica, que se desenvolve em um período de muitos dias. É de ocorrência mundial e a causa da paralisia neuromuscular mais comum. Em um número estimado de 2.628 a 9.575 casos anuais nos Estados Unidos, 526 a 3.830 são causados por infecções por Campylobacter. Em geral, os sintomas gastrintestinais ocorrem de 1 a 3 semanas antes dos sintomas neurológicos.

A GBS é provavelmente uma resposta autoimune dos gangliosídeos GM1, nos nervos periféricos, após a infecção por C. jejuni O19 (apesar de que outros sorovares podem também estar envolvidos). Os nervos periféricos podem compartilhar epítopos com os antígenos de superfície (LPS) do C. jejuni (mimicria molecular). As citocinas podem induzir o processo inflamatório e resultar em desmielinização nervosa. O sistema complemento pode também causar danos nervosos e aumentar a permeabilidade da barreira nervo-sangue, o que causa inflamação.

A resposta correta é ‘Verdadeiro’.