Doença valvar cardíaca Flashcards
Fisiopatologia estenose mitral:
- Defeito de abertura (insuficiente) na diástole
- Obstrução do fluxo AE -> VE
- Aumento de pressão no AE (volume represado)
- Aumento de pressão AD e VD (retrógrados)
- DC normal em repouso + Hipertensão pulmonar
Principais causas estenose mitral:
FEBRE REUMÁTICA
Congênita
Calcificação do anel mitral (idosos)
Clínica estenose mitral:
- Dispneia (por conta da hipertensão pulmonar)
- Hemoptise ( por conta da congestão pulmonar)
- Fibrilação atrial (por conta do remodelamento atrial)
- Ruflar mesodiastólico em foco mitral
Pensar como HAP
• Fácies Mitral: Rash Malar, cianose de lábios e ponta do nariz
• Onda A Gigante sem colapso X: contração atrial sem o declive AD
• Onda v ampla
• Edema sistêmico
- HAP -> VD palpável
- Frêmito
- Choque Valvar (B1 estenosada / B2: componente P2 acentuado pela HAP)
- ↓ da PA pela ↓ da pré carga
Ruflar mesodiastólico com ou sem reforço pré sistólico (B4) , melhor audível com a campânula em foco mitral, com
irradiação para axila e esterno esquerdo. Acompanhado de estalido de abertura (pressão muito grande ao abrir; quanto mais próximo de B2 maior a gravidade), B3 e B4 de VD. B1 hiperfonética com qualidade de estalido, B2 desdobrada P2>A2
Sopro de Graham-Steel: em sopro suave diastólico em borda esternal esquerda, em decorrência da HAP secundária a estenose mitral.
O que é síndrome de Ortner?
Aumento do átrio esquerdo pode comprimir n. laríngeo recorrente, causando rouquidão em caso de estenose mitral.
Qual o exame mais valioso para o diagnóstico de EM?
Ecocardiograma, evidenciando espessamento valvar, com diminuição da área valvar (entre 4-6 é o normal) e fusão das comissuras, com o folheto anterior e posterior se movendo juntos para frente e para trás, em vez de se moverem em direções opostas, com restrição da mobilidade na diástole.
Além do ECO, quais outros exames complementares têm importância no diagnóstico de EM?
Raio X:aumento do átrio esquerdo ->
- Deslocamento posterior do esôfago - perfil esquerdo contrastado
- Abaulamento de arco médio (aurícula esquerda), constituindo o 4° arco cardíaco - PA
- Sinal do duplo contorno (observado a direita) - PA
- Sinal do passo da bailarina (Ângulo da carina superior a 90°) - PA
Como tratar a estenose mitral (EM)?
CLÍNICA
- Evitar esforços físicos vigorosos
- ICC: restrição salina e diuréticos
- Profilaxia de endocartite infecciosa
- FA: controle da frequência ventricular (digitálicos, diltiazem ou beta-bloqueadores) ou a conversão para o ritmo sinusal + anticoagulação
CIRÚRGICO
*Valvulotomia (Sintomático - NYHA II e IV + EM isolada + área valvar < 1,5 cm2 + morfologia valvar favorável) - alto risco cirúrgico (comorbidades, idosos) Contraindicado com pacientes com trombos ou EM grave
ou
*Troca valvar (Sintomático - NYHA III e IV + área valvar < 1,5 cm2 + baixo risco cirúrgico)
Cite uma complcação frequente da EM.
FA;
Átrio hipertrofia, remodela e pode acabar desenvolvendo um FA.
Fisiopatologia insuficiência mitral:
*É a mais prevalente na prática clínica
*Ocorre regurgitação na sístole
*Redução da resistência ao esvaziamento do VE
*Sobrecarga de volume do AE -> VE
*Aumento do volume sistólico
Na descompensação ocorre: Disfunção contrátil + diminuição da fração de ejeção (menor que 60%)
Etiologias insuficiência mitral:
Aguda
IAM com ruptura do m. papular
Endocardite infecciosa
Crônicas
Febre reumática
Prolapso de valva mitra
Clínica IM:
Dispneia aos esforços Fadiga Ortopneia Embolização sistêmica associada a FA Hemoptise (HAP persistente)
• Ictus de VE aumentado e difuso devido a sobrecarga volumétrica
Sopro Holossistólico em platô, melhor audível em foco mitral, com ou sem irradiação para dorso e axila.B3, B2 desdobrada, B1 hipofonética
↑ Handgrip!
- Sopro Circular de Miguel Couto: irradiação para axila e dorso
- Sopro de Carey Coombs Grant: sopro mesodiastólico de enchimento em foco mitral devido ao fluxo sanguíneo volumoso (difere da estenose mitral pois não há estalido, e não é ruflar)
Método diagnóstico da IM:
O ECO doppler é uma peça fundamental no diagnóstico.
- jato regurgitante para o átrio esquerdo
- aumento de pressão da artéria pulmonar e do átrio esquerdo
- HVE
Tratamento IM:
CLÍNICO:
- ICC: restrição salina e diuréticos
- Profilaxia de endocartite infecciosa
- FA: controle da frequência ventricular (digitálicos, diltiazem ou beta-bloqueadores) ou a conversão para o ritmo sinusal + anticoagulação
- Redutores de pós carga como os IECAs podem reduzir a fração regurgitante, aumentando o DC.
CIRÚRGICO Reparo valvar (assintomáticos + FE > 60% + diâmetro sistólico final (DSF) < 40 mm + alto sucesso e baixa mortalidade)
Troca valvar (IM grave +Sintomático ou IM grave +Assintomáticos + FE 30-60% + DSF maior ou igual a 40 mm)
O que é prolapso de valva mitral (Síndrome de Barlow)?
Folhetos invaginam para o AE.
Causas prolapso de valva mitral (Síndrome de Barlow):
Idiopática
Degeneração mixomatosa
Degeneração hereditária do tecido conjuntivo (S. Ehler-Danlos - hiperelástico, Marfan, doença renal policística, osteogênese imperfeita)
Sopro prolapso de valva mitral:
Sopro mesotelessistólico
Tratamento prolapso de valva mitral:
Beta bloqueador (limita palpitações e dor torácica) Se tiver FA, anticuagular
CIRÚRGICO Reparo valvar (assintomáticos + FE > 60% + diâmetro sistólico final (DSF) < 40 mm + alto sucesso e baixa mortalidade)
Troca valvar (IM grave +Sintomático ou IM grave +Assintomáticos + FE 30-60% + DSF maior ou igual a 40 mm)
O que é estenose aórtica?
É a redução da área de abertura da valva aórtica, ocorrendo em 25% dos pacientes com valvulopatia crônica e com 80% dos casos sintomáticos representados por homens
Principais causas EA:
Calcificação congênita da valva bicúspide (adultos não idosos)
Febre reumática
Calcificação idiopática (idosos)
Miocardiopatia hipertrófica
Quando a EA é considerada grave?
A área valvar é menor que 0.5 cm2 ou o gradiente de pressão VE - aorta é maior que 50 mmHg
Principais manifestações clínicas da EA:
Dispneia aos esforços
Angina
Síncope aos esforços avançados
Sintomas de baixo débito: fadiga, fraqueza, cianose periférica
S. retrógrados: Ortopneia, IVD, turgência jugular patológica, hepatomegalia, edema periférico
- Frêmito sistólico em foco aórtico, podendo ser palpável em fúrcula e região cervical
- Pulso Parvus et Tardus
- Ictus ocupa menor área e é sustentado
- Hipotensão arterial com pressão de pulso diminuída
- Pulso carotídeo de elevação lenta e prologada, com frêmito e ombro anacrótico (pico arredondado)
Sopro Mesosistólico em diamante, ejetivo, melhor audível em foco aórtico, com irradiação para região cervical em ápice do coração. Acompanhado de
Clique de ejeção, B4 (Sobrecarga de pressão) e desdobramento paradoxal B2 (atraso de A2)
Fenômeno de Gallavardin: irradiação do Sopro para ápice com mudança de som áspero para musical.
O que é regra ISA?
É uma relação que há entre a manifestação clínica e o prognóstico da EA em anos:
Insuficiência cardíaca 2
Síncope 3
Angina 5
O que o ecocardiograma detecta na EA?
HVE
Calcificação valvar
Acometimento
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Qual o principal motivo para realização do CAT em pacientes com EA?
Coronariopatia associada.